terça-feira, 30 de maio de 2017

➤BOA NOITE!


14 Bis é uma banda brasileira de rock, que surgiu em Belo Horizonte, criada pelos irmãos Flávio e Cláudio Venturini, Hely Rodrigues, Vermelho e Sérgio Magrão.

O 14 Bis começou no final do ano de 1979 com músicos que já se conheciam e alimentavam a ideia de ter uma banda brasileira nos moldes de bandas internacionais que tanto influenciaram seus integrantes.

O ano de 1982 veio com o disco Além Paraíso, gravado depois de uma viagem aos EUA onde a banda comprou o melhor equipamento existente à época. O hit foi "Linda Juventude", música que selecionei para esta terça-feira, especialmente para quem gosta de relembrar os bons tempos de boa música.



➤Temer e Aécio

Fachin separa investigações no STF


Foto: Agência Senado/Reprodução
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira separar as investigações sobre o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) abertas a partir do acordo de delação premiada da JBS. Com a decisão, o inquérito tramitará de forma separada. Todos os acusados passaram a ser investigados no mesmo processo no STF porque foram citados nos depoimentos do empresário Joesley Batista, dono da JBS.

As decisões foram motivadas por pedidos de desmembramento dos inquéritos feitos pelos advogados de defesa. Na semana passada, em recurso encaminhado ao Supremo, após ser afastado do mandato por Fachin, Aécio sustentou que a investigação não deve permanecer com o ministro e que a decisão do ministro, relator da Lava Jato na Corte, não poderia ser tomada individualmente, mas pela Segunda Turma do STF.

De acordo com a defesa de Temer, o presidente deve responder aos fatos em um inquérito separado porque as condutas imputadas a ele não têm relação com as acusações contra Aécio e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial de Temer que foi incluído no mesmo inquérito. Tanto Temer quanto Aécio são investigados por corrupção passiva, obstrução de Justiça e pertencimento a organização criminosa.
Com Agência Brasil

➤OPINIÃO - 3

Polícia Federal não pode ser manipulada pelo governo*

Nomeação de Torquato Jardim para a Justiça tem a 
intenção evidente de controlar a PF, sonho antigo de todo 
político envolvido em casos de corrupção
   

Enquanto a crise política atinge o Congresso e prejudica as maquinações legislativas contra a Lava-Jato e o combate à corrupção de um modo geral, as ameaças avançam em duas outras frentes.

Uma está no Supremo, onde há quem pretenda rever o veredicto, com cláusula vinculante — para ser seguido por todos os tribunais —, de que pena pode ser cumprida na confirmação da sentença pela segunda instância; e a outra frente o presidente Michel Temer abriu no domingo, com o movimento audacioso de substituir, no Ministério da Justiça, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) pelo advogado Torquato Jardim, tirando este do Ministério da Transparência, antiga Controladoria-Geral da União (CGU). Jardim não esconde desgostar da Lava-Jato.

Também ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é provável que o presidente o veja como alguém que possa ajudá-lo no julgamento da sua chapa com Dilma Rousseff, pelo tribunal, a partir de 6 de junho. O presidente parece apostar no trânsito de Jardim nos meios jurídicos.

Um objetivo evidente, porém, é controlar, enfim, a Polícia Federal, sonho de todo político implicado em malfeitos. Não por acaso, em uma das gravações feitas por Joesley Batista de conversa com Aécio Neves, o tucano dirige pesadas críticas a Serraglio, por ele não interferir na distribuição de inquéritos, para entregá-los a delegados confiáveis. Inclusive, ensina como se faz.

No Legislativo, tenta-se livrar políticos investigados ou denunciados na Justiça com a aprovação de algum tipo de anistia. Algo difícil. Há ainda a manobra de se usar projeto contra o abuso de autoridade, para se criminalizarem juízes e procuradores. O plano, se realizado, tende a ser contestado no Supremo. Já a audácia de Temer está no fato de esta intervenção na PF ser esboçada depois que, a pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, do Supremo, instaurou inquérito para investigar o presidente, a partir das delações de Joesley Batista.

É como se Michel Temer se preparasse para manipular a PF, a fim de não ser investigado como estabelecem os melhores protocolos policiais: isenção, rigor, obediência à lei.

