terça-feira, 14 de agosto de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DAS ITALIANAS
RITA PAVONE
DATEMI UN MARTELO

➤MST

Caminhada dos desocupados


Novamente os integrantes do MST (Movimento dos Sem Terra) e que se dizem trabalhadores do campo, mas que na verdade são profissionais de ocupações e destruição do patrimônio alheio e desocupados permanente mantidos por não se sabe quem, mas orientados se sabe muito bem por quem, ocupam as principais vias de trânsito de Brasília, impedindo aqueles que querem trabalhar, de cumprir suas obrigações.

Eles, como não fazem nada, como não tem responsabilidade sobre nada, em troca de um  sanduíche de mortadela e alguns trocados, empunham suas bandeiras vermelhas e andam pelas principais avenidas do  Brasil, apoiando quem nunca deu a mínima bola para o movimento deles, mas que mirou sempre nos votos de seus integrantes.

Passados treze anos de governo petista, nada foi feito em termos de reforma agrária. Quem conseguiu algum pedaço de terra, já vendeu para quem gosta de produzir. Não é o caso deles, que só produzem baderna.

Agora estão na Capital Federal pedindo a liberdade do chefe, do criador, que nada mais é do que um corrupto, condenado e preso.

Em Brasília, trancam o trânsito, impedem pessoas normais de andarem pelas ruas, de procurarem atendimento médico, de circular livremente como garante (?) a Constituição.

Querem, além da liberdade, que o chefão seja candidato, mesmo sendo um dos políticos com a ficha mais suja no Brasil. Não importa, o que serve para eles é manter a desavergonhada liberdade de fazer o que bem entendem e ninguém impedir.

Até quando vamos aguentar um bando de desocupados que, em plena terça-feira, dia de trabalho para a grande maioria dos brasileiros, ocupa estradas, ruas, avenidas e praças em nome de um movimento que busca manter o poder nas mãos de desocupados exatamente iguais a eles. Iguais, talvez não, mas bem piores pois fruto da corrupção que implantaram, buscam a perpetuação no poder para seguir mentindo, iludindo e colhendo votos.

Está mais do que na hora de alguém tomar uma providência e acabar com a farsa montada pelos vândalos de camiseta, bonés e bandeira vermelha.

Quem ainda tem alguma dúvida, que passe por um acampamento do MST para ver um bando de desocupados, deitados na grama ou em camas improvisadas, fingindo que querem terras e cumprindo ordens de quem, como eles, a única coisa que não deseja é a reforma agrária. Se ela acontecer, a maioria terá  que trabalhar, e trabalho é coisa que eles odeiam.

O Brasil jamais será grande enquanto existir um movimento assim, que não passa de um monte de ovelhas seguindo, cegamente, pastores iguais ou piores do que eles.

➤Marcha do MST

Longo engarrafamento em Brasília


Um protesto organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra sua inelegibilidade causa longo engarrafamento nas principais vias da capital na manhã desta terça-feira, 14. Centenas de manifestantes interditam o acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília e ao Plano Piloto, região onde se concentram o Congresso, os ministérios, e diversas insituições públicas e privadas.  No total, o MST afirma que há cinco mil pessoas. 

O objetivo dos manifestantes é pressionar a Justiça contra a prisão do ex-presidente Lula. Ele foi condenado em primeira e segunda instâncias na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP). A Justiça estipulou pena de 12 anos e um mês e o ex-presidente está preso em Curitiba desde 7 de abril. 

Segundo o MST, o protesto foi organizado em marchas com pessoas vindas de diferentes regiões do País: a coluna Prestes vem do Sul e Sudeste, saindo do aeroporto. Nessa região, eles estão sendo escoltados pela Polícia Militar. A coluna Tereza Benguela é composta por militantes do Centro-Oeste e parte da rodoviária, enquanto a coluna Ligas Camponesas sai do Balão do Torto, região próxima à residência de campo do governo brasileiro em Brasília.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal informa que liberou as faixas exclusivas para a melhoria do fluxo. A estimativa é de que 26 quilômetros estavam congestionados no início da manhã de terça-feira. 

