quinta-feira, 10 de agosto de 2017

➤BOA NOITE!


Em 1990 Cinema Paradiso ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Dirigido por Giuseppe Tornatore, que juntou no elenco Philipe Noiret, Salvatore Cascio, Jacques Perrin e Antonella Atilli, entre outros, o filme de 1988 marcou pela beleza da história e pela belíssima música do maestro Ennio Morricone.


Selecionei para hoje um vídeo com fotos e cenas do filme servindo de fundo para a Orquestra de Morricone na parte final de Cinema Paradiso.


➤Contra Moro

STJ nega novo pedido de Lula

Defesa do ex-presidente pedia declaração de suspeição do 
juiz da Lava Jato, mas ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal 
de Justiça, não conheceu habeas corpus


O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, negou um novo pedido do ex-presidente Lula para declarar a suspeição do juiz Sérgio Moro nos casos da Operação Lava Jato que o envolvem. Fischer não conheceu habeas corpus da defesa do ex-presidente, ratificando decisão do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4).

Moro condenou Lula a 12 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex. O petista recorreu. Moro ainda mantém outros dois processos criminais contra Lula.

Ao negar o novo pedido da defesa, o ministro assinalou que ‘não há ilegalidade na decisão do TRF4, já que o meio processual escolhido não é adequado para o exame de eventual suspeição do juiz ou para analisar suposta incompetência da 13.ª Vara Federal em Curitiba’.

Fischer destacou que o ponto central da controvérsia -a eventual suspeição do juiz – já foi apreciado pelo juiz e também pelo TRF4, ‘não sendo reconhecida a suspeição do magistrado’.

Assim, segundo o relator, o TRF4 ‘decidiu corretamente ao rejeitar o pedido da defesa de analisar novamente a questão em sede de habeas corpus’.

Fischer lembrou que a questão está pendente de análise, ainda, em três agravos em recurso especial interpostos pelo ex-presidente no STJ, sendo que é nesses recursos que a questão deve ser analisada.

As informações foram divulgadas no site do STJ – habeas 398570.
Agência Estado

➤Copa do Mundo

Tite convoca seleção


O goleiro Cássio, do Corinthians, e o meia Luan, do Grêmio, foram as novidades na lista da seleção brasileira anunciada na manhã desta quinta-feira pelo técnico Tite para os jogos contra Equador e Colômbia pelas eliminatórias sul-americanas.

Antes mesmo de anunciar a lista, Tite falou sobre os critérios para a convocação.
- São três itens: passado do atleta dentro de seu clube e seleção, presente, ou seja, seu momento, e a projeção futura para a Copa - disse o treinador.

O Brasil recebe o Equador no dia 31/08, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, e visita a Colômbia no dia 05/09, em Barranquila. A seleção vai viajar de Porto Alegre para Manaus, onde fará um treino aberto no sábado, dia 2, na Arena da Amazônia.

Líder com 33 pontos, a seleção brasileira já está classificada para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Goleiros: Alisson (Roma), Cássio (Corinthians) e Ederson (Manchester City)

Laterais: Daniel Alves (PSG), Fágner (Corinthians), Filipe Luís (Atlético de Madrid) e Marcelo (Real Madrid)

Zagueiros: Marquinhos (PSG), Miranda (Internazionale), Rodrigo Caio (São Paulo) e Thiago Silva (PSG)

Meias: Paulinho (Guangzhou), Casemiro (Real Madrid), Fernandinho (Manchester City), Giuliano (Zenit), Phillipe Coutinho (Liverpool), Luan (Grêmio), Renato Augusto (Beijing) e Willian (Chelsea)

Atacantes: Neymar (PSG), Gabriel Jesus (Manchester City), Roberto Firmino (Liverpool) e Taison (Shakhtar)


➤DESTAQUES



Meta fiscal
Não há escapatória: Temer e os ministros Henrique Meirelles e Dyogo Oliveira decidiram que serão revistas as metas fiscais para este ano, que prevê déficit de R$139 bilhões, e a de 2018, com déficit de R$129 bilhões. (G1)

Ameaças do 'centrão'
Os deputados do 'centrão', que votaram em peso para barrar a denúncia contra o presidente na Câmara começaram a cobrar cargos após a vitória de Temer na semana passada. Eles ameaçam votar contra as reformas econômicas, prioridade do governo. (Correio Braziliense)