Por sinal, é o que vem demonstrando Leandro Daiello, diretor-geral da PF desde 2011, ao conduzir de maneira competente investigações importantes sob os governos Lula, Dilma e, agora, Temer. Neste sentido, Torquato Jardim não precisaria ter dito, no domingo, que ouviria Temer sobre mudanças na Polícia. Afinal, ela tem dado demonstrações de seriedade e correção durante todo este tempo. A não ser que queiram mudar este padrão, o que seria desastroso.

A Polícia Federal, um dos organismos de segurança do Estado, tem subordinação administrativa ao Executivo, mas não pode ser usada como guarda pretoriana dos governantes de turno.
*Publicado no Portal O Globo em 30/905/2017

➤RAPIDINHAS


Índice que reajusta aluguel cai 0,93% e taxa acumulada é de 1,57% em 12 meses
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) apresentou variação negativa de 0,93% em maio, após um recuo de 1,10% em abril e uma alta de 0,82% em maio do ano passado. No acumulado desde janeiro, a taxa caiu 1,29%. Já em 12 meses, há uma elevação de 1,57%, resultado que serve de base para o cálculo da renovação dos contratos do aluguel e para outros tipos de contratos. A pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com base na variação de preços coletados entre 21 de abril e 20 de maio em três componentes: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com recuo de 1,56% ante uma queda de 1,77%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) que passou de 0,33% para 0,29% e , em maio, ante 0,33%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) com alta de 0,13% após uma baixa de 0,08% em abril.

Capriles denuncia plano para atacar sedes diplomáticas na Venezuela
O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, disse nessa segunda-feira (30) que a mobilização convocada para hoje (30), em Caracas, será na sede do Ministério do Interior e não mais nas embaixadas, como estava previsto. Ele denunciou um suposto plano para "atacar" as sedes diplomáticas. A informação é da Agência EFE.
"Ficou cancelada essa visita às embaixadas, não vamos para as embaixadas. Sabemos, de pessoas dentro do governo, do plano que tinha sido montado para atacar as sedes diplomáticas", advertiu Capriles, em entrevista divulgada nas redes sociais. A oposição tinha chamado os manifestantes a se mobilizar nas várias embaixadas e consulados credenciados no país, um dia antes da reunião de chanceleres que será realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para analisar a crise venezuelana. Capriles afirmou que a intenção do suposto esquema é "refutar, continuar no processo de deslegitimar um protesto que tem a verdade na sua mão".

Acordo adia votação de reforma trabalhista para semana que vem
O governo concordou com acordo costurado entre líderes na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para votar a reforma trabalhista apenas na próxima terça-feira. A expectativa inicial era analisar e votar ainda hoje o texto no colegiado.
“Nós vamos cumprir o nosso acordo, vamos encerrar discussão hoje e votar na próxima terça-feira”, afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, a ideia é que o adiamento permita que não aconteça uma “batalha regimental” na apreciação da matéria na comissão. Apesar do arranjo anunciado na CAE, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta manhã em evento para investidores em São Paulo acreditar que a reforma trabalhista será aprovada nesta semana. Uma das hipóteses para aceleração da apreciação seria a aprovação de um requerimento de urgência para a reforma ir direto a plenário.

Fraudadores vendiam papel higiênico até 40% menor do que o indicado na embalagem
Autoridades comprovaram irregularidades até mesmo na produção de papel higiênico e de papel toalha no Rio Grande do Sul. O Ministério Público (MP) investiga uma série de fraudes cometidas por um grupo familiar que fabrica produtos de higiene, inclusive com problemas no comprimento, na largura e na quantidade de materiais vendidos para consumidores em supermercados e também para vários órgãos públicos.  Há casos em que o comprimento do papel higiênico é 40% menor do que o indicado na embalagem e a investigação aponta que a produção ocorria em fábrica clandestina no litoral norte do Estado. As marcas, de papel higiênico, que apresentaram irregularidades são Luxor, Azaléia e Alphes, todas reprovadas devido problemas no comprimento e na largura dos produtos vendidos para vários municípios. Em Torres e em Fazenda Vila Nova, por exemplo, houve licitação para fornecimento a órgãos públicos e os papéis apresentaram até 40% menos de comprimento do que havia apontado nas embalagens.

