sexta-feira, 20 de julho de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DAS GRANDES ORQUESTRAS

CARAVELLI E SUA ORQUESTRA
MIDNIGHT BLUE



➤Convenção do PDT

Partido oficializa Ciro Gomes como candidato

Foto: Estadão/Reprodução
O PDT oficializou, nesta sexta-feira, 20, a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República nas eleições 2018 na sede do partido em Brasília. Diante da militância e sem a presença de dirigentes de outros partidos, Ciro não improvisou no discurso e continuou mandando sinais ao Centrão - pregando o rigor no ajuste fiscal, mudanças na segurança pública e um olhar para classe média. Ainda assim, ironizou as críticas recebidas por suas ideias econômicas e procurou enaltecer a figura de Leonel Brizola como referência de sua campanha.

Logo no início de sua fala, Ciro fez do mote “o Brasil precisa mudar” uma constante do discurso. Cuidadoso, Ciro tentou se mostrar conciliador . “ É preciso respeitar as diferenças, fim da cultura de ódio, acabar com o brasileiro sendo ferido por outro brasileiro na internet. Ninguém é dono da verdade.”

Sobre a fama de cabeça quente e explosivo, Ciro também pareceu querer se explicar: “Minha  ferramenta é minha palavra, falo 10 horas por dia, cometo erros, mas nenhum deles por desonestidade intelectual”.

Ele não deixou de responder, no entanto, as críticas que recebeu do mercado financeiro por algumas de suas propostas. "Essa gente quebrou o nosso País a pretexto de austeridade. Querem matar o carteiro para que o povo brasileiro não leia a carta", disse antes de fazer referência ao montante pago em juros de dívida pública. "Que me persigam, mas somente com juros, este ano, gastaram R$ 380 bilhões. É difícil explicar ao povo, mas a sociedade brasileira está devendo R$ 5 trilhões ao baronato", complementou.

As referências de Ciro Gomes ao pagamento de juros da dívida é um dos fatores que assusta os agentes econômicos do mercado financeiro e teria provocado um recuo por parte dos partidos que formam o chamado "centrão", que negociava aliança com sua campanha. 

Após ironizar esse aspecto, Ciro voltou a enfatizar que estará ao lado dos mais pobres e da classe média.  O candidato prometeu olhar as contas públicas “com lupa. "O governo esfola o povo trabalhador com um sistema de impostos injusto e perverso. Povo e classe média já pagaram demais. A classe média paga dobrado para viver no País e o Estado não devolve serviços de qualidade. Quem tem de pagar agora é o governo e o mundo mais rico. "Não falo do mundo mais rico com preconceito, não vamos sair dessa situação com o 'nós contra eles'".

No discurso, Ciro falou, sem detalhar, os 12 eixos de sua campanha. Além de emprego, saúde e educação, o candidato focou em segurança pública - tema que tem sido o forte de candidatos de outro campo político.

Agência Estado

➤NOTICIAS

➽ Bolsonaro insiste em um militar na chapa
Presidenciável descarta Janaina Paschoal e busca outro general para vice, agora do PRTB. Bolsonaro, disse na quinta-feira, 19, que vai insistir no nome de um general da reserva do Exército para o posto de vice em sua chapa.
nome mais falado pelo deputado ontem foi o do general Hamilton Mourão, que já anunciou sua pré-candidatura à Presidência pelo PRTB. “Mourão Mineirão é o único que está no banco de reservas neste momento”, disse Bolsonaro. “Mas ainda tem muita negociação até domingo (data da convenção do PSL)”, afirmou. A escolha do general depende de um entendimento com o PRTB, partido ao qual ele está filiado.

