terça-feira, 5 de junho de 2018

➤FUTEBOL



SERIE A10ª RODADA

Terça – 05/06
21:20
São Paulo 0 X 0 Internacional – Morumbi

Quarta – 06/06
19:30
Vitória 1 X 0 Chapecoense – Barradão
Botafogo 0 X 0 Ceará – Engenhão

21:00
Corinthians 1 X 1 Santos – Itaquerão
Sport 1 X 0 Atlético PR – Ilha Retiro

21:45
Grêmio 0 X 2 Palmeiras – Arena Grêmio
Cruzeiro 1 X 1 Vasco – Mineirão

Quinta – 07/06
20:00
Paraná 1 X 0 Bahia – Durival Brito
Fluminense _ X _ Flamengo – Maracanã

21:00
América MG 1 X 3 Atlético MG – Independência

CLASSIFICAÇÃO

SÉRIE B9ª RODADA

Terça – 05/06
19:15
Juventude 2 X 2 Atlético GO – Alfredo Jaconi
Figueirense 1 X 1 Londrina – Orlando Scarpelli
Criciúma 4 X 1 Paysandu – Heriberto Hülse
Coritiba 1 X 0 CRB – Couto Pereira

20:30
Boa Esporte 2 X 2 São Bento – Varginha
CSA 1 X 2 Guarani – Rei Pelé
S. Corrêa 1 X 1 Avaí – Castelão

21:30
Oeste 2 X 2 Brasil – Arena Barueri
Ponte Preta 2 X 1 Goiás – Moisés Lucarelli
Vila Nova 0 X 0 Fortaleza – Serra Dourada

CLASSIFICAÇÃO


➤Eleição no Tocantins

Nem o PT obedeceu a Lula

Em carta aberta aos eleitores do Tocantins, Lula pediu que votassem na senadora Kátia Abreu (PDT) para governadora do Estado na eleição extraordinária realizada ontem.

Kátia ficou em quarto lugar. Só obteve 15,66% dos votos. Nem o PT local a apoiou. Ela foi ministra da Agricultura do governo de Dilma e batalhou duramente contra o impeachment.



Ricardo Noblat/VEJA

➤Privatização de estatais

Mesa da Assembleia aprova plebiscito

A mesa diretora da Assembleia Legislativa aprovou, na manhã desta terça-feira, por 4 votos a 3, a convocação do plebiscito para privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e da Sulgás. O próximo passo será o encaminhamento do projeto de decreto legislativo (PDL) ao plenário para que se discuta a aprovação e convocação do questionário com as eleições.

O projeto foi encaminhado à Casa Legislativa pelo governador José Ivo Sartori, que aposta na privatização de estatais para a adesão do Rio Grande do Sul ao regime de recuperação fiscal.

Conteúdo/CP

➤Bernardo Mello Franco

Centrismo, o novo nome do governismo

Quem acompanha o noticiário político já esbarrou com o discurso de que é preciso “unir o centro” na disputa presidencial. A conversa ganhará nova roupagem hoje, com o lançamento do manifesto “Por um polo democrático e reformista”.

O documento foi articulado pelo deputado Marcus Pestana, secretário-geral do PSDB. Ele colheu assinaturas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos ministros Aloysio Nunes e Raul Jungmann.

“Queremos estimular a reflexão e sensibilizar os pré-candidatos”, diz Pestana. “Se o nosso campo se fragmentar, podemos ficar fora do segundo turno. Aí a Presidência ficaria entre dois extremos, o bolsonarismo e a esquerda”, afirma.

O “nosso campo”, segundo o tucano, inclui sete presidenciáveis: Flávio Rocha, João Amoêdo, Rodrigo Maia, Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Alvaro Dias e Paulo Rabello de Castro. Ele também admite incluir a ex-petista Marina Silva.

“Todas as candidaturas são legítimas, mas não podemos esperar um segundo turno entre a catástrofe e o desastre. Se o apocalipse se anunciar, quem estiver em piores condições poderia renunciar até 15 dias antes da eleição”, defende Pestana.

Os alvos do manifesto têm algo em comum: todos apoiaram o impeachment que instalou Michel Temer no poder. Nos últimos meses, o bloco se dividiu. Um pedaço continuou agarrado ao governo. Outro saiu de fininho, tentando se descolar da impopularidade presidencial.

À exceção de Marina, todos os políticos do “polo reformista” se enquadram nas definições clássicas de direita ou centro-direita. O problema do grupo não está na nomenclatura. O que preocupa mesmo é a concorrência de Jair Bolsonaro, que cresceu e se consolidou no eleitorado antipetista.

Não é difícil encontrar o DNA do governismo no discurso a favor da “união do centro”. A quem tiver dúvidas, recomenda-se pesquisar declarações recentes do próprio Temer. “Se houver algo que seja útil para o país, e daí a história da união de todos os candidatos de centro, por que não apoiar?”, ele perguntou, em entrevista ao SBT.

O deputado Pestana, que ajudou a coordenar a campanha de Aécio Neves em 2014, nega que o manifesto tenha o carimbo do Planalto. “Nossa tese tem os olhos postos no futuro”, desconversa.