'Chegaremos ao fim de 2018 com a casa em ordem', diz Temer
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta terça-feira (30) que a trajetória de seu governo, segundo ele marcada por reformas e por medidas para tentar recuperar a economia, não será "interrompida" e que chegará ao final de 2018 com a "casa em ordem".
"Hoje, nós estamos no rumo certo. Nós pusemos o país nos trilhos. Quem apanhar a locomotiva em 2018 encontrará os trilhos no seu lugar. Por isso, agora é continuar a travessia. Nós chegaremos ao fim de 2018 com a casa em ordem ", disse.
Temer participou da abertura do Brazil Investment Forum, em São Paulo, pela manhã e discursou por 24 minutos na abertura do evento. Ele descreveu diversas medidas de seu governo e procurou mostrar otimismo, sem mencionar a crise após a delação premiada dos donos da empresa JBS e da divulgação de áudios entre Temer e o empresário Joesley Batista.
"Esta trajetória que traçamos logo no início do nosso governo em diálogo permanente com o Congresso Nacional não será interrompida. Nela nós seguiremos firmes em nome da agenda de reformas que não podemos e não devemos abandonar", afirmou.

➤Chuvas no RS

18 cidades em situação de emergência

Enchente em Uruguaiana - Foto: RBS/Reprodução
Subiu para 18 o número de cidades do Rio Grande do Sul que estão em situação de emergência devido à chuva que atinge o estado desde a semana passada. A Defesa Civil permanece em alerta, em função da cheia dos rios, segundo novo boletim emitido na manhã desta terça-feria (30).

Ao todo, foram registrados danos em 56 municípios. São 2.384 pessoas fora de casa, sendo 1.889 pessoas desalojadas (em lares de parentes e amigos) e outras 495 desabrigadas (em abrigos e locais cedidos pelo Poder Público).

A situação mais grave é em São Jerônimo, onde 210 famílias estão fora de casa. Em Montenegro, no Vale do Caí, são 81 famílias afetadas.

No entanto, o cenário pode se agravar em cidades da Fronteira Oeste. Em Uruguaiana e Iraí, o nível do Rio Uruguai está subindo. Em São Borja e Itaqui, porém, o volume das águas está em declínio.

No Sul do país, a chuva é provocada por frentes frias que estão com dificuldade para avançar sobre o estado em direção ao Sudeste por causa de um bloqueio atmosférico.

"É comum a formação de frentes frias, que são sistemas chuvosos que provocam queda de temperatura. Elas se formam na região do Uruguai, atravessam a Região Sul, passam por São Paulo e vão para o oceano", diz o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.

O que ocorre agora é que os ventos no Rio Grande do Sul estão a uma grande altitude, fazendo com que as frentes frias se desloquem mais lentamente e fiquem mais tempo atuando sobre o estado e despejem uma quantidade de chuva acima da média na região.

Cidades do RS em situação de emergência:

Tiradentes do Sul
Campo Novo
Três Passos
Coronel Bicaco
Santo Augusto
Tenente Portela
Panambi
Cristal
Sertão
São Jerônimo
Tunas
São José das Missões
Itaqui
Casca
São Borja
Pedras Altas
Boqueirão do Leão
Dom Pedrito

➤OPINIÃO - 2

Da Suíça para Curitiba*

Merval Pereira


A decisão do relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Edson Fachin, de enviar para o Juiz Sérgio Moro, em Curitiba, as partes da delação de Joesley Batista que se referem ao ex-presidente Lula, especialmente a conta na Suíça que recebeu U$ 150 milhões destinados a ele e à ex-presidente Dilma, gerará talvez a mais importante investigação sobre o ex-presidente dentro da Operação Lava-Jato.

Não é à toa, portanto, que o advogado Cristiano Zanin apresentou imediatamente um agravo regimental no STF contra essa decisão. Alegando que Joesley "fez duas referências genéricas ao nome de Lula em sua delação, sem qualquer base mínima que possa indicar a ocorrência dos fatos ou, ainda, a pratica de qualquer ato ilícito".

Não é o que acha o Procurador-Geral da República Rodrigo Janot que, ao justificar o que muitos consideram uma excessiva benevolência do Ministério Público no acordo de delação premiada com a JBS, ressaltou que pela primeira vez há informações sobre contas no exterior para o ex-presidente Lula e sua sucessora.

