quinta-feira, 23 de agosto de 2018

➤FUTEBOL

BRASILEIRÃO 2018

SÉRIE A - 20ª RODADA

Quinta - 23/08
19h30
Flamengo 1 X 0 Vitória - Maracanã

20 horas
Atlético MG 0 X 0 Vasco - Independência

CLASSIFICAÇÃO

➤Prisão em 2ª instância

Moro sugere que candidatos se posicionem


O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, em Curitiba, sugeriu que os candidatos à Presidência da República sejam questionados durante a campanha eleitoral sobre seis temas específicos relacionados ao combate à corrupção. Moro elencou a necessidade dos candidatos serem abordados sobre suas posições em relação ao cumprimento de pena após 2.ª instância, anistia ao caixa 2, lei de abuso de autoridade, foro privilegiado, padrão de governança pública e, por fim, concessões à corrupção para garantir governabilidade.

 “Nós precisamos que a classe politica e nossas lideranças politicas façam a sua parte e deem seu exemplo, não só com atitudes consistentes contra a corrupção, mas com posições vigorosas contra ela”, disse Moro. O magistrado falou para cerca de mil pessoas, entre elas cerca de 250 delegados federais, que participaram do Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, realizado pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), em Salvador.

Sobre a prisão após 2ª instância, que segundo o juiz, foi um passo importante para o combate a impunidade, Moro afirmou que quem quiser ser candidato tem que ter uma posição firme sobre o tema para evitar um retrocesso. “Não pode ser aquela posição titubeante e dizer: isso é responsabilidade das cortes de Justiça. Não! Isso é responsabilidade da liderança política, do governo”, disse o juiz sobre como deve ser a resposta do candidato a respeito do tema.

O juiz sugeriu também a necessidade dos candidatos serem confrontados sobre a possibilidade de extinção total do foro privilegiado. Segundo Moro, além de gerar impunidade, uma vez que tribunais superiores não têm estrutura para julgar esses casos, o foro vai contra o “sentimento básico” da democracia sobre todos serem iguais perante a lei. “Deveria ser tomado o compromisso expresso de eliminação do foro para todas as autoridades, inclusive juízes”, disse.

Agência Estado

➤BOA NOITE!

SEMANA DE MÚSICAS DE FILMES
NAT KING COLE
SMILE
FILME: LUZES DA RIBALTA

➤Cercamento eletrônico

Marchezan apresenta novo sistema

Fotos: Divulgação  PMPA/Reprodução
"A partir de hoje todos os pardais de Porto Alegre, além de cumprirem seu papel na fiscalização de trânsito, estão captando as placas e mandando informações sobre veículos roubados ou furtados para Secretaria da Segurança Pública, Brigada Militar e Polícia Civil”, anunciou na manhã desta quinta-feira, 23, o prefeito Nelson Marchezan Júnior. A Prefeitura de Porto Alegre, juntamente com a Companhia de Processamento de Dados (Procempa), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Secretaria Municipal de Segurança (SMSEG), concluiu o sistema de cercamento eletrônico das vias internas da Capital. O anúncio foi realizado no Centro Integrado de Comando (Ceic), com a participação do secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer.

Com a implementação de funcionalidades nos controladores de velocidade, será possível identificar e rastrear veículos, suas rotas de fuga, contribuindo para o planejamento das ações de segurança com mais assertividade. O sistema começou a ser desenvolvido no ano passado e desde o início de 2018 os pardais vêm recebendo aprimoramentos, com a integração de câmeras com OCR (reconhecimento de placas) instalado nos equipamentos. São 140 faixas monitoradas em 45 locais (115 faixas Perkons + 25 câmeras Dome). Agora, ao todo, Porto Alegre conta com monitoramento em 70 locais, incluindo os pardais e as demais câmeras de videomonitoramento da EPTC.


A partir dessa tecnologia é possível oferecer imagens de melhor qualidade e visualização mais nítida dos números das placas. As câmeras leem a placa do carro e enviam as informações para o sistema, que consulta a base integrada do Estado à procura de irregularidades, como se o veículo é furtado ou roubado, ou se está com o licenciamento vencido. Em caso positivo, emite um sinal de alerta. O monitoramento é acompanhado em tempo real pelo Centro Integrado de Comando da Capital (Ceic) e pelo Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS).

