segunda-feira, 28 de agosto de 2017

➤BOA NOITE!


Quatro Casamentos e um Funeral é um filme feito nos Estados Unidos, dirigido por Mike Newell e lançado no Brasi lem 1994.


No elenco, figuras de destaque como Hugh Grant, Andie MacDowell e Simon Callow, participam da história que fez muito sucesso nos anos 90.

A música tema do filme é Love is all around, com Wet, Wet, Wet, que serve de fundo para cenas do filme, num vídeo que selecionei para hoje.


➤Corrupção no Postalis

Renan pode ter ligações com esquema

Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, autorizou inquérito para apurar se senador do PMDB recebeu propina do fundo de pensão dos Correios. Renan disse que se trata de 'história requentada'


O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e autorizou abertura de inquérito para investigar o suposto envolvimento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) com um esquema de corrupção que agia no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis. Barroso deu 60 dias para a Polícia Federal (PF) investigar o caso.
A assessoria de Renan Calheiros afirmou que as suspeitas levantadas contra o senador do PMDB são "uma história requentada" e mais uma acusação "sem provas" do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"O ministro Teori [Zavascki, ex-relator da Lava Jato no STF] devolveu uma denúncia contra mim considerando-a inepta, e outra já foi arquivada. Essa também será porque nunca tive lobista ou operador. Nunca autorizei que falassem em meu nome em nenhum lugar, muito menos na Postalis", ressaltou Renan por meio de sua assessoria.

O parlamentar peemedebista é acusado de ligação com um esquema de compra de papéis de empresas de fachada que seriam administradas por Milton Lyra, apontado como operador político de senadores do PMDB e, segundo a PGR, "muito ligado ao senador Renan Calheiros".

Ex-presidente do Senado, Renan já é alvo de denúncia na Lava Jato por suspeita de envolvimento com irregularidades na Petrobras e na Transpetro, subsidiária da estatal do petróleo. Ao todo, ele responde a 17 inquéritos no Supremo, sendo 13 na Lava Jato.

Renan também é réu em uma ação penal no STF por suspeita de desvio de dinheiro público. O peemedebista é acusado de prestar informações falsas ao Senado, em 2007, ao tentar comprovar ter recursos suficientes para pagar a pensão de uma filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. À época, havia a suspeita de que a despesa era paga por um lobista da construtora Mendes Júnior.

No despacho no qual autorizou o Ministério Público a investigar as acusações contra o senador alagoano, Barroso afirmou que algumas das operações feitas por Milton Lyra no Postalis consistiam na criação de empresas com o objetivo de emitir debêntures que seriam integralmente adquiridas pelo fundo de pensão dos servidores dos Correios.
Com Portal G1

➤TRISTE!

“Gurias, eu fico perplexo”

Jornalista Elóidy Rodrigues
Nos anos 80, um time de jornalistas, alguns experientes, outros nem tanto, trabalhava na Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O ambiente não era tão grande, mas cabiam uma sala de arquivo, um estúdio de rádio, uma sala do Coordenador e outra do sub, cabines de emissoras de rádio, a sala do João Carlos Terlera (ZH), uma de xerox e uma mais ampla onde a gente dividia espaço, mesas e máquinas de datilografia.

Num canto, logo à esquerda de quem entrava, ficavam as mesas em que nós, indicados por deputados do PDT, trabalhávamos. O Sadi Alves, o José Luiz Prévidi, eu e, bem ao fundo, o Elóidy Rodrigues. Era ali que ele cuidava do que apelidei de “túmulo do trabalhismo”, um armário de aço onde, sempre que se precisava de algum documento sobre a história de algum trabalhista, o Tata, como ele era conhecido, buscava todas as informações necessárias em documentos, jornais, revistas e papelada guardada em uma de suas gavetas.

O Elóidy veio de Rio Grande, trabalhou nos Diários e Emissoras Associadas, e se destacou como dono de uma voz bonita e de um talento admirável. Era um dos “experientes” e não titubeava em se aproveitar dos anos de jornalismo para, vamos dizer assim, passar tarefas aos mais moços. Sem maldade, pois era um dos que mais trabalhavam quando exigido.

Chegava na sala de Imprensa por volta de 10 horas da manhã, cabelos molhados e rigorosamente penteados, normalmente uma gravata, daquelas antigas e largas, tomava um cafezinho, lia os jornais, dava uma olhada no túmulo e, perto do meio dia, atravessava a Praça da Matriz e se dirigia ao Bar do Darcy onde entrava falando alto e pedindo uma dose de um aperitivo que ele apelidou de “Collares’" provavelmente pela mistura de ingredientes que davam uma cor escura à bebida. Companheiros de PDT, quando o Alceu Collares ficou sabendo, deu muita risada. Ninguém embrabecia com as tiradas do Elóidy.

Quando voltava para a redação, depois do almoço, pegava um cafezinho, parava no meio da sala, olhava para os lados onde muitas jornalistas trabalhavam e dizia: “Gurias, eu fico perplexo”. Jamais alguém ficou sabendo o que ele queria dizer com aquilo, mas todos sabiam que, no outro dia, ele repetiria a mesma coisa.

Pois na tarde de ontem, dia 27, o Elóidy, o Tata, nos deixou. Tinha 80 anos, mulher, filhos, filhas e netos. Vai fazer uma falta enorme, principalmente a nos, seus amigos, que nos acostumamos com o ar irreverente, o comentário debochado, as tiradas inteligentes e o total conhecimento da história do trabalhismo no Rio Grande do Sul.

Já estou imaginando o Elóidy encontrando alguns colegas nossos que também já partiram, gritando que o Tata chegou, defendendo ferozmente PDT e o trabalhismo e, certamente, contando a história de sua ida ao Campeonato Mundial dos Estados Unidos. Antes do primeiro jogo, com um calor muito forte, pediu uma lata de cerveja, pediu a segunda, a terceira, a quarta e, na quinta, pensou consigo mesmo: “Já tomei cinco latinhas e não senti nenhuma tonturinha! Estou ficando muito forte para cerveja”. Depois da sétima lata se deu conta que a cerveja vendida nos estádios da Copa era sem álcool.

Assim era o jornalista Elóidy Rodrigues, o velho e querido Tata!