sábado, 1 de setembro de 2018

➤BOA NOITE!


SEMANA DA MÚSICA GAÚCHA
JOSÉ CLAUDIO MACHADO
MILONGA A BAIXO DO MAU TEMPO

OSVALDIR E CARLOS MAGRÃO
QUERÊNCIA AMADA





➤FUTEBOL











SÉRIE A22ª RODADA

Sábado - 02/09
16 horas
Grêmio 4 X 0 Botafogo – Arena Grêmio
Vitória 1 X 0 América MG – Barradão

19 horas
Vasco 0 X 3 Santos – Maracanã

21 horas
Corinthians 1 X 1 Atlético MG – Itaquerão

Domingo – 03/09
11 horas
Flamengo 0 X 1 Ceará – Maracanã

16 horas
São Paulo 1 X 1 Fluminense – Morumbi
Sport 1 X 0 Paraná – Ilha Retiro
Atlético PR 2 X 0 Bahia – Arena Baixada

19 horas
Cruzeiro 0 X 0 Internacional – Mineirão
Chapecoense 1 X 2 Palmeiras – Arena Conda

CLASSIFICAÇÃO


SÉRIE B 24ª RODADA

Segunda – 27/08
20 horas
Brasil 0 X 1 Coritiba – Bento Freitas

Terça – 28/08
19h15
Criciúma 0 X 0 Guarani – Heriberto Hülse

20h30
Oeste 0 X 1 São Bento – Arena Barueri

Sexta – 31/08
19h15
Paysandu 3 X 3 Juventude - Curuzu
Londrina 4 X 1 Atlético GO – Estádio Café

21h30
Ponte Preta 1 X 1 Vila Nova – Moisés Lucarelli
CRB 2 X 1 Sampaio Corrêa – Rei Pelé

Sábado – 02/09
16h30
Avaí 0 X 1 Figueirense – Ressacada

19 horas
Goiás 3 X 1 Fortaleza – Olímpico

21 horas
Boa Esporte 3 X 0 CSA - Varginha

CLASSIFICAÇÃO


➤OPINIÃO

Fachin mostrou as garras


Sem dúvidas, da sessão que determinou o fim da farsa montada pelo PT e que impugnou a candidatura de Lula, condenado e preso por lavagem de dinheiro e corrupção, restou o episódio lamentável do voto do ministro Edson Fachin, petista declarado, ex-advogado do partido e nomeado por Dilma para o STF.

Dos sete ministros que votaram na noite de ontem (31), Fachin foi o único que, provavelmente atendendo determinação de seu chefe, admitiu a palhaçada feita por dois dos 18 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que recomendou a participação de um condenado e preso na campanha eleitoral.

Dos sete ministros que integram o Tribunal Superior Eleitoral, seis, exatamente seis, acompanharam o voto do relator, ministro Luiz Barroso, que desconsiderou a manobra feita por dois consultores particulares que emitiram um parecer que, segundo os mesmos, só será apreciado pelo plenário do Conselho no ano que vem, sem previsão de data.

Disse o relator, entre outras coisas, que o parecer não tem nenhuma força e descartou, de plano, aquilo que os advogados petistas tanto queriam, ou seja, a aceitação do parecer dos consultores que jamais  consultaram o governo brasileiro ou permitiram que houvesse uma contra argumentação do Brasil.

Mesmo se declarando votante e defensor da Lei da Ficha Limpa, Fachin permitiu que seu petismo falasse mais alto e expôs sua biografia ao vexame de passar por cima da lei e mostrar suas garras ao aceitar o parecer dos consultores, mesmo sabendo que o que eles disseram não tem valor jurídico algum.

Com sua fala mansa e gestos preparados, Edson Fachin iludiu até aqui, mas agora não conseguirá enganar mais. Votou contra Lula e o PT quando sabia que perderia. No momento decisivo, quando foi preciso defender o chefe e o partido a qualquer custo, não pensou um só minuto na justiça brasileira, esqueceu que mais vale o que determinam nossas leis e se agarrou a um parecer inútil de dois, repito, dois ilustres desconhecidos que, como ele, queriam que o corrupto, condenado em segunda instância e preso, disputasse a eleição.

