sexta-feira, 5 de outubro de 2018

➤Ciro fala em 'virada'

Haddad 'não tem energia' para superar Bolsonaro

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto nas eleições 2018, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, minimizou seu desempenho nos levantamentos e disse nesta sexta-feira, 5, que "a virada é completamente provável" no pleito de domingo. Mirando uma vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL), que lidera em todas as pesquisas, Ciro disse que o candidato do PTFernando Haddad, que aparece em segundo, "não tem energia e autoridade" para bater Bolsonaro.

As declarações de Ciro Gomes foram dadas no momento de sua chegada à favela da Rocinha, na zona sul do Rio, onde o pedetista realizou um ato de campanha mesmo debaixo de chuva. "Eu nunca perdi no meu lugar (Ceará), nunca, nenhuma vez, e tenho honra, felicidade e gratidão por isso. E o Haddad disputou a última eleição há menos de dois anos e perdeu para um farsante como o Doria (João Doria, do PSDB, candidato ao governo de São Paulo neste pleito) em todas as zonas de São Paulo. Ele não é má pessoa, eu não tenho nada contra a personalidade dele, mas ele não tem a energia, não tem a autoridade que é a marca para enfrentar essa onda fascista que quer tomar conta do Brasil", afirmou Ciro.

Para ele, ficar com a segunda vaga num eventual segundo turno é possível. "A virada é completamente provável. Está acontecendo o que aconteceu nas pesquisas nas eleições passadas. Nesse dia, nas eleições passadas, o segundo turno era entre Marina e Dilma, e evidentemente que a história foi outra", ponderou. 

O candidato do PDT afirmou ainda que quem pretende votar em Jair Bolsonaro estará votando contra a democracia. "Nesse momento você tem 30% dos brasileiros votando contra a democracia, contra si mesmo. Essa é minha tarefa, buscar os outros 70% e tirar o Brasil dessa violência", sustentou.

Agência Estado


➤XP/Ipespe:

Bolsonaro lidera com 36%


Pesquisa realizada pelo Instituto Ipespe e contratada pela XP Investimentos mostra Jair Bolsonaro (PSL) na liderança com 36% das intenções de voto. Considerando os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Bolsonaro tem 41%. Em segundo lugar está Fernando Haddad (PT), com 22% dos votos totais e 25% dos válidos.

Pela avaliação do Instituto, aumentou a possibilidade de que a eleição seja decidida no primeiro turno.

Confira os números:
Bolsonaro – 36%
Haddad – 22%
Ciro – 11%
Alckmin – 7%
Marina – 4%
Amoêdo – 3%
Alvaro dias – 2%
H. Meirelles – 2%
Daciolo – 1%
Eymael – 0%
Boulos – 0%
Vera – 0%
Goulart Fº - 0$
Brancos/Nulos – 7%
Não sabe – 2%

