sábado, 22 de abril de 2017

➤BOA NOITE!

Márcia (Márcia Elizabeth Raimundo Barbosa) é uma cantora brasileira que nasceu em São Paulo no dia 25 de novembro de 1943. Ela é casada com o locutor esportivo Silvio Luiz.
Em 1958, foi contratada pela TV Tupi, por indicação de Kalil Filho e do maestro Érlon Chaves, que a conheceu cantando em sua orquestra. Em 1960, veio trabalhar na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre e na TV Piratini, época em que sua voz começou a ser reconhecida e agraciada com vários prêmios.
De volta a São Paulo, depois de um período apresentando-se em boates, teatros e emissoras de TV, participou da era dos festivais. Em 1965, recebeu o Berimbau de Ouro (melhor cantora) pela interpretação de "Miss Biquíni" (de Silvio Mazzuca) no 1º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Excelsior. Dois anos depois, defenderia aquela canção que se tornaria uma de suas "marcas registradas" — "Eu e a Brisa", de Johnny Alf, no 3º Festival da Música Popular Brasileira  daTV Record.
Para este domingo, selecionei um vídeo de em que Márcia canta aquela música que, juntamente com Ronda, marcou sua carreira. Composta por Johnny Alf em 1967, a maravilhosa Eu e a brisa!




➤Violência na Venezuela

Chavismo fecha vias para conter oposição


O governo venezuelano fechou na manhã de ontem pontos de acesso a Caracas e 11 estações de metrô para impedir o fluxo de manifestantes da oposição que prometiam tomar as ruas da capital em uma manifestação para lembrar os 11 mortos na repressão aos protestos das últimas três semanas no país - outras dez pessoas morreram em virtude de saques a lojas e mercados. 

A autopista Caracas-La Guaira, principal via de acesso ao oeste da capital, foi bloqueada pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB). A estatal que administra o metrô de Caracas informou que as 11 estações foram fechadas por questões de segurança.

Mesmo com os cercos, milhares de pessoas saíram de mais de 20 pontos de encontro na capital venezuelana para caminhar até a sede da conferência episcopal, onde devem participar de um ato religioso em homenagem aos mortos nos protestos.

Atos similares estavam previstos para ocorrer em outros Estados do país. Ainda ontem, o governo do Estado de Miranda, Henrique Capriles, acusou o governo do presidente Nicolás Maduro de queimar a sede de uma autarquia estadual administrada pela oposição. 

Em Brasília, em entrevista à agência Efe, o presidente Michel Temer disse que a permanência da Venezuela no Mercosul está atrelada à realização de eleições livres. 

EFE e AFP

➤Estatística

Obrigado, amigos!

Acabo de receber o relatório sobre o número de leitores que acessaram o machadofilho.com no dia de hoje (22), até às 13 horas. A quantidade de pessoas que estão lendo meu blogue me deixa orgulhoso e, ao mesmo tempo, preocupado com o trabalho que desenvolvo aqui. É preciso, cada vez mais, estar atento para não decepcionar quem acompanha minhas postagens.
Obrigado amigos!


      Brasil – 1377
      França – 469
      Estados Unidos – 285
      Alemanha – 169
      Portugal – 34
      Suiça – 18
      Espanha – 13
      Irlanda – 5
      Índia – 5
      Rússia - 5

➤Suborno da Odebrecht

Ex-ministro do Equador é detido


O ex-ministro da Energia do Equador Alecksey Mosquera foi detido em uma investigação sobre supostos subornos de US$ 33,5 milhões pagos pela Odebrecht a funcionários do governo do país. A informação foi divulgada pelo procurador-geral do Equador, Galo Chiriboga, em sua conta oficial no Twitter nesta sexta-feira, de acordo com a agência de notícias "AFP".

"Detidos Alexei M. ex-ministro da Energia, e Marcelo Marcelo E., sócio de empresas, que teriam recebido dinheiro de corrupção", escreveu o procurador-geral.

A Procuradoria-Geral destacou que a audiência para apresentar as acusações deve acontecer neste sábado, sem revelar detalhes sobre os supostos crimes. Essa é a primeira prisão do inquérito que tenta esclarecer o escândalo de corrupção da Odebrecht no país.➼

Alecksey Mosquera foi ministro da Energia entre 2007 e 2009 no governo do presidente socialista Rafael Correa. De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou entre 2007 e 2016 cerca de US$ 33,5 milhões a funcionários do Equador, e encontrou problemas com a aprovação de projetos em 2007 e 2008. O presidente Rafael Correa expulsou a gigante brasileira em 2008 por irregularidades na construção de uma usina hidrelétrica. Após um acordo, a Odebrecht retornou em 2010 para o Equador.

