domingo, 30 de setembro de 2018

➤BOA NOITE!

UM MOMENTO DE SAUDADE!
ÂNGELA MARIA
TANGO PARA TEREZA

➤OPINIÃO

Eleição na Terra do Nunca


A campanha presidencial tem servido para mostrar que infelizmente o Brasil ainda tem de percorrer um longo caminho até amadurecer de fato. O País e sua sociedade parecem viver o auge de sua adolescência, como comprova a renitente recusa a ingressar na vida adulta – que pressupõe assumir responsabilidades e encarar a vida como ela é, sem nutrir a ilusão de que existe prosperidade sem sacrifício.

Prova disso é o discurso de vários candidatos, todos bem colocados nas pesquisas de intenção de voto, que promete abolir o teto dos gastos públicos e a reforma trabalhista – ambas, não por acaso, medidas que demandam um comportamento adulto tanto por parte do governo como por parte das empresas e dos cidadãos.

No caso da emenda que instituiu o teto dos gastos, a sociedade se viu finalmente obrigada a rediscutir as prioridades do País, ante o fato indisputável de que os fundos públicos são escassos e, na atual conjuntura, cada vez menos disponíveis. A sistemática oposição à adoção desse limite e a popularidade de candidatos que prometem revogar o teto se eleitos indicam a má disposição mais ou menos generalizada de enfrentar a dura realidade dos números e de estimular a participação política dos cidadãos nas decisões sobre a distribuição dos recursos.

Por sua vez, a reforma trabalhista, que acabou com o paternalismo de uma legislação que havia décadas tratava o trabalhador como hipossuficiente, incapaz de defender seus interesses perante o empregador e de negociar o melhor contrato de trabalho possível, está sendo torpedeada porque pressupõe que os cidadãos sejam maduros para assumir o encargo de cuidar de seus próprios interesses.

Entre os que lideram a corrida presidencial, há candidatos que já anunciaram a intenção de revogar a reforma trabalhista, sob o argumento de que é preciso restituir a rede de “proteção” do trabalhador – rede esta que deu azo a um conjunto de normas tão minucioso e rígido que, a título de garantir os direitos do trabalhador, acabou por desestimular a contratação formal de empregados, condenando esse mesmo cidadão ao desemprego crônico ou à informalidade do trabalho precário.

O escasso entusiasmo dos eleitores com as reformas em geral pode ser constatado também diante da enorme impopularidade do presidente Michel Temer, cujo governo se pautou justamente pela corajosa defesa dessas mudanças. A mais recente pesquisa do Ibope constatou que 78% dos entrevistados consideram seu governo “ruim” ou “péssimo”, contra apenas 4% que o veem como “bom” ou “ótimo”. É claro que muito desse mau humor em relação ao governo se deve às denúncias de corrupção que pesam contra Temer, mas o fato é que só isso não parece suficiente para explicar sua reprovação generalizada, inédita na história nacional. Fica evidente que a identificação de Temer com as reformas ajudou e muito a torná-lo tão impopular, razão pela qual todos os candidatos – mesmo aqueles cujos partidos apoiaram o governo de Temer em algum momento – disputam entre si quem faz maior oposição ao presidente, e um dos trunfos nessa campanha tem sido justamente a desmoralização das reformas.

Assim, os candidatos com maior potencial de vitória parecem decididos a impedir que a sociedade brasileira alcance a maturidade necessária para enfrentar os graves problemas do País. Adiar as reformas, hostilizando-as, é uma perigosa forma de escapismo. O problema é que está cada vez mais próxima a hora em que a realidade vai se impor. A atual crise na Argentina, causada, entre outras razões, pela hesitação do governo de Mauricio Macri em promover as reformas, deveria servir de alerta para os brasileiros.

Ante o iminente risco de colapso das contas públicas e em meio a uma profunda crise política e moral, a questão é saber se a sociedade vai enfim render-se às evidências e aceitar que a fase adulta da vida requer cumprir obrigações e aceitar sacrifícios em nome da desejada estabilidade e da almejada prosperidade, ou se vai continuar a prevalecer a crença de que o Brasil é mesmo a Terra do Nunca – onde vivem Peter Pan e todos aqueles que se recusam a crescer.

Portal Estadão

sábado, 29 de setembro de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DA MÚSICA SUL-AMERICANA
LUCHO GATICA – CHILE
EL RELOJ

MERCEDES SOSA – ARGENTINA
RAIMUNDO FAGNER – BRASIL
AÑOS

➤FUTEBOL


SÉRIE A27ª RODADA

Sábado – 29/09
16 horas
Fluminense 0 X 1 Grêmio – Engenhão

19 horas
América MG 0 X 0 Corinthians – Independência

21 horas
Bahia 0 X 0 Flamengo – Fonte Nova

Domingo – 30/09
11 horas
Palmeiras 3 X 1 Cruzeiro – Arena Palmeiras

16 horas
Internacional 2 X 1 Vitória – Beira Rio
Atlético MG 5 X 2 Sport – Independência
Botafogo 2 X 2 São Paulo – Engenhão
Santos 1 X 0 Atlético PR – Vila Belmiro

