Sarah
McLachlan, que nasceu em Halifax, em 1968 é uma cantora e compositora canadense. Em 1999,
Sarah ganhou o Grammy de melhor performance
feminina de Pop/Rock.
terça-feira, 27 de junho de 2017
➤BOA NOITE!
➤OPINIÃO 2
Temer pintado para a guerra*
Eliane Cantanhêde
Sempre tão frio, contido, formal, o presidente Michel
Temer foi mercurial na sua declaração pela TV e partiu diretamente para cima do
procurador geral da República, Rodrigo Janot. Classificando a denúncia contra
ele de “ilações”, Temer fez uma comparação: se a mala de dinheiro de Rocha
Loures foi para ele (como acusa a PGR), por que os “milhões” que o ex-braço
direito de Janot, Marcelo Miller, teria ganhado para advogar na delação da JBS
não seriam também de Janot?
É uma estratégia arriscada, mas tem um alvo certo: a
Câmara dos Deputados, que vai ser chamada a autorizar ou não o prosseguimento
do processo contra o presidente no Supremo. A intenção do Planalto, somando aí
ministros, marqueteiro e assessoria jurídica, é criar um confronto entre Janot
e Temer na Câmara, onde o procurador é considerado “algoz dos políticos” e o
presidente viveu grande parte de sua vida pública, inclusive presidindo a Casa
por três vezes.
Incisivo e cercado por políticos da base aliada _ para
demonstrar apoio político e condições de sobrevivência _, Temer centrou sua
fala justamente na tese de que a denúncia não passa de “ilação”, “infâmia
política”, “precedente perigosíssimo”, “trabalho trôpego”, “trama de novela”,
“denúncia de ficção”, “embriaguez da denúncia” e, finalmente, “atentado contra
o País”.
No jargão jornalístico, Temer criou assim várias opções
de “lide”, ou seja, de títulos e manchetes para os jornalistas que se espremiam
no mesmo salão onde Dilma Rousseff também tentou, um dia, salvar o próprio
pescoço. Sem sucesso.
Por fim, o presidente deixou claríssimo que não pretende
renunciar ao mandato, nem vai seguir a sugestão de Fernando Henrique Cardoso,
endossada por Lula, de antecipação das eleições. “Não fugirei das batalhas nem
da guerra que vem pela frente”. O Temer do pronunciamento estava pintado para a
guerra.
*Publicado no Portal Estadão em 27/06/2017
➤Avião com cocaína
Piloto indicou plano de voo falso
Apoena Índio do Brasil disse à PF que aeronave decolou da
Bolívia,
e não de uma fazenda de MT pertencente a Blairo Maggi
Os dois homens que estavam no avião com mais de 600 quilos de cocaína interceptado pela Força Aérea
Brasileira (FAB) no domingo, 25, indicaram um plano de voo falso. A
informação foi divulgada pelo delegado da Polícia Federal (PF) Bruno Gama, em Goiânia,
para onde foram trazidos o piloto, Apoena Índio do Brasil, e o copiloto,
Fabiano Júnior da Silva.
A dupla foi presa na noite desta segunda-feira, 26, na
cidade de Itapirapuã, em Goiás, na mesma região onde fizeram o pouso forçado no
domingo, em uma pista de Jussara, após desobedecerem ordem para pousar em
Aragarças, na divisa com o Mato Grosso. A FAB determinou o disparo de um tiro
de aviso que não atingiu o avião.
Diferentemente do indicado no plano de voo, ao delegado o
piloto teria dito que decolou de um local na Bolívia, e não de uma fazenda de Mato Grosso pertencente ao ministro da Agricultura,
Blairo Maggi.
Ainda no depoimento, ele teria afirmado que o pouso seria
em uma fazenda de Jussara e que o transporte da carga lhe renderia R$ 90 mil.
Já o copiloto teria confessado que era o dono da droga, avaliada pela PF em
mais de R$ 20 milhões.
