sexta-feira, 24 de março de 2017

➤BOA NOITE!


Ao Mestre com Carinho (To Sir, with Love) é um filme britânico de 1967, estrelado por Sidney Poitier, que retrata questões sociais e raciais em uma escola localizada na comunidade pobre de Londres. James Clavell dirigiu e escreveu o roteiro.

Um engenheiro aceita lecionar numa escola barra-pesada em Londres, onde se depara com um grupo de adolescentes rebeldes determinados a expulsá-lo do cargo. Tratados com respeito, os alunos abandonam o comportamento hostil, se afeiçoando ao mestre.

A canção tema do filme, "To Sir, with Love", cantada por Lulu, transformou-se em um sucesso, liderando as paradas musicais nos Estados Unidos naquele ano, e foi citada pela revista Billboard como a “número um” em 1967. O filme ocupou o número 27 na lista dos 50 melhores filmes de High Schoool na Entertainment Weekly'.

Para esta sexta-feira selecionei um vídeo que mostra cenas do filme e Lulu cantando a música To Sir With Love, que ganhou o Grammy em 1968.



➤RAPIDINHAS


UE diz que rejeitará carne brasileira que está a caminho da Europa e fará auditoria no Brasil até maio
A carne brasileira dos estabelecimentos citados na Operação Carne Fraca que está a caminho dos países da União Europeia será rejeitada e terá de retornar ao Brasil, informou a Comissão Europeia. A União Europeia anunciou nesta semana a suspensão das importações de carne do Brasil, após a Polícia Federal deflagrar a Operação Carne fraca, que investiga irregularidades em 21 frigoríficos brasileiros. A Comissão Europeia informou também que enviará representantes para participar de reuniões e visitar unidades produtivas e avaliar se medidas restritivas serão necessárias. A organização ainda informou que fará auditorias no Brasil “assim que possível e não depois do meio de maio”.
O comissário europeu para saúde e segurança alimentar, Vytenis Andriukaitis, estará no Brasil entre segunda (27) e quarta-feira (29). Ele terá reuniões com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, com ministro da Saúde, Ricardo Barros, e com o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.
"Dependendo dos resultados da verificação de controles, da evolução da crise (sanitária) e das respostas das autoridades brasileiras a demandas por medidas corretivas, a Comissão e os estados membros vão concluir se futuras medidas são necessárias”, disse a Comissão Europeia. "A proteção ao consumidor europeu será o fator determinante", disse o comunicado.

Republicanos retiram projeto de reforma de saúde, na primeira grande derrota de Trump no Congresso
Os republicanos retiraram de apreciação nesta sexta-feira (24) sua proposta para reforma da saúde, que tentariam aprovar no Congresso em substituição ao programa do ex-presidente Barack Obama, o "Obamacare". Um repórter do diário "Washington Post" relatou que recebeu uma ligação do próprio Donald Trump dizendo que "retiraram" o projeto. Trata-se da primeira grande batalha e primeira grande derrota do novo governo americano no Legislativo.
O diário "The New York Times" relata que nos bastidores se formava uma rebelião entre conservadores e moderados dentro do próprio Partido Republicano. Da maneira como andava a negociação em torno do projeto, antevia-se uma derrota da proposta no Congresso: o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, chegou a ir nesta sexta à Casa Branca para informar Trump de que não haveria votos suficientes para a aprovação.
Ryan foi à mansão presidencial faltando poucas horas para a votação na Câmara, para informar ao líder sobre a situação e tomar uma decisão conjunta sobre realizar a votação ou descartar as negociações acerca da proposta que agora está na mesa.

Propina era paga em parcelas de R$ 500 mil para caber em mochila, diz ex-Odebrecht
O ex-diretor da Odebrecht Hilberto Mascarenhas relatou ao Tribunal Superior Eleitoral que uma das regras para o pagamento de propina a políticos e intermediários era que o pagamento máximo feito em dinheiro não poderia ultrapassar R$ 500 mil. Ele explicou que a regra se devia ao fato de que a quantia era o máximo que cabia em uma mochila.
Mascarenhas era o responsável pelo Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, setor que ficou conhecido como departamento de propina.
Ao narrar como se dava o repasse de propina, o ex-executivo afirmou que, ao tomar conhecimento dos pagamentos a serem feitos, ele e sua equipe tinham que "criar uma alternativa" para disfarçar o montante.
"Se eu tenho um pagamento de R$ 2 milhões, isso é uma mala. Ninguém pode estar transitando na rua com uma mala com R$ 2 milhões. Então, existiam também regras como, por exemplo, o valor máximo a ser pago era de R$ 500 mil, que cabia dentro de uma mochila", afirmou o ex-dirigente da Odebrecht.
Durante o depoimento, Mascarenhas também relatou que os pagamentos em dinheiro eram feitos em "todos os lugares", desde hotéis a "cabaré".

