Doria promete acabar
com a cracolândia neste semestre
O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) prometeu nesta
terça-feira, 7, acabar com a cracolândia da região da Luz, no centro da
capital, ainda este semestre. Com a implementação do programa Redenção até
junho, o tucano disse que os dependentes químicos não ficarão mais na rua.
Segundo Doria, a remoção será feita de forma
"humanitária" e terá também um caráter contínuo, para evitar o
retorno dos usuários de droga às ruas.
"Não vão ficar na rua. Eles receberão o tratamento
clínico necessário e o atendimento social que devem ter", afirmou, após
uma reunião de duas horas e meia na Secretaria da Segurança Pública.
Para o tucano, a presença de dependentes químicos nas
ruas do centro é "uma imagem ruim para as pessoas, para a cidade e para o
Brasil".
"Esta imagem, nós esperamos que dentro em breve seja
algo do passado. E que as pessoas que ali estão, como
psicodependentes, possam ter o seu atendimento clínico, o resgate da
própria vida, uma oportunidade ao emprego e, com isso, a chance de
cidadania que hoje não têm, infelizmente", disse, complementando que os
criminosos da cracolândia "terão a força da lei" e serão presos.
Promotoria investiga
obra bilionária de Aécio
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do
Ministério Público de Minas Gerais investiga suspeitas de fraude à licitação
nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, a mais cara da gestão Aécio
Neves (PSDB/2003-2010) no governo do Estado. O inquérito civil público foi
aberto em setembro do ano passado após vir à tona que o ex-presidente da OAS
Léo Pinheiro citaria em delação premiada na Operação Lava Jato o pagamento de
propina de 3% do valor do empreendimento – que ficou em R$ 1,2 bilhão – a um
dos principais auxiliares do tucano, o empresário Oswaldo Borges da Costa
Filho.
A investigação é a primeira aberta desde que começou a
ser divulgado pela imprensa que delatores da Lava Jato citaram
irregularidades na obra.
A portaria de abertura do inquérito aponta para ‘supostas
irregularidades referentes às obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais,
consistentes no pagamento de vantagem indevida pela empresa OAS, uma das
participantes de um dos consórcios responsáveis pelo empreendimento, a Oswaldo
Borges da Costa Filho, então presidente da Codemig, órgão estatal que realizou
o correspondente procedimento licitatório’.
Pezão não paga, e
exames essenciais são suspensos no Rio
Sem dinheiro nos cofres, o estado do Rio assiste ao
colapso progressivo nos serviços públicos. Nesta terça (7), o consórcio Rio
Imagem, responsável pela realização de exames essenciais na rede de saúde
pública, anunciou que vai paralisar os serviços por falta de pagamento.
O Rio Imagem atua no Centro Estadual de Diagnóstico
por Imagem (CEDI), uma parceria público-privada. O empreendimento foi anunciado
com pompa ao ser inaugurado pelo ex-governador Sérgio Cabral, em 2011.
Segundo o consórcio, o contrato com o governo de Pezão se
encerrou em novembro. Desde então, espera por um acordo e opera sem receber
qualquer pagamento há 87 dias.
O Rio Imagem diz que vai retomar os serviços assim que a
dívida seja regularizada.
A Secretaria de Estado de
Saúde informa que o Centro de Diagnóstico por Imagem Rio Imagem passou por uma
auditoria, tendo em vista que a empresa que atua na gestão da unidade não está
prestando o serviço conforme pactuado – deixando de realizar ou entregar
resultados de exames, por exemplo, que vêm sendo motivos de reclamações
frequentes dos pacientes. A auditoria está sendo concluída e a SES tomará as
providências cabíveis para que os serviços sejam retomados de forma adequada e
com qualidade para a população.
Brasil e Argentina
buscarão laços mais próximos com México
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu
nesta terça-feira em Brasília que o Mercosul se aproxime da Aliança do
Pacífico, e em particular do México, um país sobre o qual afirmou que “começa a
olhar para o sul com mais decisão”.
Em discurso junto ao presidente brasileiro, Michel Temer,
e em uma aparente alusão ao protecionismo impulsionado pelo governo do
americano Donald Trump, Macri disse que “frente a tantas dúvidas no mundo
hoje”, o Mercosul e toda América Latina devem buscar novos horizontes
comerciais.
“Que 2017 seja um ano de inflexão positiva para esta
aliança estratégica” entre Brasil e Argentina, declarou Macri, que convidou
Temer a “serem aliados e encarar juntos esta agenda”, que passa pelo “fortalecimento
interno do Mercosul e suas relações com o mundo”.
Em particular, além do acordo que já é negociado com a
União Europeia (UE), Macri propôs que o Mercosul, cuja presidência semestral é
exercida agora pela Argentina, se aproxime com mais decisão da Aliança do
Pacífico, que é integrada por Chile, Peru, Colômbia e México.
O argentino se referiu em particular ao México, dizendo
que “nesta nova situação, começa a olhar para o sul com mais decisão”, em outra
clara alusão às políticas promovidas por Trump.
Macri inclusive comentou que havia conversado com o
presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, a quem disse que deseja que haja “um
acordo razoável entre México e Estados Unidos nesta nova etapa”, mas a quem
convidou também a se aproximar do Mercosul.
Com militares, parte
do comércio volta a funcionar em Vitória
Integrantes da Força Nacional de Segurança começaram a
chegar à Grande Vitória no fim da madrugada desta terça-feira,
7, horas depois de soldados do Exército irem às ruas para fazer patrulhamento
ostensivo.
A presença dos militares devolveu um pouco da confiança
dos moradores, que nesta manhã voltaram a circular pelas ruas da capital do
Espírito Santo.
A movimentação de pessoas nas ruas é maior do que aquela
vista no fim da tarde de segunda-feira, 6. Algumas estabelecimentos voltaram a
abrir as portas.
Em crise na segurança, o Espírito Santo recebeu o socorro
das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança ao Estado por causa da
paralisação da Polícia Militar, que vem desde o fim de semana.
O movimento já foi considerado ilegal pela Justiça, que
determinou aplicação de multa diária de R$ 100 mil por descumprimento.
A categoria reivindica reajuste salarial e denuncia falta
de pagamento de auxílio-alimentação, adicional noturno e por periculosidade,
além de más condições da frota de veículos empregada no patrulhamento.
Familiares de PMs se posicionaram na frente de batalhões
na Grande Vitória e em cidades do interior para impedir a saída dos PMs e de
carros e protestar contra o governo – que não aceita negociar enquanto os PMs
não voltarem a seus postos.