quarta-feira, 29 de agosto de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DA MÚSICA GAÚCHA
NOEL GUARANY
ROMANCE DO PALA VELHO




➤Zé Dirceu avisa:

‘PT tem programa radical’


Em sua primeira coletiva de imprensa desde 2007, José Dirceu “deu o tom” que vai reger um governo controlado pelo PT (ao menos um sob sua influência). Segundo o ex-ministro, vai valer até “cercar o Congresso” com militantes para “implementar um programa radical”.

“Temos um programa radical e a maioria no Parlamento precisa ser combinada com uma grande pressão popular”, disse Dirceu. “Nós vamos fazer política como foi feita pelos nossos adversários e opositores. É assim que vamos fazer, pelo menos se perguntarem minha opinião e eu tiver influência nas decisões”, declarou.

➤Henrique Meirelles

País tem de ser firme com Venezuela


“O Brasil tem uma política de respeito aos direitos humanos, mas por outro lado temos de defender os interesses da população de Roraima”, afirmou durante coletiva com jornalistas na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o ex-ministro Henrique Meirelles.

“Não podemos ajudar um regime que está criando essa tragédia humana, econômica e de toda ordem. Vamos trabalhar duro para ajudar a população da Venezuela nessa crise monumental, mas se organizando e não jogando essa carga na população de Roraima”.

O candidato voltou a falar sobre a necessidade da aprovação da Reforma da Previdência e disse que chegou a realizar uma série de reuniões com políticos nos últimos anos sobre isso. Ele afirmou que acredita ser possível aprovar a medida no próximo governo.

Meirelles comentou sobre a greve dos caminhoneiros e afirmou que as medidas foram tomadas na época para conter a crise, mas afirmou ser a favor do livre mercado. “Tabelamento de preço nunca deu certo”, disse.

O ex-ministro da Fazenda comentou também sobre a questão do porte de armas, em que a flexibilização das regras vigentes é amplamente defendida pelo seu concorrente Jair Bolsonaro (PSL). Meirelles afirmou ser contra e disse que é uma renúncia do poder e da obrigação do Estado, a quem compete a segurança pública. Segundo ele, distribuir armas à população como forma de combater a violência seria “voltar à situação de selvageria”. Segundo ele, violência deve ser enfrentada com inteligência.

Portal IstoÉ

➤Esquema irregular

Lula e mais 13 políticos receberam elogios pagos


Senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, do PT
Foto:Reprodução
Pelo menos 14 candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido da República (PR) teriam usado um esquema irregular de pagamento a influenciadores digitais para divulgação de conteúdos de campanha e elogios aos políticos, segundo o jornal O Globo. O esquema é organizado através de dois aplicativos – Follow e Brasil Feliz de Novo – criados por uma mesma empresa que pertence ao deputado e candidato ao Senado por Minas Gerais Miguel Corrêa (PT).

Entre os nomes que estariam usando o esquema irregular está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT ao Planalto. Lula está preso em Curitiba desde abril após ter sido condenado em segunda instância no caso tríplex, no âmbito da Lava Jato. Seu nome deve ser barrado pela Justiça Eleitoral, já que a Lei da Ficha Limpa proíbe que condenados em turma colegiada disputem as eleições.

Além de Lula, participam do esquema mais 13 candidatos, segundo O Globo. Entre eles, estariam: Lindbergh Farias (PT), postulante ao Senado pelo Rio de Janeiro; Fernando Pimentel (PT), candidato a governador de Minas; Wellington Dias (PT), que concorre ao governo no Piauí; Luiz Marinho, candidato do PT ao governo em São Paulo; Márcia Tiburi, candidata do PT ao governo do Rio de Janeiro; Décio Lima (PT), postulante a governador de Santa Catarina; Tiririca (PR-SP); Gleisi Hoffmann (PT-PR); Kátia Sastre (PR-SP); Andréia Gonçalves (PR-SP) e Luciana Costa (PR-SP).Esses últimos tentam uma vaga na Câmara. "

Gazeta do Povo

➤Ricardo Noblat

Bolsonaro ganha da Globo dentro da Globo


O deputado Jair Bolsonaro (PSL) fez barba, cabelo e bigode. Um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes adiou a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a abertura de mais um processo contra ele, dessa vez por crime de racismo.