“Que juízo faria a sociedade do MPF se os demais fatos delituosos apresentados, como a conta-corrente no exterior que atendia a dois ex-presidentes, fossem simplesmente ignorados?”, escreveu Janot, justificando o perdão judicial que concedeu a Joesley e aos executivos da JBS que fizeram a delação premiada.

O controlador da JBS revelou no depoimento que de tempos em tempos levava para o ex-ministro Guido Mantega o extrato das duas contas, para fazer o acompanhamento dos saques. O dinheiro representava porcentagens de negócios do grupo feitos com o beneplácito de Mantega, e ficava depositado na Suíça à disposição dos dois ex-presidentes e seus prepostos, sempre sob orientação de Mantega.

Era uma conta-corrente que funcionava à exemplo da que a empreiteira Odebrecht mantinha para Lula e outros dirigentes do PT. Assim como a Odebrecht, também Joesley Batista e seu grupo tinham a planilha com os dias dos saques e dos depósitos e a identificação de quem fazia a retirada.

Através de acordos internacionais mantidos com o governo da Suíça será possível rastrear o dinheiro e cruzar os depósitos e retiradas com os acontecimentos econômicos e políticos do país. Mesmo a conta estando em nome de Joesley Batista, será possível identificar laranjas e destinatários, especialmente quando as remessas saíram da Suíça diretamente para outras contas no exterior.

O ex-ministro Guido Mantega, por exemplo, diante de tantas revelações, resolveu confessar ontem que tem uma conta não declarada no exterior de U$ 600 mil. Joesley, além de revelar ao Ministério Público que os saques das contas na Suíça para Lula e Dilma eram controlados por Mantega, contou também que certa vez fez um favor pessoal ao ex-ministro: a seu pedido comprou 5 milhões (não está claro se em euros ou reais) em títulos de dívida da empresa Pedala Equipamentos Esportivos, empresa pertencente a um sócio do filho do ex-ministro, Leonardo Mantega.

Em outra ocasião, disse que transferiu para uma conta no exterior, a mando de Mantega, outros 20 milhões de euros. Esse dinheiro poderá ser rastreado pelas autoridades suíças, e conexões com possíveis fornecedores de campanhas políticas ou pessoas relacionadas a Lula e Dilma poderão ser identificadas.

Um caso insólito que Joesley revelou ao Ministério Público foi a utilização de uma conta sua em Nova York para receber depósitos e fazer pagamentos para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. A conta corrente era administrada por um funcionário dele, de nome Denilson, e por um emissário de Vaccari: João Guilherme Gushiken, filho do ex-ministro Luiz Gushiken.

O controlador da JBS apresentou ao Ministério Público extratos dessa conta que indicam retiradas em nome de “Luís Carlos, da Petros”, ou Luís Carlos Fernandes Afonso, que presidiu o fundo de pensão da Petrobras de 2011 a 2014.

O fato de ter usado o sistema bancário americano para fazer algumas transações com dinheiro de origem ilegal certamente trará muitos problemas para Joesley Batista. Os executivos da Odebrecht, por exemplo, evitavam usar bancos nos Estados Unidos justamente pelo rigor da legislação.

As conexões internacionais dos investigadores brasileiros certamente ajudarão a rastrear o dinheiro na Suíça e nos Estados Unidos. E aqui no Brasil esses pagamentos e recebimentos poderão terminar por definir a responsabilidade de cada um no esquema de corrupção montado durante os governos Lula e Dilma.
*Publicado no Portal do jornal O Globo em 30/05/2017

➤Lançadores de bomba

Aviões dos EUA sobrevoam fronteira da Coreia do Norte

A ação militar conjunta entre o exército americano 
e a Coreia do Sul foi uma resposta ao teste de mísseis 
realizado por Pyongyang na segunda

Foto:USArmy-Reuters-Rep.
Aeronaves lançadoras de bombas dos Estados Unidos sobrevoaram o espaço aéreo próximo à fronteira da Coreia do Norte na segunda-feira, após o último lançamento-teste de mísseis realizado por Pyongyang. O exercício militar foi uma ação conjunta do exército americano e das forças da Coreia do Sul.

