quarta-feira, 19 de setembro de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DOS GRANDES CANTORES
ANDRÉA BOCELLI
CON TE PARTIRO



➤Bares na Orla do Guaíba

Prefeitura assina permissão para mais dois
 

A Prefeitura de Porto Alegre assinou hoje (19) o a permissão de uso dos bares 2 e 3 da Orla Moacyr Scliar. Os estabelecimentos serão gerenciados pelas empresas Bonan Picon Pizzeria Ltda. e Bar do Espartano, respectivamente.

“Estamos devolvendo para a população mais uma etapa da Orla. Pedimos aos permissionários que nos ajudem a fazer deste trecho um local de convivência pacífica, com excelência no serviço prestado”, disse o prefeito Nelson Marchezan.
  
Os permissionários dos bares, Leandro da Silva de Oliveira e Ramon Nobre da Luz, observaram que se trata de um local nobre na cidade e certamente será um negócio que proporcionará retorno tanto para o município, quanto para os cidadãos e para os próprios empresários.

As empresas têm cerca de 60 dias para iniciarem o funcionamento dos bares. Em outubro, o Bar 1 e o Restaurante Panorâmico serão inaugurados no local. 

PMPA/Divulgação

➤Sítio de Atibaia

Moro defende sua competência para julgar ação


O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestação em que defende sua competência para julgar a ação penal no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu por supostamente ter recebido vantagens indevidas de empreiteiras na reforma de um sítio em Atibaia (SP)

Moro enviou ao Supremo decisão em que negou à defesa de Lula o envio do caso para a Justiça Federal de São Paulo. Os advogados alegam que a investigação não está relacionada a desvios na Petrobras e por isso não deve permanecer em Curitiba.

Na decisão, o magistrado reconhece ainda não ter ficado provado que dinheiro de contratos com a Petrobras foram diretamente utilizados na reforma do sítio, mas disse que essa ligação só poderá ser melhor examinada ao longo do processo, e não ser descartada antecipadamente.

“Se os elementos probatórios citados são suficientes ou não para a vinculação das reformas do sítio a acertos de corrupção em contratos da Petrobras, ainda é uma questão a analisar na ação penal após o fim da instrução e das alegações finais”, escreveu o magistrado.


Moro fez duras críticas à defesa e a Lula. Para ele, em vez de tentar esclarecer os pagamentos das obras, a defesa prefere “apelar para a fantasia da perseguição política”. O juiz escreveu ainda que Lula “ao invés de esclarecer os fatos e os motivos, prefere ele refugiar-se na condição de vítima de imaginária perseguição política”.

O caso chegou ao STF depois que a Segunda Turma decidiu, por maioria, em abril, que trechos sobre o sítio que constam nas colaborações premiadas de ex-executivos da Odebrecht, uma das empreiteiras envolvidas no caso, deveriam ser remetidos para a Justiça Federal de São Paulo, de modo a serem melhor apurados.

Mesmo com a decisão do STF, Moro decidiu dar prosseguimento à ação penal, por entender haver outras provas no processo suficientes para sustentar o caso. A defesa de Lula reclamou ao Supremo. Por duas vezes, o relator da reclamação, ministro Dias Toffoli, negou liminares para que o processo fosse retirado de Moro.

Com a posse de Toffoli, neste mês, como presidente do STF, a reclamação foi encaminhada para a ministra Cármen Lúcia, nova relatora. Ela deverá decidir sobre como proceder para o julgamento do mérito da questão. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que o caso do sítio em Atibaia (SP) permaneça nas mãos de Moro.

Agência Brasil

➤Ibope:

Um terço do eleitorado pensa em voto útil

A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira identificou que aproximadamente um terço do eleitorado brasileiro está propenso a dar um voto útil, com o objetivo de impedir a vitória de outro candidato. Segundo o instituto, 32% dos eleitores classificam como "muito alta" ou "alta" a probabilidade de escolher um nome que não seja o seu preferido para evitar que outro candidato vença a disputa.

O Ibope fez a seguinte pergunta aos entrevistados: "Votaria em um candidato que não seja de sue preferência para evitar que outro que você não goste vença?". Ao todo, 14% classificaram a possibilidade como "muito alta", enquanto 18% disseram que a chance é "alta". Dos entrevistados, 18% disseram que a possibilidade é média, 20% classificaram como "baixa", 23% afirmaram ser "muito baixa" e 6% não souberam opinar ou não responderam.

