sábado, 9 de junho de 2018

➤FUTEBOL



SÉRIE A 11ª RODADA
Sábado – 09/06
16:00
Atlético PR 0 X 1 São Paulo – Arena Baixada

19:00
Chapecoense _ X _ Cruzeiro – Arena Conda
Vasco 3 X 2 Sport – São Januário

21:00
Corinthians 0 X 0 Vitória – Itaquerão

Domingo – 10/06
16:00
Grêmio 1 X 0 América MG – Arena Grêmio
Atlético MG 5 X 2 Fluminense – Independência
Bahia 3 X 3 Botafogo – Fonte Nova
Ceará 2 X 2 Palmeiras – Castelão

19:00
Santos 1 X 2 Internacional – Vila Belmiro
Flamengo 2 X 0 Paraná – Maracanã

CLASSIFICAÇÃO



SÉRIE B10ª RODADA

Sexta – 08/06
19:15
Londrina 0 X 1 Juventude – Estádio do Café

20:30
Goiás 2 X 1 Paysandu – Olímpico

21:30
Avaí 2 X 0 Coritiba – Ressacada

Sábado – 09/06
16:30
São Bento 2 X 1 Fortaleza – Walter Ribeiro
CSA 0 X 0 CRB – Rei Pelé
S. Corrêa 2 X 0 Oeste – Castelão
Guarani 1 X 1 Vila Nova – Brinco de Ouro
Criciúma 1 X 1 Boa Esporte – Heriberto Hülse

19:30
Atlético GO 3 X 4 Figueirense - Olímpico

21:00
Brasil 0 X 2 Ponte Preta – Bento Freitas

CLASSIFICAÇÃO


➤Programas eleitorais

PT quer gravar dentro da cadeia


O ex-presidente Lula criou um modelo de prisão no Brasil — ao menos para ele. Num país em que presidiários se amontoam em celas superlotadas, o petista é hóspede, há dois meses, em uma sala-cela preparada sob medida. O espaço de 15 metros quadrados, improvisado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, tem cama, mesa, televisão de plasma, chuveiro com água quente (o que é considerado uma regalia no sistema carcerário nacional) e até uma esteira ergométrica para o petista manter a forma física. Faltou um frigobar, que Lula chegou a pedir, mas a Justiça achou que aí já era demais. A negativa não impediu novos pleitos fora de qualquer padrão penitenciário. A defesa do petista solicitou, na última segunda-feira 4, autorização para transformar a cela em um estúdio: quer que, de lá, ele possa gravar vídeos para a sua “campanha eleitoral”.

Portal VEJA

➤Ricardo Noblat

Enquanto isso, no país do faz de conta…


Um político condenado por corrupção a 12 anos e um mês de cadeia, preso há mais de 60 dias, e sem esperança de ser libertado tão cedo, declara-se candidato a presidente da República e diz que nada o impedirá de ser – nem mesmo a lei sancionada por ele no passado.

Um ex-governador do segundo mais importante Estado do país, preso e condenado a penas que somadas passam de 100 anos, simula arrependimento e atribui seus erros à vaidade. Mas continua negando que recebeu propina. Tudo não passou de caixa dois.

Quatro vezes governador do Estado locomotiva do país, candidato a presidente da República pela segunda vez, o mais ilustre filho de Pindamonhangaba alega que não cresce nas pesquisas de intenção de voto porque o eleitor só liga para a Copa e o Dia dos Namorados.

A ser assim, a campanha a ter início em final de agosto enfrentará nos 30 dias seguintes a forte concorrência de datas capazes de atrair a atenção do eleitor. Celebra-se a Semana da Pátria a partir do dia 1º, o Dia do Gordo no dia 10 e o início da Primavera no dia 23.

Não bastasse – e este é o país dos excessos -, o presidente da República finge que preside e o governo que governa. Salva-se o Congresso que cansou de fingir que legisla. Quer dizer: legisla em causa própria e emergirá das urnas com a mesma cara que tem hoje.

