segunda-feira, 1 de outubro de 2018

➤ÚLTIMAS

Para encerrar os trabalhos

Palocci diz que Lula sabia da corrupção na Petrobrás desde 2007
Ex-ministro afirmou, em delação premiada, que ex-presidente 'esbravejava sobre assuntos ilícitos em ambientes restritos'

Lula reuniu Palocci e Gabrielli no Alvorada para cobrar recursos do pré-sal para campanha de Dilma
Delação de ex-ministro relata 'delírio político' do ex-presidente com riqueza do pré-sal e negócios de construção de navios-sondas e reunião em 2010 com primeira cobrança explícita de propina de Lula

Palocci: campanha de Dilma em 2014 custou R$ 800 milhões, o dobro do declarado ao TSE
Em termo de delação número 1, ex-ministro do PT afirma que 'a maior parte das doações registradas no TSE é acometida de origem ilícita'

Lula nomeou delator na Petrobrás com ‘apoio’ de Temer, afirma Palocci
Jorge Zelada, que ocupou a Diretoria Internacional da estatal petrolífera, foi preso na Operação Lava Jato, fechou acordo de colaboração premiada e se comprometeu a devolver R$ 70 milhões

Empresários abriam ‘na confiança’ contas para o PT no exterior, afirma Palocci
Em sua delação premiada, tornada pública parcialmente nesta segunda, 1, pelo juiz Moro, ex-ministro dos Governos Lula e Dilma revela que a maior parte das doações registradas no Tribunal Superior Eleitoral 'tem origem ilícita'

Lula diz que Palocci mentiu em delação para 'obter generosos benefícios'
Delação do ex-ministro foi tornada parcialmente pública nesta segunda-feira. Dilma diz que Palocci inventou que campanhas da ex-presidente tenham arrecadado R$ 1,4 bilhão.

Em Curitiba, Haddad defende regulação dos veículos de comunicação
Candidato do PT nas eleições 2018, ele também comentou sobre a necessidade de uma nova Constituinte

Charles Aznavour, morto aos 94 anos, foi um fenômeno de sucesso atemporal
Suas letras descreveram a vida boêmia, os sonhos de juventude, a vida de artista aspirante, a fome que a acompanhava, o sexo, os amores perdidos e conquistados, paixões

➤BOA NOITE!

MAIS UM MOMENTO DE SAUDADES!
CHARLES AZNAVOUR
LA MAMMA



➤Indonésia

Aumentou para 844 o número de mortos


O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, afirmou, em entrevista coletiva em Jacarta, que o número de mortos ainda aumentará porque há "centenas de vítimas" soterradas em Petobo, uma área de Palu.


Das 844 mortes, 821 desses ocorreram em Palu, 12 em Parigi Moutong e 11 no distrito de Danggala, segundo os dados oficiais. A lista ainda conta com 90 desaparecidos, 632 feridos internados em diversos hospitais e 48.025 pessoas atendidas em 103 centros de amparo.


Equipes de resgate reclamam da escassez de medicamentos e da falta do equipamento necessário para alcançar os sobreviventes presos em prédios desmoronados.

Como resultado, as autoridades na cidade de Palu, onde foram confirmadas 23 mortes, temem que o número aumente nos próximos dias, com os surtos de doenças causadas pela decomposição de corpos, o que é uma grande preocupação.

O alerta se estende para a região de Donggala, ao norte de Palu, onde vivem 300 mil pessoas, e mais dois distritos nos quais a comunicação foi interrompida. Segundo as autoridades, não é possível estimar o número de vítimas na área.

Soterrados


As autoridades da Indonésia advertem também que ainda há vítimas sob a lama e os escombros.

Também aumentou o número de vítimas entre estrangeiros, subindo de 71 para 114, quando começou a catástrofe com um terremoto de 6,1 graus na escala Richter e foi seguido, três horas depois, por outro de 7,5 graus e um tsunami que causou a maioria das vítimas.


As autoridades continuam os trabalhos de busca e resgate de sobreviventes e vítimas, enquanto técnicos trabalham para restabelecer os serviços básicos e o fornecimento de energia.

O Ministério da Saúde se encarrega de fornecer profissionais e material médico a essa região, onde fazem falta especialistas em ortopedia, cirurgiões gerais, neurocirurgiões, anestesistas e enfermeiros.

Ag.Brasil/EFE/DW

➤Candidato do PT

Haddad visita Lula pela quarta vez

Foto: Reprodução
O presidenciável petista Fernando Haddad cumpre nesta segunda-feira, dia 1º, mais uma agenda de campanha em Curitiba, mais precisamente na sede da Polícia Federal, onde está preso desde abril o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Lava Jato. É a quarta visita de Haddad a Lula desde que o ex-prefeito se tornou oficialmente o candidato do PT ao Palácio do Planalto.

Assim como nas outras oportunidades, após a visita – que dura, em média duas horas -, Haddad vai conceder uma entrevista coletiva à imprensa. Integrante da equipe de advogados do ex-presidente desde o início de julho, o petista já cumpriu essa mesma rotina outras nove vezes, antes como coordenador de campanha. A seis dias da eleição, ele vai aproveitar a viagem para também fazer um ato público no centro da cidade.