O levantamento registrou o crescimento de onze pontos percentuais, em uma semana, do candidato do PT, Fernando Haddad - saiu de 8% para 19%. Jair Bolsonaro (PSL) permanece na frente, com 28%, uma oscilação positiva de dois pontos percentuais, dentro da margem de erro, na comparação com a sondagem anterior. São os dois únicos candidatos que têm trajetória ascendente desde o início da série de pesquisas, em 20 de agosto: Bolsonaro tinha 20% na ocasião, enquanto Haddad marcava 4%.

A polarização entre Bolsonaro e o PT também pode ser verificada nos índices de rejeição: 42% dos eleitores dizem que não votariam "de jeito nenhum" no candidato do PSL, uma oscilação positiva de um ponto na comparação com o levantamento anterior; já a rejeição de Haddad subiu seis pontos no período, passando de 23% para 29%.

Portal O Globo

➤Marcio Coimbra/Gazeta do Povo

O que será das duas esquerdas após a eleição


Durante esta campanha sobraram análises que apontavam para um novo duelo entre tucanos e petistas. Entretanto, há alguns anos o eleitorado fornece sinais de que está cansado desta polarização. Esta ruptura poderia ter acontecido no último pleito presidencial não fosse o ataque sistemático de Dilma Rousseff para cima de Marina Silva.

O Brasil, como já frisei aqui, passa por ciclos políticos de 30 anos, quando sempre faz a opção pela ruptura com o sistema. Neste ano estamos diante do fechamento do período da Nova República, que se iniciou com a eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Depois de um período de praticamente três décadas de polarização, caminhamos aos poucos para um novo ciclo.

Desde as eleições de 1994 o Brasil faz a opção entre dois modelos de esquerda. Aquele de viés social-democrata, menos radical, porém intelectual, e outro de vertente sindical, sem o verniz dos tucanos, mas com estrutura política espalhada nos mais diversos tecidos da sociedade. O petismo, nascido no sindicalismo, espalhou-se por diversos campos, fincando bandeiras em movimentos sociais e inclusive na classe artística, sua aliada histórica.

Tucanos e petistas são duas faces de uma mesma moeda, uma esquerda intelectual e outra sindical. Na Europa, por exemplo, geralmente estão no mesmo partido. É o caso dos trabalhistas ingleses, do SPD alemão ou do PSOE na Espanha. No Brasil dividiram-se em duas partes em função do contexto político e acabaram duelando durante um longo período nas urnas.

O fato é que durante muito tempo o Brasil não possuiu uma força autenticamente de direita. Os antigos Arena, PDS, PFL PPR, PPB, PP, hoje Progressistas, eram agremiações de certo cunho conservador, mas patrimonialistas, dirigidas por grupos que, no poder, jamais aplicaram políticas liberalizantes profundas que mudassem a face do Brasil. Na economia, seguiram a política da intervenção econômica adotada pelos últimos presidentes militares.

A ascendência de Jair Bolsonaro surge como uma resposta de grande parte da sociedade que se tornou represada desde a implementação do duelo tucano-petista. O avanço da agenda vermelha nos últimos anos fez com que estes grupos se organizassem e buscassem voz. Ao encontrar no capitão-deputado alguém que enfrentava o modelo em curso, optaram por essa alternativa.

Bolsonaro passa pelas duas esquerdas e reorganiza o quadro político, especialmente quando ocupa o quadrante da direita, fazendo com que os tucanos tenham que assumir sua postura real. Não surpreende que em um segundo turno entre direita e petistas, o PSDB apoie Haddad. É um realinhamento natural que faz bem para democracia brasileira.

Este rearranjo ocorre no momento histórico previsto, ou seja, 30 anos após a eleição de Fernando Collor, assim como este surgiu 30 anos depois de Jânio Quadros, que veio 30 anos depois de Getúlio Vargas. A mudança representada por Bolsonaro é mais profunda do que podemos imaginar. Um realinhamento político está em curso e o resultado das urnas servirá de ponto basilar para esta avaliação dos novos rumos do país.


➤É O QUE PENSO!

Nós contra Eles


Foi exatamente o tipo de luta e enfrentamento que ninguém desejava que Lula, seu PT e a voracidade pelo poder, estabeleceram entre o povo brasileiro. Suas mentiras e promessas, suas autoafirmações de ‘salvador da pátria’, de pai dos pobres, criaram o jogo de que existe no Brasil uma classe de ricos e uma de miseráveis. A diferença, é claro, existe, mas não ao ponto de criar um antagonismo que beneficie a quem se diz defensor dos que tem menos contra a ganância dos que tem mais.