Odebrecht e sua filial Braskem concordaram em pagar multas de 3,5 bilhões de dólares para os Estados Unidos, Suíça e Brasil por seu sistema de propinas.

Em março, a justiça equatoriana bloqueou pagamentos de US$ 40 milhões devidos à Odebrecht para garantir uma indenização pela construtora ao país, ao mesmo tempo que proibiu temporariamente que as instituições estatais assinem contratos com a empresa brasileira.

O Brasil entregará ao Equador dados sobre os supostos subornos a partir de junho, após o fim do prazo do sigilo judicial com a Odebrecht, de acordo com o procurador-geral.
Agência Globo

➤Eleições na França


Disputa acirrada entre quatro candidatos


Um dia antes da abertura das urnas na França, alguns dos territórios ultramarinos do país — como Guiana e Polinésia Francesa — dão a largada no primeiro turno das eleições presidenciais. Até o final da semana, levantamentos mostravam liderança apertada do centrista Emmanuel Macron. A candidata de extrema direita, Marine Le Pen, aparecia como segunda mais votada.

Depois do atentado terrorista da última quinta-feira, no entanto, o cenário ficou ainda mais imprevisível. Há chances reais também para os candidatos Jean-Luc Mélenchon, de extrema esquerda, e o conservador François Fillon. No total, onze políticos disputam as duas vagas do segundo turno, marcado para 7 de maio.

Foto: Reuters/Reprodução

Campanhas políticas estão banidas a partir deste sábado, 22, inclusive na internet. Os principais candidatos já cancelaram ações de campanha desde o dia do ataque. O país segue em estado de emergência e em alerta para possíveis novas ameaças.

Jornais internacionais sugerem que o temor pelo terrorismo pode levar à ascensão da candidata nacionalista, como indicam a eleição de Trump nos Estados Unidos e a decisão da população britânica por deixar a União Europeia.

Agência Estado/Notícias internacionais

➤BOM DIA!

Cerco de depoimentos confirma Lula como o chefe

O tamanho do petrolão mostrou que era impossível 
o então presidente não saber do esquema

No escândalo do mensalão, denunciado em 2005, faltou uma peça, o chefe do esquema. No encaminhamento das denúncias pelo MP contra aquela “organização criminosa”, o ex-ministro José Dirceu parecia caminhar para este patíbulo, em silêncio como disciplinado militante, mas, em julgamento de recurso, a responsabilidade de ser o capo do esquema lhe foi tirada, e o espaço ficou vago. Mas apenas nos autos processuais, porque nunca fez sentido tudo aquilo acontecer sem a aprovação e o acompanhamento de alguém centralizador e vertical como Luiz Inácio Lula da Silva.

O surgimento do petrolão — construído paralelamente ao mensalão, com muitos zeros a mais — foi a estridente evidência de que Lula não podia desconhecer aquilo tudo. A leitura benevolente do mensalão era que desfalques no Banco do Brasil, dados pelo militante Henrique Pizzolato, mancomunado com Marcos Valério, se justificavam pela “causa”. O partido tinha um projeto de poder longevo, para “acabar com a pobreza e a miséria”. Não serve de atenuante na Justiça criminal, mas aliviava a culpa moral de petistas, com injeções de ideologia.

O enredo, porém, não fechava. Dirceu voava em jatinhos particulares, morava em condomínio de alto padrão. E este lado “burguês” do lulopetismo — já detectado por Golbery do Couto e Silva, na década de 70, segundo Emílio Odebrecht — precisava ser custeado.

Ficou, então, tudo misturado: dinheiro surrupiado de estatais aparelhadas por companheiros, e drenado por meio de conhecidas empreiteiras e seus contratos superfaturados, parte para campanhas petistas e de aliados, parte desviada para bolsos privados de comissários. A “causa” continuava presente — era preciso manter uma grande bancada no Congresso, como já conseguira a Arena/PDS na década de 70, para sustentar a ditadura com fachada de democracia representativa. Mas, desta vez, havia Lula de ego nas alturas, chamado de “o cara” por Obama, com o desejo de ter sítio em Atibaia, tríplex no Guarujá, um instituto para ajudar países subdesenvolvidos a superar a pobreza, também uma adega bem abastecida etc.

O efeito da videoteca das delações da Odebrecht e da decisão de Léo Pinheiro, da OAS, construtora do prédio do tríplex, de fazer delação premiada na Lava-Jato, foi desmontar o jogo de espelhos que Lula, advogados e militância manipulada ainda tentam jogar, e continuarão insistindo. Só fé de religioso sectário para continuar a acreditar. Virou, há tempos, questão de dogma.