19 horas
Ceará 3 X 1 Chapecoense – Castelão

Segunda – 01/10
20 horas
Paraná _ X _ Vasco – Durival Brito

CLASSIFICAÇÃO


SÉRIE B29ª RODADA

Terça – 25/09
19h15
Fortaleza 2 X 1 São Bento – Castelão

21 horas
Ponte Preta 0 X 1 Brasil – Moisés Lucarelli

Quinta – 27/09
19 horas
Juventude 0 X 0 Londrina – Alfredo Jaconi

Sexta – 28/09
19h15
Paysandu 2 X 3 Goiás – Curuzu

21h30
Vila Nova 1 X 1 Guarani – Serra Dourada

Sábado – 29/09
16h30
Oeste 0 X 0 Sampaio Corrêa – Arena Barueri
Figueirense 2 X 2 Atlético GO – Orlando Scarpelli
CRB 0 X 0 CSA – Rei Pelé

19 horas
Coritiba 1 X 0 Avaí – Couto Pereira

21 horas
Boa Esporte 1 X 2 Criciúma - Varginha

CLASSIFICAÇÃO


➤OPINIÃO

O PT quer ‘tomar o poder’

Um regime autoritário pode se instalar da maneira clássica, por meio de um golpe, ou como resultado de um paulatino processo de captura do poder por um determinado grupo político, que assegura sua hegemonia a partir do aparelhamento do Estado. De um modo ou de outro, o resultado é sempre o mesmo: a submissão do Estado - e da Nação - aos interesses de quem o controla, o exato oposto de uma democracia. É precisamente isso o que o PT tentará fazer se esse partido conseguir vencer a eleição presidencial.

Para os que ainda concedem ao PT o benefício da dúvida, enxergando naquele partido credenciais democráticas que a sigla há muito perdeu - se é que um dia as teve -, recomenda-se a leitura de uma entrevista que o “companheiro” José Dirceu deu ao jornal El País.

Na entrevista, o jornal pergunta ao ex-ministro, deputado cassado e réu triplamente condenado se ele acredita na possibilidade de que o PT seja impedido de assumir a Presidência caso vença a eleição - ou seja, se pode haver um golpe. José Dirceu considera essa hipótese “improvável”, pois significaria colocar o Brasil na rota do “desastre total”, uma vez que “na comunidade internacional isso não vai ser aceito”. Mas então Dirceu, condenado a mais de 33 anos de prisão por corrupção no âmbito da Lava Jato, deixa claro que, para o PT, as eleições, afinal, são apenas uma etapa na tomada do poder. “Dentro do país é uma questão de tempo para a gente tomar o poder. Aí nos vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”, explicou o ex-ministro.

Não é preciso grande esforço para perceber o projeto antidemocrático petista nessas poucas palavras. Quando diz que “tomar o poder” é diferente de “ganhar uma eleição”, significa que o poder pode ser conquistado e consolidado à margem ou mesmo a despeito do natural processo democrático - que, justamente, tem como um de seus fundamentos a alternância de governantes, para evitar a cristalização de um determinado grupo político-partidário na máquina estatal.

Ao afirmar que é apenas uma “questão de tempo” para que o PT efetivamente tome o poder, Dirceu dá a entender que esse processo já está em curso. Pode-se dizer que os esquemas arquitetados pelo PT e seus associados para corromper o Congresso eram parte da estratégia, e só não foram mais longe porque houve um acidente de percurso - a Operação Lava Jato.

Mas há um aspecto menos escandaloso e mais insidioso nessa ofensiva do PT, que é a construção, passo a passo, da hegemonia do pensamento e da ação petistas em diversos setores da sociedade - e, para que essa estratégia insinuada por Dirceu seja bem-sucedida, é preciso contaminar de petismo também as instituições sobre as quais repousa a tarefa de garantir a democracia. Foi exatamente o que o chavismo fez na Venezuela, não à toa um modelo de “democracia” para os petistas. 

Em resolução publicada depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o PT lamentou não ter se concentrado na “construção de uma força política, social e cultural capaz de dirigir e transformar o País”, o que incluía a reforma do Estado para se contrapor ao que chamou de “sabotagem conservadora”, e disse ter falhado ao não “promover oficiais (das Forças Armadas) com compromisso democrático e nacionalista” - isto é, militares alinhados ao PT.

Mas, como constatou Dirceu, nem o impeachment de Dilma nem a prisão do máximo líder da camarilha petista, Lula da Silva, interromperam o empreendimento autoritário do partido. Ao contrário: a autorização dada ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para que Lula possa dar entrevistas na cadeia mostra o quanto as instituições basilares da democracia continuam permeáveis ao lulopetismo. 

Para permitir que Lula, encarcerado por corrupção e lavagem de dinheiro, dê declarações com potencial para influir na disputa presidencial, tumultuando um processo já bastante confuso, Lewandowski invocou a “liberdade de imprensa”. Ou seja, recorre-se a um dos princípios mais caros aos regimes democráticos para garantir a Lula um privilégio - situação por si só incompatível com uma democracia, mas muito coerente com a “tomada de poder” pelo PT.