Mas, se são inevitáveis diante da necessidade de Haddad continuar se favorecendo da transferência de votos do eleitor lulista – ele subiu 13 pontos nas pesquisas de intenção de voto em 15 dias -, os encontros frequentes têm exigido da campanha do candidato explicações sobre qual seria o papel do ex-presidente diante de um eventual governo Haddad. E se a vitória seria ou não acompanhada de um indulto presidencial a Lula.


Pressionado, Haddad já afirmou publicamente que não concederia o indulto, mas porque essa não é a vontade do ex-presidente, que preferiria aguardar por um novo julgamento para provar sua inocência. Já sobre a participação de Lula, caso vença a eleição, o candidato tem sido mais claro, afirmando que o padrinho político “será um grande conselheiro”. O presidenciável petista também já declarou que não deixará de fazer as visitas caso vença a eleição.

Para o professor de Filosofia da Faap Luiz Bueno, a aceitação das visitas de Haddad a Lula varia de acordo com o eleitor. “O eleitorado tradicional do PT tem interesse em votar no Lula. Então, não se afetam com isso, não conhecem direito o Haddad, mas veem essa continuidade”, diz. Por outro lado, segundo Bueno, esses encontros podem passar uma “incerteza” sobre quem iria governar, em caso de vitória do PT, diante da falta de autonomia de Haddad.

Nessa última semana antes do primeiro turno da eleição, Haddad vai concentrar suas agendas no Sudeste, onde seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PSL), coloca maior vantagem sobre o petista – segundo a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, o deputado federal tem 31% das intenções de voto na região, ante 16% do candidato petista.

Nesta segunda mesmo, após o ato púbico em Curitiba, o presidenciável petista segue para o Rio. Ainda nesta semana, Haddad deve participar de eventos públicos em São Paulo. 

IstoÉ/Estadão

➤ENTREVISTA

Dirceu defende tirar poder do MP e diz que Lava Jato foi um dos maiores erros do país

Foto: Agência Brasil/Reprodução
O ex-ministro petista José Dirceu disse neste fim de semana em Teresina, capital do Piauí, que a Lava Jato foi um dos maiores erros do país e defendeu tirar poder de investigação do Ministério Público. Condenado a 30 anos e 9 meses de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região por crimes investigados pela própria Lava Jato, ele foi solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode aguardar em liberdade enquanto tem chance de reverter a condenação em tribunais superiores.

Enquanto isso percorre o país divulgando seu livro “Memórias” e articulando apoios para Fernando Haddad (PT) num eventual segundo turno e num eventual governo – o que inclui uma reaproximação com o MDB, partido decisivo para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.  Em Teresina, em entrevista ao programa Café com Informação, o ex-ministro, homem forte do governo Lula, criticou a condução coercitiva, a condenação – segundo ele, sem provas – e a prisão do ex-presidente.

“A Lava Jato se transformou num dos maiores erros do país, num balanço isso vai ficar claro. Todos os empresários fizeram delação e ficaram com seus bens. Todas as empresas quebraram, ou estão inabilitadas, ou praticamente paralisadas”, disse Dirceu. O petista alega que a força-tarefa estagnou o país, que  antes era um dos  maiores construtores de siderúrgicas, estaleiros, rodovias, ferrovias, metrôs, aeroportos, da América Latina. Hoje não se constrói mais nada.”

O petista defende que o combate a corrupção deve focar também no Judiciário e que as ações da Lava Jato têm fins políticos e violam a Constituição. “Eles não falam nunca. Os ministros do Supremo Tribunal Federal enchem a boca para falar da corrupção endêmica e esquecem do Judiciário. E isso com a corregedora Eliana Calmon fazendo um relatório final e dizendo depois em entrevistas que abafaram as investigações nos tribunais de justiça e que o CNJ se transformou num órgão corporativo, que defende os interesses e os privilégios do Judiciário e não faz o controle externo” afirmou.

O ex-ministro criticou também as investigações conduzidas pelo Ministério Público, que segundo ele virou uma “polícia política”. “O Ministério Público não pode investigar. Ele acusa. Quem investiga é a Polícia Federal e a Polícia Civil. Quem decidiu isso? A Constituinte. Eles perderam essa votação na Constituinte”, disse Dirceu, para em seguida defender a retirada do poder de investigação do MP, garantido pelo STF.

“O Supremo em 2016 deu poder de investigação ao Ministério Público. Qual o resultado? Agora tem investigações sigilosas. Inclusive o ministro Gilmar Mendes tem criticado. Tem que tirar o poder de investigação do Ministério Público. O Ministério Público só é pra acusar. O Ministério Público virou uma polícia política. Não há controle nenhum. E mais. Uma corporação com os maiores privilégios que existem no país. É um escândalo a folha de pagamento de um procurador da República. E foi quem mais combateu a reforma da Previdência. Quem mais fez lobby contra a reforma da Previdência.”

