domingo, 1 de janeiro de 2017

➤Confusão antes da posse

Marchezan é empossado prefeito


Nelson Marchezan Jr. sentou-se à mesa, ao lado de Cassio Trogildo, e acompanhou todas as votações, sem manifestar-se. Antes da  posse dos 36 vereadores, houve confusão na hora em que foi eleita a Mesa Diretora da Câmara. Ao fim do rito dos vereadores, Marchezan foi empossado prefeito de Porto Alegre e discursou.

"Todos os anos temos a capacidade de renovarmos nossas esperanças. A cada quatro anos, sei que os cidadãos de Porto Alegre, independente de quem venceu as eleições, iniciam o ano com uma nova esperança no novo prefeito, no novo vice-prefeito e nos novos vereadores", disse.

"Na política, a verdadeira política, ela não fica amassada por isso. As críticas aos partidos, aos sindicatos, aos líderes, não são críticas à política. Assim como o meu pai, eu acredito que a solução, sim, está na política. Mas na política com P maiúsculo. Aquela que não é conciliar os interesses daqueles que gritam mais alto. Mas daqueles que, muitas vezes, sequer tem voz, que são a maioria da nossa população porto-alegrense e brasileira", completou.

Pela primeira vez na história, o PSDB vai governar Porto Alegre. Marchezan venceu a disputa pelo Paço Municipal no segundo turno das eleições realizadas em 30 de outubro.

O novo prefeito obteve 402.165 votos, o equivalente a 60,5% do total.  Marchezan disputava a eleição contra o então vice-prefeito da cidade, Sebastião Melo (PMDB), que ficou com 262.601 votos, 39,50% do total.

Ao todo, foram registrados na capital gaúcha 820.996 votos, 664.766 válidos (80,97%). Foram 46.537 votos em branco (5,67%) e 109.693 nulos (13,36%). O total de abstenções foi de 277.521, 25,26% do eleitorado. Porto Alegre tem 1.472.482 habitantes e 1.098.515 estavam aptos a votar.

No dia da posse, Marchezan não teve sua equipe completa. Ele conta com 10 dos 15 futuros secretários. O total de secretarias na gestão foi reduzido de 29 para 15.
Compõem o secretariado de Marchezan: Kevin Krieger (PP), Secretaria de Relações Institucionais e Articulação Política; Maria de Fátima Záchia Paludo, Secretaria do Desenvolvimento Social; Elizandro Sabino (PTB), Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana; Bruno Vicente Becker Vanuzzi, Secretaria de Parcerias Estratégicas; Adriano Naves de Brito, Secretaria de Educação; Erno Harzheim, Secretaria de Saúde; Ricardo Gomes, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico; Luciano Alabarse, Secretaria de Cultura; Leonardo Busatto, Secretaria da Fazenda e Bruno Miragem, Procuradoria-Geral do Município.

Vereadores titulares empossados

Adeli Sell (PT)
Airto Ferronato (PSB)
Aldacir Oliboni (PT)
Alvoni Medina (PRB)
André Carus (PMDB)
Cassiá Carpes (PP)
Cassio Trogildo (PTB)
Clàudio Janta (SD)
Comandante Nádia (PMDB)
Dr. Goulart (PTB)
Dr. Thiago (DEM)
Elizandro Sabino (PTB)
Felipe Camozzato (NOVO)
Fernanda Melchionna (PSOL)
Idenir Cecchim (PMDB)
João Bosco Vaz (PDT)
João Carlos Nedel (PP)
José Freitas (PRB)
Marcelo Sgarbossa (PT)
Márcio Bins Ely (PDT)
Mauro Pinheiro (REDE)
Mauro Zacher (PDT)
Mendes Ribeiro (PMDB)
Mônica Leal (PP)
Paulinho Motorista (PSB)
Paulo Brum (PTB)
Prof. Alex Fraga (PSOL)
Professor Wambert Di Lorenzo (PROS)
Ramiro Rosário (PSDB)
Reginaldo Pujol (DEM)
Ricardo Gomes (PP)
Roberto Robaina (PSOL)
Rodrigo Maroni (PR)
Sofia Cavedon (PT)
Tarciso Flecha Negra (PSD)
Valter Nagelstein (PMDB)
Com Portal G1

➤BOA NOITE!



Os Incríveis foi uma banda musical brasileira de pop rock dos anos 60 e 70, formada em São Paulo por Domingos Orlando, o "Mingo", Waldemar Mozema, o "Risonho", Antônio Rosas Seixas, o "Manito", Luiz Franco Thomaz, o "Netinho" e Demerval Teixeira Rodrigues, o "Neno", que foi substituído em 1965 por Lívio Benvenuti Júnior, o "Nenê".