Portal Estadão

➤Entrevista na prisão

Fux derruba autorização


O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, decidiu na noite desta sexta-feira (28) suspender a autorização para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conceda entrevista a jornalistas mesmo preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A permissão havia sido dada pelo ministro Ricardo Lewandowski, também do STF.

A decisão de Fux vale até o julgamento do caso pelo plenário da Suprema Corte, que poderá referendar ou não o posicionamento do ministro. Ainda não há previsão de quando o processo será apreciado pelos 11 ministros da Corte.

Agência Estado

➤ISENÇÃO

As fotos da Veja!

Na capa do portal da Revista Veja, quatro chamadas identificam resultados de pesquisas (Datafolha) para presidente da República, governos de São Paulo, Rio e Minas Gerais. O interessante é notar que nas fotos que ilustram as chamadas, mesmo que os candidatos estejam em segundo lugar nas pesquisas, aparecem na primeira posição nas ilustrações. É a demonstração do tipo de jornalismo feito pela VEJA, identificando claramente quem interessa a ela nas eleições do dia 7 de outubro.

Para Presidente:
Bolsonaro 28% - Haddad 22%


Governador de Minas Gerais:
Anastasia 33% - Pimentel 24%



Governador do Rio de Janeiro
Paes 25% - Garotinho 16% - Romário 14%



Governador de São Paulo:
Dória 25% - Skaf 22%



A pergunta é simples:qual o critério jornalístico para colocar duas fotos que mostram o inverso do que diz o título e duas que refletem a vontade demonstrada nas pesquisas?

➤Pesquisa Datafolha

Bolsonaro com 28% e Haddad com 22%


Pesquisa Datafolha divulgada na noite desta sexta-feira (28), mostrou Jair Bolsonaro (PSL) estável na primeira posição na disputa pelo comando da Presidência da República. O capitão da reserva manteve 28% no levantamento. O candidato do PT, Fernando Haddad subiu seis pontos percentuais, oscilando de 16% para 22%, ficando isolado na segunda posição. 

Confira os números:


JAIR BOLSONARO (PSL) 28%
FERNANDO HADDAD (PT) 22%
CIRO GOMES (PDT) 11%
GERALDO ALCKMIN (PSDB) 10%
MARINA SILVA (REDE) 5%
JOÃO AMOÊDO (NOVO) 3%
ÁLVARO DIAS (PODEMOS) 2%
HENRIQUE MEIRELLES (MDB) 2%
GUILHERME BOULOS (PSOL) 1%
VERA LÚCIA (PSTU) 1%
CABO DACIOLO (PATRIOTA) 1%
JOÃO GOULART FILHO (PPL) 0%
EYMAEL (DC) 0%
Branco/nulos: 10%
Não sabe/não respondeu: 5%

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

➤Mesmo que o PT perca

Zé Dirceu promete tomada do poder pelo partido

Foto: Reprodução
Um dos nomes mais poderosos que já esteve à frente do Partido dos Trabalhadores, José Dirceu, preso três vezes por participar dos dois maiores escândalos de corrupção da história do Brasil, no Mensalão e Petrolão, declarou em entrevista ao jornal espanhol El Pais que “é uma questão de tempo” para os petistas retornarem ao poder, independentemente do resultado das eleições. 

Ao fugir da pergunta se o PT teria participação em um suposto “momento de ódio” que o Brasil estaria atravessando, Dirceu defendeu Lula, também condenado por corrupção, e atribuiu o cenário atual ao “golpe” (impeachment de Dilma) e a Lava Jato. E completou: “De certa maneira, há um sentimento de que houve uma injustiça com Lula, que o Lula é perseguido. E quando se diz que alguém é perseguido, você não entra mais no mérito de por que a pessoa está respondendo por um suposto crime, você parte do princípio que ele é perseguido”. 

O jornal perguntou se existiria a possibilidade de o PT vencer as eleições presidenciais neste ano, mas “não levar”. Foi quando o ex-homem forte da esquerda brasileira disparou: “Acho improvável que o Brasil caminhará para um desastre total. Na comunidade internacional isso não vai ser aceito. E dentro do país é uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição.” 

A entrevista foi dada em meio à campanha de divulgação do livro com as memórias de José Dirceu. Além disso, o histórico petista se mantém ativo na política, articulando, por exemplo, o apoio do MDB para a candidatura de Fernando Haddad. O MDB, é bom lembrar, foi um dos partidos que mais trabalharam pela deposição da ex-presidente Dilma, fato considerado como “golpe” por Dirceu e militantes radicais. 

Segundo reportagem de Débora Álvares, publicada na semana passada pela Gazeta do Povo, o ex-ministro petista atua nos bastidores da legenda trabalhista e mantém conversas com antigos aliados do MDB para uma futura aliança com Fernando Haddad em eventual segundo turno para presidente. Os senadores Renan Calheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE) estão entre os preferidos nas conversas, mas também mantém interlocução com Jader Barbalho (PA) e até os ex-líder do governo de Michel Temer, Romero Jucá (RR). Todos dos MDB. 