No Jornal Nacional, que entrevista os principais candidatos a presidente da República, Bolsonaro venceu o confronto com os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos. Foi o maior comício eletrônico de sua vida. Saiu maior do que entrou.

Mais tarde, no Jornal das 10 da Globo News, comportou-se como quem não tinha mais o que perder. Os jornalistas à sua frente pareciam jogar para cumprir tabela. Um caiu na pegadinha de Bolsonaro de querer saber o que estava escrito em sua mão.

No bunker da Globo, Bolsonaro bateu na Globo, para delírio dos seus seguidores e de uma parte grande do PT. Bateu também no PT, o que Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (REDE) não fazem por tributários do PT, e Geraldo Alckmin (PSDB) por que… Sei lá!

Até aqui, Bolsonaro é o candidato que melhor sabe falar o que deseja ouvir expressiva fatia do eleitorado. E o faz com a profundidade de um pires. Vila Madalena e Leblon podem não admirá-lo (duvido!), mas o Jardim Ângela e a Baixada o escutam.

Em 1989, depois de 21 anos de ditadura e do governo desastroso de Sarney, os eleitores buscavam um salvador que fosse contra tudo aquilo que ali estava. O segundo turno foi disputado pelos candidatos que melhor encarnaram esse papel — Collor e Lula.

O triunfo da corrupção sobre a esperança, a herança maldita deixada por Dilma e a ponte para o futuro que virou uma pinguela recriaram as condições para uma nova procura do salvador. Sob o codinome de Mito, Bolsonaro se oferece em sacrifício.

Esse filme já passou. No fim, o bandido morre. Mas a que custo!

Portal VEJA

➤Orla do Guaíba

UBER adota trecho do Parque

Foto PMPA/Reprodução
Acontece nesta sexta-feira, 31, a assinatura do contrato entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Uber para adoção do trecho 1 do Parque Urbano da Orla do Guaíba.  A empresa ficará responsável pela manutenção do paisagismo e gramados; limpeza e recolhimento de lixo; zeladoria e limpeza dos banheiros localizados juntos aos módulos comerciais 1 e 2; limpeza e reparos dos vestiários e as manutenções corretivas na pavimentação. O contrato prevê ainda que a Uber se responsabilizará pela conservação e zeladoria da Praça Julio Mesquita, Rótula do Gasômetro e Rótula das Cuias, além do canteiro central da avenida Edvaldo Pereira Paiva.

Como contrapartida da adoção, a empresa poderá fazer divulgação publicitária da sua marca na orla. A prefeitura continuará fazendo a gestão da área (incluindo o contrato de adoção); manutenção das redes elétricas, de iluminação pública, drenagem e abastecimento de água; manutenção dos postes de iluminação e câmeras de vigilância; recolhimento de lixo ciliar e transporte dos resíduos à destinação final; e manejo das vegetações ciliar e arbórea.

O prefeito Nelson Marchezan Júnior destaca o aprimoramento e a modernização dos conceitos adotados pela atual gestão na administração dos parques públicos. “Graças a essas parcerias firmadas com a iniciativa privada, cerca de 50 praças e parques já foram adotados por empresas preocupadas com a sustentabilidade do meio ambiente”, ressalta .No ano passado, foi firmado pelo governo um acordo de cooperação técnica com o Instituto Semeia para modernizar a regulação e os instrumentos de atração a empresas privadas.

PMPA/Divulgação

➤Cobertura jornalística

TSE nega novo pedido de Lula


Por 6 a 1, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na noite desta terça-feira (28) negar um recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que emissoras de TV incluíssem em suas coberturas jornalísticas o dia a dia da campanha presidencial do petista e sua coligação, intitulada “O Povo Feliz de Novo”.

