quarta-feira, 26 de abril de 2017

➤ATENÇÃO!

Desembargador volta atrás e Adriana não irá para a prisão

O desembargador Abel Gomes, depois de um pedido do advogado de Adriana Ancelmo, Luiz Guilherme Vieira, reconsiderou a decisão tomada hoje à tarde de suspender a prisão domiciliar da ex-primeira-dama do Rio.

O desembargador vai esperar que a defesa dê entrada aos embargos infringentes a que tem direito.

Enquanto os embargos infringentes não forem julgados no STJ, ela não voltará para a prisão. Ou seja, continua em casa.

Lauro Jardim/VEJA

➤BOA NOITE!


Ray Charles foi um pianista norte-americano, pioneiro e cantor de música soul, blues, jazz que ajudou a definir o seu formato ainda no fim dos anos 50. Ao longo de sua carreira transformou-se num dos maiores intérpretes americanos. Ray nasceu em 1930 e faleceu em 2004.

Mary Ann Fisher é uma cantora norte-americana que nasceu em 1923, foi casada com Ray Charles e gravou, com ele, inúmeros sucessos, entre os quais o que selecionei para esta quarta-feira. No vídeo, cenas do filme Casablanca, com Ingrid Bergman e Humphrey Bogart, e a maravilhosa canção Sweet Memories, com Ray Charles e Mary Ann







➤RAPIDINHAS


Gilmar Mendes suspende interrogatório de Aécio sobre Furnas
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, na terça-feira, o interrogatório do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (PSDB-MG), na Operação Lava-Jato. O ministro atendeu pedido da defesa do tucano que alegou não ter tido acesso à íntegra da investigação da Polícia Federal (PF).  Aécio é investigado neste inquérito sobre o caso Furnas por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A defesa de Aécio alegou que "lhe foi negado o acesso a depoimentos já produzidos, sob o argumento de que representariam diligência em andamento". 
"Os advogados solicitaram 'acesso a todos os depoimentos já colhidos, ainda que não entranhados nos autos, bem como para que seja suspenso o interrogatório do requerente, por pelo menos 48 horas", sustenta a defesa. O tucano usou como argumento a Súmula Vinculante 14, da Corte, que garante a todos os investigados acesso amplo aos autos das investigações.

Fuzil AK-47 é encontrado e mais 4 são presos por megarroubo no Paraguai
As buscas aos responsáveis pelo assalto milionário à sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, no Paraguai, levaram à prisão de mais quatro homens e apreensão de um fuzil AK-47 na madrugada desta quarta-feira, 26. No total, 14 suspeitos já estão presos, todos brasileiros, conforme o balanço mais recente divulgado pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu, no Paraná, onde está centralizada a investigação.
Duas das novas prisões foram conduzidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Laranjeiras do Sul, no centro-sul do Paraná. Os dois homens tentavam embarcar em um ônibus para Curitiba. Já em Santa Helena, no oeste do Estado, os suspeitos viajavam em um carro blindado.

Juro do cartão de crédito rotativo sobe para 490% ao ano em março
Os juros cobrados pelos bancos em suas operações com cheque especial e cartão de crédito rotativo voltaram a subir em março, após apresentarem queda em fevereiro deste ano, informou nesta quarta-feira (26) o Banco Central.
No caso do cartão de crédito rotativo, a taxa passou de 487,8% ao ano em fevereiro para 490,3% ao ano em março deste ano. Com isso, atingiu o maior patamar desde janeiro (497,5% ao ano). A série histórica dessa modalidade de crédito foi revisada. Já os juros do cheque especial, ainda de acordo com a autoridade monetária, avançaram de 327% ano em fevereiro para 328% ao ano em março, também o maior nível desde janeiro (328,3% ao ano). Especialistas recomendam que essas modalidades de crédito (cartão e cheque especial) só devem ser utilizadas em momentos de emergência e por um prazo curto de tempo, devido ao custo proibitivo. No caso do cartão de crédito, a recomendação dos economistas é que os clientes bancários paguem toda a fatura no vencimento para não deixar saldo devedor.