Reforma política
A comissão da Câmara destinada à análise de uma das proposta que estabelecem a reforma política aprovou no fim da noite, por 25 votos a 8, o texto-base do projeto. Depois, aprovou o 'distritão'. Entre outros pontos, a proposta propõe extinção do vice-presidente e fundo para financiar campanhas. (G1)

Mais empregos
Emprego reage em metade dos Estados. Pesquisa mostra que cidades do Centro-Sul foram as que abriram mais vagas; empregos se concentraram no interior, com ajuda da agropecuária. (Estadão)

Bom de saque
Bernardinho admite que pode se candidatar em 2018: “Preciso fazer alguma coisa”. Filiado ao partido Novo, ex-técnico da seleção de vôlei afirma que quer “contribuir com o país de alguma maneira”. Ele é cotado para disputar o governo do Rio e até mesmo a Presidência do Brasil. (Gazeta do Povo)

Mensalão
Uma investigação sobre Lula e repasses de US$ 7 milhões da Portugal Telecom foi reaberta pela Polícia Federal e a Procuradoria. O inquérito foi aberto em 2013, após acusações do empresário Marcos Valério, e arquivado em 2015. (G1)

Sem refrigerante
CCJ da Câmara aprova projeto que proíbe venda de refrigerantes em escolas. Com isso, o texto está pronto para ser votado no plenário da Cãmara dos Deputados. Se aprovado, será encaminhado ao Senado. (IG)

Visita surpresa
Dodge explica a Rodrigo Janot reunião com Temer. A futura chefe da PGR se encontrou com o presidente na noite de ontem fora da agenda oficial. Ofício enviado a Janot dá informações sobre posse. (Veja)

Aécio
A PF concluiu inquérito sobre suspeita de propina em Furnas e informou não ter conseguido provas contra Aécio Neves. Dois delatores da Lava Jato acusaram o senador de receber dinheiro desviado. (G1)

Lula livra Aécio
Em depoimento à Polícia Federal no inquérito Furnas, ex-presidente declarou que senador 'não pediu nenhum cargo em nenhum de seus mandatos'. (Estadão)

Voando alto
"Farra das passagens": MPF livra 11 políticos gaúchos e mantém denúncia contra dois ex-deputados. Entre os envolvidos cujos nomes constam em pelo menos um dos 28 inquéritos estão dois gaúchos: Beto Albuquerque (PSB) e Luciana Genro (PSOL), que gastaram, juntos, R$ 241,6 mil em viagens de avião de 2007 a 2009. (clicRBS)

Pega na mentira
Advogado que atuou para Odebrecht e escapou da Lava Jato diz que empreiteira entregou prova falsa. Rodrigo Tacla Durán, que atuou por anos para a Odebrecht, acusa a empreiteira baiana de ter apresentado à Lava Jato extratos falsificados de um banco que ela comprou em Antígua, no Caribe. (Folha S. Paulo)

R$ 33,7 mil
Por 8 a 3, os ministros do STF decidiram que não vão reajustar os próprios salários. O salário dos ministros do Supremo, de R$ 33,7 mil, serve de teto para o funcionalismo público e isso evita um efeito cascata em toda a administração pública. (G1)

Venezuela
EUA anunciam novas sanções contra autoridades da Venezuela. Punições atingem oito pessoas, incluindo irmão do ex-presidente Hugo Chávez (O Globo)

Tensão no Pacífico
Segundo agência de notícias norte-coreana, o ditador Kim Jong-un pretende disparar quatro mísseis ao redor da ilha de Guam, território dos EUA no Pacífico.(Reuters)

Futebol
Libertadores
19h15: Botafogo-RJ x Nacional (URU)
21h45: Santos x Atlético-PR

Copa do Mundo
O técnico Tite convoca 23 jogadores para a Seleção Brasileira, para os dois próximos jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo. O Brasil enfrenta o Equador, no dia 31 de agosto, em Porto Alegre, e a Colômbia, no dia 5 de setembro, fora de casa

Previsão do tempo
O tempo vira no Sudeste, onde a temperatura vai cair bastante. Previsão de frio também para o Sul. Chove no litoral nordestino, entre RN e SE, e no corredor de praias entre o RS e o RJ. Tempo seco no restante do país. 