O secretário Cezar Schirmer destacou o pioneirismo de Porto Alegre na integração do sistema. “Este modelo que está sendo apresentado aqui precisa ser replicado para todo Estado, tornando o Rio Grande do Sul a primeira Unidade da Federação totalmente cercada eletronicamente. Esta integração com o município é vital para a segurança pública”, disse.

A inteligência aplicada no desenvolvimento do software, via Procempa, e a integração com as câmeras do município e parceiros colaboraram para que este tipo de solução tenha alto potencial de uso e custos baixos para a adoção tecnológica.

O prefeito frisou ainda que a importância maior do sistema é o serviço de inteligência que será proporcionado. “Não podemos gerar a expectativa de que o cercamento eletrônico está completo. Também não estamos dizendo que todo veículo captado será abordado. A estrutura de monitoramento vai gerar inteligência capaz de elaborar um banco de dados com informações de onde os veículos são roubados, tipos de crimes praticados ou rotas de fugas. Porém, alguns veículos serão imediatamente abordados”, concluiu o prefeito.

Próximos passos - 47 câmeras em 25 novos pontos, com foco nas lombadas eletrônicas. Com a integração dessa etapa, as vias internas da cidade contemplarão 100% dos controladores de velocidade. Outra fase, que será ainda iniciada em 2018, contemplará as entradas e saídas de Porto Alegre. Além disso, para 2019, está previsto um incremento no videomonitoramento de veículos com a parceria de estacionamentos da iniciativa privada, além do uso da nova Área Azul para monitorar veículos irregulares.

Divulgação/PMPA

➤J.R. Guzzo

Professor Unrat


A coluna Fatos, regularmente publicada nesta VEJA digital, também é cultura. Só de vez em quando, claro, e sempre em doses moderadas, pois artigos escritos por jornalistas raramente farão muito mal a alguém se ficarem nos limites da leitura ligeira. É o que será tentado nas linhas abaixo, levando-se em conta que certas obras de primeira classe podem ajudar na compreensão do presente ─ no caso, uma cena particular da aflitiva disputa eleitoral pela Presidência da República que está aí. Trata-se de comparar O Anjo Azul, um dos momentos mais festejados na história do cinema universal, e a inédita candidatura por default, como se diz no português de hoje, do professor Fernando Haddad. O filme, um símbolo pungente da Alemanha a caminho da catástrofe, lançado em 1930 e inspirado na obra de Heinrich Mann, narra a tragédia humana do professor Unrat ─ um impecável educador cuja vida entra em decadência e acaba em ruínas, na miséria, na sarjeta e na cadeia.

A desgraça de Unrat é o resultado de uma paixão alucinada por Lola-Lola, uma dançarina de cabaré, “O Anjo Azul”, que em dois anos de convívio destrói a sua reputação, suas finanças e o seu amor próprio. De homem respeitado e temido, ele se transforma num palhaço, serviçal de Lola e sua trupe de companheiros suspeitos, e desliza progressivamente para a humilhação, a loucura e a delinquência. Haddad, na sua atual aventura política, lembra o professor que liquida a sua honra a serviço de Lola-Lola. Anulou a própria personalidade, e assumiu publicamente o papel de pano de estopa de um ex-presidente da República que está na cadeia ─ e se mostra disposto a qualquer extremo para escapar à punição dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro a que foi condenado. Haddad é o candidato do PT na vida real, pois o seu líder está impedido pela Lei da Ficha Limpa de disputar a eleição. Mas não pode dizer que é candidato enquanto o chefe não mandar ─ coisa que, nos seus cálculos, deve demorar o máximo possível de tempo para lhe render o máximo possível de lucro na vida pessoal.

