Em 2002 Roman Polanski dirigiu um dos grandes filmes da
história do cinema, O Pianista.
segunda-feira, 31 de julho de 2017
➤BOA NOITE!
➤Lula e Okamoto
Lava jato quer penas mais duras
Em recurso de apelação, Ministério Público Federal pede
ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região condenação do ex-presidente também
por crime de lavagem de dinheiro pelo armazenamento das 'tralhas' que ganhou
enquanto ocupou o Palácio do Planalto
A força-tarefa do Ministério Público Federal na Operação
Lava Jato recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região nesta
segunda-feira, 31, por uma pena mais pesada ao ex-presidente Lula e também pela
condenação do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, no caso triplex no
Guarujá. O petista foi condenado
a 9 anos e seis meses de prisão por suposta corrupção e lavagem de dinheiro
de R$ 2,2 milhões que
envolvem o valor empregado pela OAS no imóvel, no condomínio Solaris, no
Guarujá, litoral paulista, e em suas respectivas reformas. Os procuradores
querem revisão da pena aplicada a Lula por este suposto crime e ainda pedem a
condenação do petista por lavagem de dinheiro de R$ 1,3 milhão pelo armazenamento de
seus bens pela Granero custeados pela construtora.
Os procuradores querem também que Lula seja condenado
pelo armazenamento do bens que recebeu enquanto exerceu a Presidência da
República pela empresa Granero – despesas também custeadas pela OAS. Lula chama
esses bens de ‘tralhas’. Eles sustentam que ‘resta evidente que o conteúdo
do contrato celebrado não consistiu em erro, mas se apresenta como clara fraude
contratual, na tentativa pelos denunciados de ocultarem e dissimularem a real
propriedade dos bens armazenados e o financiamento de despesas atinentes ao
ex-Presidente Lula e ao Instituto Lula pelo Grupo OAS’.
“Entretanto, inobstante tenha dado seu aceite à proposta
da Granero, Paulo Okamotto, tutelando os interesses do ex-Presidente Lula
e aproveitando o fato de que o Grupo OAS, consoante anteriormente descrito,
possuía pendências de vantagens indevidas a serem transmitidas para
representantes do Partido dos Trabalhadores – PT no âmbito do esquema criminoso
que se erigiu no seio e em desfavor da Petrobras e que beneficiava, além de
empreiteiras, agentes públicos e políticos, notadamente Lula , convocou uma
reunião no Instituto Lula nos últimos meses de 2010 e solicitou a
Léo Pinheiro, então Presidente da empresa, que assumisse os gastos com o
armazenamento dos bens pertencentes ao ex-Presidente da República”, sustenta a
força-tarefa.
Lula foi condenado por um ato de lavagem de dinheiro pelo
suposto ocultamento de propinas de R$
2,2 milhões da OAS. Segundo a força-tarefa, o petista deve ser
condenado três vezes por este crime. O juiz federal Sérgio Moro entendeu, em
sua sentença, que a aquisição, a reforma e a decoração do 164-A do
Condomínio Solaris são atos complementares.
No entanto, a força-tarefa argumenta que os elementos
constantes dos autos demonstram que, em verdade, os atos de (1) aquisição, (2)
reforma e (3) decoração do triplex 164-A em favor do ex- Presidente Lula são
autônomos’.
“Há muitas diferenças, que incluem distintos períodos em
que os crimes ocorreram, a existência de propósitos diferentes nas condutas, o
envolvimento de pessoas e empresas diferentes e até mesmo a realização de planos ou projetos diferentes em cada lavagem”, afirma o MPF.
envolvimento de pessoas e empresas diferentes e até mesmo a realização de planos ou projetos diferentes em cada lavagem”, afirma o MPF.
Em sentença de primeira instância, Lula foi condenado
também por um ato de corrupção. Os procuradores recorreram para que o petista
seja sentenciado por ter cometido o crime três vezes. Duas por supostamente ter
aceitado propinas de dois contratos da Petrobrás celebrados com o Consórcio RNEST-CONEST.
A respeito do petista e aos executivos da OAS alvo da
ação penal, os procuradores da República também discordaram de Moro na
‘dozimetria das penas fixadas’ por Moro.