Sete marcas de azeite são reprovadas em novo teste de qualidade
Em novo teste de qualidade realizado pela Proteste, sete marcas de azeite extravirgem foram reprovadas por fraude contra o consumidor, por conterem misturas de óleos vegetais e animais. Uma delas foi reprovada pela classificação divergir do rótulo. Dos 24 produtos avaliados, sete foram eliminados e um não é indicado para compra.
Em sete marcas analisadas – Tradição, Figueira da Foz, Pramesa (reincidentes) Torre de Quintela, Lisboa (duas não podem ser citadas por terem liminares da Justiça impedindo a divulgação de seus nomes), a análise em laboratório comprovou adulteração do produto, com adição de outros óleos vegetais, o que não é permitido por lei. Isso significa que esses azeites não tinham apenas a gordura proveniente da azeitona – o que os classifica como extravirgens – e põe em risco uma das propriedades primordiais do azeite: favorecer a saúde.
A avaliação, feita em laboratório creditado pelo Mapa (Ministério da Agricultura) e pelo COI (Conselho Oleícola Internacional), constatou que as marcas eliminadas por fraude são lampantes. Azeites com essa classificação em geral são indicados ao uso industrial e não devem ser destinados à alimentação humana. Apesar de possuírem origem portuguesa, os produtos são envasados no Brasil.

Empregadores celebram terceirização e sindicatos preparam greve
A aprovação da lei da terceirização uniu as seis principais centrais sindicais do País que, juntas, preparam manifestações e uma greve geral contra a medida.
Em oposição, entidades patronais receberam com entusiasmo o resultado da votação, defendendo que a medida trará segurança jurídica para empresas e para os trabalhadores, além de incentivar a criação de postos de trabalho.
De acordo com os representantes dos trabalhadores, a data da paralisação será decidida na segunda-feira, dia 27, e deve ocorrer no fim de abril. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo já realiza protestos a partir desta sexta-feira, 24.
Em nota assinada na Quinta-feira (23) pelos presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, após reunião em São Paulo, as centrais afirmam que “a terceirização aprovada condena o trabalhador à escravidão”.

➤Falta de educação

EPTC vai cobrar do Cpers, pintura de ciclovia 


Foto: clicRBS/Reprodução
O clicRBS publicou matéria na tarde de hoje, relatando que o Cpers, o sindicato dos professores que estão em greve faz 15 dias, será cobrado pela pintura de uma faixa da ciclovia localizada na Avenida Diário de Notícias, que foi pichada durante ato organizado pela entidade.

Durante manifestação de alguns representantes do sindicato e dos professores, uma pessoa, não sei se professora ou não, foi flagrada pintando palavras contra o governador Sartori e contra o presidente Temer. Fora Sartori e Fora Temer, agora não é mais coisa de golpista. Só era golpe quando era contra Dilma, Lula ou o PT. Pichar ou gritar Fora Dilma e leve o PT junto, era coisa de golpista.

Voltando ao assunto, diz a matéria do clicRBS, os professores alegaram vários motivos (parcelamento de salários, pacote de cortes, investimento em educação) justificariam a manifestação e a greve que, pelo que já se viu, prejudica somente aos alunos da rede estadual. Os professores sabem que não levarão nada, ficarão não sei quanto tempo parados e, ao final, exigirão que os dias parados não sejam descontados do salário. Isto é, estão em férias pagas por nós.

O segundo vice-presidente do Cpers, Luiz Veronezi, disse que o sindicato organizou o ato mas não pode ser responsabilizado pelo comportamento individual das pessoas. Depois de tirar o corpo fora, como se diz lá em São Gabriel, criticou a EPTC.

Está no clicRBS:  "Eu estava em cima do caminhão e não vi esse tipo de coisa. Agora é hipocrisia o que estão fazendo. Eu tenho fotografado inúmeros buracos nas vias, inclusive um que estragou o pneu do meu carro, e a EPTC se preocupa com a tinta na ciclovia".

As palavras são de alguém que deve ser professor, que tem obrigação de dar bom exemplos aos alunos, que é pago pelos contribuintes para dar ensinamentos sadios para as crianças, mas que não perde tempo em usar um veículo, do qual provavelmente os professores sempre falam mal, para despejar um péssimo exemplo a seus alunos. 