O governo norte-coreano classificou o exercício como uma “grave provocação militar” e acusou Washington de querer “desencadear uma guerra nuclear”. Segundo a agência estatal de Pyongyang KCNA, as aeronaves U.S. B-1B chegaram a se aproximar cerca de 80 quilômetros da cidade sul-coreana de Gangneung, perto da fronteira com a Coreia do Norte.

Uma fonte do governo sul-coreano confirmou para a agência local Yonhap que as duas aeronaves sobrevoaram a área mencionada, acompanhadas por caças F-15K em torno das 10h30 do horário local nesta terça-feira (22h de segunda em Brasília).

“Tais provocações militares dos imperialistas americanos são um chilique irresponsável que colocou a península coreana à beira da guerra”, denunciou a nota da KCNA, que também acusa Washington de querer eliminar o regime de Kim Jong-un com armas nucleares e chama de hipócrita as suas ofertas de diálogo. O texto conclui advertindo que uma guerra atômica na península “desencadearia um desastre que transformaria o território continental dos Estados Unidos em terra arrasada”.

A ação dos EUA foi uma resposta ao novo teste balístico realizado por Pyongyang nona segunda-feira, o décimo segundo neste ano e o terceiro em apenas três semanas. As insistentes ações militares da Coreia do Norte causaram um aumento da tensão na região e uma escalada verbal com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a insinuar que estuda possíveis ataques preventivos.

➤OPINIÃO

Trombada é alto risco*


Alerta para novo ministro Torquato Jardim: 
Lava Jato é blindada, Temer não!

Eliane Cantanhêde


O advogado Torquato Jardim estará para o presidente Michel Temer no Ministério da Justiça assim como Márcio Thomaz Bastos esteve para o presidente Lula e José Eduardo Cardozo para a presidente Dilma Rousseff. Fiéis à sua cultura de advogados, o objetivo era, como é agora, defender seus chefes. Simples assim.

O que não é nada simples é o momento dramático em que Torquato assume, com Temer acossado não só pela gravação feita por Joesley Batista, que ele questiona judicialmente, mas também por outras suspeitas envolvendo a JBS e pelo processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. Além de velho amigo e parceiro de Temer, o novo ministro tem longo histórico na Justiça Eleitoral. 

A bem da verdade, Temer já manifestava insatisfação com o ex-ministro Osmar Serraglio antes das delações da JBS. Crise de índios? Ele não foi de grande valia. Matança de posseiros? Idem. Afinal, para que servia Serraglio no ministério número um da República?

Para piorar, ele é deputado e foi escolhido por indicação do PMDB da Câmara, mas o pau quebrava na reforma trabalhista, depois na da Previdência, e era acusado de não dar o ar da graça na articulação política no Congresso. Ou seja, Serraglio caiu de maduro. O novo problema é que caiu para o lado, mais precisamente para o Ministério da Transparência. A gritaria já começou.

Mas o foco não está lá e sim no Ministério da Justiça, que não abrange só índios, posseiros e penitenciárias em chamas, mas também a Polícia Federal – pelo menos no organograma. Temer tem à disposição dois pesos pesados do Direito, o próprio Torquato Jardim e seu advogado e também amigo Antônio Claudio Mariz de Oliveira. Ajudam muito, mas se os dois, ou os três, incluindo o próprio Temer, tentarem passar uma rasteira na cúpula da PF, vai ser tiro no pé.

Quanto mais tentam minar a Lava Jato, mais fica evidente o quanto a maior operação de combate à corrupção do planeta está blindada. Todas as investidas no Legislativo e todos os dardos atirados do Executivo e mesmo do Judiciário não deram em nada e toda estridência de envolvidos à direita e à esquerda entraram por um ouvido e saíram pelo outro.

A Lava Jato continua firme e forte e quem mais pode arranhá-la não está fora, mas dentro dela. A PGR ataca ministro do STF, o ministro do STF devolve com pedradas, a guerra entre MP e PF, procurador sarcástico acusa o juiz Sérgio Moro de ter “coração generoso” por absolver alguém por falta de provas... Calma, gente! A Lava Jato tem de estar acima dessas vaidades e idiossincrasias e respeitar o equilíbrio entre o combate à corrupção e as regras do Estado Democrático de Direito.