Agência Estado
➤Chance de 2º turno
Parlamentares querem ser vice de Bolsonaro
A perspectiva do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ)
chegar ao segundo turno nas eleições presidenciais de 2018 revelada por
recentes pesquisas de intenção de voto abriu uma procura de
interessados em ser candidato a vice-presidente na chapa dele. Pelo menos dois
parlamentares já procuraram Bolsonaro para se colocar à disposição: o deputado
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e o senador Magno Malta (PR-ES).
Última pesquisa Datafolha sobre a disputa presidencial de
2018, divulgada em junho, mostrou que o deputado do PSC está em segundo lugar,
tecnicamente empatado com a ex-ministra Marina Silva (Rede), com 16% e 15% das
intenções de voto, respectivamente. O parlamentar fluminense registou tendência
de alta. Na pesquisa de dezembro de 2016, tinha 8%, passando para 14% em abril.
Faria de Sá e Malta querem disputar o pleito de 2018 como
vice de Bolsonaro pelos seus atuais partidos. O argumento é de que poderão
reforçar o tempo de propaganda na TV de campanha do deputado fluminense. Esse
ponto é considerado primordial por aliados de Bolsonaro, uma vez que o
parlamentar deve concorrer por uma legenda pequena, que tem pouco tempo de TV.
Agência Estado
➤DESTAQUES
Comece o dia bem informado
Presidente denunciado
A semana no Congresso, que volta a trabalhar após o
recesso, deve ser mais uma vez
dominada pela discussão sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer.
A votação deve ser na quarta (2), se houver quórum (mínimo de 257 deputados).
O vice-líder de
governo diz que a orientação para a base aliada é marcar presença na votação,
mas Temer foi avisado por aliados que terá menos
votos que o previsto. Se a oposição não registrar presença no
plenário, pode ser que a votação seja adiada.
Contas inativas
Quem ainda não sacou o dinheiro das contas inativas do
FGTS precisa correr, pois o prazo termina
hoje - e, depois, o valor só poderá ser sacado em caso de
doenças graves ou aposentadoria. A Caixa já liberou R$ 42,8 bilhões das contas
inativas (98,3% do total disponível para saques), mas cerca de 5 milhões de
pessoas ainda não sacaram.
Reivindicações
Bancadas ‘boi, bala e Bíblia’ ampliam pedidos ao governo. Ao
mesmo tempo em que o governo lida com a delação do Grupo J&F e a tramitação
da acusação da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer
por corrupção passiva, as principais frentes parlamentares da Câmara dos
Deputados reforçaram as demandas por pautas de seus interesses no governo
federal, aponta O Estado de S. Paulo.
Delações
Polícia Federal aponta falhas nas delações da Odebrecht. Investigadores
da PF destacam entre as falhas que dificultam o trabalho: excesso no número de
delatores, mudança de versões por parte de alguns delatores e falta de acesso
aos sistemas que embasaram as planilhas de repasses de dinheiro, caixa dois ou
propina, a parlamentares; publica a Folha de S. Paulo.
Bolsa Família
Mais de 143 mil voltaram ao Bolsa Família neste
ano. Segundo o Valor Econômico, mais de 143 mil famílias retornaram ao
programa Bolsa Família neste ano. Com o aumento do desemprego, a fila de espera
para ter o benefício, que chegou a ser zerada nos meses de janeiro e fevereiro,
cresceu gradualmente e atingiu 525 mil famílias em julho.
Etanol
Governo reduz alta de imposto sobre o etanol. Com base na
previsão de arrecadação divulgada anteriormente, os cofres do
governo, com a nova tributação, devem deixar de receber R$ 501,62 milhões.
Depoimento
Moro decide que novo depoimento de Lula será presencial. O juiz afirmou
que a gravação do depoimento de Lula será feita “da mesma forma
que o anterior”, se referindo ao interrogatória da ação sobre o tríplex.
Constituinte na Venezuela
Após 8 milhões de
venezuelanos irem às urnas no domingo (30) escolher os
deputados que vão compor a Assembleia Constituinte para redigir uma nova
Constituição, a oposição deve
ir de novo às ruas protestar. A eleição convocada pelo presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, foi boicotada pela oposição e condenada por
dezenas de países - inclusive o Brasil.