➤OPINIÃO

A volta da tensão nuclear*

Neste grave momento, torna-se fundamental a intervenção da 
Organização das Nações Unidas (ONU) e das grandes potências para 
evitar que essa situação chegue ao impensável

Em 8 de dezembro de 1987, os então presidentes dos Estados Unidos, Ronald Reagan, e da extinta União Soviética, Mikhail Gorbachev, assinaram em Washington o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, acordo que reduziu os arsenais das duas superpotências e, mais importante, eliminou toda uma classe de armas nucleares.

Quase três décadas após o acerto que é considerado o marco crucial para o fim da chamada guerra fria, o mundo assiste apreensivo à volta da tensão nuclear à agenda global, não bastassem os grandes desafios econômicos, humanitários e ambientais que já premem a sociedade do século 21 e suas lideranças políticas.

De acordo com um relatório elaborado pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA) dos EUA no mês passado, divulgado recentemente pelo jornal Washington Post, a Coreia do Norte conseguiu reduzir as dimensões de suas ogivas nucleares – estima-se que Pyongyang disponha de 60 delas hoje –, tornando-as aptas para serem transportadas por um míssil balístico intercontinental (ICBM). A informação foi confirmada pelo Ministério da Defesa do Japão.

A divulgação da façanha realizada pelo regime do ditador Kim Jong-un provocou uma enérgica reação do governo norte-americano. O presidente Donald Trump ameaçou a Coreia do Norte com “fogo e fúria como o mundo nunca viu”. Mais do que uma das muitas bravatas alardeadas por Trump em pouco mais de seis meses de governo, a subida de tom em relação à Coreia do Norte deve ser recebida com atenção porque, pela primeira vez, Kim Jong-un mostrou ter as condições técnicas para atacar o território dos Estados Unidos. Ser capaz de transportar uma ogiva nuclear em um míssil balístico é uma das primeiras condições para que se considere um país capaz de representar uma efetiva ameaça nuclear.

Evidentemente, não se trata de estabelecer aqui qualquer paralelo entre as tensões havidas no contexto da guerra fria e as de hoje. Tampouco cabe a comparação – por quaisquer critérios que se queira adotar – entre a Coreia do Norte e a extinta União Soviética. Entretanto, os danos que o arsenal nuclear do regime de Pyongyang já é capaz de causar não são desprezíveis. Seus mísseis de longo alcance são capazes de atingir a Coreia do Sul, o Japão, a China, a Rússia, Guam – território dos EUA no Oceano Pacífico, onde o país mantém bases militares –, o Alasca, o oeste do Canadá e parte da costa oeste dos EUA.

Embora sejam consideradas rústicas, as armas nucleares da Coreia do Norte têm grande poder de destruição. Por serem tecnologicamente rudimentares, podem ser pouco confiáveis em termos de precisão e alcance, mas podem contaminar grandes áreas.

Os atributos políticos, emocionais e cognitivos de Kim Jong-un, um líder sanguinário medíocre, também não fazem o horizonte parecer promissor. Suas ameaças verbais e os exercícios militares que faz questão de divulgar com um sinistro sorriso levam a crer que o ditador norte-coreano está mesmo disposto a tudo, inclusive engajar seu país e seu povo em uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis apenas para demonstrar que não teme enfrentar a maior potência militar do planeta.

Chegou-se a esse ponto de tensão porque a chamada comunidade internacional não levou suficientemente a sério a capacidade norte-coreana de levar avante o seu programa nuclear. O tom anedótico com que Kim Jong-un sempre foi tratado pela mídia internacional, sobretudo nos EUA, contribuiu para este estado de coisas. Enquanto era ridicularizado, o herdeiro de uma dinastia comunista e líder de um país paupérrimo e sem base industrial de importância levou seu povo à penúria, mas desenvolveu ogivas nucleares e mísseis operacionais que agora inquietam o mundo.

Neste grave momento, torna-se fundamental a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU) e das grandes potências para evitar que essa situação chegue ao impensável.

*Publicado no Portal Estadão em 10/08/2017