quinta-feira, 4 de outubro de 2018

➤PESQUISA DATAFOLHA

Bolsonaro pula para 35% e Haddad fica com 22%



O Datafolha divulgou nesta quinta-feira (4) o resultado da mais recente pesquisa de intenção de voto na eleição presidencial. A pesquisa ouviu 10.930 eleitores nesta quarta-feira (3) e na quinta (4).

Segundo o Datafolha, Jair Bolsonaro, do PSL, manteve o crescimento e atingiu 35%. Fernando Haddad, do PT, ficou estável.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Confira os números:

Jair Bolsonaro (PSL): 35%
Fernando Haddad (PT): 22%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Marina Silva (Rede): 4%
João Amoêdo (Novo): 3%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Cabo Daciolo (Patriota): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 0%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 6%
Não sabe/não respondeu: 5%
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➤Terreno do Instituto

Lava Jato reitera pedido de condenação de Lula

Foto: Reuters/Reprodução
Ministério Público Federal reiterou em alegações finais nesta quinta-feira, 4, pedido pela condenação do ex-presidente Lula na ação penal sobre supostas propinas da empreiteira Odebrecht, que incluiriam um terreno de R$ 12 milhões que abrigaria o Instituto Lula e cobertura vizinha à residência do petista, de R$ 504 mil, em São Bernardo. A quatro dias das eleições presidenciais, a Operação Lava Jato pede que o petista seja condenado por nove atos de corrupção passiva e por sete atos de lavagem de dinheiro.

Lula está preso desde abril em Curitiba, base da Lava Jato. O petista foi condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso triplex.

Roberto Teixeira
A Procuradoria da República, no Paraná, pede ainda a condenação do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil, Governos Lula e Dilma), seu braço direito Branislav Kontic, os empresários Marcelo Odebrecht e Paulo Melo, da Odebrecht, Demerval de Souza Gusmão Filho, o engenheiro Glaucos da Costamarques e o advogado Roberto Teixeira.

No documento de 408 páginas, o Ministério Público Federal cobra de Lula R$ 75.434.399,44. O montante corresponde ‘ao valor total da porcentagem da propina paga pelo Grupo Odebrecht em razão das contratações dos Consórcios  Conpar, Refinaria Abreu e Lima, Terraplanagem Comperj, Odebei Plangás, Odebrei Flare, Odetech e Rio Paraguaçu’.

As alegações finais dedicam 86 páginas para ‘a atuação de Lula no exercício da Presidência da República‘. Em um dos trechos, os procuradores afirmam que Lula ‘foi o principal responsável pelo esquema de macrocorrupção estabelecido na Administração Pública Federal, destacadamente a distribuição das Diretorias da Petrobrás, com vistas à arrecadação de propinas, em benefício do enriquecimento de agentes públicos, da perpetuação criminosa no poder e da compra de apoio político de agremiações a fim de garantir a fidelidade destas ao governo federal’.


“O ex-presidente atuou diretamente na nomeação e na manutenção de Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Zelada nas Diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional da Petrobrás, com ciência acerca do uso dos cargos para a arrecadação, junto a empresários com contratos públicos, de propinas para distribuição a agentes e partidos políticos”, afirma a Procuradoria da República.

“Reprise-se: Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró, todos já condenados por corrupção, foram nomeados Diretores durante o Governo de Lula.”

Marcelo Odebrecht
O Ministério Público Federal afirma que, em 2010, período em que Lula ainda era presidente, Marcelo Odebrecht ofereceu propina em forma de terreno para abrigar o Instituto Lula. Os investigadores apontam que o imóvel ‘foi adquirido, e também teve a sua manutenção custeada, com recursos ilícitos do caixa geral de propinas’ do PT junto a Odebrecht.

Palocci
“O então presidente Lula designou Antonio Palocci para funcionar como um dos administradores do caixa geral de propinas mantido pelo Partido dos Trabalhadores junto ao Grupo Odebrecht, que, de seu lado, para esta finalidade, contava com a atuação de Marcelo Odebrecht”, descreve a Procuradoria.

Em outro trecho das alegações finais, a Procuradoria trata da lavagem de dinheiro na aquisição do apartamento 121 em São Bernardo do Campo.

Agência Estado

➤Horário de verão

Eleições e Enem provocam adiamento


horário de verão em 2018 será adiado novamente. Para evitar confusões durante a realização das eleições e do Enem, o início vai acontecer a 0h do dia 18 de novembro. A princípio, o começo do período aconteceria em meados de outubro, entre o primeiro e segundo turno das eleições.