Coreia do Norte: primeiras fotos de exercício militar divulgadas
As primeiras imagens de um exercício militar da Coreia do Norte foram divulgadas nesta quarta-feira. As fotos mostram em detalhes a manobra com fogo real realizada nas proximidades da cidade de Wonsan para marcar o 85º aniversário da fundação do exército de Pyongyang.
Nas imagens, divulgadas pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA é possível ver fileiras de armas e canhões alinhados em toda a extensão de uma praia. Estima-se que entre 300 e 400 peças de artilharia tenham sido utilizadas no exercício. O ditador Kim Jong-un também foi fotografado supervisionando a ação. O exercício militar norte-coreano acontece num momento de crescente tensão na região. Na segunda-feira, o governo dos Estados Unidos enviou o submarino nuclear USS Michigan para o litoral da Coreia do Sul e nesta quarta sul-coreanos e americanos realizaram seu próprio exercício militar anual no condado de Pocheon, no norte do país asiático.
O governo de Kim Jong-un  declarou na terça-feira, em editorial do jornal local Rodong Sinmun, que está pronto para atacar alvos como Washington e Seul sem qualquer aviso prévio.

Jornalista, advogado e professor Carlos Chagas morre aos 79 anos
Jornalista, professor, pai, avô e bisavô. Carlos Chagas faleceu nesta quarta-feira de manhã. Colecionou em sua vida episódios lembrados até hoje e que se confundem com a história do país. Durante o regime militar, escreveu uma coluna relatando a melancólica passagem do ex-presidente Juscelino Kubitschek, incógnito, por Brasília, a cidade que construiu. A coluna foi recortada e guardada pelo próprio JK e estava com ele quando morreu num acidente de carro em 1976. Ele é pai de Helena Chagas, ex-ministra-chefe da Secretaria de Comunicação na gestão de Dilma Rousseff. Em sua página na rede social, Helena avisou sobre a morte: "Amigos, meu pai, jornalista Carlos Chagas, acaba de falecer. Era a melhor pessoa que conheci nesse mundo."
Em 2006, deu depoimento ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) e ao Superior Tribunal Militar (STM) contando essa e outras histórias.

➤URGENTE!

Adriana Ancelmo volta para a cadeia





















O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinou nesta quarta-feira que a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo volte para o presídio. Por unanimidade, os desembargadores da 1ª Turma Especializada revogaram a prisão domiciliar, que havia sido estipulada há um mês pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Votaram a favor do retorno dela à cadeia os desembargadores Abel Gomes, Paulo Espírito Santo e Ivan Athié.

O benefício concedido a Adriana foi questionado pelo Ministério Público Federal (MPF). Em recurso apresentado ao TRF-2, os procuradores sustentaram que, em casa, a ex-primeira-dama pode continuar praticando os crimes pelos quais ela responde na Operação Calicute, como lavagem de dinheiro. No ano passado, antes de a prisão ser decretada, agentes da Polícia Federal encontraram joias sem nota fiscal e R$ 53 mil em espécie em uma busca e apreensão no apartamento dela, no Leblon, Zona Sul do Rio.

“Esse fato, por si só, evidencia que Adriana e sua organização estão, no momento, ocultando e movimentando valores de forma a impedir sua apreensão, o que demonstra, extreme de dúvidas, a necessidade da custódia cautelar para garantia da ordem pública”, escreveram os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato no Rio.

Agência Globo

➤ATENÇÃO!

CCJ do Senado aprova fim do foro
 privilegiado para crimes comuns

O texto determina o fim do foro por prerrogativa 
de função para todas as autoridades brasileiras, inclusive 
para o presidente da República


Em uma votação relâmpago, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (26) a proposta de emenda à Constituição (PEC 10/2013) que acaba com o foro privilegiado.

O texto, relatado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), determina o fim do foro por prerrogativa de função para todas as autoridades brasileiras, inclusive para o presidente da República, nas infrações penais comuns.

A matéria também permite a prisão de membros do Congresso Nacional condenados em segunda instância nas infrações comuns. Hoje, eles são julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e só podem ser presos após condenação definitiva da Corte.