Desde o início duas atividades profissionais, em 1961, Os Incríveis ocuparam lugar de destaque nas paradas de sucesso dos anos 70 e 70, sendo presença obrigatória em reuniões dançantes e bailinhos da época.

Em 1977, uma gravação da banda mereceu o Disco de Ouro pelo número de cópias vendidas. A música Marcas do que se foi, até hoje, é lembrada e tocada a cada começo de ano como um verdadeiro hino de esperanças para os próximos 365 dias. Para relembrar e matar a saudade dos bailes dos anos 60 e 70,, Os Incríveis e Marcas do que se foi.




➤OPINIÃO

Oremos!*

Eliane Cantanhêde

Nada está uma maravilha, mas entramos 2017 com otimismo realista

Depois de tanto sofrimento e tanto sobressalto em 2016, que tal iniciarmos 2017 com alguma esperança e um otimismo realista? Não custa nada tentar, já que, como diria o Tiririca, pior do está não fica. Os sustos ainda serão muitos, porque a Lava Jato segue em frente, o Congresso que aí está continuará aí e a recuperação da economia vai continuar sendo um processo lento. Mas há algumas indicações de que, devagar e sempre, a coisa agora vai. Oremos!

A Lava Jato está completando três anos, com vários troféus inéditos: 24 peixes grandessíssimos presos, 14 deles já condenados e dez na fila esperando sua vez, e a expectativa é de retorno de R$ 10 bilhões desviados para bolsos (e bolsas) criminosas. Mas o melhor nem é isso, é que a Justiça, o MP, a PF e a Receita conseguiram desvendar e seguir a trilha inteira de um esquema monumental de corrupção que atravessou continentes.

Como escreveu Fernando Gabeira, “os líderes comunistas do passado criaram internacionais para marcar posições políticas diferentes. A decadência chegou ao ponto de se criar a partir do Brasil uma internacional da corrupção” – e com o BNDES no centro do esquema. Se capitaneava essa “internacional da corrupção”, o Brasil passa a capitanear o combate à corrupção. Da vergonha, hoje, ao orgulho nacional, amanhã.

No Congresso, as coisas são como são. Eleitores de todo o País votaram naqueles partidos, deputados e senadores e, na nossa busca de otimismo realista, a sorte é que, pelo menos, o presidente Michel Temer já presidiu três vezes a Câmara. A situação política e econômica não virou uma maravilha da noite do impeachment para o dia da sua posse e a sua popularidade é abaixo do razoável, mas uma coisa é certa: se o X da questão é aprovar reformas no Congresso, como a PEC do Teto dos Gastos, arrisca-se dizer que Temer é o homem certo na hora certa.

Por fim, a economia. Está uma maravilha? Longe disso. Ficará uma maravilha em 2017? Longe disso. Os empregos jorrarão? Longe disso. Mas... já há sinais de luz no fim do túnel. Ainda tênue, tremelicando, mas indicando que o viés rumo ao abismo começa a ser revertido.

Numa comparação do Boletim Focus, do BC, a previsão de inflação de 2015 para 2016 era de 6,8%, acima da meta de 4,5% e até mesmo do teto da meta, de 6,5%. A de 2016 para 2017 é de 4,85%, bem próxima da meta real. Pode-se alegar que não há motivos para fogos e brindes, pois, com recessão, a inflação cai mesmo, de madura. Mas outros indicadores essenciais vão na mesma linha.

A previsão do dólar para 2016 era de R$ 4,21; a dos juros, de 15,25%; a do crescimento do PIB, de 2,95% negativos. Para 2017, é de dólar a R$ 3,50; juros a 10,50%; PIB de 0,50 positivos. Ou seja: as perspectivas parecem bem melhores do que já foram, o que projeta um 2017 ainda periclitante, mas mais animador.

Outra ressalva é que previsões nem sempre se confirmam, e aí mesmo tem-se o dólar (para ficar num único exemplo), que o Focus previa fechar R$ 4,21 em 2016 e fechou quase R$ 1 menos que isso. O importante no confronto entre as projeções para 2016 e para 2107, portanto, não é o número a número, mas a reversão de expectativas, de confiança, de potencialidades. As lentes veem um 2017 menos sombrio do que viram 2016. Ah! E o valor de mercado da combalida Petrobrás mais que dobrou em 2016. São sinais de alento.

Logo, deixo aqui votos de que o mundo esteja melhor em 2017, apesar da troca de Obama por Trump, que o Brasil atravesse bem a pinguela, apesar dos inevitáveis solavancos, que os 12 milhões de desempregados tenham melhor chance, apesar das dificuldades das empresas, e que o senhor, a senhora e todos nós possamos ser mais alegres e ter mais otimismo. Adeus, 2016! Feliz 2017!

*Publicado no Portal Estadão em 1º/01/2017