Refugiados
Dobra o número de venezuelanos que pediram refúgio no
Brasil. Em janeiro, 608 cidadãos do país vizinho fizeram a solicitação apenas
em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela. Já em julho, foram registrados
1.119 pedidos, afirma a Folha de S. Paulo.
Míssil
Coreia do Norte confirma 2º teste de míssil
intercontinental. A Coreia do
Norte disse se tratar de um “alerta grave” para os Estados Unidos.
Obamacare
John McCain salva Obamacare e desafia Donald Trump. O senador
republicano segue sendo um incômodo para Donald Trump, após ter salvo
o Obamacare votando com os democratas.
Mudanças na Casa Branca
Trump substitui chefe de gabinete por general Kelly após
6 meses. Trump anunciou a
mudança em um tuíte um dia depois que seu novo diretor de
comunicações acusou o antigo chefe de gabinete de divulgar informações à mídia.
Futebol
Campeonato
Brasileiro
20h: Vasco x Atlético-PR➤OPINIÃO
O trabalho dos políticos*
A intensa agenda de João Doria (PSDB-SP) desde que
assumiu a Prefeitura de São Paulo – além de seis viagens internacionais, o
prefeito teve mais de 280 reuniões com empresários, informa o jornal Valor –
revela que também os políticos, quando querem, exercem intensamente suas
atividades. Não há perdas de tempo nem expediente restrito a terça, quarta e
quinta. Quando se quer, muito se faz, todos os dias. Esse aspecto merece ser
lembrado especialmente depois da gestão de Fernando Haddad, cuja paralisia foi
de tal ordem que até o seu criador, Lula da Silva, reclamou publicamente da
preguiça do ex-prefeito petista.
É óbvio que não basta que a agenda dos políticos seja
intensa. É um primeiro passo, mas está longe de ser suficiente. É preciso um
diligente e constante trabalho, mas concentrado naquilo que corresponde a cada
cargo público. Não há bom prefeito se o asfalto está ruim, se os semáforos não
funcionam, se as árvores não estão podadas, se as ruas estão sujas, se o
serviço de ônibus é precário, entre tantas outras tarefas da prefeitura. Muito
especialmente, um prefeito deve ser avaliado pelo funcionamento adequado de
escolas, hospitais e postos de saúde. Sem isso, não se pode dizer que há uma
boa gestão da coisa pública.
A administração pública, seja em qual esfera for –
municipal, estadual ou federal –, enfrenta grandes desafios, especialmente se a
gestão anterior foi acintosamente deficiente, e seria irreal exigir que os
serviços públicos alcançassem um nível de excelência pela simples chegada de um
novo político ao cargo. A resolução dos problemas públicos demanda tempo. Isso
não significa, no entanto, que a população tenha de se contentar com o mesmo
sofrível atendimento público anterior. Uma coisa é exigir a imediata perfeição,
outra coisa – que necessariamente deve estar presente em toda administração
pública com pretensões de ser bem avaliada pela população – é a existência de
uma perceptível e progressiva melhora dos serviços públicos.
Urge, portanto, uma nova mentalidade no exercício dos
cargos públicos, com uma condução profissional a produzir resultados palpáveis
para a população. Responsabilidade, compromisso e honestidade são
pré-requisitos para o cargo. A isso se deve acrescentar uma gestão que alie
competência técnica, criatividade na resolução dos problemas e exímio
conhecimento das exatas responsabilidades do cargo que se ocupa. Depois de
tantos anos de populismo e voluntarismo petistas, é preciso devolver os cargos
públicos às suas funções institucionais.
As prefeituras e os governos estaduais são muito mais que
palanques para novas eleições. Agir como se estivesse numa ininterrupta
campanha política foi o que fez, com tanto prejuízo ao País, o sr. Lula da
Silva. Os cargos públicos são ocasiões privilegiadas de servir ao público,
segundo atribuições bem definidas. É certo que, em muitas áreas, há
concorrência de competências entre União, Estado e município. Nesses casos,
urge harmonizar a ação com os demais níveis de poder, para evitar ineficiências
e custos desnecessários. No Rio de Janeiro, por exemplo, já é comum que se
esqueça que a segurança pública é dever do governo estadual. Com frequência,
dá-se a entender que a União é responsável pela imposição da lei e da ordem, em
substituição ao caos lá instalado pela desídia de repetidas administrações
estaduais.