Para o autor da proposta, senador Alvaro Dias (PV-PR), a PEC pode inaugurar uma nova justiça, que só vai valer se os privilégios forem eliminados e todos se tornarem iguais perante a lei. “Não existem mais justificativas para esse tipo de privilégio em pleno século 21″ disse.


” Essa é uma exigência da coletividade. E, em qualquer pesquisa que se faça hoje nas redes sociais, nós verificamos que 95% da população colocam como imposição da hora o fim do foto privilegiado”, afirmou o senador.

Ele lembrou ainda que o Supremo Tribunal Federal está “abarrotado” e não tem condições de julgar todas as ações que envolvem políticos protegidos pelo foro privilegiado.

Tramitação

Como propostas de emenda à Constituição não podem tramitar em regime de urgência, para a acelerar a votação os apoiadores do texto querem que ele tenha um calendário especial de votação.

A matéria ainda tem um longo caminho pela frente. Precisa passar por dois turnos de votação no plenário do Senado e depois seguirá para a Câmara dos Deputados.
Agência Brasil

➤Requião muda artigo

CCJ aprova lei de abuso de autoridade


Senador aceitou alterar artigo que  instituía possibilidade de punição 
a juízes, delegados e promotores por divergências na interpretação da lei

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por unanimidade, o substitutivo do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que tipifica crimes decorrentes de abuso de autoridade. A aprovação ocorreu após o senador voltar atrás em um dos pontos mais polêmicos do projeto, o que dizia respeito ao chamado “crime de hermenêutica”, a possibilidade de punição a juízes, procuradores e delegados por divergências na interpretação de leis.

No relatório que levou à CCJ, Requião propunha que a punição ocorresse quando a divergência não fosse “necessariamente razoável”, termo considerado vago pela Procuradoria-Geral da República (PGR), porque não delimitava quais eram os elementos necessários para justificar essa fundamentação.

Com a mudança, o projeto foi aprovado sem a oposição de nenhum dos senadores presentes. Tramitando em regime de urgência, segue agora para a análise do plenário do Senado.
Agência Brasil

➤Casamento da filha

Governador manda fazer réplica de igreja 


Marconi Perillo não anda com tempo para se preocupar com a delação da Odebrecht, em que é acusado de receber 8 milhões de reais de caixa 2.

A prioridade do governador é o casamento de sua filha, marcado para o final deste mês, em Pirenópolis, interior de Goiás. Perillo decidiu se descolar da realidade.

O plano inicial era celebrar o matrimônio na charmosa igreja da cidade. Em tempo de Lava Jato, porém, a família ficou receosa de que manifestantes ficassem sabendo da pajelança e estragassem a festa.

Mas como sonho é sonho, Perillo arranjou uma alternativa ao possível contratempo.

Ele contratou uma equipe especializada para construir uma réplica da igreja dentro da propriedade que a família tem em Pirenópolis.

Tudo isso para atender ao desejo dos noivos e não decepcionar os cerca de 350 convidados, sem expor ninguém a constrangimentos, claro.
Radar/VEJA

➤OPINIÃO

A relevância do fim do imposto sindical*

A extinção da contribuição compulsória, se confirmada pelo Senado, 
será a concretização de proposta de Lula para a modernização das entidades
   
Num bom exemplo de como agir enquanto fervilham delações na Lava-Jato envolvendo políticos, a Câmara aprovou ontem, em comissão, a reforma trabalhista. Assim, ela poderá passar logo pelo plenário e seguir ao Senado, para votação final, e ir à sanção do presidente Temer. Não há maiores riscos, porque o quorum exigido para este projeto é simples.

É enorme a importância desta reforma para desatravancar o mercado de trabalho, por meio da redução, em larga escala, do risco jurídico do empregador.

A simples instituição do conceito de que o acertado entre patrões e empregados tem precedência sobre o cipoal da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), salvo alguns direitos, é um forte sopro de renovação numa regulação que vem da ditadura Vargas do Estado Novo, na década de 40 do século passado.