Portal VEJA

➤OPINIÃO

A sensatez e o radicalismo


Na terça-feira passada foi lançado em Brasília o manifesto Por um Polo Democrático e Reformista, que defende a união do centro político como uma maneira de viabilizar eleitoralmente uma candidatura presidencial comprometida com as reformas de que o País tanto precisa. Elaborado por 30 políticos e intelectuais de vários partidos – PSDB, MDB, PSD, PPS, PV e PTB –, o conteúdo do documento foi antecipado pelo Estado no mês passado.

“O manifesto é um chamado à consciência sobre a gravidade do momento atual e sobre as consequências profundas e duradouras que terão nossas ações e inações”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em mensagem lida durante o lançamento. Entre as medidas propostas, o documento lista a reforma da Previdência, com adoção de um sistema único para servidores e trabalhadores da iniciativa privada, e a tributária, sem aumento de impostos. Propõe ainda a recuperação do caráter educacional do programa Bolsa Família.

Diante da atual situação do País, trata-se de uma iniciativa de grande relevância. Há grandes desafios que o próximo governo terá de enfrentar, como, por exemplo, o déficit previdenciário e a crise fiscal, e é imprescindível que os partidos minimamente comprometidos com o interesse público congreguem esforços em torno de um candidato responsável, que esteja distante das promessas populistas e, ao mesmo tempo, conquiste o eleitorado. 

Apesar de sua importância, o lançamento do manifesto não foi especialmente concorrido. Por exemplo, nenhum pré-candidato presidencial compareceu ao evento. É, sem dúvida, uma pena, pois poucas vezes na história política do País a sensatez e o compromisso foram tão necessários como agora.

Nestes tempos esquisitos, o que parece brilhar é justamente a atitude oposta, de quem deseja aparecer no cenário político com propostas demagógicas e radicais. O radicalismo de alguns políticos esconde uma enorme contradição. Dizem-se muito decididos a enfrentar os problemas nacionais, mas na realidade ficam apenas na superfície, com propostas simplistas para problemas complexos.

É o que faz, por exemplo, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). No seu périplo pelo País, o sr. Bolsonaro apresenta-se como o único pré-candidato ao Palácio do Planalto realmente decidido a combater as graves questões de segurança pública. Suas propostas para o tema, no entanto, resumem-se a um discurso de confronto e violência, com a promessa de armar a população.

Em tese, uma atuação nesses moldes deveria desacorçoar o eleitorado, pois evidencia um profundo desconhecimento do pré-candidato em relação ao tema. Ou, o que seria pior, que o conhece, mas prefere ignorar sua complexidade com o que estaria exposta deliberada intenção de engabelar o público.

É urgente que o poder público, em todas as esferas, atue com mais determinação no combate à violência urbana e rural., No entanto, esse trabalho de resgate da lei e da ordem vai muito além de munir o cidadão com armas. Apenas para citar alguns exemplos, um novo patamar de segurança pública envolve cuidado com as fronteiras, melhor coordenação entre a União e os Estados – que são os responsáveis diretos pela segurança pública –, políticas adequadas para os presídios, um Poder Judiciário mais diligente, com o encerramento dos processos em tempo razoável.

Quem deseja se qualificar para concorrer à Presidência da República tem o dever de abordar, sem simplismos, as questões nacionais. Suas propostas devem conter, ao menos, a descrição de políticas factíveis e que enfrentem as causas dos problemas.

De certa forma, a disjuntiva que o eleitor terá de enfrentar na urna no dia da eleição – entre competência e responsabilidade, de um lado, e populismo e radicalismo, de outro – é desde agora apresentada aos partidos e aos políticos. Ainda que a sensatez e a racionalidade pareçam brilhar tão pouco, em contraste com alguns radicalismos, o País necessita urgentemente dessas qualidades. E é isso o que uma candidatura comprometida com o interesse público, sabendo entusiasmar e cativar o cidadão, deve expressar.

Publicado no portal do Jornal Estado de São Paulo em 09/06/2018