“Tomada do poder é questão de tempo”, disse Dirceu ao El País
Na semana passada, em entrevista ao jornal “El País”, Dirceu afirmou que “é uma questão de tempo” para os petistas retornarem ao poder, independentemente do resultado das eleições. “Acho improvável que o Brasil caminhará para um desastre total. Na comunidade internacional isso não vai ser aceito. E dentro do país é uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição.”

Gazeta do Povo

➤PRESIDENCIÁVEIS


Saiba o que disseram os principais 
candidatos nas últimas horas.


Bolsonaro critica empréstimos do BNDES à Venezuela
Candidato afirmou em post que, se eleito, dará foco a investimentos no Brasil.





Haddad diz ter propostas para transformar o ensino médio
Petista prometeu fortalecer programas para a área e também divulgou carta de Lula.





Ciro afirma que teto de gastos pode causar colapso na saúde pública
Candidato também elogiou protesto de mulheres no sábado.





Alckmin defende investir em polícia científica e tecnologia
Tucano também propôs mudanças em lei para incentivar contratação de jovens.






Sociedade não pode trocar liberdade por segurança, diz Marina
Candidata alertou que Brasil pode cair 'nos extremos' e pregou pacificação.

➤OPINIÃO

O dia seguinte


Há que se relativizar a ideia amplamente propagada de que foi o processo eleitoral que dividiu a Nação segundo os dois extremos do espectro político-ideológico. Primeiro, porque não é verdade. Além disso, a divisão política que ocorre com a sociedade no processo eleitoral não é um mal por si só. Ao contrário, é esperada no curso de uma campanha eleitoral democrática. Uma eleição contrapõe visões distintas sobre os rumos de um país e é de sua natureza opor opiniões e crenças diferentes, mas num dissídio que cessa assim que são apurados os votos – e não quando os “inimigos” são dizimados, como na guerra.

A julgar pelos resultados das pesquisas de intenção de voto, observa-se que, de fato, diante dos nomes sob escrutínio, os candidatos que compõem o chamado centro político – não o “centrão”, mas uma zona onde o compromisso é a saída natural dos dissídios – têm sido preteridos por candidatos que representam valores e ideias que, até recentemente, eram pouco aceitos pela maioria dos eleitores. Viceja o discurso sectário, a negação do diálogo para a construção de um compromisso nacional em torno das medidas a serem adotadas para tirar o Brasil da atual crise política, econômica e moral.

A polarização é própria da política eleitoral. Porém, passada a eleição, deve prevalecer um espírito de boa vontade entre todos os cidadãos, governantes e governados, para que as dissensões não deem início a outra crise, esta de consequências imprevisíveis. E o primeiro a estar imbuído por este espírito de compromisso há de ser o vencedor nas urnas.

No dia 28 de outubro, o País conhecerá o futuro presidente da República. É improvável que o eleito, seja quem for, conte com a simpatia ou a boa vontade da imensa maioria da população. Mas na manhã de segunda-feira, dia 29, milhões de brasileiros irão acordar para mais um dia de trabalho duro. Um deles terá a árdua missão de preparar o governo de um país em crise e carente não apenas de um discurso, mas de gestos de união.

A exemplo das instituições que lhe servem, a sociedade também deverá estar preparada para aceitar o resultado das urnas, seja qual for. Não será com o aprofundamento das fissuras que hoje desviam as atenções de expressivos segmentos da população do que realmente importa – as soluções para os graves problemas nacionais, e não a campanha de eliminação dos “inimigos” na lide política – que o País haverá de reencontrar o caminho para um futuro de paz, tranquilidade política e estabilidade econômica há muito almejado.

Já é conhecido o trabalho que deve ser feito tanto pelo próximo governo como pelo Congresso Nacional para que, nos próximos anos, o País possa sanear as contas públicas, atrair novos investimentos e, assim, voltar a crescer. 

Sugestões não faltam e são de conhecimento público, lastreadas por uma série de estudos assinados por especialistas genuinamente preocupados com o progresso do País. O próximo governo não poderá se afastar da agenda de reformas estruturantes cuja execução é condição sine qua non para a manutenção da solvência do Estado e, consequentemente, da capacidade de investir em áreas essenciais como saúde e educação.

Faz parte da agenda básica a reforma da Previdência, sem a qual o shutdown do Estado não será mais uma mera ameaça, mas uma realidade de tristes consequências. Louve-se aqui a disposição do presidente Michel Temer de, ao alto preço de desgastar ainda mais sua imagem, oferecer ajuda a seu sucessor para encaminhar a aprovação da reforma ainda este ano, aliviando a pressão, que já não será pequena, sobre o novo presidente a partir de janeiro de 2019.

Há um país a ser governado. Há problemas concretos que demandam rápidas ações para que seus efeitos nocivos sobre a sociedade sejam interrompidos. Uma massa de 13 milhões de brasileiros desempregados espera poder voltar a trabalhar vença quem vencer. A despeito das preferências políticas de cada um, o momento é de assunção de um compromisso nacional em torno de uma agenda de medidas essenciais, sem as quais qualquer debate político não será mais do que gritos de torcedores.

Portal Estadão