Além da contradição de acusar o MDB de golpe ao mesmo tempo em que costura aliança com o partido, Dirceu não parece disposto a reconhecer os erros dos governos que apoiou. Disse ao El Pais: “Eles derrubaram a Dilma independentemente se ela estava certa ou errada, eles iam derrubar. E a recessão, 70% dela é a crise política. Não aprovaram o ajuste dela e fizeram a pauta bomba. Criaram uma crise política no país que ninguém comprava, ninguém vendia e ninguém emprestava”. 

Quando questionado se a prisão dos dois maiores petistas, ele e Lula, não significava nada respondeu: “Estão presas (as cabeças do partido) mas não param de dirigir, de comandar, de participar”. Mesmo negando que vá participar diretamente da campanha de Haddad confessou: “Eu ajudo o PT fazendo o que eu estou fazendo”


Gazeta do Povo (PR)

➤Guilherme Fiuza/Gazeta do Povo

Ausência de Anitta

Foto: Facebook/Reprodução
Circula no Brasil um manifesto em defesa da democracia, e seus signatários mais destacados mostraram que não estão de brincadeira: quando a cantora Anitta resolveu afirmar seu direito à opinião independente, tomou logo um tapa na boca, para deixar de ser abusada.

Anitta não tinha entendido como a banda toca. Democracia sim, querida. Mas a nossa, ok?

Ok. Ela entendeu rápido, até porque tem amor à pele. Todo mundo sabe que mexer com os democratas de porta de cadeia pode ser um problemão. Ou, mais precisamente: pode te transformar em morto-vivo. Vai cantar no banheiro, companheira, onde a acústica é perfeita para quem desafinou o coro da patrulha.

Tudo começou quando Anitta, pressionada a aderir à campanha #EleNão, contra Jair Bolsonaro, declarou que não iria fazer parte de movimento algum. Não era um posicionamento político. Ao contrário: em meio à epidemia de causas e engajamentos de ocasião, ela afirmou o direito do artista de opinar ou não opinar, se envolver ou não se envolver com o que quiser ou não quiser.

De uma simplicidade comovente.

Para quem ficou na dúvida, até porque anda um pouco difícil mesmo ver as coisas como elas são, aqui vai a confirmação: a funkeira da laje deu uma aula de dignidade à elite cultural brasileira.

Ou seja: enlouqueceu. Não sabe com quem tá se metendo, garota?

Agora já sabe. Em questão de horas, o mundo desabou sobre Anitta – essa doida que declarou que todos são livres para expressar o que quiserem. De onde terá ela tirado essa insanidade? De algum autor iluminista ou de algum para-choque de caminhão?

A real aqui é outra, parceira. É proibido proibir, desde que você não esteja atrapalhando a lenda (e o business) dos progressistas profissionais que mandam no pedaço. Cala a boca já morreu pra quem não falar demais. Ou de menos. Entendeu agora?

Entendeu. Anitta dormiu e acordou outra pessoa. Não precisou nem de lobotomia, recurso extremo que os democratas de porta de cadeia preferem não utilizar. Por si mesma – e pelo amor à sua pele bronzeada – ela reapareceu com um novo vídeo aderindo ao movimento do qual se recusara a participar 24 horas antes. Vai, malandra, que o passado passou – e o futuro é dos obedientes.

A presença de Anitta na luta contra os hipócritas de grife não durou um dia. Agora, como se dizia quando a ditadura calava ou sumia com alguém, Anitta está “ausente”.

O gentil “desafio” à cantora, que lhe oferecia a escolha entre ser frita em fogo lento ou rápido, foi vocalizado por Daniela Mercury – ela mesma a prova viva de que, nos dias de hoje, um artista sem arte só desaparece se quiser. Não tem mais o menor problema se o público não quer te ouvir, porque uma manchete sobre a sua vida sexual te bota no jogo de novo.

Se voltarem a te esquecer, você ameaça grudar numa colega bem-sucedida o selo de homofóbica e racista. Aí é só correr pro abraço.

Daniela e grande elenco de democratas temem que o Brasil caia num regime autoritário. E acharam a maneira de evitar a implantação de uma ditadura amanhã: implantá-la hoje.

O estupro moral e mercadológico de Anitta – impondo a ela o vexame de engolir sumariamente suas palavras em público – é o ato mais representativo dessa corrente da bondade que quer devolver o país a um simpático criminoso preso por corrupção. Lula e sua gangue merecem a chance de roubar um pouco mais o povo sem perder a ternura – e sem tirar um centavo dessa elite libertária que decide, docemente, quem pode dizer o que.

Ao contrário do pronunciamento original de Anitta, que não tinha segundas intenções partidárias ou ideológicas – e por isso mesmo foi abatido a tiros pela patrulha pacifista e humanitária –, o tal manifesto pela democracia é um jeitinho de panfletar para o suplente de presidiário como “salvação progressista contra o autoritarismo”.