Afirmar que a EPTC está preocupada com a tinta das ciclovias enquanto a cidade está (diz ele) cheia de buracos, é demonstração de uma total irresponsabilidade. Claro que tapar buracos é obrigação da prefeitura, mas zelar pelo patrimônio público, conservar a tinta das ciclovias, por exemplo, é obrigação de todos nós que pagamos impostos e a tinta que alguém, por absoluta falta de educação, sujou com palavras contra o governo. Imaginem esta senhora dando aulas e exemplos aos nosso filhos!
Com clicRBS 

➤Massaria

Marcelo Cabral Machado


Sabe aquela música da Rita Lee que diz “um belo dia eu resolvi mudar e fazer tudo o que eu queria fazer”? Então... por vinte anos eu atuei no mercado de comunicação. Trabalhei em jornais e revistas, agências de publicidade, emissoras de TV e produtoras. Fui atendimento comercial, redator, roteirista, planejamento, criativo, diretor de cena. Tenho muito orgulho do que eu fiz. E muito respeito pelo que (ainda) não fiz, pois de alguma forma as coisas que eu não fiz foram sempre as que me instigaram a fazer mais. Aí os cinquenta anos começaram a ficar mais perto e não fazia mais sentido seguir por mais vinte anos no mesmo caminho. Uma inquietação me possuiu tipo um alien e ficava remoendo meu estômago e minha mente. Aquele momento havia chegado. Era a hora de eu mudar. Era a hora de recomeçar, de reescrever a minha história, de criar uma nova narrativa para vida e um outro formato de realização para fazer tudo ter sentido e valer a pena mais uma vez. Foram horas, dias, meses de dúvida. Até que a resposta veio tão naturalmente quanto respirar. O caminho para essa mudança era cozinhar! Sim, eu sempre amei cozinhar. Me faz bem, me sinto feliz, leve, realizado, envolvido. Foco, pé no chão, estudo, prática, aprendizado, alguns amigos e parceiros importantes, família, olhar para o futuro, confiança, paixão e fé (ah, teve também uma pitadinha de insanidade, rs). Esses foram os ingredientes para essa minha nova receita de estado de espírito que traz um novo sabor para os meus próximos anos de vida. E o primeiro passo dessa nova jornada se chama Massaria! E vai ser uma delícia receber todo mundo por aqui! Curtam a página https://www.facebook.com/massariaartesanal/




➤24/03/2017


Estadão - Padilha passou endereço para entrega de dinheiro, diz ex-executivo da Odebrecht
José de Carvalho Filho afirma ao TSE que ministro da Casa Civil indicou locais, incluindo escritório de José Yunes, para pagamento de R$ 4 milhões ao PMDB

Folha de São Paulo - Dilma sabia de caixa dois na campanha, diz Marcelo Odebrecht
Executivo prestou depoimento ao TSE; petista nega envolvimento com o empresário

O Globo - Delator diz como comprou tempo de TV para campanha de Dilma em 2014
Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht, revelou que deu a três partidos um total de RS$ 21 milhões no caixa dois

Correio Braziliense - Crescem as notificações de febre amarela no DF: 25 casos em 3 meses
Em todo o ano de 2016, foram 24 registros; morte de 37 macacos também preocupa as autoridades, que têm reforçado a imunização dos moradores

Estado de Minas - Delator diz que avisou Marcelo Odebrecht sobre volume 'insano' de propina
"Vai dar problema um dia ou outro",teria dito o executivo Hilberto Mascarenhas, ex-chefe do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, ao patrão

Dário do Nordeste - Março já registrou maior volume de chuvas para o mês desde 2009
Neste ano já foi registrado um aporte total de 637,65 milhões m³ nos reservatórios do Ceará; Acaraú Mirim, Caldeirões, Valério e Maranguapinho estão sangrando

Diário Catarinense - Barricadas montadas pelo tráfico prejudicam comunidade em Florianópolis
Moradores reclamam que acesso às ruas foi bloqueado pelo crime organizado, o que prejudica serviços como a coleta de lixo

Pioneiro - Médicos de Caxias do Sul querem aumento de 285% por hora
Reivindicação é baseada no piso de R$ 13.847 para 20 horas semanais 

Revista VEJA - Carne Fraca: JBS suspende produção de carne bovina em 33 unidades
Na próxima semana, as unidades voltam a funcionar, mas com uma redução de 35% no nível de produção

Revista EXAME - Odebrecht revela repasses para “conta” de Lula
Uma planilha revelou que, em outubro de 2013, o saldo na conta do "Amigo" era de R$ 15 milhões; em março de 2014, era de R$ 10 milhões

Revista ÉPOCA - BRF doou R$ 200 mil para o novo presidente da Comissão de Agricultura da Câmara 
Sergio Souza (PMDB/PR) foi acusado pela ex-ministra Kátia Abreu de pressioná-la a manter fiscal investigado

➤BOM DIA!

