sexta-feira, 31 de agosto de 2018

➤Pauta do TSE

Registro de Lula será analisado hoje


O julgamento do registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta sexta-feira (31).

Até o início da tarde desta sexta ainda não havia previsão de quando o caso seria julgado. A sessão do TSE está marcada para começar às 14h30.
Preso desde abril, Lula teve a candidatura registrada em 15 de agosto. Mas, desde então, o TSE recebeu mais de uma dezena de questionamentos com base na Lei da Ficha Limpa, segundo a qual uma pessoa se torna inelegível após ser condenada por órgão colegiado da Justiça.

Ao todo, foram apresentadas oito impugnações (contestações) da candidatura (por Ministério Público, partidos, coligações e candidatos) e oito notícias de inelegibilidade (por cidadãos).

Inicialmente, a expectativa que é o tribunal analisasse somente pedidos liminares (provisórios) para proibir Lula de aparecer na propaganda de rádio e TV como candidato, bem como utilizasse recursos públicos do Fundo Eleitoral em campanha.

Na madrugada desta sexta (31), o Ministério Público pediu a rejeição antecipada da candidatura, sem necessidade de aguardar os prazos ainda possíveis para a conclusão do processo de registro.

O MP argumentou que, como as campanhas deste ano são integralmente abastecidas com dinheiro público, e como o TSE é a única instância para analisar os registros dos candidatos à Presidência, a decisão poderia ser tomada de forma mais rápida.

Portal G1

➤Presidência do STF

Toffoli quer diminuir conflitos internos

Num começo de noite de agosto, o ministro José Antonio Dias Toffoli caminhou até o gabinete do ministro Luiz Fux para uma conversa rápida e objetiva sobre os rumos do Supremo Tribunal Federal (STF). No próximo dia 13, ambos assumirão, respectivamente, as vagas de presidente e vice-presidente do STF, com mandato para os próximos dois anos. Sob forte ar condicionado, os dois ministros, embalados em terno, gravata e toga, chegaram a um consenso: temas polêmicos para julgamento no plenário do Supremo, só no ano que vem.

A decisão significa que o tribunal não vai reavaliar, até dezembro, a constitucionalidade das prisões de condenados em segunda instância, jurisprudência firmada pelo STF em 2016. Se o tema for reexaminado, existe o sério risco de reversão desse entendimento. O principal beneficiário de uma mudança pode ser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. Indicado para a Suprema Corte por Lula, de quem foi ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Toffoli, que, como presidente do STF, terá o poder de determinar a pauta de julgamentos do plenário da Corte, vai frustrar assim os petistas que sonhavam com a possibilidade de o ex-presidente ser solto durante a campanha presidencial.

“Depois de tanto problema que o país teve nos últimos quatro anos, como impeachment e um monte de investigação de autoridades, daqui até o fim do ano não será o momento de pautar questões polêmicas. Vai haver a eleição e depois a transição de governo”, disse Toffoli a ÉPOCA. Era uma segunda-feira de agosto e ele estava sentado no sofá de couro preto de seu gabinete. Trajava calça social marrom, tênis de couro marrom sem meia e camisa branca sem gravata, figurino casual adotado às segundas e sextas-feiras, dias em que os ministros não têm julgamentos. Toffoli não descarta, porém, um novo julgamento sobre as prisões em segunda instância em 2019.

A decisão de empurrar para o próximo ano questões cabeludas dá o tom que Toffoli pretende imprimir a sua gestão à frente da mais alta Corte do país. Durante a presidência da ministra Cármen Lúcia, o Supremo acumulou disputas internas entre os ministros e conflitos com Executivo e Judiciário. Além da crise política, econômica e social do país; da morte do relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, às vésperas da homologação da maior delação das investigações, a dos executivos da Odebrecht; e de duas denúncias contra o presidente Michel Temer, o STF passou por um período conturbado, disseram quatro ministros ouvidos por ÉPOCA, por causa da falta de talento, habilidade, estofo, fairplay da ministra.

As desavenças ideológicas entre os jurisconsultos acabaram descambando para as intrigas de bastidores e as disputas em caráter pessoal. O ápice foi o bate-boca em plenário entre os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, em que Barroso disse que Gilmar era uma “mistura do mal com o atraso, com pitadas de psicopatia”. Toffoli assume a presidência do STF com o objetivo de, em português castiço, “baixar a bola” do tribunal — não apenas para diminuir as disputas internas, mas também para atenuar o protagonismo assumido pelo Judiciário nos últimos anos, em que o Poder acabou avançando sobre prerrogativas do Executivo e do Legislativo.