Como, durante todo esse tempo, mantiveram-se inamovíveis normas feitas para um Brasil ainda pouco industrializado, a litigância jurídica em torno do trabalho se tornou norma no país. Há na Justiça do Trabalho oito milhões de ações, uma exorbitância.

Outro avanço, este mais institucional, é o fim da contribuição sindical compulsória, equivalente a um dia de salário do trabalhador.

Aquilo mesmo que Lula, ao surgir como jovem líder metalúrgico no ABC paulista, defendeu para oxigenar o movimento sindical. Sem a garantia de receber dinheiro público — pois ele é do contribuinte —, os sindicatos precisam de fato representar as respectivas categorias, exercendo uma liderança legítima.

Ao chegar ao poder, o presidente Lula — a “metamorfose ambulante” — praticou o oposto: nada fez para realizar o que pregava nas décadas de 70 e 80 e ainda reconheceu a existência das centrais sindicais, para que elas também passassem a receber este dinheiro fácil.

São aproximadamente R$ 3 bilhões por ano, gastos de forma obscura, sem exigência de prestação de contas ao Tribunal de Contas da União (TCU). Sindicatos aprovam seus gastos em assembleias de associados, nem sempre representativas da categoria.

Não surpreende que haja cerca de 1.100 sindicatos registrados no Ministério do Trabalho. Esta é uma boca rica daquelas que o Estado cartorial brasileiro proporciona a grupos que sabem se organizar nas imediações do Tesouro. Nos 13 anos de lulopetismo, houve pelo menos uma denúncia de que havia um balcão de venda de cartórios no ministério.

Se o mundo sindical já tem forte cultura corporativista, o fato de ser, no Brasil, uma espécie de mina de outro, ele exerce grande poder de atração sobre militantes e oportunistas, que agem, às vezes com violência, na defesa de interesses específicos de categorias, sem preocupações sobre se o país tem como sustentá-los. Tudo financiado por dinheiro público.

*Editorial do jornal O Globo, publicado na edição de 26/04/2017

➤26/04/2017


Estadão - Governo sofre pressão para adiar votação da reforma da Previdência
Deputados querem que tema vá ao plenário só a partir de 20 dias depois da votação da reforma trabalhista

Folha de São Paulo - Câmara dos deputados votará a reforma trabalhista nesta quarta
Projeto altera vários pontos da CLT; se a proposta for aprovada, seguirá para o Senado

O Globo - Planalto intensifica negociação para garantir apoio da base às reformas
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, diz que PMDB na Câmara deve fechar nesta quarta-feira a favor de reformas

Correio Braziliense - PF faz operação contra esquema internacional de lavagem no DF e 11 estados
Somente em uma das operações de compra e venda identificadas pela PF o negócio chegou a R$ 65 milhões. Há dois mandados de prisão temporária, 46 de condução coercitiva, além de buscas e apreensões

Estado de Minas - Centrais sindicais mobilizam trabalhadores para greve geral
Paralisação está marcada esta sexta-feira (28) e acreditam que vão conseguir parar o país

Tribuna da Bahia - STF entrega à PF 30 inquéritos da Lista de Fachin
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de 76 inquéritos com base nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht

Diário do Nordeste - Deputado vai ao STF para barrar tramitação de projeto sobre abuso de autoridade
Na avaliação do parlamentar, a proposta de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) visa criminalizar a atuação de juízes e promotores e policiais

Gazeta do Povo - Abuso de autoridade vai a votação com texto que tira proteção do MP e Judiciário
Comissão no Senado deve votar nesta quarta um projeto que abre brechas para que réus processem juízes e promotores

Diário Catarinense - Nova lista de caixa 2 da Odebrecht tem 24 citações à cidade de Blumenau
Todos os pagamentos estariam se referindo às campanhas de 2010, 2012 e 2014 em Blumenau, única cidade catarinense onde a empreiteira tinha atividade empresarial, através da subsidiária Odebrecht Ambiental

Revista VEJA - Greve: professores particulares de SP aderem e pais se revoltam
Segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), cerca de 100 colégios da capital - de 4,5 mil unidades - confirmaram posição

Revista EXAME - Coreia do Sul e EUA realizam exercícios com armas reais
Trabalhos incluíram manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem todo ano

Revista ÉPOCA - Suspeito de mega-assalto no Paraguai é fugitivo de penitenciária de segurança máxima no Brasil
Criminoso recapturado na segunda-feira (24) havia fugido em janeiro de prisão no Paraná. Ele integra a maior facção criminosa do Brasil

➤BOM DIA!