O grupo deve se concentrar no entorno do Estádio Mané Garrincha, no centro da capital. O Partido dos Trabalhadores deve registrar a candidatura do ex-presidente nesta quarta-feira, 15, o prazo final para registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Agência Estado

➤OPINIÃO

Bolsonaro pelas bordas

Eliane Cantanhêde

A Região Sudeste, com seus 43,4% dos votos, é uma incógnita, com São Paulo dividido, Rio uma bagunça e Minas, imprevisível. O Sul briga com sua tradição tucana, o Nordeste espera a ordem unida do ex-presidente Lula e Norte e Centro-Oeste podem dar soma zero: cada um tem em torno de 7,5% de votos e eles se compensam, ou se anulam.

Com 33 milhões de eleitores, São Paulo já começa com duas surpresas. Governado pelo PSDB há 25 anos e respirando sem aparelhos, enquanto Rio, Minas, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte afundam, o Estado está dando uma canseira nos tucanos: empate técnico de Jair Bolsonaro (PSL) com Geraldo Alckmin para a Presidência e de Paulo Skaf (MDB) com João Doria para o Bandeirantes.

Eleição após eleição, a campanha sempre começa com o discurso da “fadiga de material” dos tucanos em São Paulo, mas eles acabam ganhando. Na última vez, para a Prefeitura da capital (9 milhões de eleitores), com um troféu: apadrinhado por Alckmin, Doria ganhou em primeiro turno.

E agora? A tal “fadiga de material” deixou de ser só lenga-lenga? E pode até estar sendo ampliada pelo surgimento de Bolsonaro? Ele não é “novo”, depois de 27 anos de Congresso e com a filharada toda na política, mas se contrapõe a nomes considerados óbvios, como o próprio Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes, além de se colocar como o maior adversário do PT
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No caso de Doria, contam os acertos e a perseverança de Skaf, que construiu na Fiesp boa plataforma para o governo, na capital e no interior. E contam os erros e a precipitação de Doria, que, mal assumiu a principal prefeitura do País, saiu em campo tentando disputar a candidatura presidencial com Alckmin e, no fim, trocou o mandato pela eleição ao governo. O “povo” não esquece essas coisas facilmente.

No Rio, tudo pode acontecer e o melhor exemplo foi Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus, contra Marcelo Freixo, do PSOL – ¬ extrema-direita versus a extrema-esquerda para a prefeitura. Estado destruído, MDB desmontado, o ex-governador Sérgio Cabral na cadeia por bom tempo e, mesmo não sendo “chapa militar”, Bolsonaro deve colher votos de militares da reserva, fortes no Rio, enquanto o ex-prefeito Eduardo Paes (ex-DEM, ex-MDB, novamente DEM) tem fôlego para o governo.

E Minas? O ex-governador Antonio Anastasia está conseguindo se desvencilhar da forte ligação com Aécio Neves (agora candidato à Câmara) e lidera para o governo, mas a ex-presidente Dilma Rousseff não só manteve a elegibilidade como tenta usar o impeachment a seu favor para o Senado. PSDB lidera para o governo, PT para o Senado, enquanto Bolsonaro vai se afirmando no Estado e lucrando com a briga renhida entre PT e PSDB.

O Nordeste, com 26,6% do eleitorado, é Lula, tanto que os adversários do PT desistiram de dar tiro n’água com vice nordestino. A dúvida é se, com tão pouco tempo, basta Lula estalar os dedos para todo mundo votar em Fernando Haddad. Será? A esta altura, a região conhece Bolsonaro, mas não faz ideia de quem é esse tal Haddad. Como no Norte (7,8% dos votos).

Com 14,5% dos eleitores, o Sul costumava equilibrar o lulismo do Nordeste com uma tendência para o PSDB, como no Centro-Oeste (7,3%). Desta vez, há Alvaro Dias (Podemos) tirando casquinha dos problemas tucanos e Bolsonaro comendo pelas bordas.

A polaridade PT-PSDB, que dividia o País entre Nordeste e Sul, mudou muito de figura, com Bolsonaro enraizado no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste e ainda na expectativa de lucrar uns bons votinhos petistas no Nordeste e no Norte quando a Justiça Eleitoral acabar com a candidatura fake de Lula. Eleição não é razão. A razão só chega depois, quando o eleito tira a fantasia de candidato para governar. Acaba a festa, fica o medo.

Portal Estadão, em 14/08/2018