*Publicado no Portal Estadão em 31/07/2016
➤Venezuela:
Oposição denuncia 14 mortos durante a votação
A jornada da Constituinte foi marcada pela violência
e pela baixa participação popular
Forças de segurança disparam contra
manifestantes em confronto durante realização da eleição da Assembleia
Constituinte em Caracas, na Venezuela (Marco Bello/Reuters)
|
A Mesa de Unidade Democrática (MUD),
que reúne partidos opositores na Venezuela, denunciaram a morte de 14
pessoas durante a repressão aos protestos neste domingo, 30. A informação foi
transmitida pela deputada opositora Delsa Solórzano. Ela acrescentou que uma
das vítimas é um menino de 13 anos. Dez das mortes aconteceram no interior
do país, em Mérida e Táchira.
Até agora, o Ministério Público confirmou sete mortos
durante as jornadas de protestos contra a votação para a Assembleia Nacional Constituinte,
convocada pelo presidente Nicolás Maduro.
No total, segundo números da Procuradoria venezuelana,
114 pessoas morreram desde o início da onda de protestos no país, em abril.
A aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD)
calcula que apenas 12% dos venezuelanos com direito a voto foram neste domingo
às urnas para escolher os integrantes da Assembleia
Nacional Constituinte (ANC) convocada pelo
presidente, Nicolás Maduro, para
mudar a Carta Magna.
O deputado da MUD Andrés Velásquez informou que houve
2.483.073 votos contabilizados nos centros de votação às 18h (hora
local), horário de encerramento do pleito.
Horas antes, a deputada Delsa Solórzano havia
estimado 9% a taxa de participação popular. Segundo ela, 25% de quem foi aos
colégios eleitorais votou nulo, uma cifra que ela atribui aos funcionários
públicos que consideraram estar obrigados a participar do pleito.
domingo, 30 de julho de 2017
➤VENEZUELA
➤BOA NOITE!
Em 1954, Billy Wilder dirigiu um filme que ficou na memória de muitos,
especialmente pelas interpretações de Audrey Hepburn, Humphrey Bogart e William
Holdem.
A comédia/romance Sabrina, além do elenco maravilhoso, teve cenas
inesquecíveis, como algumas que aparecem no vídeo que selecionei para hoje, que
servem de fundo para a Orquestra de Mantovani interpretar La Vie en Rose.
➤Violência na Venezuela
Itamaraty pede
que Constituinte seja suspensa
Em nota, governo brasileiro diz que decisão de Maduro
'desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem
constitucional na Venezuela' e lamenta que pedidos da comunidade internacional
não tenham sido atendidos.
O governo brasileiro pediu na noite deste domingo (30)
que a Venezuela suspenda sua Constituinte, no dia em que o
país realizou a eleição para sua Assembleia. Em nota, o Itamaraty afirma
que o governo venezuelano não respeitou o desejo de seu povo e lamenta que os
pedidos da comunidade internacional para que a eleição fosse cancelada não
tenham sido atendidos.
➤Venezuela:
Ao menos 12 mortos na eleição da Constituinte
Ministério Público anuncia investigações sobre ataques a
manifestantes; oposição convoca bloqueio de vias
Os venezuelanos estão votando neste domingo para eleger
uma nova Assembleia Nacional Constituinte em meio a um clima de tensão que
ocorre depois de meses de protestos no país. Ao menos 12 mortes foram
registradas.
O governo venezuelano proibiu manifestações durante e após as eleições — aqueles que violarem a medida podem ser condenados a dez anos de prisão. Apesar da determinação, a oposição convocou seus aliados a bloquear as vias principais dos 23 estados do país, em um protesto contra a votação e o governo de Nicolás Maduro. A manifestação foi combatida violentamente por policiais em algumas áreas de Caracas, Maracaibo (no Oeste do país) e Puerto Ordaz (Leste).
O governo venezuelano proibiu manifestações durante e após as eleições — aqueles que violarem a medida podem ser condenados a dez anos de prisão. Apesar da determinação, a oposição convocou seus aliados a bloquear as vias principais dos 23 estados do país, em um protesto contra a votação e o governo de Nicolás Maduro. A manifestação foi combatida violentamente por policiais em algumas áreas de Caracas, Maracaibo (no Oeste do país) e Puerto Ordaz (Leste).