De autoritarismo eles entendem – não o da ditadura de meio século atrás, mas a de hoje, liderada aqui do lado pelo companheiro Maduro, cujo regime sanguinário é apoiado velada ou explicitamente pelos signatários mais famosos do manifesto democrático. Se o Lula falou que o chavismo é modelo de democracia, tá falado.

Fica combinado assim: Anitta amordaçada, Lula livre, poste presidente, Dilma na presidência do Senado, Gleisi na presidência da Câmara, Toffoli na presidência do Supremo e você na Venezuela. Não precisa nem comprar passagem.

➤OPINIÃO

A higienização petista



O ex-presidente Lula da Silva disse diversas vezes que “sempre” aceitou o resultado das várias eleições que perdeu. “Quando perdi, nunca fui para rua reclamar. Voltava para casa e discutia com minha mulher e com meu partido. Depois, me preparei para disputar uma nova eleição”, declarou em 2016 o demiurgo petista, repetindo pela enésima vez essa fábula na expectativa de enganar os inocentes. Pois Lula e o PT nunca aceitaram o resultado das eleições presidenciais que perderam e jamais enxergaram legitimidade nos presidentes aos quais faziam oposição - basta lembrar que o partido pediu o impeachment de Fernando Collor, de Itamar Franco e de Fernando Henrique, além de liderar uma campanha pela destituição do presidente Michel Temer.

Essa reiterada demonstração do espírito antidemocrático do PT e de Lula precisa ser relembrada no momento em que está em curso uma tentativa de higienizar a trajetória flagrantemente autoritária do partido e de seu líder para, com isso, marcar diferença em relação ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Segundo essa versão imaginosa, somente o truculento ex-capitão representaria uma ameaça real à democracia, enquanto o PT, malgrado seus eventuais arroubos, sempre se pautou pelas “regras do jogo”.

Provas disso, segue a lenda, seriam não somente a alegada disposição de Lula da Silva de aceitar os resultados das eleições que perdeu, como também o suposto comportamento exemplar do partido quando esteve no poder. Segundo se diz, o PT passou 14 anos no poder sem ameaçar a ordem institucional e a Constituição, razão pela qual não haveria nenhum motivo para temer uma ruptura se o lulopetismo voltar ao governo.

Já com Bolsonaro, sustenta essa narrativa, a história é bem outra. O ex-capitão já elogiou o regime militar e os torturadores de presos políticos, além de ter em sua chapa, como vice, um general que admite publicamente a hipótese de que o presidente da República dê um “autogolpe” se houver “anarquia”. Isso bastaria para demonstrar que o País estaria à beira de uma ditadura militar caso Bolsonaro venha a ganhar a eleição, enquanto com o PT esse risco não existiria.

Ora, não é preciso grande esforço para atestar a falácia de tal versão. Ameaças à democracia não se dão somente sob a forma de golpes militares clássicos, como o que Bolsonaro é acusado de estar tramando. É possível arruinar a democracia por meio de sua desmoralização paulatina e constante, como faz o PT sistematicamente há mais de três décadas.

O PT nunca admitiu contestação à sua ideologia. Impôs-se pela arrogância, patrulhando o pensamento e instaurando aquilo que John Stuart Mill, em seu clássico Sobre a Liberdade, chamou de “tirania da opinião e dos sentimentos dominantes”. Para isso, estendeu seus tentáculos sindicais e militantes às universidades e ao mundo artístico, atrelando o debate acadêmico e cultural à doutrina lulopetista. Quando esteve a ponto de ser destruído em razão dos muitos esquemas de corrupção que capitaneou - esquemas que, aliás, são também uma forma de minar a democracia -, o PT renasceu capturando a causa dos chamados movimentos identitários - de luta por reconhecimento de diversas minorias - e a transformou em arma partidária para dividir ainda mais o País. O PT viceja na discórdia radical e insuperável, inviabilizando o debate democrático.

Ademais, o partido não titubeou em fazer campanha sórdida, inclusive internacional, contra o Judiciário, o Congresso e a imprensa, classificando magistrados, parlamentares e veículos de comunicação como “golpistas” - todos, é claro, mancomunados para perseguir o PT. Não bastasse corroer a democracia por dentro, envenenando as relações entre os cidadãos e atacando as instituições, o PT ainda foi capaz de emprestar entusiasmado apoio a ditaduras como a de Cuba e a da Venezuela, sinalizando perigoso apreço por regimes de força tão ou mais violentos que a ditadura militar brasileira, a qual os petistas vivem denunciando.

A ameaça de Bolsonaro se restringe, por ora, a palavras toscas - e isso é muito ruim. Tão ruim quanto o PT, que já pôde demonstrar, na prática e extensivamente, seu espírito antidemocrático.