Os dois homens foram denunciados por pessoas que
suspeitaram quando eles deram entrada em um hotel de Jussara, distante cerca de
30 quilômetros do local do pouso. Eles sobreviveram ao pouso forçado que
destruiu o bimotor PT IIJ após interceptação de um Super Tucano da FAB, durante
a Operação Ostium, que combate voos que alimentam as redes de
narcotráfico.
Assim que foi noticiado o local indicado da decolagem no
mapa de voo, a empresa que arrenda a fazenda citada nele, o Grupo Amaggi, e o
ministro Blairo Maggi, dono da propriedade, manifestaram-se e negaram
conhecimento do caso.
A PF se concentra agora na identificação real do plano de
voo e do proprietário do bimotor e da droga, informação que será repassada à
FAB.
Agência Estado
➤Inverno
A volta da chuva e do frio
É bom manter as roupas quentes fora dos armários e, se
possível, preparar bastante agasalho pois a chuva deve chegar com força,
derrubando a temperatura. Vem muito frio por aí, informam os meteorologistas.
A Somar Meteorologia está anunciando uma mudança total no
clima do RS a partir desta quarta-feira (28), com áreas de instabilidade
atingindo todo o Estado e derrubando as temperaturas.
Nas cidades que fazem divisa com o Uruguai, a chuva chega
já na quarta-feira, mas na quinta, dia 29, ela se espalha pelo Rio Grande do
Sul, com riscos de transtorno e vento forte. Somente no extremo Norte do
Estado, a situação não será comprometida.
Além da chuva que deverá começar a cair a partir do dia
29, na primeira semana de julho as temperaturas ficarão entre 0ºC e 5ºC.
➤Ameaçador
Presidente do PT no RJ prega"luta
aberta"
nas ruas caso Lula seja condenado
nas ruas caso Lula seja condenado
Washington Quaquá disse que a sigla estará preparada
para
a luta "da forma como ela vier"
Foto: Agência Brasil/Reprodução |
O presidente do PT no Rio de Janeiro, Washington Quaquá,
divulgou, na segunda-feira (26), uma nota pregando o "confronto popular
aberto nas ruas" caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja condenado pelo juiz Sergio Moro. As informações são da Folha de S.Paulo.
"Queremos, a partir do Rio de Janeiro, dizer em alto
e bom som: condenar Lula sem provas é acabar de vez com a democracia! Se
fizerem isso, se preparem! Não haverá mais respeito a nenhuma instituição e
esse será o caminho para o confronto popular aberto nas ruas do Rio e do
Brasil!", afirmou.
Quaquá disse que o partido estará preparado para a luta
"da forma como ela vier". O presidente estadual do PT ainda pregou
uma repactuação do país "em torno da democracia e dos direitos e reformas
que melhorem, de fato, a vida do povo".
"O Judiciário brasileiro precisa dizer se vai
aprofundar o golpe ou vai ajudar a restituir a democracia roubada. A garantia
de eleições e do direito do Lula concorrer às eleições limpas (já que está mais
do que evidente que não há crime por ele cometido e nenhuma prova produzida,
depois de anos de investigação e de pressões e benefícios absurdos concedidos
para quem se dispusesse a delatá-lo) é a última trincheira, que caso
ultrapassada, não restará mais nada, não restará mais nenhum compromisso
democrático no Brasil", completa a nota.
➤OPINIÃO
Na antessala de Temer e Lula*
Janot contra Temer e Loures; Moro mira em Lula e Palocci
Eliane Cantanhêde
Foram dois recados prévios. O procurador Rodrigo Janot
pediu a manutenção da prisão do ex-deputado Rocha Loures para deixar clara a
linha da primeira denúncia contra o presidente Michel Temer, horas depois. E o
juiz Sérgio Moro condenou Antonio Palocci a mais de 12 anos, aparentemente,
como preparativo para sua sentença contra o ex-presidente Lula.