Lula tem quase nada em seu nome. Usufrui do patrimônio de amigos e compadres, o advogado Roberto Teixeira o principal deles. A quem Lula indicou para a Odebrecht, a fim de idealizar uma fraude contratual com a finalidade de esconder que a empreiteira gastara bem mais que R$ 500 mil, o orçamento inicial, na reforma do sítio de Atibaia, a pedido da ainda primeira-dama Marisa Letícia, segundo delação da empreiteira.

O GLOBO revelou o tríplex do Guarujá em 2010. Veio uma contínua avalanche de desmentidos, alguns arrogantes e agressivos. Mesmo com o vídeo em que Léo Pinheiro mostrava o imóvel ao ainda presidente da República. O casal Luiz Inácio e Marisa pediu obras, devidamente executadas. Depois, foi dito que a OAS era a real proprietária do imóvel.

Na verdade, era mesmo de Lula e família, acaba de confirmar Léo Pinheiro, perante o juiz Sérgio Moro. E também coube à OAS parte da reforma do sítio em Atibaia, executada, em maior proporção, pela Odebrecht. As cozinhas modeladas do sítio e do tríplex do Guarujá foram compradas no mesmo lugar.

Tanto a empreiteira multinacional Odebrecht quanto a OAS, ambas fundadas na Bahia, utilizaram o mesmo sistema contábil: o custo de reformas em imóveis para Lula e outras despesas pessoais dele foram debitadas de propinas arrecadadas em estatais, por meio de contratos superfaturados. Ou seja, dinheiro público também elevando o padrão de vida de Lula, família e outros lulopetistas, por certo.

Os depoimentos que foram divulgados nos últimos dias da Odebrecht e agora de Léo Pinheiro não surpreendem pelos fatos em si, muitos deles já ventilados, mas pela dimensão do esquema, pela riqueza de detalhes sórdidos na forma como os governos Lula e Dilma foram corrompidos e também corromperam. Não há inocentes na história. Seja em nome da “causa” ou da boa vida.

O desnudamento de Lula em carne e osso, em praça pública, com os pecados da baixa política brasileira, parece apenas começar. Afinal, não se pode admitir que tudo o que foi falado até agora por Marcelo, Emílio Odebrecht e seus executivos, sobre o toma lá dá de cá com o presidente e ex-presidente, não tenha sustentação em provas documentais. O mesmo vale para Léo Pinheiro. Empreiteiros não só sabem fazer contas, como são precavidos. Mas os simples testemunhos já são arrasadores.

Outra grave ameaça a Lula é o depoimento de Léo Pinheiro de que o ainda presidente mandou-o eliminar provas de remessas de dinheiro ilegal para João Vaccari, tesoureiro do PT, há algum tempo na carceragem de Curitiba. Será a segunda denúncia de tentativa de obstrução da Justiça, depois da sua participação, segundo Delcídio Amaral, na manobra para calar Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, um dos dutos do desvio de dinheiro da estatal para o lulopetismo e aliados.

Completando o cerco a Lula, há o ex-ministro Antonio Palocci, também preso em Curitiba, e que estaria negociando um acordo de delação premiada. Seria uma espécie de mãe de todas as delações. Ou uma dessas mães. Foi ministro da Fazenda de Lula, homem de confiança do ex-presidente, escalado por ele para tentar gerenciar a imprevisível Dilma Rousseff. Mas as “consultorias” de Palloci o derrubaram.

Importante é que Palocci surge nas delações da Odebrecht como homem-chave no relacionamento financeiro entre a empreiteira e o ex-presidente. Gratos, os Odebrecht abriram um crédito de R$ 40 milhões para Lula, a serem movimentados por meio de Palocci. Assim, seu cacife aumentou bastante como arquivo de preciosas informações. Mas nada garante que as fornecerá, mesmo que esteja sendo insinuado pelo lulopetismo, como forma de salvar o chefe, que o ex-ministro embolsou dinheiro pedido em nome de Lula.

Emerge desta história a constatação de que os projetos de poder e pessoais do PT e de outros partidos esbarraram em instituições que continuam a funcionar por sobre a maior crise econômica do Brasil República, com sérios desdobramentos políticos. Incluindo um impeachment, justificado pelo atropelamento voluntarioso da Lei de Responsabilidade Fiscal, de mesma inspiração ideológica do aparelhamento de estatais e assaltos realizados em associação com empresários privados. A ordem jurídica se fortalece.

Publicado no Portal O Globo em 22/04/2017