Portal Estadão

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DA MÚSICA SUL-AMERICANA
LUIS BORDON – PARAGUAY
ÍNDIA


➤GAROTINHO

TSE barra candidatura ao governo do Rio

Anthony Garotinho - Foto AFP/Reprodução
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou nesta manhã por unanimidade a candidatura de Anthony Garotinho (PRP) ao governo do Rio de Janeiro. Os sete ministros da Corte Eleitoral votaram pela manutenção da impugnação da candidatura de Garotinho determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) devido à condenação do ex-governador em segunda instância por improbidade administrativa no TJ-RJ. O Tribunal determinou ainda para que a campanha seja imediatamente suspensa e que seja proibido o repasse de novos recursos do fundo eleitoral para a chapa.


Apesar de votar pela impugnação da candidatura, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber foi a única a defender que o ex-governador poderia continuar a realizar atos de campanha enquanto houver recursos pendentes ao Supremo Tribunal Federal (STF), e acabou sendo voto vencido nesta parte. Com a nova derrota, o ex-governador ainda pode tentar um recurso extraordinário no STF para tentar suspender a decisão do tribunal ou mesmo entrar com embargos da decisão no próprio TSE. Mesmo tendo direito a recurso, Garotinho só pode voltar a disputar eleição se conseguir uma liminar. A mera apresentação do recurso ao tribunal não gera o chamado efeito suspensivo.

O nome de Garotinho continuará na urna eletrônica por que já terminou o prazo para alterações no sitema do TSE. Mas, nenhum dos eventuais votos que venham a ser dado ao candidato terão validade. A assessoria do TSE não soube informar como serão computados os votos para Garotinho. A advogada Gabriela Rollemberg, que representa o ex-governador no caso, informou que deve entrar com embargos da decisão no TSE e que a defesa está tentando recursos nos processos em que Garotinho foi condenado para tentar reverter a inelegibilidade. De acordo com a advogada,caso a decisão não seja revertida, os votos para Garotinho nas urnas serão computados, mas não serão divulgados.

Garotinho teve sua candidatura barrada por unanimidade pelo TRE-RJ em sessão do dia 6 de setembro e recorreu ao TSE para continuar em campanha enquanto houvesse recursos da decisão ao TSE. A decisão do TRE teve como base a sentença da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio que, em julho, condenou Garotinho por improbidade administrativa em um processo no qual é acusado de envolvimento em um esquema que desviou R$ 234,4 milhões da Secretaria Estadual de Saúde.

Portal O Globo

➤É O QUE PENSO!

A Vida é muito maior!


Quem me conhece sabe que sou um cara de não ficar parado. Posso até não ser nenhum exemplo, mas procuro me manter ativo e participativo e, mesmo com meus 77 anos, sigo trabalhando e desenvolvendo minhas atividades normalmente. E já estou aposentado pelo INSS.

Há mais ou menos uns três meses fui assustado por meu urologista que solicitou uma biópsia depois de constatar um índice elevado do meu PSA.

Dito e feito. O resultado apontou dois tumores malignos. Pequenos, quase ínfimos, é verdade, mas estavam lá e necessitavam urgentemente de uma providência. Disse o urologista, que eu não precisaria de quimioterapia, mas sim de radioterapia, já que meu problema estava apenas começando.

Fui ao Instituto do Câncer do Hospital  Mãe de Deus e passei por vinte sessões de radioterapia. De segunda a sexta, todas as semanas, minha mulher e eu nos dirigimos até a Rua Orfanotrófio, onde fica o COR, para o tratamento.

O programa Consumidor em Pauta, que apresento diariamente na TVE, precisou ter algumas edições gravadas por coincidência de horários, mas principalmente por meu estado emocional que, mesmo com toda a força que fiz, teimava em permanecer castigando meu cérebro.

Juro que foi difícil me sentir entre pessoas portadoras de câncer, durante um mês inteiro. Hoje vejo que a força de toda aquela gente com quem convivi no COR, me ajudou a ultrapassar um período que não desejo para ninguém.

Sem contar com a atenção dos funcionários do Instituto, sua equipe de médicos, atendentes, enfermeiras, técnicos, todos preparados para fazer com que os pacientes ficassem tranquilos, passando uma corrente positiva a cada um.

Dos familiares, dos amigos, dos parceiros, nem falo. A força que me transmitiram, acho que nunca terei como compensar. Mas eles sabem que meu agradecimento será eterno.

Ontem, dia 26, fiz o primeiro exame de PSA total, exatamente um mês depois de concluir meu tratamento, solicitado pelo radio terapeuta que já havia me alertado que esperava uma redução gradativa do índice. Foi mais um momento de extrema expectativa pelo resultado, que só chegou no começo da noite.

Só quem passou por alguma coisa parecida, poderá imaginar a emoção que senti, ao lado de minha escudeira, companheira fiel, parceira, amiga e mulher, ao abrir o computador e ficar sabendo que dos 6,8 constatados antes, meu PSA baixara para 2,6. Depois de um longo abraço, choramos, e corremos para contar para a Gabriela.