➽ PR convence Tiririca a disputar reeleição
O PR convenceu o deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, a disputar a reeleição. Em dezembro de 2017, ele anunciou que sairia da vida pública. A candidatura do comediante é mais um ativo do partido, que se tornou protagonista nas negociações em torno de aliança na eleição presidencial. Em 2014, Tiririca foi o terceiro mais votado do País. O 1,016 milhão de votos obtidos por ele ajudaram o PR a eleger seis parlamentares em São Paulo. Sem Tiririca, a legenda prevê que conseguiria emplacar apenas três deputados federais no Estado.
No único discurso que fez em sete anos de mandato, Tiririca justificou sua decisão de não disputar mais cargos públicos. “Eu saio totalmente com vergonha do que eu vi nestes aqui. Estou decepcionado com a política brasileira.” Ele não foi encontrado ontem.

➽ INSS cobra segurados que receberam a desaposentação
STF barrou a correção dos benefícios em 2016, mas ainda não decidiu sobre a devolução de dos valores já pagos; parte dos segurados perdeu o reajuste e outros já tiveram descontos na aposentadoria.
O governo alega que, mesmo ganhando a ação no STF, a desaposentação gerou gastos. Isso porque parte dos segurados já estava recebendo o reajuste por sentenças definitivas ou pela chamada tutela antecipada, um recurso que permitiu adiantar os valores antes mesmo do julgamento das ações.
Com isso, a Advocacia Geral da União (AGU), que representa o INSS na esfera judicial, entrou com recursos para pedir o ressarcimento dos que obtiveram essa tutela antecipada.

➽ STJ nega pedido para Lula ser entrevistado na prisão
O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, negou nesta quinta-feira um habeas corpus para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pudesse conceder entrevistas de dentro da prisão. O pedido foi protocolado pelo advogado Ricardo Luiz Ferreira que, segundo divulgou o STJ, não tem procuração para atuar na defesa do petista.
Trata-se da primeira decisão de uma Corte Superior negando o direito de entrevista de Lula, que, apesar de preso, segue líder nas pesquisas de intenção de voto. O PT anunciou que irá manter a candidatura do ex-presidente até a Justiça Eleitoral se posicionar sobre sua elegibilidade.
A autorização para entrevistas foi inicialmente negada na semana passada pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Execuções Penais (VEP) de Curitiba. Na quarta-feira, a magistrada rejeitou um recurso contra a sua decisão.

➽ Prévia da inflação oficial fica em 0,64% em julho
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) ficou em 0,64% em julho. A taxa é inferior à registrada na prévia de junho (1,11%), mas superior ao IPCA-15 de julho de 2017, quando foi observada uma deflação (queda de preços) de 0,18%.
Com a prévia de julho, a inflação oficial acumula taxas de 3% no ano e de 4,53% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

AE/VEJA/GLOBO/G1

➤Convenções partidárias

Definições de candidatos começam hoje


Conforme o calendário eleitoral de 2018, definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os partidos terão até 5 de agosto para definir os candidatos a presidente, vice-presidente da República, governador, vice, senador e deputados (federais, estaduais ou distritais).

O primeiro turno das eleições deste ano está marcado para 7 de outubro; o segundo, para 28 de outubro.

Muitos partidos lançaram pré-candidatos a presidente da República nos últimos meses, entre os quais PT (Luiz Inácio Lula da Silva), PSDB (Geraldo Alckmin), MDB (Henrique Meirelles), PSOL (Guilherme Boulos), PCdoB (Manuela D'Ávila), PSL (Jair Bolsonaro), Rede (Marina Silva), PDT (Ciro Gomes) e DEM (Rodrigo Maia).


Os partidos deverão registrar os candidatos na Justiça Eleitoral até 15 de agosto. A partir do dia 16, começará a propaganda eleitoral.

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), as empresas estão proibidas de fazer doações para campanhas eleitorais. Assim, somente pessoas físicas podem doar.

Diante disso, o Congresso Nacional aprovou, e o presidente Michel Temer sancionou, a criação de um fundo eleitoral, abastecido com dinheiro público, que destinará R$ 1,7 bilhão para os partidos.

