General da ativa vai comandar a Segurança no Rio
Foi escolhido ontem o novo secretário de Segurança do Rio
de Janeiro. O general Richard Fernandez Nunes vai substituir Roberto Sá,
afastado após intervenção federal. O militar chefiou a ocupação do Exército no
Complexo da Maré, entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015. Agora, ele terá
desafios ainda maiores pela frente. Nunes terá que lidar com uma força policial
sucateada, salários atrasados, déficit de agentes e falta de investimentos.
Além disso, os policiais viraram alvos preferenciais dos criminosos. Só em
2017, 134 PMs foram assassinados no estado.
Carioca, o general Richard Nunes comandou por três meses,
entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, a ocupação do Exército no Complexo
da Maré, na Zona Norte do Rio. Richard Nunes é bacharel em Direito e passou por
vários comandos no Exército. Atualmente, exercia o comando da Escola de Comando
e Estado-Maior do Exército (ECEME)
Esquema que envolve Diniz teria desviado R$ 11 milhões
Com a ajuda do ex-governador Sérgio Cabral, o presidente
afastado da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), Orlando Diniz, desviou, segundo
os indícios apurados, ao menos R$ 3 milhões de duas entidades do Sistema
"S", o Sesc e o Senac-RJ, para a Thunder Assessoria Empresarial,
firma na qual figura como sócio-administrador. A força-tarefa sustenta ainda
que a Fecomércio gastou com o grupo de funcionários fantasmas, pelo período dos
contratos, R$ 8 milhões. Esta conexão, apontada pela força-tarefa da Operação
Calicute, versão da Lava-Jato no Rio, é um dos fundamentos da
prisão preventiva de Diniz nesta sexta-feira, ordenada pelo juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
De acordo com a investigação, Diniz subtraiu o dinheiro
das entidades entre 2010 e 2015. Para isso, segundo evidências colhidas pelos
procuradores, usou notas fiscais frias emitidas, a pedido de Cabral, por duas
empresas: a Dirija Veículos e a Viação Rubanil. Diniz - afastado atualmente do
cargo por meio de uma liminar - e os demais suspeitos são acusados de corrupção
ativa, lavagem de dinheiro e de organização criminosa.
Em contrapartida à emissão das notas para esquentar os
desvios, Diniz, segundo a força-tarefa, contratou pela Fecomércio sete pessoas
ligadas a Cabral: uma irmã de Wilson Carlos (ex-secretário estadual de
Governo); a mãe e a mulher de Carlos Miranda (acusado de colher a propina de
Cabral); a mulher de Ari Ferreira da Costa Filho, o Arizinho (outro operador de
Cabral); a mulher de Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão (ex-assessor pessoal de
Cabral); Ana Rita Menegaz (ex-chefe de cozinha do Palácio Guanabara); e Sônia
Ferreira Baptista (ex-governanta da família Cabral). A força-tarefa sustenta
que a Fecomércio gastou com o grupo de funcionários fantasmas, pelo período dos
contratos, R$ 8 milhões.
Ghouta Oriental já tem mais de 400 civis mortos
Chega a 403 o número de civis mortos desde domingo em Ghouta Oriental, região
nos subúrbios de Damasco, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos,
baseado em Londres. A área, dominado por grupos armados fundamentalistas, tem
sido bombardeada fortemente pelas forças do regime de Bashar al-Assad. O
Conselho de Segurança da ONU começou ontem a debater uma proposta de trégua de
30 dias, mas a Rússia, que tem poder de veto, disse que ela teria de excluir as
organizações jihadistas.
Segundo o médico Said Fliti, vice-coordenador de operações
médicas da organização Médicos Sem Fronteiras na região, o caos em Ghouta é
generalizado, sem lugares a salvo para os civis e funcionários de saúde que
prestam atendimento. Ao GLOBO, Fliti relatou que vários bairros da região estão
completamente destruídos. Enquanto isso, 13 hospitais apoiados pela MSF foram
alvo de repetidos ataques. Outras unidades, embora gravemente danificadas,
continuam operando.
— Nos hospitais que não estão completamente destruídos,
fazemos o melhor para salvar vidas e servir aos que precisam. Continuamos onde
estamos com equipes muito corajosas — disse o médico. — Você pode imaginar o
medo que eles sentem enquanto trabalham.
MP acusa Picciani de lavar dinheiro com venda de gado
O Ministério Público entrou com uma ação na Justiça
contra duas empresas do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj) Jorge Picciani (MDB), por lavagem de dinheiro com a venda
subfaturada de gado.
Os procuradores acusaram as empresas Agrobilara e
Agrocopa por atos contra a administração pública e improbidade administrativa.
Investigações descobriram duas operações fraudulentas
entre o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes de
Carvalho, réu colaborador, e as empresas de Picciani.
Para os promotores, o objetivo era esconder aumento de
patrimônio, fruto de dinheiro obtido com propinas, por meio da compra de gado
das duas empresas.
Grande parte do dinheiro era pago por fora, mascarando o
real valor do negócio. Em delação premiada, o ex-presidente do TCE admitiu ter
pago por fora a soma de R$ 760 mil a Picciani, pois não teria como comprovar a
posse do valor total legalmente.
O Ministério Público pediu o afastamento dos réus de
funções públicas e o bloqueio de R$ 10 milhões em bens.
Inflação fica em 0,38%, menor taxa para
fevereiro desde o Real
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional
de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA-15), ficou em 0,38% em fevereiro deste ano.
O índice ficou em 0,39% em janeiro e em 0,54% em fevereiro do ano passado. O
dado foi divulgado hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Essa foi a segunda menor taxa do IPCA-15 para meses de
fevereiro desde a implantação do Plano em Real em 1994, ficando acima apenas da
taxa de fevereiro de 2000 (0,34%). O IPCA-15 acumulado no ano está em 0,77%, já
a taxa acumulada em 12 meses chega a 2,86%.
Entre os principais responsáveis pela prévia da inflação
de fevereiro estão os grupos de despesas educação e transportes. Os gastos com
educação subiram 4,01%, refletindo os reajustes dos valores dos cursos que
habitualmente são praticados no início do ano letivo. Os cursos regulares
ficaram 5,24% mais caros.
Já os transportes ficaram 1,11% mais caros devido,
principalmente, ao aumento de 2,03% dos combustíveis. A gasolina subiu 1,78%, e
o etanol, 3,11%.
Os gastos com alimentação subiram apenas 0,13%. Deflações
(quedas de preços) foram observadas nos grupos de despesas habitação (-0,51%) e
vestuário (-0,73%).