Compostura, senhores!*

A guerra insana entre Gilmar e Janot reproduz 
o debate sobre limites da Lava Jato

Eliane Cantanhêde


Como no poema Congresso Internacional do Medo, do insuperável Carlos Drummond de Andrade, os políticos já não cantam o amor, só cantam o medo, “o medo dos sertões, dos mares, dos desertos/ o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas”. E no fim? “Depois morreremos de medo/ e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas”?

Esse medo generalizado se espalha pelos partidos governistas e oposicionistas e vem não só diretamente das acusações da Lava Jato, mas também da exposição de seus nomes à opinião pública – aos sertões, mares, desertos, soldados, mães e igrejas. Aonde eles vão, há sempre um olhar de reprovação, um dedo em riste, um grito estridente. “Daqui a pouco, não posso mais andar na rua”, diz um deles, resumindo o estado de espírito em Brasília.

A reclamação comum é principalmente diante das duas listas vazadas das delações da Odebrecht, em que se embolam ex-presidentes e ex e atuais ministros, governadores e parlamentares com os dois dos grandes símbolos da Lava Jato, Eduardo Cunha e Sérgio Cabral. Mas o pavor não é só diante dessas listas, mas também das revelações da Odebrecht ao TSE sobre a chapa Dilma-Temer, como as que explodiram ontem em Brasília.

Antes, reclamam, havia réus, condenados, acusados, indiciados. Agora, entrou em cena o “mencionado”, que tanto pode ser quem recebeu doações de campanha como um contumaz corrupto, chefe de quadrilha. Segundo alguns dos alvos, a menção é como um fantasma: todo mundo sabe, mas o mencionado não leu, não viu e não ouviu, logo, não tem como se defender. 

É por esse medo terrível (de fantasmas e de acusações concretas), que PMDB, PSDB, DEM e também PT, PCdoB... defendem a “coragem” do ministro Gilmar Mendes (STF e TSE), que está numa cruzada para condenar vazamentos e práticas dos investigadores da Lava Jato, alternando a toga e uma armadura contra as críticas. O mundo bem informado, porém, está dividido entre os que defendem incondicionalmente os agentes da Lava Jato e os que aplaudem a reação de Gilmar ao que seriam “abusos”.

Em qualquer hipótese, há um excesso quando um ministro do Supremo acusa a Procuradoria-Geral da República de fazer entrevistas coletivas em “off” para vazar investigações sigilosas, diz que isso é crime e que a PGR “não está acima da lei”. E mais: ameaça “descartar” as delações com base no Código Penal. E o excesso continua, quando o procurador-geral Rodrigo Janot acusa indiretamente Gilmar de “disenteria verbal” e de “cortejar desavergonhadamente o poder”.

Como numa final de pingue-pongue, a plateia olha para um lado, para o outro, para um lado, para o outro, e começa a não entender mais nada, ou a desistir de acreditar em alguma coisa ou, simplesmente, a levar ao máximo a radicalização (pró e anti Lava Jato). Quem será o juiz dessa partida insana entre Gilmar e Janot, homens públicos respeitáveis e bem intencionados? A guerra entre eles reproduz o “ame-o ou deixe-o” que cerca o juiz Sérgio Moro e o debate sobre a calibragem entre o combate à corrupção e a garantia de direitos. E se espalha como pólvora pelos meios políticos, empresariais, jurídicos e midiáticos, decantando para os lares brasileiros.

A grande pergunta é como serão as “flores” que nascerão sobre o túmulo daquele Brasil, tomara que moribundo, em que os poderosos roubavam à vontade o dinheiro público, até chegar ao cúmulo de destruírem a Petrobrás. Serão “flores amarelas do medo”? Ou flores frescas de todas as cores e odores, trazendo a esperança de um Brasil melhor? A Lava Jato não pode errar a mão, assim como ministros do STF e procuradores não devem jamais perder a compostura.
*Publicado no Portal Estadão em 24/03/2017