Ninguém está dizendo aqui que a comparação é entre o caráter do professor Unrat e o caráter de Haddad. Unrat, no fundo, não era um homem bom, e tinha uma inclinação fatal para a vida torta. Haddad, ao contrário, manteve até agora uma postura de integridade, respeito às leis e boa educação em sua vida pública e pessoal ─ justamente o oposto do que tem sido há anos a conduta exibida pelo grande líder. Mas ao aceitar na frente de todo mundo o papel de objeto inanimado, sem vontade própria e disposto a tudo para servir aos interesses de um homem que pensa unicamente em si mesmo, Haddad está descendo ladeira abaixo, como no tango de Gardel. Tornou-se um cúmplice integral do grupo de arruaceiros que está no comando do partido. É o instrumento-chave da tentativa de sabotar a eleição com a farsa do “duplo cenário”, da litigação judiciária de má fé, da “intervenção da ONU”, da foto do não-candidato na urna eletrônica e tudo o mais que possa fraudar o processo eleitoral com a produção de desordem. Enfim, ao oferecer-se como voluntário para a posição de “poste”, está contribuindo diretamente para destruir o futuro de seu partido. Cuesta Abajo acaba mal, é claro, como a história do “Anjo Azul”. No tango, o homem apaixonado fala do amor de sua vida ─ que era como un sol de primavera, mi esperanza, mi pasión … Mas as ilusões terminam, e ahora, cuesta abajo en mi rodada, como diz, o amante lamenta ter acabado triste en la pendiente, solitário y ya vencido. O que lhe sobra é o sonho con el tiempo viejo que hoy lloro, y que nunca volvera. Está bom assim ou precisa mais, em matéria de tristeza? Está bom assim

Portal VEJA

➤CANDIDATURAS

Aprovados registros de Marina, Amoêdo, Boulos e Daciolo


Por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira, 23, os pedidos de registro de candidatura de Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota) e João Amoêdo (Novo). Ao todo, dos 13 candidatos à Presidência da República, cinco já tiveram o registro confirmado pelo TSE.

Na última terça-feira, 21, a Corte Eleitoral aprovou o pedido de registro da chapa encabeçada por Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado, candidata do PSTU na corrida ao Palácio do Planalto. De acordo com o TSE, o pedido de registro de candidato a presidente da República com o maior número de contestações é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato.

Agência Estado

➤Aposentados

25% a mais para quem precisa de cuidador


Por 5 votos a 4, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira, 22, estender a todos os aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que necessitam de cuidados permanentes um adicional de 25% em seu benefício. Hoje, somente aposentados por invalidez têm direito a esse pagamento.

Para conseguir o acréscimo de 25%, o aposentado precisará comprovar que necessita de cuidados permanentes de terceiros. Com o julgamento de hoje, o adicional fica estendido às aposentadorias por idade e tempo de serviço.

Hoje, o teto de benefícios do INSS é de  5.645 reais. Com os 25%, o valor pago pode superar esse limite.

A ministra do STJ Regina Helena Costa diz que a fixação do entendimento pelo STJ atende a um pedido da segunda instância para uniformização da interpretação da lei federal. A decisão agora deve ser aplicada em todas as instâncias da Justiça. Em todo o Brasil, há 769 processos suspensos aguardando a decisão do STJ.

Procurado, o INSS respondeu que ainda não foi comunicado da decisão e só a partir daí poderá avaliar as providências cabíveis.

Portal VEJA

➤Voto em trânsito

Último dia para eleitor solicitar


Termina nesta quinta-feira (23) o prazo para eleitores que estiverem fora de seu domicílio eleitoral no dia das eleições de outubro pedirem o voto em trânsito, ou seja, o direito de votar em outra cidade.

Isso só poderá ser feito em capitais ou municípios com mais de 100 mil eleitores.

Para garantir esse direito, o eleitor deverá comparecer a qualquer cartório eleitoral até o fim do expediente desta quinta – o horário de funcionamento varia em cada estado.

Basta levar um documento com foto e indicar o local onde pretende votar. O eleitor, porém, deve estar em dia com a Justiça Eleitoral, com título válido, sem pendências.

O voto em trânsito poderá ser solicitado tanto para o primeiro turno (que acontece no primeiro domingo de outubro, dia 7) quanto para o segundo turno (em 28 de outubro).

Quem estiver fora de seu estado no dia da eleição poderá votar somente para presidente da República. Quem estiver em outra cidade dentro da unidade da federação poderá votar para todos os cargos: além do presidente, governador, senadores, deputados federal e estadual.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não sabe quantos eleitores já pediram para votar em trânsito desde a abertura do prazo, em 17 de julho. Os dados serão enviados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s) de cada estado após o fim do prazo.

Em 2014, mais de 84,4 mil eleitores pediram para votar em trânsito no primeiro turno. Em 2010, foram 80,4 mil.

