domingo, 19 de agosto de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DAS MÚSICAS DE FILMES
DOOLEY WILSON
AS TIME GOES BY
FILME: CASABLANCA



➤FUTEBOL


SÉRIE A - 19ª RODADA

Sábado - 18/08
16 horas
Santos 3 X 0 Sport - Vila Belmiro

19 horas
Corinthians 0 X 1 Grêmio - Itaquerão

Domingo - 19/08
11 horas
Internacional 1 X 0 Paraná - Beira Rio
Atlético PR 3 X 0 Flamengo - Arena Baixada

16 horas
Cruzeiro 1 X 1 Bahia - Mineirão
Vitória 0 X 3 Palmeiras - Barradão
Botafogo 0 X 3 Atlético MG - Engenhão

19 horas
América MG 0 X 0 Fluminense - Independência
São Paulo 2 X 0 Chapecoense - Morumbi

Segunda - 20/08
20 horas
Vasco _ X _ Ceará - São Januário

SÉRIE B - 21ª RODADA

Terça - 14/08

19h15
Brasil 1 X 1 Avai - Bento Freitas

21h30
Ponte Preta 3 X 1 Criciúma - Moisés Lucareli

Sexta - 17/08
19h15
Londrina 2 X 1 Paysandu - Estádio Café

20h30
Vila Nova 0 X 0 CRB - Serra Dourada

21h30
Figueirense 1 X 2 Goiás - Orlando Scarpeli

Sábado - 18/08
16h30
Oeste 0 X 0 Juventude - Arena Barueri
Fortaleza 2 X 1 Boa Esporte - Castelão
Atlético GO 1 X 0 Coritiba - Antonio Accioly

19 horas
Sampaio Corrêa 0 X 2 Guarani - Castelão

21 horas
CSA 1 X 0 São Bento - Rei Pelé

CLASSIFICAÇÃO



➤J.R. Guzzo

Soltem o Lula!

É a Comissão de Direitos Humanos da ONU que está mandando

Há apenas duas coisas realmente sem limites nesta vida, dizia Albert Einstein. Uma é o universo. A outra é a estupidez humana – embora ele fizesse a ressalva de que tinha lá as suas dúvidas quanto ao universo. O Brasil de hoje bem que pode estar oferecendo uma terceira certeza: não existe nenhuma fronteira, também, no grau de cretinice dos esforços que estão sendo feitos para transferir o ex-presidente Lula da cadeia para a presidência da República. O último surto é talvez o mais prodigioso de todos: a pedido da equipe de advogados que conseguiu, até agora, conduzir seu cliente à uma pena de doze anos de cadeia, uma Comissão de Direitos Humanos da ONU mandou o Brasil soltar Lula. Isso mesmo: mandou soltar, porque acha que ele tem o direito humano de disputar a eleição de outubro, e naturalmente não pode fazer isso, e menos ainda exercer a Presidência do país, se estiver no xadrez. É uma das maiores piadas já contadas na história universal do direito, mas até aí tudo bem – vivemos mesmo numa época cada vez mais esquisita. O extraordinário é que um despropósito como esse consiga ser levado a sério, durante horas a fio, por um monte de gente – a começar, acredite-se ou não, pelos “especialistas” em dilemas jurídicos internacionais. Pode um negócio desses? No Brasil pode.

A Comissão de Direitos Humanos da ONU tem tanta possibilidade de soltar Lula quanto a diretoria de um Rotary Club do interior do Maranhão. Seu poder legal é zero. Não lhe cabe dar ordens a governos dos países-membros. A comissão não pode impor sanções a ninguém, nem convocar uma tropa internacional para intervir em lugar nenhum. Não tem a menor relevância, também, do ponto de vista moral. Como poderia ter, se vem se recusando sistematicamente a fazer qualquer crítica a governos celerados como os da Venezuela ou Nicarágua, ditaduras que cometem assassinatos, torturas e outros crimes? Como são países de “esquerda”, o comitê da ONU não dá um pio, com o argumento de que tem de respeitar a sua soberania e que as violações de direitos humanos ocorridas ali são “questões internas”. Na verdade, o que há realmente de concreto a dizer sobre essa comissão é o seguinte: trata-se de uma boquinha clássica, onde parasitas variados vivem como esquerdistas profissionais, sem produzir um prego e com salários de 4.000 a 11.000 dólares por mes.

O despacho que ordena a soltura de Lula é um pequeno monumento à capacidade humana de socar disparates num pedaço de papel. Diz, para não encompridar o assunto, que não foi verificada até agora “nenhuma violação” de um direito de Lula ao longo do processo que o levou à condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas até que chegue a seu parecer final, algo previsto para acontecer só em 2019, é possível que venha a acontecer alguma injustiça contra o ex-presidente. Nesse caso, ele precisa ser solto já, porque a eleição está aí – e o homem não pode ficar sujeito ao risco de sofrer um “prejuízo irreparável”. O efeito de tudo isso, naturalmente, é nulo. Mas e daí? O que importa para Lula, o PT e o seu sistema de apoio, é tumultuar o máximo possível as eleições para dizer, depois, que o resultado não vale. Poderiam festejar, do mesmo jeito, o manifesto lançado no mesmo dia por outro presidiário cinco estrelas, o ex-deputado Eduardo Cunha. Do fundo de sua cela em Curitiba, Cunha, denunciado pela esquerda brasileira como o maior larápio da história desde que Ali Baba encontrou a caverna dos 40 ladrões, declarou-se inteiramente a favor da soltura de Lula e do seu “direito” de concorrer à presidência. Grande companheiro, esse Cunha.

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