➤Carlos José Marques

O Fanatismo eleitoral


A eleição está fanatizada. Tal qual uma peleja futebolística com suas torcidas raivosas, capazes até de partir às vias de fato. A disputa nas urnas virou guerra fratricida e fascista. Não é mais o mero exercício da democracia. Longe disso! Partiu-se ao pugilismo raso, à política da pior espécie. O bate-boca, a troca de denúncias, facadas e balas marcaram a corrida presidencial. 
Assuntos e projetos cruciais cederam lugar ao lero-lero das imprecações sem fundamento. A negação dos fatos, a desvirtuação deles e mesmo o ataque virulento a sua veiculação, seja por qual meio for, passaram a prevalecer entre candidatos extremistas e o seu séquito de eleitores/adoradores que tomam as ruas a protestar e a denunciar falsos complôs de adversários. A mentira entrou na ordem do dia, de maneira descarada e perigosa. 
Foi assim nos idos do nazismo, quando o então ministro da propaganda alemã, Joseph Goebbels, pregava que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Muitos hoje atendem ao chamado, acreditam no que querem. Não no que é real. Como hordas de alienados prontos a serem aliciados. 
Uma foto publicada na grande imprensa é tachada de manipulação. Fake news. Os índices das pesquisas são desacreditados. Filmes, mensagens e imagens distorcidas ou espertamente sacadas de situações que não correspondem à realidade são incorporados ao arsenal de comunicação para turbinar esse ou aquele postulante. Ninguém aguenta mais a martelação infernal de memes, ataques sem qualquer cabimento e inverdades lançadas nas redes digitais para angariar votos e apoio – seja da maneira que for. 
O que vale é o irreal, o adequado à circunstância ou à ideia que se deseja transmitir. Tomam-se registros de velhas situações para lançá-los com outra roupagem e “comprovar” eventos que na verdade não existiram da maneira propagada. 
Faça o teste: ouse, atualmente, falar mal de um candidato admirado por seu interlocutor ou discordar do que ele diz. Logo receberá uma resposta atravessada, ou coisa pior. O patrulhamento ideológico tomou corpo e dimensão extraordinários. Se um grupo de mulheres reúne-se para criticar esse ou aquele presidenciável é tachado de adjetivos impublicáveis. Algo abominável, ridículo e totalitário. 
Nos últimos dias, na reta final da eleição, foram tantas as barbaridades que a onda chega a assombrar até os mais curtidos contendores. 
Ressurgido das cinzas da cadeia, José Dirceu, o petista empedernido, cupincha e capanga de Lula, disse que o PT tomaria o poder de qualquer jeito. O que seria, nas palavras dele, algo “muito diferente de ganhar uma eleição”. 
Questão de tempo, profetizou. No delírio insano das pragas, o esfaqueado Bolsonaro alardeou ser golpe ele não vencer a eleição contra o poste do lulopetismo, Fernando Haddad. Assim o embate entre o justiceiro e o pau-mandado promete novos desdobramentos, para além das urnas. 
Ao rejeitar as regras do jogo, ao negar a legitimidade dos adversários, ao incitar a violência por meio das armas e ao defender medidas que restringem direitos civis, como o controle da mídia, esses senhores flertam com o estrangulamento da democracia. Os líderes querem contestar o resultado nos tribunais. Enquanto isso, a Justiça também faz das suas. Na verdade, ela vem derrapando na politicagem não é de hoje, alimentando um verdadeiro pandemônio institucional sem precedentes. 
O que se assistiu nos últimos dias nesse sentido foi de cair o queixo. O amigo pessoal do petista Lula, nomeado justamento por ele para o Supremo, Ricardo Lewandowski, decidiu numa canetada autorizar uma entrevista do ex-presidente às vésperas da eleição, obviamente ciente do peso que suas palavras poderiam ter para influenciar o voto desse ou daquele indeciso. A decisão, se vingasse, seria de um casuísmo escrachado. 
O colega de STF, Luiz Fux, percebendo o absurdo da decisão e aproveitando um questionamento partidário, indeferiu a autorização e suspendeu o pedido. Lewandowski voltou à carga. Tornou a autorizar para, logo depois, ser desautorizado, dessa vez pelo presidente da Casa, Dias Toffoli. 
A interferência da Justiça no jogo eleitoral é, talvez, a face mais nefasta de um processo acelerado de deterioração das instituições. O País conflagrado, nas mãos de líderes também beligerantes, segue à deriva. Na esperança de logo encontrar um porto seguro, sem a hegemonia dos fanáticos.

IstoÉ

➤TÁXIS

Tarifa será única a partir de 22 de outubro

A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), informa que a partir de 22 de outubro os táxis de Porto Alegre terão tarifa única, sem Bandeira 2. Os permissionários do serviço têm até 27 de novembro para adequar o taxímetro e excluir a Bandeira 2 da tarifa. A alteração segue cronograma determinado pelo prefixo do veículo, que será publicado nesta sexta-feira, 5, em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). A extinção da bandeira tem como base a Lei 12.420/18, aprovada na Câmara de Vereadores em julho deste ano. 

Além disso, a partir de 22 de outubro, todos os prefixos devem, obrigatoriamente, portar e utilizar a Tabela de Conversão. A tabela já está disponível para download e impressão no site da EPTC ou através do link http://bit.ly/conversaobandeira2. “É importante informar que, a partir desta data, já não será mais autorizada a cobrança da Bandeira 2 e o valor deverá ser convertido até a adequação do taxímetro para a tarifa única”, explica o gerente de Fiscalização de Transporte da EPTC, Luciano Souto.

PMPA/Divulgação 


➤Fraudes na Caixa Econômica

Cunha, Geddel e mais 16 são denunciados


O Ministério Público Federal (MPF) apresentou esta quinta-feira (4) quatro denúncias referentes a investigações da Operação Cui Bono, que apura irregularidades em operações da Caixa Econômica Federal em troca de pagamento de propina.