Expectativa x realidade


Os políticos abatidos pelo listão da Odebrecht 
adotaram o pragmatismo político e já estão revendo 
os cálculos eleitorais para o ano que vem
        
Vera Magalhães


Passada a temporada de negativas indignadas, os políticos abatidos pelo listão da Odebrecht adotaram o pragmatismo político e já estão revendo os cálculos eleitorais para o ano que vem. 

Virtuais presidenciáveis e governadores e senadores que disputariam a reeleição deverão se contentar a voltar para a “planície”. No caso, se darão por satisfeitos se obtiverem um mandato para deputado, que lhes garanta foro privilegiado e os livre de ter os processos remetidos para a vara do juiz Sérgio Moro em Curitiba.

Vários figurões da política já discutem esse cenário com seus aliados e estrategistas políticos. No PT, a ordem é unida: o partido sabe que dificilmente elegerá governadores em Estados importantes. Então, aqueles que tiverem algum capital eleitoral devem ajudar o partido a formar uma bancada capaz de lhe dar alguma força parlamentar. Senadores como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR), se puderem ser candidatos, devem reforçar as chapas para a Câmara.

Entre tucanos e peemedebistas o movimento é similar. A diferença é que cada um pensa segundo seus interesses judiciais. Não é descartada a possibilidade de caciques como Romero Jucá (PMDB-RR) e Aécio Neves (PSDB-MG) voltarem ao Salão Verde.

A onda de renovação na política, que soprou em 2016 e se mantém para 2018, deve atingir também as eleições para governo e Senado. Já há prefeitos tucanos da Grande São Paulo, por exemplo, querendo pegar “carona” no foguete de João Doria e, caso ele saia ao Planalto, clonar seu discurso na sucessão de Geraldo Alckmin – outro que pode ser forçado a rever seus planos.

Desgastado, PSDB perde ‘estrelas' para o Novo



A tentativa do PSDB de “repatriar” o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei Bernardinho naufragou depois da lista do Fachin repleta de tucanos. Ele decidiu ficar mesmo no Novo, que também deve ser o destino do apresentador Luciano Huck.




SOS



PT busca apoio de empresários e banqueiros para calar Palocci.
Foram orquestradas as declarações de lideranças petistas nas redes sociais de que, se fechar delação premiada, Antonio Palocci pode implodir o empresariado e os bancos. O PT busca ajuda para pressionar o ex-ministro a permanecer em silêncio.




Lava Jato

Políticos acusam Odebrecht de ‘lavar’ negócios ilegais em delação.
Uma linha de defesa em comum será adotada pelos acusados de receber recursos por delatores da Odebrecht: eles dirão que os executivos foram orientados pelos advogados a envolver um grande número de políticos como forma de “lavar” recursos desviados em outros negócios ilegais mais cabeludos, como evasão de divisas para o exterior e um esquema mais pesado de corrupção em países nos quais a empreiteira tinha negócios.

Carne Fraca



Apontado como chefe do esquema fecha colaboração
Realmente a carne é fraca: em tempo recorde, o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho, apontado como comandante do esquema de corrupção na fiscalização de frigoríficos investigado pela operação da Polícia Federal, fechou acordo de delação premiada. Gonçalves se ofereceu para prestar informações sobre o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator do projeto de lei de abuso de autoridade.