Para não atrapalhar as apurações do dia 28, data do segundo turno, o governo decidiu pelo adiamento para o dia 4 de novembro, no dia da primeira prova do Enem. Porém, diante da possibilidade de dificultar a programação dos estudantes que farão prova, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, solicitou no dia 26 ao presidente Michel Temer outro adiamento. O MEC temia que candidatos pudessem perder o horário caso a mudança dos relógios acontecesse no dia do exame. Outra dificuldade seria a logística necessária para a aplicação da prova no Norte do País, onde alguns municípios ficariam com até três horas de atraso em relação a Brasília. 

A confirmação será publicada no Diário Oficial nos próximos dias. O horário de verão 2018-2019 terá 91 dias de duração, 35 a menos do que em 2017-2018. Um decreto do dia 15 de dezembro do ano passado definiu o início para o primeiro domingo de novembro. Antes, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia solicitado que a mudança não coincidisse com o segundo turno das eleições deste ano, marcado para o dia 28. Normalmente o começo é em outubro, mas isso faria com que as apurações tivessem horários diferentes em alguns Estados que não adotam a medida.

Todos os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste adotam o horário de verão, que vai até 16 de fevereiro de 2019.

Portal VEJA

➤É COMO PENSO!

Pela segurança, pela saúde, pela educação...


Finalmente termina hoje a propaganda  política gratuita (?) no rádio e na televisão. Agora só se houver segundo turno para ter que desligar o rádio nos horários reservados ao espaço político. Na televisão existe a solução dos canais pagos que nos livram da tortura.

Hoje, mais uma vez, vim para o Centro com o rádio do carro desligado. É impossível ouvir candidatos falando as mesmas coisas, fazendo as mesmas promessas e repetindo críticas, como sempre. Alguns nem sabem o que estão falando e outros não sabem nem dizer, mas falam e dizem.

Brinco sempre com minha mulher perguntando se ela não vai ligar o rádio para ouvir candidatos repetirem: “pela segurança, pela saúde, pela educação, vote em fulano de tal”

Acho, sinceramente, que não existe nenhum candidato que não prometa que vai lutar por mais segurança nas ruas, por mais hospitais e melhor atendimento para a saúde, que vai trabalhar por mais escolas e por uma educação que prepare nossas crianças para o futuro. Todos, ou quase todos, repetem a mesma coisa, mas nunca fazem o que prometem.

Ainda bem que poucos são os eleitos, mas é lamentável que muitos outros sejam reeleitos.

Quando chegam na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, urgentemente tratam de nomear seus assessores, de escolher um bom gabinete, de saber o quanto ganharão de diárias, que despesas podem fazer e, é claro, qual o salário que receberão por quatro anos, no mínimo.

Alguns ensaiam um arremedo de luta por segurança, por saúde e educação. A maioria usa os temas para, sendo de oposição, criticar o governo e, sendo de situação, defender o governo.

Solução que é bom, jamais. Repetem o mesmo discurso do horário gratuito (?) e falam para suas bases que estão trabalhando para cumprir as promessas de campanha.

Temos muitos casos típicos e clássicos de políticos que criaram um feudo eleitoral em determinados setores, e se dizem defensores intransigentes dos direitos de alguns. Aqui no RS tem o caso clássico de um candidato que se diz defensor dos aposentados, que só faz projeto que sabe que não será aprovado e se mantem, não sei há quantos anos, como congressista. Não faz nada pelos aposentados, mas segue jurando que é defensor dos aposentados e muitos aposentados acreditam e votam nele. Fazer o que?

Ainda bem que termina hoje, pelo menos até o segundo turno, caso aconteça. Ainda bem que serão só dois e que muitos que prometeram “pela segurança, pela saúde e pela educação” só voltam na próxima eleição. Aliás, tem candidato de todas as eleições. Conheço alguns que nunca passaram de 100 votos, mas são candidatos.

A partir de hoje, pela liberdade de ligar o rádio, de assistir televisão sem ter que aguentar algumas figuras que vou te contar.

E não precisa votar em mim, pois não sou candidato!

É como penso!

Machado Filho


➤Tensão no PT

Temor de derrota no 1º turno


O desempenho do candidato Fernando Haddad nas mais recentes pesquisas do Ibope e Datafolha e a ameaça de uma derrota no primeiro turno para Jair Bolsonaro (PSL) acentuaram diferenças internas e levaram o PT a procurar culpados e buscar correções na reta final da disputa presidencial. O principal revés da candidatura Haddad ocorreu no índice de rejeição, que disparou nos últimos dias – crescendo de 9 a 11 pontos porcentuais nas sondagens dos institutos divulgadas nesta semana.

Segundo relatos, as discordâncias entre o círculo mais próximo de Haddad e o grupo ligado à direção do PT ficaram evidentes na reunião da coordenação da campanha realizada na terça-feira, 2, na casa que abriga a produtora de vídeos da campanha, em São Paulo.