CALENDÁRIO DAS CONVENÇÕES

Data
Partido
Pré-candidato a presidente 
Local da convenção
20/07
PDT
Ciro Gomes
Brasília (DF)
20/07
PSC
Paulo Rabello de Castro
Brasília (DF)
20/07
PSTU
Vera Lúcia
São Paulo (SP)
21/07
PSOL
Guilherme Boulos
São Paulo (SP)
21/07
Avante
Sem pré-candidato
Belo Horizonte (MG)
21/07
PMN
Sem pré-candidato
Brasília (DF)
22/07
PSL
Jair Bolsonaro
Rio de Janeiro (RJ)
28/07
Democracia Cristã 
José Maria Eymael
São Paulo (SP)
28/07
PTB
Sem pré-candidato
Brasília (DF)
28/07
PV
Sem pré-candidato
Brasilia (DF)
28/07
PSD
Sem pré-candidato
São Paulo (SP)
01/08
PCdoB
Manuela D'Ávila
Brasília (DF)
02/08
MDB
Henrique Meirelles
Brasília (DF)
02/08
DEM
Rodrigo Maia
Indefinido
02/08
PP
Sem pré-candidato
Brasília (DF)
04/08
PT
Luiz Inácio Lula da Silva
São Paulo (SP)
04/08
PSDB
Geraldo Alckmin
Brasília (DF)
04/08
Novo
João Amoêdo
São Paulo (SP)
04/08
Rede
Marina Silva
Brasilia (DF)
04/08
Podemos
Álvaro Dias
Curitiba (PR)
04/08
PPS
Sem pré-candidato
Brasília (DF)
04/08
PR
Sem pré-candidato
Brasília (DF)
05/08
PRTB
Levy Fidelix
São Paulo (SP)
05/08
PSB
Ainda sem definição
Brasília (DF)


Portal G1

➤Eleições 2018

Centrão se afasta de Ciro e fecha apoio a Alckmin

Geraldo Alckmin (PSDB) - Foto: Estadão/Reprodução
Na véspera da convenção que vai oficializar a candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República, o Centrão mudou de lado nas eleições 2018  e decidiu fechar aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB. A reviravolta de última hora ocorreu depois que o PR, chefiado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, se juntou ao bloco, formado por DEM, PP, Solidariedade e PRB.

Em reunião realizada nesta quinta-feira, 19, em São Paulo, dirigentes do Centrão disseram a Alckmin que, se não houver nenhum obstáculo no meio do caminho, o acordo pode ser anunciado oficialmente no próximo dia 26. Nos bastidores, três presidentes de partidos disseram que a aliança do bloco com o PSDB já está acertada. O candidato a vice na chapa do tucano será o empresário Josué Gomes da Silva (PR), filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011.

No mercado eleitoral, o apoio do Centrão é visto como muito importante na disputa pela Presidência. Juntos, os partidos têm no mínimo 4 minutos e 12 segundos por dia no horário eleitoral de rádio e TV, que começa em 31 de agosto. O PR dispõe de mais preciosos 45 segundos. Na Câmara, esses partidos somam uma bancada de 164 dos 513 deputados.

A mudança do bloco, que até os últimos dias estava inclinado a avalizar a candidatura de Ciro, foi resultado de uma soma de fatores políticos. O peso maior, porém, é atribuído a Valdemar, que atuou como uma espécie de fiel da balança no bloco e exigiu composição com Josué de vice.

Alckmin desmarcou compromissos em Montes Claros (MG), ao lado do senador Antonio Anastasia – pré-candidato do PSDB ao governo de Minas – para conversar ontem com representantes do Centrão.

Antes, o PR negociava apoio a Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, que está em primeiro lugar nas pesquisas em cenário sem a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso da Lava Jato, na disputa eleitoral. Como a aliança com Bolsonaro não vingou, Valdemar se juntou ao Centrão.

Um jantar com integrantes do bloco, na casa do senador Ciro Nogueira (PP-PI), na quarta-feira, praticamente selou o destino do grupo. Ali, Valdemar manifestou sua preferência por Alckmin, em vez de Ciro, mas disse que seguiria a posição do bloco, qualquer que fosse. Sua única exigência era fazer Josué vice de alguma das chapas.

Agência Estado