quarta-feira, 25 de julho de 2018

➤FUTEBOL



SERIE A15ª RODADA

Quarta – 25/07
19:30
Fluminense 1 X 0 Palmeiras – Maracanã

21:00
Atlético MG 2 X 0 Paraná – Independência

21:45
Santos 1 X 1 Flamengo – Vila Belmiro
Corinthians 2 X 0 Cruzeiro – Itaquerão

Quinta – 26/07
19:30
Grêmio _ X _ São Paulo – Arena Grêmio
Vitória _ X _ Sport – Barradão
Botafogo _ X _ Chapecoense – Engenhão

20:00
América MG _ X _ Internacional – Independência

Quarta – 29/08
19:30
Atlético PR _ X _ Vasco – Arena Baixada
Ceará _ X _ Bahia - Castelão

➤BOA NOITE

SEMANA DAS ROMÂNTICAS
JULIO IGLESIAS
HEY (1980)




➤TRF4 nega recursos

Defesa de Lula perde novamente


A Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou nesta quarta-feira, 25, dois recursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas ações em que ele pedia que o juiz federal Sergio Moro fosse afastado de dois processos contra o petista na Operação Lava Jato. Os advogados de Lula alegavam que Moro é suspeito para julgá-lo porque participou, em maio de 2018, de um evento em Nova York organizado pelo Lide, empresa do ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo paulista João Doria (PSDB).

Os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, membros do colegiado, já haviam negado os pedidos em julho, por unanimidade, mas a defesa do ex-presidente recorreu com embargos de declaração.

Para Gebran, relator da Lava Jato no TRF4, no entanto, o entendimento da Turma não contém omissões ou contradições, premissa para este tipo de recurso. “No caso, há mera insatisfação com o resultado do julgamento, o que não abre a oportunidade de rediscussão pela via dos embargos de declaração”, decidiu o desembargador, seguido por Paulsen e Laus.

Um dos processos da Lava Jato em que a defesa de Lula pedia a declaração de suspeição de Sergio Moro é o que trata do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que foi reformado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin ao custo de 1 milhão de reais.

O outro apura a compra, pela Odebrecht, de um terreno que abrigaria o Instituto Lula, em São Paulo, além de uma cobertura vizinha à do petista em São Bernardo do Campo (SP), em transações que totalizaram, segundo o Ministério Público Federal (MPF), 12,9 milhões de reais.

Portal Revista VEJA

➤Ricardo Noblat

Lula encarcerou o PT em  Curitiba

Para o bem ou para o mal

Antonio Lucena/Ilustração/Veja/Reprodução
O PT inventou o discurso de que o melhor seria insistir com a candidatura inexistente de Lula para esconder a verdade de que lhe falta um candidato com chances de vencer.

Notável, pois. Com 38 de idade, e tendo disputado todas as eleições de 1982 para cá, o segundo maior partido do país (o primeiro é o PMDB) foi incapaz de parir outros nomes de peso. Por quê? Porque isso jamais interessou a Lula.

Ninguém à sombra dele se criou. Por timidez de alguns. Por receio de outros de acabarem marginalizados por Lula. Por azar de poucos que acabaram ficando pelo meio do caminho ao se meterem em enrascadas.

Um desses poucos foi o ex-ministro José Dirceu, o coordenador da campanha presidencial de Lula em 2002. Incomodava Lula a condição não oculta de Dirceu de uma espécie de primeiro-ministro do governo.

No que Dirceu apareceu como o chefe do esquema do mensalão do PT, Lula mandou que ele se demitisse. Nada fez para impedir que Dirceu fosse cassado. A Justiça inocentou Dirceu da acusação de ter chefiado o esquema.

O ex-ministro Antônio Palocci, que Lula chamava de “meu irmão”, e que confessa ter administrado o dinheiro da propina paga a Lula, caiu ao se envolver com a quebra do sigilo bancário de um caseiro.

Houve também aqueles que preferiram pedir as contas e ir embora do PT. Marina Silva, petista de raiz, por exemplo, foi um deles. E houve os expulsos, como Luiza Erundina, que foram se abrigar em outros partidos.