Hoje, o CNJ julga Moro pelos áudios entre Lula, investigado, e Dilma, então presidente, sob a expectativa de que isso não vá adiante. Amanhã, o Supremo debate o fim do foro privilegiado, mas nem todos os juízes são como Moro (PR), Vallisney de Souza Oliveira (DF) e Marcelo Bretas (RJ). Em tese (porque nem sei quem são), será que os juízes de Alagoas são imunes à proximidade com o senador Renan Calheiros e seu filho governador?

Vê-se o quanto o ambiente brasileiro está contaminado pela crise e por descobertas estarrecedoras, disputas de egos e falta de cenários a curto, médio e longo prazos. Temer tem direito de trocar ministros e de lutar pelo mandato, mas é cedo para saber o desfecho, até mesmo no TSE na próxima semana. Jogar o Ministério da Justiça contra PF, MP e Judiciário será o pior caminho. A trombada é certa e a Lava Jato está blindada, mas Temer não.

*Publicado no Portal Estadão em 30/05/2017

➤RESUMO

Comece o dia bem informado

Sobremesa?
Temer diz que o “Brasil está de volta” na economia. Em jantar com empresários e políticos, o presidente buscou indicar que o país saiu da recessão, mas admitiu que ainda enfrenta “muitos desafios”.

Previdência
Base discute sobre aprovar apenas idade mínima na reforma da Previdência. O aumento, considerado um dos pilares da reforma, poderia protagonizar uma reforma mais “enxuta” e com maiores chances de aprovação.

Henrique Meirelles
Estamos na hora certa para reformar a Previdência, diz Meirelles. Em entrevista exclusiva a EXAME, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a perspectiva de aprovação não mudou após as delações da JBS. No mesmo evento, o Secretário da Previdência disse que não há plano B para reforma.

Como fica a Lava Jato?
O troca-troca de ministérios está mal-explicado para entidades de classe e parlamentares da oposição, que manifestaram preocupação com o que consideraram ser uma tentativa do Planalto para controlar a Operação Lava Jato. Torquato Jardim deve divulgar nota para se posicionar sobre as investigações da Polícia Federal, subordinada a ele.

Cabresto
O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, tem sinalizado no governo que terá “maior controle” das ações da Polícia Federal. Delegados protestam.

'Sob pressão'
Osmar Serraglio sofre pressão de políticos para recusar a oferta de Temer. Segundo Gerson Camarotti, ele aguarda ser chamado hoje para uma conversa com o presidente para definir seu futuro no governo.

Reforma trabalhista
Governo quer votar reforma trabalhista nesta semana. Um acordo para que um requerimento de urgência seja votado seria uma das estratégias para acelerar a votação, que também é buscada como uma demonstração de força em meio à crise política.

Os segredos da mala
A defesa do deputado afastado Rocha Loures, flagrado recebendo propina da JBS, planeja delação premiada e já sondou investigadores da Lava-Jato sobre acordo.

Fala sério!
Temer pede rapidez no julgamento do TSE sobre chapa. O presidente também disse que o governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, mas demonstrou confiança de que conseguirá chegar lá.

Procurador Geral
Candidatos à vaga de Janot falam em manter e reforçar Lava Jato. Sete dos oito subprocuradores que tentarão chefiar a Procuradoria-Geral da República falam eapós primeiro debate promovido por entidade da categoria

Renan na berlinda
A permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) como líder do PMDB será discutida pela bancada do partido. Escolhido para a função no início do ano, Renan passou a ser criticado internamente por colegas após adotar postura contrária às reformas trabalhista e da Previdência Social propostas pelo governo do presidente Michel Temer.

Tremendo de medo
Lula pede que acusação de dono da JBS não vá para Sergio Moro. Defesa do ex-presidente pede que ministro Edson Fachin, do STF, reconsidere decisão, já que não há relação entre a delação de Joesley Batista e a Lava Jato

O homem do gravador
Minoritários podem pressionar saída de Wesley Batista da JBS. O executivo deixou a vice-presidência, mas se manteve como membro do colegiado e presidente-executivo da empresa.

Esperança colorada
Inter se reúne com Guto Ferreira nesta terça-feira para confirmar contratação. Treinador terá contrato de um ano e meio com o clube gaúcho

Tudo parado na Casa Branca
O governo de Donald Trump paralisou sua agenda, enquanto se concentra em apagar incêndios que surgem diariamente devido à investigação sobre laços com a Rússia.