“Num país com uma Constituição que fala de tudo e trata de tudo, temos de ter uma autocontenção. Não cabe a nós querer ser o motor da sociedade. O motor da sociedade são as eleições e a representatividade dos eleitos pelo povo, seja para o Executivo, seja para o Legislativo. Ao Judiciário, cabe resolver os conflitos que surgem na sociedade, dentro dos parâmetros da Constituição e das leis”, disse Toffoli a ÉPOCA. “O Judiciário não pode ser o superego da sociedade. Ele não pode se achar acima qualitativamente, tecnicamente ou moralmente dos outros Poderes, ou da sociedade em geral.”

Revista ÉPOCA

➤Paraná Pesquisas:

SP - Bolsonaro lidera, e Alckmin ultrapassa Marina 


Sem a presença do nome do ex-presidente Lula na lista de candidatos – cenário prestes a ser oficializado pela Justiça Eleitoral –, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa pela Presidência da República com 23,1% das intenções de votos, segundo pesquisa do instituto Paraná, em parceria com a Jovem Pan, realizada em 85 municípios no Estado de São Paulo.

A principal novidade no levantamento é o crescimento da candidatura de Geraldo Alckmin(PSDB), que pela primeira vez aparece na segunda colocação, com 17%, superando Marina Silva (Rede), que marca 11%, ainda que a amostragem seja apenas no Estado que o tucano governou três vezes.  Fernando Haddad, que deverá ser anunciado candidato do PT no lugar de Lula, tem 7,3%, e Ciro Gomes, 7%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos

No pelotão seguinte, Alvaro Dias (Podemos) alcança 3,5%, mesmo patamar de João Amoêdo (NOVO). Henrique Meirelles (MDB) tem 1,3%, e os demais candidatos marcam menos de um ponto percentual.

Outros 6,6% disseram estar indecisos e 17% afirmam que não vão optar por nenhum candidato.

Portal JP

➤Rádio e TV

Começa hoje a propaganda eleitoral

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão dos candidatos que concorrem às eleições de outubro começa nesta sexta-feira (31). No primeiro turno, a propaganda vai até 4 de outubro.

Segundas, quartas e sextas-feiras: propagandas dos candidatos a senador (7 minutos diários), deputado estadual ou distrital (9 minutos diários) e governador (9 minutos diários).

Terças, quintas e sábados: propagandas dos candidatos a presidente (12 minutos e 30 segundos) e a deputado federal (12 minutos e 30 segundos).

Além disso, de segunda-feira a domingo, 70 minutos diários serão reservados para a propaganda gratuita na forma de inserções de 30 e 60 segundos, a critério do partido político ou coligação, das 5h à meia-noite.

Na terça (28), o TSE aprovou a resolução que regulamenta o plano de mídia para os candidatos a presidente da República. No rádio, haverá um bloco às 7h e outro às 12h. Na TV, o primeiro bloco será às 13h e o segundo, às 20h30.

Regras

Segundo a lei, a propaganda eleitoral gratuita na televisão deve utilizar, entre outros recursos, subtitulação por meio de legenda oculta (chamado closed caption), janela com intérprete de linguagem de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição (para cegos e deficientes visuais), sob responsabilidade dos partidos e das coligações.

A lei proíbe a veiculação de propaganda que possa degradar ou ridicularizar candidatos, sob pena de perda do direito à veiculação no dia seguinte ao da decisão.

Em caso de reincidência, há a suspensão temporária da participação do partido ou da coligação no programa eleitoral gratuito.

A legislação em vigor também veda a propaganda paga no rádio e na televisão.

Entrevistas e pesquisas

Segundo o TSE, é permitida a veiculação de entrevistas com o candidato e de cenas externas em que ele, pessoalmente, divulgue as realizações de governo ou da administração pública, falhas administrativas e deficiências em obras e serviços públicos em geral, além de atos parlamentares e debates legislativos.

Mas a lei proíbe ao partido político, à coligação ou ao candidato transmitir, ainda que na forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado.
Também é vedada a manipulação de dados, uso de trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou de vídeo que, de qualquer forma, degrade ou ridicularize candidato, partido ou coligação.

Na divulgação de pesquisas, devem ser informados o período de realização e a margem de erro. A lei não obriga a menção aos concorrentes, desde que o modo de apresentação dos resultados não induza o eleitor a erro.

Portal G1

➤OPINIÃO

Quem paga essa conta
Todos os brasileiros, exceto os diretamente beneficiados pela medida, serão de alguma forma prejudicados pela decisão do presidente Michel Temer de conceder o aumento salarial pedido pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – que se aplicará a outros membros do Poder Judiciário – e estendido, em outras proporções, para todo o funcionalismo ativo e inativo do Executivo federal. Para cobrir o aumento dos gastos do Judiciário e do custo da folha de pessoal do Executivo, outros itens de despesa terão de sofrer cortes, e isso deverá afetar programas sociais, como o Bolsa Família, e sobretudo os investimentos em obras de reforma, melhoria e expansão de serviços públicos.