O ex-presidente, preso por corrupção e lavagem de dinheiro, condenado em duas instâncias e defendido somente por quem aceitou o jogo sujo da luta entre classes no Brasil, segue iludindo, mentindo e enganando os que mais precisam e, lamentavelmente, quem aceita a verdadeira esmola do Bolsa Família como a salvação tão desejada. Se bem que para quem não ganha nada, o mínimo é o máximo. E quem roubou quem enriqueceu com o dinheiro que pertence, ou deveria pertencer, aos brasileiros, segue jogando para manter o domínio sobre um povo sofrido, miserável, analfabeto, que vê nos tostões recebidos, a salvação para sua vida de miserabilidade.

A recente pesquisa do IBOPE mostra claramente que a situação que todos temiam, está posta diante de todos os que votarão no dia 7 de outubro. Faltam 17 dias para que fique bem clara a luta inventada por quem não se conforma em ter roubado muito e quer mais. O eleitor brasileiro, no primeiro domingo de outubro, decidirá entre Nós e Eles, bem como o PT sempre desejou e incentivou.

Na pesquisa divulgada ontem (18), Jair Bolsonaro cresce entre os que são mais escolarizados e entre os que ganham acima de cinco salários mínimos. Já Fernando Haddad ganha votos entre os analfabetos e menos escolarizados e, principalmente, entre os que ganham menos de um salário mínimo, ou seja, os que vivem das esmolas oferecidas pelos que hoje estão ricos e presos por corrupção.

Mas um detalhe é muito mais preocupante. Trata-se da estratégia montada pelo PT para se manter no poder. O partido que passou os últimos anos chamando a todos os que votaram pelo impeachment de Dilma Rousseff, de golpistas, vai procurar exatamente aqueles que se levantaram contra a corrupção, contra a roubalheira institucionalizada por ele para pedir votos e apoio.

Ninguém representa mais o MDB do que Michel Temer, e poucos representam o PSDB como Aécio Neves. Pois o PT, diante da perspectiva de voltar ao poder, esquece que os que foram inimigos até aqui, podem ser seus grandes aliados na busca pelo Planalto. E partem para cima dos ‘golpistas’, para buscar os votos necessários. Quem pode salvar o PT na próxima eleição, são os golpistas, o partido do Fora Temer, os tucanos indigestos.

Sem nenhum pudor, sem qualquer tipo de vergonha, o Partido dos Trabalhadores vai buscar nos inimigos que criou a solução para seus devaneios de poder e manutenção da mentira, da ilusão, da corrupção.

Acho que está mais do que na hora do brasileiro mostrar que tem vergonha na cara, que não quer mais a manutenção da mentira, da falsidade e das duas caras do petismo, e acabar com o tipo de política que só tem feito mal ao Brasil.

Antes que me crucifiquem ou condem, quero deixar bem claro que não estou ao lado de nenhum candidato especificamente. Minhas convicções políticas manifestarei na urna, secretamente.

É o que penso!

Machado Filho

➤OPINIÃO

A antecipação do 'voto útil'


A sombria perspectiva de um segundo turno da eleição presidencial disputado entre extremistas, francamente indispostos à negociação política para alcançar o urgente consenso nacional, antecipou a estratégia do chamado “voto útil” – quando se defende o voto em determinado candidato não em razão de suas qualidades, mas por ser capaz de impedir a eleição de alguém considerado indesejado.

Em geral, esse tipo de campanha é deflagrado nos últimos dias antes do primeiro turno ou apenas no segundo turno, quando cada candidato retrata o adversário como um perigo para o futuro. Mas, desde que o PT começou a radicalizar seu discurso antagônico às “elites” e seu comportamento arrogante ante os que se recusavam a se dobrar à sua doutrina antidemocrática e a suas concepções irresponsáveis de Estado, o “voto útil” parece ter se tornado na prática um voto permanente contra esse partido.

Um dos exemplos mais significativos dessa indisposição ao PT se deu em 2016, quando o então prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad, perdeu já no primeiro turno para o novato tucano João Doria, sendo derrotado em todas as regiões da cidade. Até a véspera do pleito, pesquisas apontavam a possibilidade de um segundo turno entre Doria e Haddad, que ganhara fôlego na reta final, mas, ao mesmo tempo, indicavam a hipótese de vitória do tucano no primeiro turno. Diante da chance de impedir que o PT continuasse sua tão característica pregação intolerante num segundo turno, em que os candidatos têm igual tempo de exposição, e de dar nos petistas um corretivo exemplar no principal colégio eleitoral do País, o eleitor paulistano entregou-se ao voto útil. No dia anterior à votação, ainda havia 25% de eleitores dispostos a mudar de voto, a depender do cenário – clássica situação em que o cidadão vota de maneira “tática”. Foi o que decidiu a eleição.