Enquanto um grupo defendia que o candidato imponha mais sua personalidade e seja “mais Haddad” nesta reta final para amenizar os efeitos do antipetismo, outro exigia a manutenção do roteiro original traçado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato -, no qual o candidato é o porta-voz do programa de governo elaborado pelo PT.

Aos poucos, as críticas até aqui veladas ao programa de governo, considerado “radical” por muitos petistas, começam a ficar públicas. Na terça-feira, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou, durante evento de campanha em um bar na Vila Madalena, na zona oeste da capital paulista, que Haddad deve abandonar a proposta de convocação de uma Constituinte, prevista no programa.

“Tira do programa. Dá uma tesoura para recortar esse negócio de Constituinte, que já está sendo explorado pela direita”, disse Teixeira, sob aplausos.

O diagnóstico de que uma onda de fake news direcionada para ao eleitorado evangélico de baixa renda é o maior motivo para o aumento da rejeição ao candidato também é alvo de especulações internas. Para setores importantes do PT, a campanha falhou ao subestimar o potencial de estrago das fake news.

A área jurídica também é alvo de críticas por não conseguir derrubar na Justiça as postagens falsas em tempo compatível com o ritmo da campanha presidencial.

Até a semana passada integrantes da coordenação da campanha consideravam as fake news inofensivas e se diziam mais preocupados com a cobertura da mídia tradicional, segundo eles antipática ao PT. “A campanha tem respondido prontamente a todas calúnias e notícias falsas, o que não quer dizer que isso é suficiente”, afirmou o secretário nacional de Comunicação do PT, Carlos Árabe.

Árabe admite que a estrutura de Bolsonaro nas redes, segundo o petista montada em 2013, é mais eficiente e bem estruturada do que a do PT, criada a partir de 2016.

O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, responsável pelo setor jurídico da campanha, foi procurado pela reportagem, mas não respondeu.

Luiz Marinho
O desempenho sofrível dos candidatos do PT aos governos de São Paulo, Luiz Marinho, e do Rio, Márcia Tiburi, também é apontado por dirigentes e lideranças petistas como um dos motivos para que o ritmo de crescimento de Haddad nas pesquisas tenha diminuído.

Márcia Tiburi
Marinho, com 8% das preferências, segundo o Ibope, tem, por enquanto, o pior desempenho de um petista da história no maior colégio eleitoral do País. Márcia, com apenas 5% no Ibope, amarga a sétima colocação no Estado que tem o terceiro maior eleitorado do País.

Haddad, que teve crescimento meteórico desde que foi oficializado candidato, no dia 11 de setembro, estacionou em 21% na penúltima pesquisa Ibope/Estado/TV Globo e oscilou positivamente para 23% na sondagem divulgada nesta quarta-feira, 3. Petistas ainda temem que Bolsonaro seja eleito na votação em primeiro turno.

ISTO É/ESTADÃO

➤OPINIÃO

Números do desastre petista

A trágica herança deixada pelos últimos anos da era lulopetista na economia fica evidente também nos dados sobre a demografia das empresas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar. Em 2016, último ano da desastrosa passagem de Dilma Rousseff pela Presidência da República, o Brasil perdeu 70,8 mil empresas, o que resultou na demissão de 1,6 milhão de trabalhadores. É o que mostra o estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2016 divulgado pelo IBGE.

O fato de esse ter sido o terceiro ano consecutivo em que o saldo total de empresas em operação no País foi negativo comprova, com estatísticas expressivas sobre a deterioração do ambiente empresarial, o que outros indicadores já mostravam. A crise que afetou duramente o País começara efetivamente em 2014. Foi o ano em que, escondendo dados sobre a realidade da economia e das finanças públicas e fazendo promessas que jamais poderia cumprir, Dilma iludiu boa parte do eleitorado e conseguiu sua reeleição.

As mentiras com que Dilma e sua companheirada animaram a campanha eleitoral tinham pernas curtas, a recessão se instalou, as pedaladas fiscais com que o governo petista tentou esconder a gravidade da crise das contas públicas se evidenciaram e a presidente, afinal, foi definitivamente afastada do cargo no dia 31 de agosto de 2016. Os efeitos de sua danosa gestão, porém, persistiram por vários meses após seu impeachment. Desse modo, comprometeram o início do governo de seu sucessor legítimo, Michel Temer, a despeito do esforço deste para iniciar um severo controle das contas públicas destroçadas nos anos anteriores.

Em 2016, havia 4,5 milhões de empresas ativas, que ocupavam 38,5 milhões de pessoas, das quais 32,0 milhões eram assalariadas e 6,5 milhões, sócias ou proprietárias. Em relação ao ano anterior, o saldo total de empresas caiu 1,6% e o total de pessoal assalariado, 4,8%.