Não foi agora, ministro Fachin, e queira Deus que não seja nunca que suas manobras disfarçadas de voto, prosperarão. Felizmente ainda temos no Brasil alguns juristas que, diferentemente do seu partidarismo barato, tratam as leis dentro do que ela determina.

Não esqueça, jamais, que a Lei da Ficha Limpa, prevê que todo o condenado em instância superior, não pode concorrer, mesmo que o senhor, seu partido e dois consultores da ONU queiram.

A Farsa acabou, ministro Fachin e, com ela, sua tentativa inútil de permitir que seu partido volte ao poder.

Machado Filho


➤João Domingos

O fim do teatro do PT


Com a impugnação da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, o PT não terá outra saída a não ser substituir o quanto antes o ex-presidente pelo ex-prefeito Fernando Haddad, há tempos o “plano B” para a disputa. 

Mesmo com a impugnação da candidatura de Lula, não se pode dizer que o PT foi derrotado. Do ponto de vista da estratégia política para manter o nome do ex-presidente e do partido nos meios de comunicação, nas redes sociais e como motivação para a militância, a legenda foi vitoriosa. Há dois anos o partido estava em ruínas. Perdera o poder, com o impeachment de Dilma Rousseff, vira alguns de seus dirigentes presos pela Operação Lava Jato, sob suspeita de envolvimento em corrupção na Petrobrás e em outras estatais, e ficara sem metade de suas prefeituras. Um desastre completo. Recuperar-se em 24 meses, conseguir ter um candidato à frente em todas as pesquisas, mesmo preso, como aconteceu com Lula, e gozar da perspectiva de fazer a substituição do candidato com possibilidade de manter-se competitivo, é uma vitória política. 

Quanto a Lula, deve-se admitir que ele soube transformar sua prisão, uma prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, num instrumento político. Sua cela na Polícia Federal, em Curitiba, foi transformada no QG político do PT. A presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, e Fernando Haddad foram nomeados seus advogados, embora não tenham participado da defesa jurídica dele. Com isso, puderam manter contato com o ex-presidente todos os dias. Durante todo o período da pré-campanha, do registro das candidaturas e do início da campanha, Lula esteve à frente de tudo. Os outros candidatos se tornaram meros coadjuvantes de um teatro político, em que tudo foi instrumentalizado pelo PT. 

De tudo isso, há de se lamentar a lentidão do TSE em fazer aquilo que deveria ter feito antes, porque a demora criou uma insegurança jurídica sem tamanho quanto às eleições. Insegurança que obrigou os institutos de pesquisa a optarem por três tipos de perguntas quando se referiam ao candidato petista, uma com Lula, outra com Haddad e outra com Lula dizendo que Haddad seria o seu candidato. 

Enquanto o TSE esperava a hora de tomar sua decisão, e a insegurança jurídica só aumentava, o PT se esbaldava. Chegou ao luxo de criar uma chapa triplex, com Lula à frente da chapa, Haddad de vice e a deputada gaúcha Manuela d’Ávila (PCdoB) de vice do vice. Um caso único na história recente das eleições brasileiras. 

O que pôde fazer o PT fez. Agora, terá de parar com o teatro que todos sabiam que resultaria na impugnação da candidatura de Lula, pois enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Com o fim da candidatura do ex-presidente, o PT terá de parar de se esconder atrás do nome de Lula. Terá de mostrar Fernando Haddad, entrar na disputa para valer, o que não tinha feito até agora. Lula crescia na preferência do eleitor de forma automática, embora preso.

A partir de agora inicia-se uma nova fase do jogo político. Fernando Haddad terá de gastar sola de sapato, como se diz. E se apresentar como o candidato do ex-presidente. Não receberá 100% dos votos que poderiam ser destinados a Lula. Se conseguir um porcentual entre 60% e 70%, poderá se dar por satisfeito. Mas não deve se esquecer de que há outros candidatos de olho na vaga para o segundo turno. Sem Lula, Haddad é apenas mais um, embora competitivo.

Portal Estadão – 01/09/2018