Sempre que lhe pareceu conveniente, Lula fingiu distanciar-se do PT. Sempre que se viu em apuros, correu para o colo do PT. Assim foi quando o governo de Dilma começou a ir para o brejo e ele não viu mais como salvá-lo.

E mais recentemente foi assim quando a Lava Jato bateu à porta de Lula, obrigou-o a sentar no banco dos réus e por fim condenou-o a 12 anos e um mês de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Encarcerado em Curitiba, Lula encarcerou também o PT. Fracassou, porém, no seu intento de encarcerar toda a esquerda. Parte dela circula por aí carregando Marina, Ciro Gomes, Guilherme Boulos e Manuela d’Ávilla.

Lula e seus dóceis serviçais teimam com a história de que o candidato do PT a presidente a ser escolhido em cima da hora herdará os votos de Lula e disputará o segundo turno. E se não for assim?

Se não for, que não atribuam mais essa culpa a Lula. Vítima de um golpe, Lula terá mais com o que se preocupar. É ele quem vê o sol quadrado há mais de 100 dias. É ele que está com os bens bloqueados. Até ficou viúvo.

Com a preciosa ajuda do PT, Lula já garantiu a essa altura a condição de mártir no imaginário coletivo dos que gostaram dos seus governos, embora desaprovem seus malfeitos.

Portal da Revista VEJA

➤População brasileira

Seremos 233,2 milhões em 2047


A população do Brasil vai continuar em crescimento até atingir 233,2 milhões de pessoas em 2047. A partir deste ano, entrará em declínio gradual chegando a 228,3 milhões em 2060. A expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faz parte da Revisão 2018 da Projeção de População, que estima demograficamente os padrões de crescimento da população do país ano a ano, por sexo e idade para os próximos 42 anos.

Antes de 2048, 12 estados (Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte) deverão ter redução na sua população. Segundo o IBGE, a principal característica dessas unidades da federação é o saldo migratório negativo. No limite da projeção em 2060, oito estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre) não terão queda nas suas populações. O IBGE explicou que eles apresentam saltos migratórios positivos e/ou têm taxas de fecundidade total mais elevadas.

Agência Brasil

➤Bernardo Mello Franco

As veias abertas da Nicarágua e a miopia do PT

Daniel Ortega - Foto: Reuters/Reprodução
A morte da estudante brasileira despertou o Itamaraty para a escalada autoritária na Nicarágua. Falta saber quando a ficha vai cair para o PT, que continua a fechar os olhos para os desmandos do governo Daniel Ortega.

Em abril, as forças oficiais começaram uma repressão feroz aos protestos contra o presidente. A onda de violência já deixou ao menos 290 mortos. Há quem confunda a carnificina com uma resistência heroica ao imperialismo.

Na semana passada, a secretária de Relações Internacionais do PT, Monica Valente, saiu em defesa do velho companheiro. Em Havana, ela exaltou como “exemplo de luta” a “resistência às tentativas de desestabilização da Nicarágua”.

Não foi por falta de alerta. Desde o início da crise, vozes que festejaram a Revolução Sandinista levantam-se contra a guinada de Ortega. Elas afirmam que o ex-guerrilheiro, um dos líderes do movimento de 1979, é cada vez mais parecido com o ditador que ajudou a derrubar.

O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, conhecido pelas críticas ao neoliberalismo, condenou o presidente por sufocar a oposição para se perpetuar no poder. “Por que é que boa parte da esquerda latino-americana e mundial manteve (e continua a manter) o mesmo silêncio cúmplice?”, questionou.

No Uruguai, o ex-presidente Pepe Mujica pediu a renúncia de Ortega. “Sinto que algo que foi um sonho se desvia, cai na autocracia”, disse. “Aqueles que ontem foram revolucionários perderam o sentido da vida. Há momentos em que é preciso dizer: ‘vou embora’”, cobrou.

Por aqui, o teólogo Leonardo Boff manifestou sua decepção com “um governo que está perseguindo, sequestrando e assassinando seus próprios compatriotas”. “A Nicarágua necessita de diálogo, mas, antes de tudo, necessita de que as forças repressivas parem de matar”, escreveu.