Esta foi a primeira vez que o plenário do TSE se debruçou sobre uma questão levantada pela campanha de Lula desde que foi oficializado o registro do petista, em 15 de agosto.

O ex-presidente, que tem o ex-prefeito Fernando Haddad como vice na chapa, está preso em Curitiba desde 7 de abril, após ser condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

“O candidato à Presidência da Republica Luiz Inácio Lula da Silva, não obstante se encontra muito bem posicionado nas pesquisas, está sujeito à segregação imposta pela Justiça comum. Não existe agenda de campanha do candidato”, disse o relator do processo, ministro Sérgio Banhos, que negou na sexta-feira passada o pedido da defesa de Lula para garantir cobertura jornalística na televisão.

O único voto a favor do ex-presidente veio do ministro Napoleão Nunes, para quem “é uma discriminação o que a mídia está fazendo”. Napoleão deixa a composição titular do TSE na próxima quinta-feira, 30. A vaga será preenchida pelo ministro Og Fernandes.

Durante o julgamento, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, destacou a importância da liberdade de imprensa.

“Não cabe ao Poder Judiciário decidir se algo é ou não é noticioso. No campo da liberdade, essas decisões tomadas pelos veículos de imprensa, essas escolhas feitas pelos veículos são julgadas pelo maior severo juiz: o público, a audiência, quem assiste àquele canal, quem segue aquele site, aquele blog. É sua majestade, o público, que decide quem é o melhor candidato e o veículo que ele segue”, disse Jacques.

O advogado José Perdiz, defensor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), por sua vez, ressaltou que os veículos de imprensa adotam critérios absolutamente jornalísticos em suas coberturas.

“Não há espaço no jornalismo para que se torne possível cobrir fatos que uma coligação ou outra diga  ‘jornalistas, eu quero divulgar essa questão'”, declarou Perdiz.

Agência Estado

➤Helio Gurovitz

Qual a força das candidaturas?


O quadro eleitoral permanece nebuloso. Mas a definição das alianças regionais e do tempo no horário gratuito no rádio e na TV permite medir com maior grau de fidelidade a força de cada candidatura à Presidência, de acordo com o método que sugeri em post no final de abril.

A avaliação se restringiu às cinco candidaturas com desempenho melhor nas pesquisas: Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e o candidato petista. Como a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a análise leva em conta o cenário mais provável, com o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad. Quem acredita que Lula será candidato pode refazer as contas com os números relativos a ele.

O cálculo está baseado em cinco fatores: desempenho nas pesquisas, tempo de televisão, palanques regionais, avaliação pelo mercado financeiro e carisma. Os quatro primeiros são medidos de modo objetivo, a avaliação do último é subjetiva, guarda espaço para fatores imponderáveis que podem ganhar relevo ao longo da disputa.

Como toda leitura parcial da realidade, é um método sujeito a limitações, analisadas abaixo. Por isso mesmo, não configura uma previsão, muito menos atribuição de probabilidades. Trata-se apenas de uma tentativa de conferir algum grau de objetividade ao cenário confuso.

Ganha-se mais informação sobre a realidade eleitoral incluindo na avaliação outros fatores além das pesquisas. A análise, é importante lembrar, se refere ao presente e está baseada nos últimos números disponíveis para cada critério. Todos eles flutuam ao longo do tempo, portanto os resultados também são dinâmicos.

O princípio essencial continua o mesmo: a eleição é um jogo de soma zero, em que o ganho de um implica a perda de outro (ninguém pode votar em dois candidatos). Cada fator pode, portanto, ser medido de acordo com percentuais. Quando um sobe, outro desce.