Entre os denunciados estão o ex-ministro Geddel Vieira Lima, os ex-deputados e presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o operador Lúcio Funaro e o ex-vice presidente da Caixa da Caixa Fábio Cleto.

Eles são acusados dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Os procuradores pedem multa e reparação de danos que ultrapassam R$ 3 bilhões.

De acordo com o MPF, já foram identificados repasses que somam R$ 89,5 milhões a Eduardo Cunha de 2011 a 2015, além de R$ de 17,9 milhões a Geddel Vieira Lima de 2012 a 2015 e R$ 6,7 milhões a Henrique Alves de 2012 a 2014.

Portal G1

➤OPINIÃO

O ajuste fiscal e a falácia petista


Desde o impeachment de Dilma Rousseff, o PT difunde que o ajuste fiscal proposto pelo governo Temer estaria desmantelando a estrutura de assistência social montada durante as administrações petistas. Segundo esse discurso, a política econômica “neoliberal” do presidente Michel Temer teria cortado os programas sociais, deixando a parcela da população mais carente à mercê de sua própria sorte, sem a proteção do Estado.

Trata-se de uma enorme falácia apresentar os governos do PT preocupados com os pobres e acusar o governo de Michel Temer de indiferença em relação à população menos favorecida. Os dados revelam o oposto. Em primeiro lugar, os principais beneficiários da política econômica do governo de Michel Temer foram os mais pobres. Basta ver a impressionante redução da taxa de inflação ocorrida desde 2016, resultado direto do novo rumo dado à política econômica após o impeachment. Como se sabe, quem está na base da pirâmide social é muito mais vulnerável à desvalorização da moeda, por não dispor de meios para contornar a perda do poder de compra.

Além de omitir os efeitos positivos da nova política econômica, o discurso petista induz a um sério erro sobre os programas sociais do governo federal, dando a entender que o Estado reduziu a assistência social – o que não condiz com os fatos. Por exemplo, o programa Bolsa Família, uma criação anterior ao PT e que foi transformado na principal vitrine social das administrações petistas, continua plenamente vigente, com crescimento do número de famílias atendidas.

Em 2016, último ano em que a presidente Dilma Rousseff esteve no Palácio do Planalto, 13,57 milhões de famílias foram atendidas pelo Bolsa Família. No ano seguinte, esse número aumentou para 13,85 milhões de famílias. Atualmente, são 13,9 milhões de famílias atendidas pelo programa de assistência a famílias em situação de extrema pobreza (renda mensal de até R$ 89 por pessoa) ou de pobreza (renda mensal entre R$ 89 e R$ 178 por pessoa).

O PT afirma, por exemplo, que os governos Lula e Dilma deram uma atenção especial ao Nordeste “como nunca antes na história deste país”. Os números do Bolsa Família desmentem esse discurso. No Nordeste, o Bolsa Família atendeu 6,8 milhões de famílias em 2016. No ano seguinte, mesmo com todo o esforço de levar adiante o ajuste fiscal, o programa atendeu 6,99 milhões de famílias no Nordeste. Em 2018, são 7,05 milhões de famílias atendidas pelo programa social.

Não há nenhum elemento para se afirmar que o governo de Michel Temer desmontou a assistência social promovida pela União. Por exemplo, todos os cinco Estados que, em 2016, tinham mais de 1 milhão de famílias atendidas pelo Bolsa Família – Bahia, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Ceará, em ordem decrescente do número de beneficiários do programa – continuam com o mesmo patamar de famílias atendidas. Na realidade, houve até um leve incremento nos cinco Estados em conjunto.

Deve-se reconhecer que o aumento do número de famílias atendidas pelo Bolsa Família não é um sinal positivo para o País. Ele é reflexo da profunda crise que o PT deixou de herança: mais famílias estão em situação de pobreza e de extrema pobreza. O desenvolvimento econômico e social do País deve conduzir a que, a cada ano, menos famílias precisem da assistência social do Estado. No entanto, não se pode ignorar a recessão econômica produzida pelo PT, com consequências desastrosas para as empresas e para o emprego.

De toda forma, não condiz com a realidade a afirmação de que o ajuste fiscal deveria ser abandonado ou abrandado em prol da continuidade dos programas sociais. O governo de Michel Temer mostrou que é possível dar passos em direção ao equilíbrio das finanças públicas sem descuidar do atendimento das famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. O ajuste fiscal briga com os privilégios, os desperdícios e as ineficiências – não com quem mais precisa do Estado.

Portal Estadão