A taxa de entrada das empresas no mercado, que mede a proporção de empreendimentos iniciados no ano em relação ao universo total das empresas, por sua vez, caiu pelo sétimo ano consecutivo. Essa taxa fixou em 14,5% em 2016, o menor valor da série iniciada em 2008. Isso sugere que, no Brasil, os efeitos da crise financeira mundial de 2008 - que afetaram a disposição de empreender em todo mundo durante algum tempo - se estenderam por um período mais longo em razão das imensas dificuldades que a equivocada política econômica do governo Dilma impôs à atividade empresarial.

O impacto negativo dessa política econômica foi particularmente notável nas estatísticas sobre as empresas consideradas de alto crescimento. São as empresas que desempenham um papel socioeconômico mais relevante, pois estão nessa classificação aquelas que aumentaram o número de empregados em pelo menos 20% ao ano, em média, por três anos consecutivos e tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial da classificação. Entre 2015 e 2016, o número dessas empresas diminuiu 18,6% e seu pessoal assalariado caiu 23,5%. Mesmo assim, embora representassem apenas 0,9% do total do universo das empresas, elas ocupavam o equivalente a 8,3% de todo o pessoal assalariado.

O forte impacto social negativo dos últimos anos do governo de Dilma é nítido também nas taxas de desocupação aferidas regularmente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, também do IBGE. Essa taxa é a média do trimestre móvel encerrado no mês de referência. Ela começa a subir no trimestre encerrado em janeiro de 2015, primeiro mês do segundo mandato de Dilma, quando ficou em 6,8%. Um ano depois, já estava em 9,5%. A deterioração do mercado de trabalho em consequência da recessão provocada pelos equívocos da política econômica petista se acentuou nos meses seguintes, até alcançar seu ponto máximo em março de 2017, quando chegou a 13,7%.

São números que o eleitor deveria levar em conta quando for depositar seu voto domingo.

Portal Estadão

➤Entrevista na cadeia

Lewandowski autoriza e Toffoli proíbe novamente


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski  autorizou novamente, na noite desta quarta-feira (3), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  fosse entrevistado da prisão onde se encontra, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Porém, o ministro encaminhou os autos ao presidente do STF, Dias Toffoli,  que manteve a própria decisão proferida na segunda-feira (1º) de proibir o ex-presidente de falar com jornalistas.

"Louvando a iniciativa do eminente Relator, Ministro Ricardo Lewandowski, registro que a decisão liminar proferida (...) pelo Vice-Presidente da Corte, Ministro Luiz Fux, no exercício da Presidência, deverá ser cumprida, em toda a sua extensão, nos termos regimentais, até posterior deliberação do Plenário.", destacou Toffoli em seu despacho. 

Mais cedo, Lewandowski  assinalou em sua decisão:

"Julgo procedente a reclamação para cassar a decisão reclamada, nos termos do art. 992 do CPC, restabelecendo-se a autoridade do STF (...), para que seja garantido, incontinenti, ao reclamante o direito à livre manifestação de pensamento, a fim de que possa conceder entrevista, caso seja de seu interesse, sob pena de configuração de crime de desobediência, com o imediato acionamento do Ministério Público para as providências cabíveis, servindo a presente decisão como mandado". 

"A fim de evitar-se tumulto processual, insegurança jurídica e instabilidade no sistema de Justiça, encaminhem-se os autos ao Presidente do Tribunal, o Ministro Dias Toffoli , para deliberar o que entender de direito. Oportunamente, voltem conclusos a este Relator", também declarou o ministro em sua decisão.

Entenda a cronologia do caso:

28 de setembro (manhã): ministro Ricardo Lewandowski autoriza a Folha de S. Paulo  a entrevistar o ex-presidente Lula direto da prisão onde se encontra, na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. 

28 de setembro (noite): o ministro Luiz Fux, vice-presidente do STF, concede suspensão de liminar, a pedido do Partido Novo, proibindo a entrevista  e eventual divulgação, sob pena do crime de desobediência. 

1º de outubro (tarde): Lewandowski determina novamente que a sua decisão seja cumprida e, no despacho, critica Fux. "A decisão proferida pelo ministro Luiz Fux 
[...] não possui forma ou figura jurídica admissível no Direito vigente, cumprindo-se salientar que o seu conteúdo é absolutamente inapto a produzir qualquer efeito no ordenamento legal” , afirma.

1º de outubro (noite): Dias Toffoli, presidente do STF, mantém a suspensão da entrevista pedida por Luiz Fux até "posterior deliberação do plenário".

3 de outubro (noite): Lewandowski autorizou novamente a entrevista de Lula, mas enviou decisão para Toffoli, que manteve a proibição e enviou ao plenário.

GZH/Conteúdo