Também é possível calcular médias ponderadas, de acordo com a relevância atribuída a cada fator. Esse tipo de decisão pode favorecer um ou outro candidato, como mostram as tabelas no final do texto. A ideia é que cada um faça as contas de acordo com sua própria opinião, de modo a perceber onde cada candidato concentra sua força. Eis os critérios adotados (e suas limitações):

Pesquisas – Mesmo que não traduzam toda a realidade, são a forma mais precisa de medir o sentimento do eleitor. Nas tabelas, adotei o resultado da última pesquisa XP/Ipespe, divulgada na sexta-feira passada. Fiz essa opção por dois motivos: 1) a XP tem consistentemente avaliado o cenário mais provável, em que Haddad concorre, apresentado como o “candidato do Lula”; 2) os resultados da última rodada se aproximam da média das pesquisas no modelo do site Polling Data, mantido pelo estatístico Neale El-Dash, portanto são consistentes com a realidade. Quem discordar pode se sentir livre para substituir os números por outros. A metodologia é mais relevante que o resultado.

Tempo de TV – Os tempos oficiais destinados a cada candidato foram definidos pelo TSE. Basta, portanto, atribuir a cada um o percentual do tempo total. Importante lembrar que o horário eleitoral gratuito influiu no resultado de todas as últimas eleições. Com um alto percentual de votos indefinidos (mais da metade), também poderá ser decisivo nesta.

Alianças regionais – Os palanques de cada candidato nos estados estão definidos. A equipe do G1, coordenada por Vitor Sorano, levantou o apoio dos 198 candidatos a governador oficialmente registrados no TSE a cada presidenciável .

Para calcular a potência regional de cada candidatura, considerei o apoio a cada um entre todos os palanques estaduais. Se reúne quatro apoios entre dez candidatos a governador, terá uma força equivalente a 40% naquele estado. O resultado nacional é calculado ponderando essa força pelo eleitorado de cada unidade federativa.

O critério padece de uma deficiência óbvia: como está baseado nas candidaturas oficiais no TSE, não considera as traições. O número do tucano Geraldo Alckmin pode estar um pouco superestimado por causa disso. Mesmo assim, entre quase 200 candidaturas a governador, não parece haver um número suficiente de traições que alterem o resultado de modo significativo – e elas também funcionam em todas as direções.

Mercado – A aposta do mercado financeiro, formado por profissionais especializados em apostas, costuma ser um sinal relevante para entender as chances de cada um. Ninguém se elege no Brasil sem acenos à eleite econômica, embora ela não eleja ninguém por si só.

O critério adotado é o percentual de menções nos segundos turnos na última sondagem realizada pela XP Investimentos com 146 representantes de instituições financeiras. Como o resultado é do início de julho (último prazo autorizado pelo TSE), esse indicador está defasado. Mas é uma aposta e, por definição, tenta antecipar a tendência, portanto ainda pode ser levada em conta.

Carisma – Fiz uma avaliação simples, subjetiva, dos fatores emocionais associados a cada candidatura. Para simplificar, criei apenas três patamares: carisma alto (candidaturas do PT e de Bolsonaro), médio (Ciro e Marina) e baixo (Geraldo). Depois distribuí em percentuais que representam a força de cada um nesse quesito.

Numa média simples, a candidatura de Bolsonaro se destaca. Dando maior peso às pesquisas e, em menor grau, a tempo de TV e carisma, ele ainda demonstra mais força. Quando o tempo de TV ganha mais ênfase, Alckmin se mostra mais forte. Os dois se equilibram num cenário em que as pesquisas têm maior peso, e o tempo de TV fica em segundo plano, mas ainda acima de carisma, palanques regionais e percepção do mercado.

Como o PT ainda insiste na candidatura Lula, quem mais sofre na avaliação é Haddad, que ainda aparece fraco nas pesquisas. É um risco associado à estratégia petista. A força eleitoral do PT é conhecida. Ela provavelmente se manifestará assim que Haddad for o candidato oficial. Será então necessário refazer as contas e atualizar as tabelas.

Portal G1