Hoje, ao olhar para a foto que fiz enquanto aguardava uma das 20 sessões de radioterapia, fico imaginando o quanto pode existir de solidariedade, de amor e de compreensão no coração das pessoas, muitas que jamais te viram, mas que te tratam como velhos e fieis amigos.

Terça-feira tenho consulta para apresentar o resultado ao médico, mas até lá quero viver e dividir com vocês a alegria de saber "QUE A VIDA É MUITO MAIOR"

É o que penso (e sinto)!

Machado Filho

➤Ex-mulher de Bolsonaro

‘Não faço ideia de como surgiu essa história’


A advogada Ana Cristina Valle, de 51 anos, ex-mulher do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, negou nesta quarta-feira, 26, ter acusado o ex-marido de ameaçá-la de morte, como consta de um documento interno do Itamaraty. “Numa separação sempre há tensões, mas jamais falei aquilo, nem meu (atual) marido falou. Não faço ideia de como surgiu essa história”, disse ela em sua casa, em Resende, no sul fluminense.

Mãe de dois filhos, um deles com Bolsonaro, avó de uma menina e atuante nos bastidores da política há 26 anos, Ana Cristina disputa agora sua primeira eleição – tenta se eleger deputada federal pelo Podemos. Um dia após a divulgação do documento do Itamaraty que menciona a suposta ameaça, a advogada disse estar “indignada”.

“Nunca falei com ninguém da embaixada brasileira na Noruega. O telegrama do Itamaraty diz que eu cogitei pedir visto, mas isso não faz nenhum sentido. Naquela época (2011) eu já morava na Noruega havia dois anos, e tinha autorização para morar lá, com situação absolutamente regular. Não precisaria pedir asilo.” Segundo o documento do Itamaraty, que é um telegrama, ela mencionou a hipótese de pedir asilo na Noruega devido à ameaça feita por Bolsonaro. 

Ana Cristina trabalha como chefe de gabinete do vereador Renan Marassi (PPS), que está no primeiro mandato em Resende. Ela, no entanto, está afastada para fazer campanha. Como candidata, adota o sobrenome do ex-marido, que conheceu quando trabalhava como assessora parlamentar em Brasília.

Na Câmara, Ana é discreta, segundo funcionários. A discrição caracteriza também a campanha para deputada. Por falta de dinheiro, segundo ela, a campanha é feita exclusivamente pelas redes sociais – não foram feitos santinhos, por exemplo. Além do sobrenome do ex-marido, Ana Cristina adota ideais semelhantes aos de Bolsonaro. 

“Sou veementemente contra o aborto, contra a cartilha que vinha sendo disponibilizada nas escolas infantis contendo material sexual e totalmente a favor da redução da maioridade penal, inclusive minha monografia de conclusão de curso tratou da imputabilidade penal e a idade cronológica, baseando-me no projeto de lei do Jair.”

Agência Estado

➤Gustavo Nogy/Gazeta do Povo

A grande verdade é que tudo é uma grande mentira
 

O conspiracionismo é a filosofia de boteco da classe-média ordeira, medianamente intelectualizada e pouco criteriosa em matéria científica. Esse espírito nem-muito-nem-tão-pouco faz com que o conspiracionista se atenha apenas aos fatos ou às fontes que corroborem sua narrativa. Ele já saiu do lugar, não é mais ignorante; ele parou no meio do caminho, não é sábio o suficiente.

O raciocínio é sempre límpido, seco e vai em linha reta: “isso tem a ver com aquilo que explica aquilo outro que foi comprovado por alguém que foi banido da universidade, da imprensa, das grandes corporações”; “eu conheço um rapaz que tem um primo que tem um sobrinho que trabalhou na NASA”.

Os americanos, ótimos em fazer dinheiro com tudo, perceberam que há demanda e criaram a oferta: dezenas, centenas de filmes, séries e programas de tevê que comprovam qualquer coisa que se queira ver comprovada. Tudo depende do Zeitgeist, conforme o medo do freguês. Basta encomendar.

Quais eram nossos medos na década de 70? Quais eram nossos medos na década de 80? Quais são nossos medos hoje? Procurem na literatura, nas reportagens e nos documentários de época que, muito provavelmente, vocês encontrarão os temores urbanos retratados com imaginação artística e esperteza comercial.

Um bom roteirista manipula esses sentimentos com facilidade. É como o adulto que, escondido atrás da porta, grita “Buh!” para criancinha. Mesmo depois de crescidos, conservamos nalgum lugar da psique o gatilho que dispara esse “Buh!” Nenhum adulto é adulto o bastante para se livrar disso. Freud explica. Psicólogos de subúrbio, vendedores de seguros, pseudofilósofos e cartomantes experientes também explicam.

Este nosso tempo, mais do que qualquer outro, é terreno fértil para o conspiracionismo. Um dos princípios clássicos da suspeita é a certeza de que tudo de alguma maneira está ligado a tudo e tudo tem outra explicação que não é revelada aos mortais que somos. Some-se a isso a informática, as transferências bancárias, a criptografia e a internet, o resultado não poderia ser diferente:

Buh!