Nessas duas ocasiões, haviam menos cidades aptas: somente capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores.

Portal G1


➤OPINIÃO

Mistificação

O jornal britânico Financial Times publicou no dia 21 um artigo de Fernando Henrique Cardoso no qual o ex-presidente critica duramente seu sucessor, Lula da Silva, por enxovalhar a imagem do Brasil no exterior – a mais recente estocada foi um artigo, publicado pelo New York Times, em que o petista diz, entre outras barbaridades, que sua prisão “foi a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil”.

Em resposta a essa patacoada, FHC escreveu que “a maneira que Lula da Silva escolheu para se defender perante o mundo (...) tem de ser contestada”, pois “sua versão da história recente do Brasil guarda escassa relação com a realidade”. Diz também que “o ex-presidente retrata o Brasil como uma democracia em ruínas, na qual o Estado de Direito deu lugar a medidas arbitrárias destinadas a enfraquecê-lo e a seu partido”, o que “não é verdade”.

Depois de descrever as muitas mentiras de Lula sobre o “golpe” contra a presidente Dilma Rousseff e sobre o processo que condenou o petista à cadeia, FHC afirma que “é uma grave distorção da realidade (...) dizer que há uma campanha no Brasil para perseguir indivíduos específicos” e termina com um protesto: “Meu país merece mais respeito”.

Já não era sem tempo. A máquina lulopetista de agitação e propaganda, calejada depois de mais de três décadas destruindo reputações alheias e construindo a mitologia de seu morubixaba, há muito tempo trabalha para convencer a opinião pública no exterior de que o impeachment de Dilma e a prisão de Lula foram parte do tal “golpe” destinado a “reverter o progresso dos governos do PT”, como diz o caviloso artigo do chefão petista. Era mesmo necessário que alguém da estatura de FHC, reconhecido internacionalmente como estadista, viesse a público manifestar seu repúdio mais veemente contra essa campanha de desinformação e má-fé.

Mas o fato é que o estrago está feito. O aparato da seita de Lula para desmoralizar a democracia brasileira no exterior mobilizou tantas frentes que hoje é praticamente impossível tentar conter seus danos por meios tradicionais, como a diplomacia, ou com artigos na imprensa estrangeira.

São artistas, intelectuais, professores universitários e políticos de diversos países, todos convencidos de que Dilma Rousseff caiu em razão de um “golpe” e que Lula da Silva é um “preso político”. Pudera: até uma “greve de fome” os petistas deflagraram para caracterizar o “estado de exceção” brasileiro.

Essa campanha de desinformação não para de dar frutos. No mês passado, por exemplo, o cientista político Steven Levitski, de Harvard, autor do best-seller Como as Democracias Morrem, disse em entrevista ao Estado que o impeachment de Dilma “viola o espírito das leis” e que a exclusão de Lula da corrida presidencial “é algo perigoso a se fazer” – como se, em ambos os casos, a lei não tivesse sido seguida.

O mesmo equívoco, mas numa dimensão muito maior, cometeu o ex-chanceler do México Jorge Castañeda. Em artigo no New York Times, intitulado Por que Lula deve ter permissão para concorrer à Presidência, Castañeda argumenta que “a causa de Lula foi endossada por muitas figuras internacionais ao redor do mundo” e sugere que seu caso se assemelha à perseguição política empreendida pelas ditaduras da Venezuela e da Nicarágua contra seus oponentes. Após dizer que impedir a candidatura de Lula seria marginalizar milhões de eleitores que querem “seu ídolo de volta à Presidência”, ele completa: “As acusações (contra Lula) são tão frágeis, os alegados crimes, tão pequenos, a sentença, tão escandalosamente desproporcional (...) que a democracia deveria se sobrepor ao Estado de Direito” – ou seja, o “desejo” dos eleitores de Lula deveria prevalecer sobre a lei.

Quando prestigiados intelectuais, alguns com boas credenciais democráticas, se deixam encantar dessa forma pelas patranhas de Lula, a ponto de abdicar da defesa do Estado de Direito – que é o pilar da democracia, pois assegura que ninguém, nem mesmo deidades como Lula, está acima da lei –, só resta esperar que a Justiça brasileira não vergue ante essa espantosa histeria coletiva.

Portal Estadão, em 23/08/2018