TV Difusora do Maranhão
Ontem (25) publiquei parte
da entrevista do candidato Ciro Gomes (PDT) na TV Difusora Maranhão em que o
candidato pedetista afirma que “só tem chance (Lula) de sair da cadeia, se a
gente assumir o poder”
Diante de algumas, não
muitas, manifestações de pedetistas, alguns até meus amigos e por quem tenho
muita admiração, de que a frase estava inserida num contexto da entrevista e
não significava o que Ciro queria dizer, fui ao site da TV Difusora e assisti a
entrevista por inteiro.
Realmente a frase está
inserida num contexto da entrevista, mas significa exatamente o que o candidato
afirmou. Em meio a tantas declarações, Ciro disse, claramente, que só ele terá
condições de tirar Lula da cadeia e que a justiça deve “voltar pra caixinha”.
Reproduzi neste site, a
matéria publicada no Jornal Estado de São Paulo, sem tirar nem por qualquer
palavra. Nela está exatamente o que Ciro disse na TV Difusora do Maranhão que,
por sinal, pertence a um deputado do PDT.
Já publiquei matérias
sobre o Alckmin, sobre o Bolsonaro, sobre o Boulos, sobre a Marina, sobre a
Manuela e jamais fui agredido por ninguém. Agressão, se merecida, devem ser
encaminhadas a quem produz as matérias, mas quem sabe eu seja o caminho mais
acessível.
Alguns, que eu nem
imaginava, chegaram a sugerir , entre linhas, que apoio este ou aquele
candidato, o que não é verdade. Aliás, ontem mesmo, postei no Facebook que
ainda não decidi em quem votar para presidente. Decidi isto sim, em quem não
votar.
Meu pai acompanhou Getúlio
Vargas na Revolução de 30 como militar. Sempre foi getulista e brizolista. Eu,
mais moço, acompanhei o movimento da Legalidade, sempre votei em candidatos
alinhados com meus pensamentos, principalmente os que estavam ao lado do povo e
suas necessidades mais urgentes.
Quando me tornei
jornalista, jamais misturei minhas posições políticas com o trabalho a ser
desenvolvido, tanto que trabalhei sob o comando de pessoas ligadas as mais
diversas siglas. Nunca fui contaminado nem tentei contaminar ninguém.
Aprendi nos meus 77 anos,
que a emoção, na maior parte das vezes, envolve pessoas e transforma
pensamentos. Concordam com tudo o que dissermos desde que digamos aquilo que
elas pensam. Não é bem assim.
Não é por ser simpatizante
ligado ou militante de determinado partido, que se deve aceitar fielmente o que
o partido tenta enfiar goela abaixo. Se não concordo com certas escolhas, faço
as minhas próprias, como em toda a democracia.
Confesso, para não ser
longo e para terminar minhas considerações, que aprendi com Alceu Colares, que
“o voto é sua única arma, leve seu voto na mão”. Então, baseado no que afirmou
o governador com quem trabalhei, estou esperando para usar a minha arma em
outubro. Não sei ainda em quem atirar, mas sei exatamente em quem não quero
acertar.
Aos meus amigos que não
concordam com o que escrevo ou publico, quero afirmar que, muitas vezes, não
concordo com o que eles dizem, pensam ou escrevem, mas respeito
intransigentemente o direito que todos têm de ter opinião.
Ah! Quando decidir em quem
votar, prometo divulgar aqui, mesmo que o voto seja secreto.
Machado Filho