Esse voto “tático” não é incomum, mas se manifesta de maneira mais significativa – e eventualmente decisiva – quando há polarização extremada. Assim, a radicalização do PT gerou seu antípoda perfeito, o iracundo movimento bolsonarista – que hoje parece atrair muitos eleitores que nem sabem bem o que Jair Bolsonaro (PSL) pretende fazer na hipótese de chegar à Presidência, mas veem nele o grande paladino do antipetismo.

Dessa maneira, o País corre o risco de enfrentar o pior dos cenários, em que os polos que representam o mais radical antagonismo, diante do qual a política tradicional é quase impotente, são justamente aqueles com enorme potencial eleitoral. Bolsonaro surge como líder consolidado de todas as pesquisas de intenção de voto, enquanto o petista Haddad deverá herdar ao menos parte do poderoso capital de seu padrinho, o ex-presidente Lula da Silva. O primeiro representa a negação do diálogo, essencial numa democracia; o segundo encarna um projeto liberticida de poder, que tem a corrupção política e o desprezo pelos fundamentos da economia como método. Nenhum deles está na campanha para oferecer saídas para a crise nacional – Bolsonaro, porque não tem o menor preparo para o cargo que disputa; e Haddad, porque é justamente do partido responsável pela crise. A campanha de ambos é, na verdade, uma guerra ideológica, que, levada adiante, terá o condão de agravar a já difícil situação do País.

Assim, não surpreende que, a pouco mais de 20 dias do primeiro turno, esteja a pleno vapor a campanha pelo voto útil – contra Bolsonaro, contra o PT e contra ambos ao mesmo tempo. Com isso, fica cada vez mais em segundo plano a discussão de planos de governo. O eleitor está sendo estimulado desde já a fazer sua escolha não em consideração, prioritariamente, ao que prometem os candidatos, mas sim levando em conta quem teria mais chance de impedir um tenebroso desfecho eleitoral.

É realmente lamentável que, no momento em que o País deveria estar discutindo soluções para seus graves problemas, o debate eleitoral esteja monopolizado por uma refrega entre minorias radicais. Nesse cenário, o voto útil surge como legítimo expediente democrático para punir os extremistas e sinalizar o desejo de restabelecer o valor do diálogo político em busca do consenso.

Portal Estadão – 19/09/2018

➤ANÁLISE:

Guerra entre petismo e antipetismo

Eliane Cantanhêde


Apesar dos xingamentos pelas últimas colunas, elas estavam corretas: o segundo turno está sendo antecipado e por uma disputa voto a voto entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, o que caracteriza ou a chegada da extrema direita ou a volta do PT ao poder. O eleitorado de Bolsonaro e de Haddad é bastante diferente. Enquanto o capitão atinge 41% com renda familiar mensal acima de cinco salários mínimos, o petista dispara de 10% para 27% entre os que têm renda de até um mínimo. A curva dos dois também se cruza quando se fala em escolaridade. Enquanto Bolsonaro sobe de 29% para 36% entre os mais escolarizados, Haddad pula de 6% para 24% entre os menos escolarizados. Grosso modo, um é preferencialmente candidato dos “ricos com diploma” e o outro, dos “pobres e mais ignorantes”.

A pergunta é se Bolsonaro e Haddad bateram ou não no teto. Se é para apostar, a resposta é não, pois o candidato do PSL sobe de pesquisa em pesquisa e, com 28%, logo bate 30%. E Haddad, que deu salto de 11 pontos, ainda está com 19%, bem longe do porcentual de Lula com sua candidatura fake. O resultado prático do Ibope é que o PT já despacha emissários para os partidos adversários, especialmente PDT de Ciro, PSDB de Alckmin e MDB de Meirelles, em busca de compromissos e apoios no segundo turno. E, obviamente, no governo. 

O segundo turno é uma segunda eleição, com tempo de TV igual, busca de alianças e embate cara a cara entre os candidatos. Isso tudo fará diferença, até porque, pelo Ibope, o segundo turno está ainda mais indefinido do que o primeiro foi durante todos esses meses, com empate entre Bolsonaro e Haddad. Mas uma coisa é certa: vai ser uma guerra entre petismo e antipetismo.

Portal Estadão