A séria crise fiscal que ameaça a continuidade desses serviços seria aliviada no início do mandato do próximo presidente da República caso a correção da folha de salários da União tivesse sido adiada de 2019 para 2020, como se previa. Com a concordância de Temer em manter em 2019 os reajustes para o funcionalismo, como medida compensatória à concessão do aumento pedido por todos os integrantes do Supremo, a folha de pagamento do funcionalismo da União acumulará um crescimento real, isto é, descontada a inflação, de 13,7% entre 2017 e 2019. Para o Tesouro, isso representa gastos adicionais de R$ 38,1 bilhões só com a folha de vencimentos.

No caso dos ministros do STF, cujos vencimentos representam o teto da remuneração no setor público e hoje estão fixados em R$ 33.763,00, o limite pode chegar a R$ 39.293,32. O acordo entre o Executivo e o STF para a concessão desse aumento inclui a extinção do chamado auxílio-moradia, que eleva os vencimentos dos juízes em cerca de R$ 4,3 mil. O custo do acerto será de R$ 4,1 bilhões por ano para a União e para os Estados, de acordo com cálculos das consultorias da área de orçamento da Câmara e do Senado.

São números que retratam ganhos para uma parcela ínfima de brasileiros cuja situação contrasta de maneira dramática com a vivida por 27,6 milhões de cidadãos aos quais falta trabalho, e consequentemente renda. Eles compõem o contingente de pessoas subutilizadas aferido pela mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. São pessoas que estão desempregadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou estão disponíveis para trabalhar, se houver oportunidade. São, por isso, as que mais dependem de serviços prestados pelo poder público.

Como mostrou reportagem do Estado, no ano passado, os funcionários públicos, que em média ganham bem mais do que os empregados do setor privado, tiveram aumento de 6,5% acima da inflação; neste ano, o ganho real é estimado em 2,3%. Já o rendimento médio dos trabalhadores ocupados no trimestre encerrado em julho aumentou apenas 0,8% em um ano, segundo a Pnad Contínua. A massa de salários cresceu 2,0%, puxada pelo aumento do número de pessoas trabalhando.

A lenta recuperação da atividade econômica resulta em crescimento modesto da arrecadação, razão pela qual o aumento do custo de pessoal decorrente da tibieza com que o governo Temer tratou da questão nos últimos dias exigirá cortes de outros itens. Sem o reajuste do funcionalismo, haveria uma folga de R$ 6,8 bilhões para equilibrar as contas no próximo exercício. Essa folga se desfez. O impacto exato dos gastos adicionais ainda será discutido hoje no Palácio do Planalto, em reunião na qual serão definidos os números finais do projeto de lei do Orçamento da União para 2019. O projeto tem de ser enviado hoje mesmo ao Congresso.

É muito provável que os cortes se concentrem nos investimentos, inclusive em obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento. No ano passado, o governo federal destinou R$ 45,7 bilhões para investimentos. No primeiro semestre deste ano, o montante alcançou R$ 21,2 bilhões. É possível que em 2019 os investimentos fiquem em cerca de R$ 35 bilhões. É pouco para um país em que o setor público é responsável por boa parte da infraestrutura, cuja oferta e cuja qualidade são insuficientes. Benefícios sociais também poderão se reduzidos.

Portal estadão – 31/08/2018

➤Caso do triplex

Justiça manda Lula pagar mais de R$ 31 milhões


A Justiça Federal determinou, nesta quinta-feira (30), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pague R$ 31.195.712,78 referentes a multa, custas processuais e reparação de danos no caso do triplex do Guarujá (SP) ou formule proposta de parcelamento em 15 dias.

A determinação é da juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde 7 de abril. Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. A pena definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão.

Lebbos pediu a abertura de conta judicial para que seja feito o depósito da quantia. A solicitação à Caixa Econômica Federal foi realizada na noite desta quinta.

A juíza também determinou que a senadora Gleisi Hoffmann (PT) não pode atuar como advogada do ex-presidente. Conforme a decisão, a lei proíbe que parlamentares exerçam função de advogado em casos que envolvam sociedades de economia mista, como a Petrobras.

Em nota publicada no site do PT, Gleisi voltou a afirmar que nem a ditadura militar impediu advogados de visitarem presos e que a proibição é mais um episódio de perseguição a Lula.

Ainda na mesma decisão, a juíza reafirmou que Lula foi condenado em segunda instância e está inelegível. Por isso, decidiu que não vai analisar os pedidos de entrevistas a ele.

Portal G1