Publicado no portal do Jornal O Globo em 05/06/2018

➤OPINIÃO

O eleitor militar

Eliane Cantanhêde

De supetão, o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, pergunta:

– Você é a favor da intervenção militar?

A resposta é óbvia e rápida:

– Eu? Sou absolutamente contra
!
E ele, com um sorriso:

– Você é? Pois eu sou mais ainda!

É assim que as Forças Armadas se esforçam para afastar mais esse fantasma, nesses tempos já tão conturbados e assombrados, e tentam focar em questões mais imediatas e objetivas: fazer as contas dos seus gastos durante as missões extras durante a greve dos caminhoneiros, cumprir bem o mandado de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio e se informar sobre candidatos e propostas para outubro.

Alvaro Dias, por exemplo, já debateu com oficiais em Santa Maria (RS) e a intenção é convidar todos os presidenciáveis bem colocados nas pesquisas para apresentar seus programas, suas ideias e suas intenções a oficiais da Força. Sem preconceito.

O Exército já ouviu ou está pronto a ouvir Ciro, Marina, Alckmin, Meirelles, Rabello de Castro, Bolsonaro... E o candidato do PT? A resposta dos oficiais é rápida e dada com naturalidade: assim que ficar definido o nome do PT, também será convidado.

As Forças Armadas, aliás, não tiveram dificuldade com os governos civis, muito menos com Lula, que nomeou Nelson Jobim para a Defesa, patrocinou a “Estratégia Nacional de Defesa” e bancou os maiores programas de reaparelhamento em décadas, como os submarinos da Marinha e os jatos da FAB anunciados já com Dilma Rousseff. 

A boa relação continuou com Dilma. Quando ela queria reclamar de alguém ou de um programa, apontava o dedo para generais, brigadeiros e almirantes e tascava: “Vocês deveriam fazer como os militares! Aprendam com eles!”.

Isso, claro, não significa que oficiais das três Forças estejam animados ou mesmo dispostos a votar num candidato do PT, qualquer que seja ele, ou de um partido nitidamente de esquerda. Mas não é por isso que eles estão indo em massa para o lado oposto, o de Jair Bolsonaro – primeiro nas pesquisas sem Lula.

Ao que se saiba, não há pesquisas eleitorais nas tropas, ou seja, nas bases, mas qualquer conversa na cúpula militar identifica que eles estão mais ou menos como a grande maioria da população brasileira: indecisos, observando, querendo entender melhor o quadro e quais são as alternativas que se colocam. Ou seja: estão prudentes, enquanto líderes militares e enquanto eleitores em tempos de crise.

Basicamente, sabem que o rombo fiscal é gigantesco, a dívida pública apavora, a violência urbana é grave, não dá mais para cortar em saúde e educação e todos os setores vão ter se acostumar com a ideia de que a conta será repartida. Cada um vai dar sua cota e os militares não podem ficar de fora. Isso vale, por exemplo, para a reforma da Previdência que, mais cedo ou mais tarde, virá. 

Em conversas informais, oficiais com grande liderança já admitem que a idade de aposentadoria é muito baixa e que, como a população em geral, os militares também estão vivendo muito mais e contribuindo para o desequilíbrio do sistema. Logo, eles aceitam debates e mudanças, mas deixando bem claro que é preciso respeitar as peculiaridades de uma carreira diferenciada, com muitas mudanças e nem sempre com carga horária fixa.

Outra questão muito delicada entra sutil e acessoriamente nas conversas: a Comissão da Verdade, o pedido de desculpas oficial por torturas e desaparecimentos na ditadura e o fato de as notícias daquele período continuarem a atormentar os militares e as Forças Armadas.

Mas is
so não é questão para já. Até as eleições e a posse do novo presidente, há muitas outras prioridades já dividindo o País. Muitas questões importantes terão de esperar. Afinal, cada dia, sua agonia.

Publicado no portal do Jornal Estado de São Paulo em 05/06/2018

➤Lava Jato no RJ

Gilmar Mendes manda soltar quatro presos


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STFGilmar Mendes mandou soltar quatro presos da Operação Câmbio, Desligo, deflagrada no início de maio pela Polícia Federal (PF). Na ação, a PF mirou um esquema de corrupção que atuava, por meio de doleiros, no Rio de Janeiro.

Foram beneficiados pela decisão do ministro os investigados Rony Hamoui, Paulo Sérgio Vaz de Arruda, Athos Roberto Albernaz Cordeiro e Oswaldo Prado Sanches. No entendimento de Gilmar, os acusados podem responder às acusações em liberdade porque não houve violência ou grave ameaça nas supostas condutas criminosas deles. Todos foram presos por determinação do juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos do braço fluminense da Operação Lava Jato.

Baseada nos depoimentos dos delatores Vinicius Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barboza, o Tony, ambos doleiros, a Operação Câmbio, Desligo desarticulou um esquema de movimentação de ilícitos no Brasil e no exterior. As operações eram do tipo dólar-cabo, uma forma de movimentação cambial paralela, sem passar pelo sistema bancário, de entrega de dinheiro em espécie, pagamento de boletos e compra e venda de cheques de comércio.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a atuação de doleiros foi necessária para operacionalizar recursos desviados durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) no Rio de Janeiro.

Portal VEJA