Rocha Loures está na antessala de Temer, assim como
Palocci está na de Lula. Loures foi filmado carregando uma mala de R$ 500 mil
que a PGR diz que, na verdade, seria de Temer e parte de uma mesada da JBS. E
Palocci era o gerente real das contas de Lula na Odebrecht, conforme delatou o
próprio Marcelo Odebrecht.
Loures entrou mudo e saiu calado do seu depoimento às
autoridades e o Planalto nem sequer conseguiu disfarçar o alívio. E Palocci
está sendo duro na queda, mas a condenação de ontem, que inclui a devolução de
US$ 10 milhões (!) reforça informações de bastidores de que ele está caminhando
para fazer delação premiada.
O que significa delação premiada nesses dois casos? Na
expectativa dos investigadores e no temor dos envolvidos, significa “entregar
os chefes”. Loures era, literalmente, o carregador de pasta de Temer, aquele
que sabe tudo. E Palocci é mais ainda, porque tem mais status.
Parte inferior do formulário
Em depoimento a Moro, Palocci foi premeditadamente
confuso e contraditório, acenando com informações que pudessem dar um ano de
trabalho à força-tarefa da Lava Jato. Para o juiz, foi “uma ameaça”. Pode ter
sido para empresas, bancos, o PT. Mas, mais do que conhecer os esquemas, ele
conhece o papel de Lula.
Líder nas pesquisas presidenciais, Lula luta nas bases,
via militância e movimentos alinhados com o PT. Já Temer, três vezes presidente
da Câmara e com aprovação abaixo do mínimo, guerreia nas cúpulas, com o
Congresso e os partidos aliados.
Na avaliação do Planalto, a gravação de Joesley Batista
com Temer é insuficiente para derrubar um presidente da República. “É o diálogo
de um homem educado (Temer) tentando se livrar logo de um chato (Joesley)”,
define um ministro. Mas a denúncia de Janot tem mais e é bem adjetivada, pode
aumentar a perda de confiança e de apoio, principalmente no PSDB.
Há risco real de Temer ser afastado do cargo e de o País
conviver com a situação inédita de um presidente processado pelo Supremo.
Apesar disso, ontem a Bolsa subia, o dólar caía e a sociedade seguia
normalmente. A crise política atinge seu pico, mas o País não está
convulsionado, parece anestesiado. Mais uma jabuticaba, que só existe no
Brasil.
Há protestos em Curitiba, por exemplo, mas eles não têm a
ver diretamente com a denúncia contra Temer, mas sim contra o ajuste fiscal
para corrigir a calamidade econômica deixada por Dilma Rousseff. Os Estados vão
adotando ajustes e quem paga o pato são especialmente os funcionários públicos,
que se revoltam. Ou seja: as manifestações são locais, pontuais, movidas por
interesses diretos.
Temer é o presidente mais impopular desde a
redemocratização, mas a crise não está nas ruas e as atenções estão nos poucos
metros quadrados da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Intensa movimentação
no Planalto, a PGR fatiando a denúncia contra Temer, a Câmara se preparando
para autorizá-la ou não. Se autorizar, o Supremo vai julgar já com Temer
afastado.
Tudo isso acontece ao mesmo tempo, sem que a sociedade e
seus representantes se ocupem de traçar o “day after”. Hipoteticamente: se
Temer cai hoje, como o Brasil acorda amanhã? De pernas para o ar, com Rodrigo
Maia no centro da história. E se Temer tiver 172, 180 ou 200 votos na Câmara
para barrar o processo? Ele fica, mas isso lhe garante governabilidade até
2018? Há controvérsias.
*Publicado no Portal Estadão em 27/06/2017
➤RESUMO
Comece o
dia bem-informado
Temer denunciado
Janot denuncia Temer ao STF por corrupção passiva. A primeira
denúncia é baseada na delação premiada de Joesley Batista, que
incluiu uma gravação de conversa com o presidente e implicou também o deputado
Rodrigo Rocha Loures. De acordo com a denúncia, Temer usou
cargo para receber vantagens indevidas.
