Kátia Abreu nos limites da legislação
A senadora Kátia Abreu (PDT) navega nos limites da
legislação eleitoral, que proíbe pedido de voto, ao reproduzir no Twitter uma
declaração de apoio à sua pré-candidatura nesta manhã de sexta, 11, ao governo
de Tocantins. A Justiça eleitoral já está de olho nos suspeitos de fazer
propaganda antecipada nas redes sociais.
O fantasma de Lula
Se o PT levar adiante a ideia de registrar a candidatura
de Lula, mesmo com ele preso, o preço político pode ser alto.
Primeiro, será quase impossível convencer algum partido a
se aliar ao PT, diante do risco jurídico. Segundo, não terá um candidato
nacional empurrando os palanques estaduais. E, terceiro, se a inegelibilidade
for confirmada, não haverá tempo para alavancar um outro nome
‘Não existe crime político na democracia’
Em sua coluna
na revista Veja desta semana, o jornalista José Roberto Guzzo ironiza a
existência do foro privilegiado, que blinda cerca de 55 mil autoridades no País
contra processos na Justiça comum. Segundo Guzzo, não existe “crime político”
em nenhum regime democrático do planeta. O que existe é crime mesmo, previsto
no Código Penal.
“Existem no mundo coisas permitidas e coisas proibidas.
As coisas proibidas não podem ser feitas — nenhum cidadão pode cometer estupro,
guiar embriagado ou assaltar um banco. Não há exceções”, afirma. “Aqui as leis
são feitas para a conversa não acabar nunca. É preciso preservar os “agentes do
Estado” de acusações injustas, não é mesmo? Se não for assim, o Brasil vai
acabar virando uma baderna.”
Recuo de Temer é estratégico
Aliados de Michel Temer apostam que a candidatura ao
Palácio do Planalto do presidente não está descartada, apenas suspensa para
desviar da artilharia de adversários neste período pré-campanha, informa Mônica Bergamo na Folha.
Na semana que vem, por exemplo, a Presidência vai
divulgar campanha publicitária dos dois anos da gestão Temer com foco na área
econômica e de saúde com dados sobre aumento no número de transplantes feitos
no País.
Nem vitória na Justiça tira Paes da toca
Nem a liminar do TSE que suspendeu a decisão que o
tinha tornado inelegível deve tirar Eduardo Paes tão cedo do armário na
política. O ex-prefeito do Rio segue trabalhando na iniciativa privada e
insiste no discurso de que ainda não decidiu seu futuro político.
São muitas as incertezas no cenário eleitoral fluminense.
Além da avalanche que atingiu todo o antigo grupo de Paes, o do MDB, ainda há
investigações que podem atingi-lo ainda que de forma colateral, como as
decorrentes da delação do ex-marqueteiro Renato Pereira. Até a Copa, pelo
menos, ele deve ficar na muda.
A implosão precoce dos partidos
Ainda faltam quase cinco meses para as eleições. As
candidaturas sequer foram confirmadas oficialmente. Mas, desde já, os partidos
estão implodindo. O PSB, que já estava dividido entre se aliar a Lula ou
apoiar Joaquim Barbosa, agora, com a desistência do ex-presidente do STF,
estilhaçou. Uma ala se mostra disposta a afundar com o PT, outra quer apoiar
Ciro e uma terceira pretende se aliar a Alckmin.
O PT, por sua vez, digladia-se entre seguir atado ao
grande líder encarcerado e adotar um plano B. Já o PSDB oscila entre se unir ou
não ao MDB de Temer, que, de seu lado, está rachado entre se aliar a Alckmin e
lançar Meirelles. Por fim, com a filiação do empresário Benjamim Steinbruch,
que pode ser vice de Ciro, o PP, comprometido com Rodrigo Maia, do DEM, está
flertando com o PDT. / José Fucs
Bolsonaro não tá nem aí
Jair Bolsonaro diz que as revelações sobre a autorização
para matar inimigos do regime militar, dada pelos generais presidentes da
ditadura, coincidem com seu crescimento nas pesquisas.
Bolsonaro acha que é uma tentativa de desgastá-lo. Mas se
engana quem pensa que o assunto constrange o deputado. Ele sempre defendeu – e
segue fazendo isso – as decisões tomadas pelos militares e as ações praticadas
contra militantes opositores do governo.
Uma chapa explosiva
Se Ciro Gomes tem pavio curto, seu possível vice nem sabe
o que é ter pavio, segundo conta a coluna de Sonia Racy no Estadão sobre o empresário
Benjamin Steinbruch (PP).
O temperamento indomável e centralizador do presidente da
CSN e dono do grupo Vicunha Têxtil, por exemplo, fez três integrantes do
conselho de administração do Jockey Club abandonarem o barco.
Publicado no portal do jornal Estado de São Paulo em 11/05/2018