Em vez de se render aos fatos, o PT prefere questionar se os nicaraguenses que estão levando tiros da polícia fazem parte de um “fenômeno espontâneo”.

Não é o único exemplo da miopia do partido. No discurso de Havana, Monica Valente também elogiou a “rotunda vitória” de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela, manchadas por denúncias de fraude e pelo boicote da oposição

Portal O Globo

➤Nível dos rios no RS

Chuvas colocam Defesa Civil em alerta

Rio dos Sinos - Foto: Reprodução
As fortes chuvas que estão caindo sobre praticamente todo o Estado, colocam a Defesa Civil em alerta, principalmente em relação ao nível dos rios.

Alexandre Goi, coordenador da Defesa Civil da Região Metropolitana, afirmou hoje (25) que a DC está em alerta, já que a capacidade de absorção do solo está comprometida com as chuvas que, além de frequentes, devem continuar pelos próximos dias.

— Nós dependemos muito do deslocamento dos rios tributários da Região Metropolitana, do Rio do Sinos, Rio Gravataí, dos arroios e também de todos os mananciais. Então nós estamos em situação de alerta. Principalmente na Região Metropolitana, nós temos grau de vulnerabilidade social muito grande em função de muitas residências, muitas pessoas residem em situação que não são adequadas para moradia. Toda essa região do Vale do Sinos, do Vale do Caí e do Vale do Taquari nos preocupa bastante. O fator que nos preocupa e que é determinante é a massa d'água vindo das regiões mais altas do Estado — disse o coordenador.

Mesmo ressaltando que a situação está sob controle, Goi salientou que as estações meteorológicas estão realizando, permanentemente, a medição da metragem do nível de água em diversos pontos.

➤Sorteio da Mega-Sena

Prêmio pode ser de R$ 72 milhões nesta quarta


O concurso 2.062 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 72 milhões para quem acertar as seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h (horário de Brasília) desta quarta-feira (25) em Pouso Redondo (SC). O concurso pode pagar o segundo maior prêmio do ano.

As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, com preço de R$ 3,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 17.517,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

Portal G1

➤Ciro Gomes

Lula 'só sai da cadeia se a gente assumir '


Em entrevista concedida ao programa Resenha, da TV Difusora, no Maranhão, no dia 16 deste mês, o candidato do PDT à Presidência da República nas eleições 2018Ciro Gomes, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, só teria chance de sair da cadeia se ele (Ciro) fosse eleito.

"Só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder e organizar a carga. Botar juiz para voltar para a caixinha dele, botar o Ministério Público para voltar para a caixinha dele e restaurar a autoridade do poder político", afirmou Ciro.

A frase foi dita no contexto de uma resposta ao jornalista Itevaldo Júnior em que o pedetista tentava explicar a estratégia do PT em insistir na candidatura de Lula — mesmo após a condenação em segunda instância da Justiça e prisão. “Estão cansados de saber que eles não vão deixar o Lula ser candidato, pela Lei da Ficha Limpa que o próprio Lula botou pra valer (...)”.

Na resposta, Ciro descreve aquilo que o PT estaria pensando: “Nós vamos manter a candidatura do Lula, continuar dizendo que ele é candidato, e lá pelo meio de setembro, que a Justiça disser que o Lula não é candidato, o Lula então diria assim: 'Então se não vão deixar eu vai ser fulano.'"

O pedetista também afirmou que o Brasil “não aguenta um presidente por procuração a uma altura dessas” – referindo-se a um presidenciável que fosse escolhido por Lula.

“Eu gosto muito do Lula, mas só porque gosto muito, ele vai apontar outra Dilma (Rousseff). “O Brasil está em um momento  muito difícil, precisando de pulso, liderança, autoridade até para corrigir a carga...”

Ao se referir à “carga”, Ciro diz:  “Você imagina se com um cabra desse do outro lado (candidatos do campo da direita),  o Lula tem alguma chance de sair da cadeia”. Para continuar dizendo que o ex-presidente  só teria chance de sair da prisão se  ele (Ciro) assumisse  o poder.