Os próximos passos
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo,
precisa acolher a denúncia e a Câmara precisa autorizar para só então o STF
decidir se abre ou não o processo contra o presidente. Se a investigação for
aberta, Temer é afastado automaticamente por 180 dias.
342 votos
Abertura de processo no STF depende de aprovação de 2/3
dos deputados; estratégia do presidente é reunir votos para sepultar acusação o
mais rápido possível.
Temer vai brigar
Temer acusará Janot de tentar condená-lo sem
provas. Segundo reportagem da
Folha de S.Paulo, na noite desta segunda-feira, 26, o
presidente traçou com ministros e parlamentares estratégia de reação tanto
política como jurídica contra a denúncia que pode afastá-lo do cargo.
Temer mais enrolado
PF conclui que Temer cometeu crime de obstrução de
investigação. A conclusão foi
encaminhada ao STF no relatório final do inquérito que
investiga Temer e Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial do presidente.
Governo agora é só bondades
Em meio à crise política e à baixíssima aprovação
popular, o
governo Temer vai investir agora em “pacote de bondades” na tentativa de estimular a economia.
O novo Janot
Cerca de 1,2 mil procuradores do MPF escolhem
hoje os nomes que farão parte da lista tríplice para o cargo de procurador-geral da
República. O mandato de Rodrigo Janot termina em setembro. A lista será enviada
ao presidente Michel Temer, que não é obrigado a indicar os nomes votados.
E a reforma da Previdência?
Com crise política, mercado duvida de aprovação da
reforma da Previdência de Temer. Segundo a Folha de
S.Paulo, investidores e analistas do mercado financeiro passaram a
descartar a aprovação de uma reforma da Previdência robusta pelo governo e
agora projetam alterações profundas nas regras de aposentadorias apenas a
partir de 2019, com um novo presidente.
Economia em baixa?
Projeções para 2018 apontam recuperação modesta da
economia. As expectativas de crescimento econômico têm sofrido reduções
expressivas dos analistas de mercado. Segundo o jornal
Valor Econômico, bancos e consultorias passaram a revisar as
suas previsões na esteira da crise política e da fragilidade da recuperação da
economia.
Alívio para Aécio
Supremo deixa para agosto decisão sobre Aécio
Neves. Nesta terça-feira, 27, na agenda de trabalho da primeira turma do
STF, segundo o
jornal Valor Econômico, o tema não está em pauta – e agora a próxima
sessão é só em 31 de julho, com a volta do recesso judiciário.
Greve geral amornada
Sindicatos mudam tom de “greve geral” e falam em
“mobilização”. Com a expectativa de aderir menos gente, as centrais
sindicais chamam a
manifestação convocada para a próxima sexta-feira, 30, como
“dia de mobilizações e de paralisações”.
Carne sem
fiscalização
Falhas na inspeção da carne apontam novo golpe para o
Brasil. O Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa)
reforçou suas antigas críticas sobre os cortes de verbas e falta de equipe.
Farc desarmada
ONU anuncia que já tem as 7.132 armas individuais das
Farc. Hoje, o governo da
Colômbia e as Farc participarão de um ato simbólico que marcará
o fim do processo de entrega de armas.
Muita grana
A União Europeia aplicou uma multa
recorde de € 2,4 bilhões ao Google por
abuso de poder econômico. A empresa é acusada de favorecer seu comparador de
preços, o Google Shopping, dentro do serviço do próprio buscador, o que é
classificado como abuso de poder econômico. Em nota, a empresa afirmou que
estuda recorrer da multa.
Sem bigodinho
Coreia do Norte compara Donald Trump a Hitler. Em um
editorial da agência estatal KCNA, o slogan 'America First' (América em
Primeiro Lugar) de Trump é visto como uma forma de 'nazismo do século XXI'.
Vitória parcial
Enquanto saboreia a volta de parte de seu decreto
migratório, Donald Trump enfrenta a revolta
de republicanos sobre a
revisão do Obamacare.
Sem ter o que comemorar
No Dia do Jornalista na Venezuela, relatório indica que 42
rádios foram fechadas nos
primeiros meses do ano.
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