sábado, 27 de maio de 2017

➤FUTEBOL

BRASILEIRÃO – SÉRIE A
3ª RODADA

Sábado – 27/05
16:00
Vasco 3 X 2 Fluminense – São Januário

19:00
São Paulo 2 X 0 Palmeiras – Morumbi

21:00
Vitória 0 X 1 Coritiba – Fonte Nova

Domingo – 28/05
11:00
Atlético MG 2 X 2 Ponte Preta – Independência

16:00
Santos 0 X 1 Cruzeiro – Vila Belmiro
Atlético PR 1 X 1 Flamengo – Arena Baixada
Atlético GO 0 X 1 Corinthians – Serra Dourada

18:00
Sport 4 X 3 Grêmio – Ilha Retiro

19:00
Botafogo _ X _ Bahia – Engenhão

Segunda – 29/05
20:00
Chapecoense _ X _ Avai – Arena Condá

➤FUTEBOL

BRASILEIRÃO – SÉRIE B
3ª RODADA

Terça – 23/05
CRB 1 X 0 Santa Cruz – Rei Pelé
Guarani 2 X 0 Figueirense – Brinco de Ouro

Sexta – 26/05
Criciúma 1 X 3 América MG – Heriberto Hülse
Boa Esporte 1 X 1 Oeste – Varginha
Goiás 1 X 1 Brasil Pelotas – Serra Dourada

Sábado – 27/05
16:30
Paysandu 1 X 0 Internacional – Mangueirão
Náutico 0 X 2 Ceará – Arena Pernambuco
Londrina 3 X 1 Luverdense – Estádio do Café
ABC 1 X 0 Vila Nova – Frasqueirão

19:00
Juventude 21 Paraná – Alfredo Jaconi

➤BASTIDORES:

Acordão para manter Lula e Temer longe de Moro* 

Ideia é de utilizar uma eventual eleição presidencial indireta 
para “anistiar” parte do mundo político e colocar o Congresso como 
contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público

Alberto Bombig



Estão em curso em Brasília as tratativas de um acordão que visa a utilizar uma eventual eleição presidencial indireta para “anistiar” parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público Federal. Os cérebros da trama atuam, sobretudo, no Senado Federal. Na ponta final da maquinação está o compromisso de alterar a Constituição para garantir foro privilegiado a ex-presidentes da República, o que beneficiaria diretamente Lula, Sarney, Collor, Dilma e, eventualmente, Michel Temer, todos alvo de investigações.

O grupo suprapartidário de senadores entende hoje que uma eventual eleição indireta para a Presidência deve seguir o modelo bicameral: aprovação de um candidato pela Câmara a ser referendada posteriormente pelos senadores.

Na prática, isso significaria um peso maior para o voto dos 81 senadores sobre o dos 513 deputados, o que diminuiria drasticamente as chances de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, ser eleito para o Planalto. Ciente desse movimento, os apoiadores de Maia sondaram o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para ser o vice do deputado.

O problema é que os senadores acham que Maia, uma vez eleito presidente da República, não sobreviveria ao que chamam de “jogo baixo da Lava Jato”. Avaliam que a cabeça de Maia se tornaria o troféu a ser apresentado pela longa fila que hoje tenta fazer delação premiada. A gravação feita por Joesley Batista de uma conversa com Temer comprovou, na visão dos senadores implicados na Lava Jato, que o Ministério Público Federal está disposto a tudo para “destruir o mundo político”.

Pelo arranjo dos senadores, Eunício seria, sim, vice, mas de um outro candidato, alguém com coragem suficiente para enfrentar a opinião pública e frear os procuradores e o juiz federal Sérgio Moro.

Para o grupo do Senado Federal, apenas dois nomes entre os colocados até agora como pré-candidatos têm peso e tamanho para a missão: Nelson Jobim e Gilmar Mendes. Só para lembrar: no Senado, são investigados, entre outros, o próprio Eunício, Renan Calheiros (PMDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Aécio Neves (PSDB), todos considerados da “elite política da Casa”, como gostam de dizer os parlamentares.

A parte final do acordão inclui a saída do presidente Michel Temer, a ser convencido pelos aliados de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tem consenso formado pela cassação da chapa e pode até convocar eleições diretas.
Para facilitar a renúncia de Temer, o acordo garantiria a ele um indulto (a imunidade penal a ser dada pelo futuro presidente) e a votação da PEC que manteria o foro privilegiado a ex-presidentes, evitando que o caso dele chegue até Moro. Essa PEC também livraria Lula das garras do juiz federal, parte que mais interessa ao PT.

O novo presidente, oriundo do acordão, ainda convocaria uma nova Constituinte e se aprovaria uma reforma mínima da Previdência, para acalmar os mercados e o setor produtivo. A Constituinte instituiria eleições e mandatos a promotores e procuradores, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos. Seria o House of Cards Brazil.
*Publicado no Portal Estadão em 27/05/2017