*Publicado no Portal Estadão em 26/04/2017

➤Lei de abuso de autoridade

Relator cede e votação deverá ser hoje
Depois de ter ameaçado apresentador da Rádio Gaúcha, 
o Senador Roberto Requião, destemperado, usa expressões inadequadas 
para ofender quem é contra seu parecer



Bastante irritado com os críticos, o relator no Senado do projeto que torna mais rigorosas as penas por abuso de autoridade, Roberto Requião (PMDB-PR), aceitou flexibilizar o artigo que tratava da possibilidade do acusado processar pessoalmente magistrados e investigadores. Ainda assim, Requião assegurou que não vai ceder em outro ponto polêmico da proposta, que cria o chamado crime de interpretação. O texto de Requião deve ser votado nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

O presidente da CCJ, senador Edison Lobão (PMDB-MA) acredita que o parecer de Requião será aprovado, sem novos adiamentos. Como está em regime de urgência, a votação no plenário do Senado poderia ocorrer ainda hoje.

— Acho que aprova hoje. Já demorou demais, já se discutiu muito — disse Lobão.

O ponto que Requião aceitou mudar é considerado importante por investigadores. Apesar de no artigo o acusado continuar podendo representar contra o magistrado ou promotor, o relator alterou seu parecer e adotou o mesmo texto do Código de Processo Penal (CPP), que só autoriza esse tipo de ação privada caso o Ministério Público não se posicione após uma solicitação de quem se considera vítima.

— Pelo novo texto, que é idêntico ao CPP, quando o Ministério Público não tomar providência, a parte que se considerar injustiçada tem seis meses para entrar com uma ação privada. Isso vai acabar com a possibilidade de uma enxurrada de ações — disse Requião.

Requião atacou duramente os senadores do PSDB. O partido se reuniu ontem e definiu que só apoiará o texto se o relator acatar uma emenda do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que retira totalmente a possibilidade de punição por crime de hermenêutica (ou de interpretação), o ponto que procuradores e juízes dizem ser um tiro mortal na Operação Lava-Jato. A decisão foi tomada em reunião da bancada.

— Eu acredito que vota amanhã. Só vemos um problema na questão da hermenêutica, que vamos defender que seja retirada — disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Requião afirma que não vai aderir à tese dos tucanos.

Não vou aprovar emenda nenhuma do PSDB. Vão a p.q.p.! Que votem contra, e no dia seguinte o Moro prende todos eles se o projeto não for aprovado. Não é possível que o juiz faça a interpretação fora da lei. Eu fiz a minha parte. Estou de saco cheio! Queria que esse povo do PSDB todo estivesse em prisão provisória, aí queria ver se estariam criticando o relatório — disparou Requião.

A posição do PSDB também irritou senadores petistas. O ex-líder Humberto Costa (PE) acusa os tucanos de não “botarem a cara” na CCJ para defender e votar o projeto de abuso de autoridade, apesar de, segundo ele, estarem torcendo para ser aprovado.

— Essa galera toda está torcendo para o projeto ser aprovado, mas ninguém vai lá comissão botar a cara. Um bando de fariseus. Vamos ver amanhã — atacou Humberto Costa.

"Moro tem que trocar a erva"

Apesar do tom elevado com os colegas tucanos, as reações mais duras se voltaram contra o juiz Sergio Moro, que criticou o relatório em artigo publicado ontem no GLOBO. No artigo, o juiz da Lava-Jato diz que o relatório de Requião afeta a independência das cortes de Justiça. Moro também destacou que ninguém é favorável ao abuso de autoridade, mas que é necessário que a lei contenha salvaguardas expressas para prevenir a punição do juiz — e igualmente de outros agentes envolvidos na aplicação da lei, policiais e promotores — pelo simples fato de agir contrariamente aos interesses dos poderosos. Requião disse que a vaidade de Moro estaria se sobrepondo à racionalidade.


— Moro tem que trocar a erva. Está fumando charuto com erva estragada e está fora do juízo. É uma piada. Achei absolutamente irracionais os argumentos usados por ele. Para ele, o juiz não precisa mais ter relação com o texto da lei. No artigo Moro não disse a verdade. Assumiu uma posição corporativista. O juiz não pode ter essa liberdade toda que ele quer. Esses caras fazem concurso e acham que são Deus. O Moro tem certeza que é Deus — reagiu o relator.

Sergio Moro não comentou as declarações do relator.
Agência Globo