Ao se referir aos possíveis nomes impostos pelo PT, no caso de Lula não ser candidato, Ciro afirma: “Com uma tragédia só resta eu  – porque ninguém inventa de um dia para a noite. Se inventa, mesmo dando certo acaba dando errado."

Agência Estado

➤OPINIÃO

Voto de cabresto

O sufrágio universal, direto e secreto consagrado pela Constituição de 1988 é peça de comércio para muitos brasileiros. Seja pelas vinculações dos eleitores com a máquina pública, seja pela exploração da pobreza ou da sem-vergonhice, quando um voto pode valer um prato de comida, um pé de botina, uma dentadura ou um botijão de gás, fato é que, mais de três décadas após a redemocratização do País, a compra de votos e o voto de cabresto não romperam os grilhões que mantêm porções do território nacional na República Velha e ainda desafiam o viço de nossa democracia no século 21.

Um levantamento feito pelo Estado com base em relatórios da Polícia Federal (PF), obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mostrou que alguns Estados das Regiões Norte e Nordeste lideram, proporcionalmente, o ranking de crimes eleitorais cometidos entre 2006 e 2016, década que compreende as seis últimas eleições realizadas no País.

Roraima (12,9), Acre (10,4), Rio Grande do Norte (8,2), Paraíba (7,3), Tocantins (6,6) e Amapá (6,4) foram os Estados que apresentaram o maior número de inquéritos policiais que apuram crimes eleitorais por grupo de 100 mil eleitores. Os dados dos inquéritos informados pela Divisão de Assuntos Sociais e Políticos da PF foram comparados com a quantidade de eleitores registrados em cada um dos Estados.

É de lamentar a constatação da atualidade da obra clássica de Victor Nunes Leal – Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil – sete décadas após sua publicação. Os dados apurados pela reportagem indicam que permanecem mais vivos do que nunca os mecanismos de perpetuação do atraso nos grotões do País.

De acordo com Helder Silva Barbosa, secretário judiciário do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, houve uma “institucionalização” do voto de cabresto em algumas regiões do País. “Os prefeitos ameaçam terceirizados ou dizem aos eleitores que as escolas vão fechar, o vale-gás não será mais concedido e aquele contrato terceirizado será cancelado”, disse o secretário.

A subversão do inalienável direito ao voto é muito mais grave em cidades menores, onde um grande número de eleitores está vinculado ao serviço público, mais suscetível às pressões políticas. “Vive-se mais dentro da máquina pública do que em outras regiões”, explica Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral da FGV São Paulo.

O fato de a compra de votos e o voto de cabresto estarem mais associados às localidades do interior do País não significa que cidades grandes, teoricamente menos expostas às vicissitudes do mandonismo local, estejam imunes àquelas práticas antidemocráticas. Um olhar atento aos sobrenomes que há muito figuram no rol de vereadores de uma cidade como São Paulo, por exemplo, e o grau de desenvolvimento das regiões que, em tese, eles representam há de preocupar todos os que têm apreço pelos valores democráticos.

O esfacelamento da coluna central da democracia, o voto livre e direto, impõe diligência máxima na apuração dos crimes de natureza eleitoral pela Polícia Federal e por outros órgãos de vigilância e controle, como a Justiça Eleitoral. Aqui não há que estabelecer uma gradação entre crimes, como se a subversão da vontade livre e consciente dos eleitores fosse menos grave frente a tantos outros delitos com os quais as forças policiais têm de lidar diariamente. Não haverá saída democrática para as crises por que passa o País se o sagrado direito ao voto não for respeitado em sua plenitude.

O antídoto contra a compra de votos e o voto de cabresto é a educação do povo. Somente com acesso à educação de qualidade o cidadão há de criar os próprios meios – intelectuais e materiais – para se ver livre da influência nefasta dos algozes de seu escrutínio. Este é um processo lento, mas está demorando demais. A democracia é uma obra necessariamente inacabada. Pode, e deve, ser constantemente aprimorada. No caminho, impõe-se o fortalecimento dos mecanismos de proteção ao seu livre exercício e também das instituições que têm por ordem constitucional respaldá-la. O voto comprado, por cabeça ou no curral, deveria fazer parte de um passado que envergonha – jamais parte do presente.

Portal Estadão, em 25/07/2018