Esse mecanismo funciona em qualquer direção, e assusta criancinhas de direita e de esquerda, religiosas e ateias: as eleições estão perdidas ou vencidas, porque há fraude nas urnas (quando o adversário vence); o Holocausto não aconteceu; judeus dominam o mundo; judeus são vítimas de todo mundo; a Igreja Católica guarda segredos terríveis; a maçonaria não consegue mais guardar segredos terríveis; tudo é comunismo; tudo é fascismo; existem extraterrestres na Área 51; existem americanos na Área 51; os deuses eram astronautas; os astronautas não foram para a Lua; a Lula nem mesmo existe; soja provoca homossexualismo; homossexualismo provoca Pablo Vittar; vacinas fazem mal; antidepressivos não funcionam; fosfoetanolamina cura câncer; as indústrias farmacêuticas já têm a cura do câncer, mas não a divulgam; os americanos foram responsáveis pelo 11 de setembro; o governo Obama foi manipulado pelos muçulmanos; o governo Trump é manipulado pelos russos.

Tem para todo mundo.

O que há de comum é que os crentes de teorias da conspiração são implacáveis em sua, aspas, lógica. Alimentam-se de dados quase sempre alternativos, leem subliteratura que envergonharia os melhores autores de pulp fiction doutras décadas, não confiam em rigorosamente nada que venha do mainstream, confiam em rigorosamente tudo que venha de fontes marginais, recortam os fatos de seu contexto original e os colam num contexto derivado, desconsideram informações ou estudos discordantes e, principalmente, reorganizam a história conforme as expectativas previamente determinadas, num apelo bobo à petição de princípio: dão por pressuposto justamente aquilo que seria preciso provar. Feito isso, basta pegar uns pedacinhos de verdade (por ex: todo sistema eletrônico é, por definição, violável) para encaixar numa grande e escandalosa mentira (por ex: se todo sistema eletrônico é, por definição, violável, então é evidente que todos são violados). O que é impossível de comprovar, comprovado está.

Como dizia o perspicaz Chesterton, “louco não é quem perdeu a razão; mas quem perdeu tudo, menos a razão”.

➤Ciro Nogueira

PF faz buscas em inquérito que investiga senador


A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (27) operação de busca e apreensão em dois endereços relacionados ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), em Teresina, no Piauí.

Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em inquérito que apura os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa supostamente praticados por empresários, políticos e doleiros.

Ciro Nogueira é candidato à reeleição no Senado. De acordo com a pesquisa Ibope divulgada no fim da semana passada, Ciro Nogueira liderava as intenções de voto, com 36%.

As investigações tiveram início a partir de acordos de colaboração premiada firmados por executivos da Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo investigadores, os depoimentos dos empresários apontaram os caminhos percorridos pelo dinheiro que teria sido desviado de obras públicas concedidas à empresa.

Portal G1

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

➤BOA NOITE!

SEMANA DA MÚSICA SUL-AMERICANA
CARLOS VIVES e SHAKIRA – COLÔMBIA
LA BICICLETA



➤De olho no 2º turno

Candidatos atacam Haddad


A proximidade da eleição - 11 dias - e o cenário embolado da disputa presidencial, onde o líder das pesquisas não chega a reunir 30% das intenção de votos e quase o mesmo patamar (28%) dos eleitores ainda não têm candidato, fizeram com que os principais candidatos deixassem a ideia do "voto útil" apenas para as considerações finais e partissem para o ataque franco contra os adversários para garantir uma vaga no segundo turno.

Os candidatos presentes no debate SBT/Folha/UOL evitaram 
mencionar o nome do presidenciável líder nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), e centraram o ataque ao PT, de Fernando Haddad,  que foi alvo de Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmim (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos).

Questionado sobre o papel que o PT teria em seu eventual governo, Ciro disse que se for eleito "prefere governar" sem o partido.  Haddad reagiu na sua vez de responder ao bloco de perguntas de jornalistas.

Ele disse que Ciro "há poucos meses atrás me convidava a ser vice". "Ele chamava esta chapa de dream team", disse. O petista disse que não vai "demonizar ninguém".

Alckmin e Alvaro Dias reforçaram o discurso antipetista. Enquanto o tucano disse lutar para "evitar que o PT volte ao poder", o senador paranaense disse que o "Brasil tem de evitar o retorno desta organização criminosa". Alckmin também chamou de "insensatez" a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).

Marina Silva (Rede) evitou responder se vai apoiar PT ou Bolsonaro no segundo turno e clamou pelos votos das mulheres no dia 7 de outubro. Ela voltou a dizer que "querem substituir a população pelo Centrão" e disse que a campanha dela é a "do tostão contra o milhão", em referência ao ex-presidente Jânio Quadros.

Cabo Daciolo (Patriota) defendeu a política de cotas raciais em universidades e concursos públicos, enquanto Boulos reafirmou o apoio a referendos e plebiscitos.

Henrique Meirelles (MDB) voltou a defender a Reforma da Previdência e evitou defender Temer.

Agência Estado