Reunião de petistas
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Da esquerda para a direita (ops...): Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, Lula, Humberto Costa e Gleisi Hoffmann. (Foto Estadão/Reprodução) |
Nesta quarta-feira, dia 05, o Diretório Nacional do PT esteve reunido,
mais uma vez, sob o comando de seu líder Luiz Inácio Lula da Silva e com a
presença de políticos que se destacaram
em cargos públicos durante os governos de Lula e Dilma.
Matéria publicada pelo Estadão, mostra trechos que esclarecem bem o que
desejam , com o que sonham e o que inventam de mentiras os que não conseguem
viver sem o poder.
São sempre os mesmos, muitos envolvidos em atos de corrupção que estão sendo avaliados pela Operação Lava
jato, alguns condenados e presos, mas todos considerados vítimas de um
golpe contra o Partido dos Trabalhadores. A começar por Luiz Inácio.
“O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na noite desta quarta-feira, 5, que
ninguém quer mais o afastamento do presidente Michel Temer (PMDB) do que os
trabalhadores brasileiros. Lula, no entanto, ressaltou que uma eventual
substituição do peemedebista pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
não é necessariamente uma boa notícia para a militância petista”
Claro, boa notícia para a militância petista seria se um
representante do partido estivesse no comando da Câmara.
“Rodrigo Maia deve
estar se preparando pra ser o próximo presidente da República como seguidor do
golpe, e não podemos achar que um golpista é melhor do que outro. Golpista é
golpista”
Na verdade, todos já sabemos que para o ex-presidente e
todos seus fiéis escudeiros e seguidores, só não são golpistas aqueles que
comungam da mesma cartilha dele, aqueles que fazem o que ele manda e determina.
“A mudança que
queremos é que o povo brasileiro volte a ter o direito de escolher o seu
presidente. Errando ou acertando, é o povo que tem o direito de tirar e colocar
pessoas”, afirmou Lula, numa cerimônia marcada por gritos de “fora, Temer”,
“Liberdade pra Vaccari (o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto)” e “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”.
Provavelmente por esquecimento, não gritaram o nome de
Palocci, ex-ministro da Fazenda do PT que cumpre pena em Curitiba, condenado
por corrupção e desvio de dinheiro público. Também por esquecimento, provavelmente, não lembrou o orador que Temer foi escolhido pelo povo, assim como os deputados e senadores que votaram pelo impeachment de Dilma. Foram os representantes escolhidos pelo povo que exerceram o direito de "tirar e colocar pessoas"..
“Nova presidente
nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) fez em seu discurso uma
defesa enfática da candidatura de Lula ao Planalto em 2018. “Não pensem
eles que a sentença de um juiz de primeiro grau vai inviabilizar o processo
democrático deixando Lula fora das eleições. Uma eleição presidencial sem Lula
não é eleição, é fraude à democracia. E Lula não é mais candidato a presidente
do PT, é candidato de uma parcela expressiva do povo brasileiro, é candidato
daqueles que querem que o Brasil seja reconstruído e a gente continue nossa
política de mudanças”, disse Gleisi.”
É bom não esquecer que, em setembro do ano passado, a Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por unanimidade a denúncia
contra Gleisi e o marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, que se
tornaram réus na Lava Jato.
O casal é investigado por um suposto recebimento de R$ 1
milhão de propina em contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras.
“Ao falar do
processo que levou ao seu impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff disse
durante o evento que a “história está sendo severa e implacável com os líderes
do golpe” e todos seus apoiadores, citando os nomes de Temer, do senador Aécio
Neves (PSDB-MG) e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).”
Ao se referir a Michel Temer, a presidente cassada deve ter
esquecido, ou não lembrado, que Temer foi seu vice-presidente por duas vezes,
sempre merecendo os maiores elogios por parte dela, de Lula e dos militantes
que, se supõe, nem estavam preocupados com os votos do PMDB!
Sobre Diretas Já, o que mais me chama a atenção é que,
contrariando a Constituição, pedir Diretas agora, quando está previsto que,
caso Temer seja afastado, haverá eleição indireta, trata-se de um golpe contra ao
Constituição, coisa que para os petistas não terá a mínima importância se Lula
for candidato.
Caso seja condenado e preso, caso não possa concorrer, aí
teremos que conviver com mais berros e movimentos clamando contra o golpe que
sempre existirá até que algum petista chegue ao Planalto. Na opinião deles, é
claro!
Machado Filho - Jornalista - Editor do blog machadofilho.com