Ex-ditador morto
O ex-ditador panamenho Manuel Antonio Noriega, que estava internado em um hospital desde março, após ser submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro, morreu nesta segunda-feira, aos 83 anos.

Previsão do tempo
As fortes chuvas que deixaram 8 mortos e tiraram mais de 40 mil de casa no Nordeste devem continuar em Pernambuco e dar trégua ao estado de Alagoas. E prepare os casacos, porque está chegando uma segunda onda forte de frio no Centro-Sul do país.

Globo/Estadão/Exame/Veja/clicRBS/G1/

➤BOM DIA!

O Brasil virou uma bagunça!


Nos meus praticamente 76 anos de vida, juro que jamais convivi com uma bagunça tão grande, em todos os setores, como a que estamos vivendo no Brasil. A corrupção tomou conta de tudo, o brasileiro está tentando defender o seu lado, cada um trata de si e as instituições trabalham para justificar que estão abertas. Salvo raríssimas exceções, tudo está funcionando mal por aqui.

No começo da noite de ontem, por exemplo, ficamos sabendo que Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, homem considerado sério, principalmente pelos lulopetismo, escondeu por vários anos uma conta de US$ 600 mil no exterior. Não, ninguém leu errado: o ministro da Fazenda não declarou que tinha uma conta com milhares de dólares no exterior. Isto sem contar que está envolvido até os fios de cabelo, que nem lembro se tem, em delações, em corrupção e transações obscuras com dinheiro público. E o sujeito era ministro da Fazenda. Pode isso, Arnaldo?

Agora, através de seu advogado, o ex-ministro diz que não espera “perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar a conta”. Mas é muita cara de pau de quem escondeu uma conta da Receita Federal, quando dirigia a pasta da Fazenda e agora fala em clemência e perdão! 

A Operação Lava Jato é uma das coisas mais sérias e objetivas que já tivemos no Brasil. Através de um minucioso trabalho de investigação, está colocando na cadeia gente que nem se imaginava fossem ladrões do dinheiro público. Mas são.

Pois agora, trocando o ministro da Justiça, outro envolvido em falcatruas das grossas, o presidente Michel Temer, quer colocar um freio na Lava jato pois ela, sem qualquer dúvida, vai acabar chegando nele, como já chegou em vários ministros seus e companheiros de política. Vai começar com a transferência, via pedido de vistas de algum ministro, de seu julgamento no TSE. Ou alguém tem alguma dúvida de que o ministro nomeado por Temer, domingo pela manhã, está lá para proteger o chefe, para trocar o responsável pela PF e, consequentemente, colocar um freio a Lava Jato?

Os ditos inocentes úteis, mas que de inocente não tem nada, andam pelas ruas, pelas praças, pelas esplanadas, alguns quebrando tudo e botando fogo em prédios públicos, gritando Diretas Já, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Estão, na verdade, defendendo e pregando um golpe, já que a nossa Constituição é clara quanto ao afastamento do presidente da República. Lá esta escrito que, caso Temer seja afastado, haverá eleição indireta. É ruim? Pode ser até que seja, mas é a lei e quem prega contra a lei, é golpista.

Para se ter uma ideia do quanto esta gente, perfeitamente conhecida de todos, só pensa em recolocar seus  ídolos de pés de barro no poder, é dar uma reparada em suas pregações. Querem eleição direta, mas jamais falam em impedir quem está envolvido ou é réu, em alguns casos mais de uma vez, na Lava Jato, de concorrer.  Se fossem claros, se tivessem um mínimo de honestidade, pediriam Diretas Já, mas sem a participação de corruptos comprovados. 

E assim vamos nós, encontrando só mal feitos e desorganização pelo caminho. Já não existe mais uma instituição confiável, uma entidade que nos garanta decência e que não esteja envolvida em sujeira, muitas vezes da grossa.

Repito o que disse no começo deste comentário. Durante toda a minha vida, jamais vivi um momento tão triste, um período tão conturbado em que a moral, a honestidade, a decência, foram jogadas para debaixo do tapete e os envolvidos lutando, com unhas e dentes, para livrar seus lados e, como tem se visto, seguir roubando. 

É muito triste, mas é verdade!

Tenham todos um Bom Dia!