O Ministério Público do país anunciou que investiga
mortes ocorridas em cinco incidentes horas antes da votação. Entre elas, os
disparos que atingiram o advogado José Félix Pineda, de 39 anos, candidato à
Assembleia, durante um assalto em sua casa sábado à noite, na Ciudad Bolivar,
capital do estado Bolívar.
No estado de Sucre, são investigadas as mortes do
manifestante Marcel Pereira, de 38 anos, e Ricardo Campos, de 30 anos,
secretário juvenil da Ação Demorática. Sua morte foi anunciada pelo presidente
da Assembleia Nacional, o deputado Henry Ramos, da Mesa da Unidade de
Democrática (MUD).
Em um protesto na Mérida, capital do estado mesmo nome,
morreram Angelo Méndez, de 28 anos, e Eduardo Olave, 39. Segundo os promotores,
ambos foram feridos com armas de fogo.
No Twitter, a morte de outras pessoas foi denunciada,
inclusive por parlamentares, mas a promotoria não se pronunciou sobre estes
casos.
Segundo o deputado Daniel Antequera, Luis Zambrano, um
atleta de 43 anos, teria sido morto durante manifestação contra o governo na
cidade de Barquisimeto no estado de Lara.
— Lamentamos informar ao país que no setor Obelisco de
Barquisimeto esta ditadura criminal assassinou Luis Zambrano — disse o
deputado.
A jornalista Maryerlin Villanueva divulgou, em sua conta
na rede social, que habitantes de La Grita responsabilizam um integrante da PNB
(Polícia Nacional Bolivariana) pelo assassinato de um jovem de 19 anos em
Mérida. A vítima ainda não foi identificada.
Em Caracas, pelo menos quatro policiais militares foram
feridos em uma manifesto contra oposicionistas.
Agência Globo
➤OPINIÃO
Cleptocracia renitente
Os escalões ignoram o Estado de Direito, zombam da
capacidade de punição dos corruptos
Vera Magalhães
A espantosa revelação de que, com a Lava Jato comendo solta
e um monte de gente presa, Aldemir Bendine negociou o recebimento de pelo menos
R$ 3 milhões em propina da Odebrecht às vésperas de assumir a Petrobrás com a
missão de saneá-la mostra a profundidade do buraco em que o Brasil se meteu na
última quadra.
Trata-se de uma cleptocracia renitente, em que seus
integrantes de todos os escalões ignoram o Estado de Direito, zombam da
capacidade de punição dos corruptos, se sentem à vontade para pedir dinheiro
por mensagem eletrônica, como se houvesse um caixa eletrônico virtual da
propina, correm pela rua com malas recheadas de pixuleco para pegar táxi e
discutem à luz do dia a mudança das leis de forma a permitir que a pilhagem
continue sem admoestações.
A corrupção brasileira não começou com o PT, mas foi obra
do lulismo a construção desse regime de ladrões, em que todos os escalões foram
loteados por companheiros cuja única razão de estarem onde estavam era montar
uma rede de financiamento político-partidário cedendo a empresários “amigos”
financiamentos, contratos, leis feitas sob encomenda, negócios em países
governados por ditaduras aliadas e toda sorte de traficância.
Os petistas, em seu exercício quase comovente de
autoengano, vão se apressar em gritar: mas e Michel Temer? O atual governo, que
manteve a cleptocracia instalada, nada mais é que continuação do de Dilma
Rousseff.
Não há ginástica retórica nem cambalhota intelectual que
altere o fato histórico de que foi Lula quem inventou do nada a candidatura de
Dilma e colocou Temer como seu vice. Foi ele quem designou o casal João Santana
e Monica Moura para repaginar Dilma, que a vendeu como uma técnica competente
(!), “mãe” do PAC, depois “faxineira” da corrupção e outras tantas
mistificações para alguém que era incapaz de governar o País, por inabilidade política,
por incapacidade de gestão e uma visão totalmente enviesada do papel da
economia, atributos reais escondidos sob o manto do marketing e pelos quais o
País vai pagar décadas.
Não cola também o outro véu com que se tentou vestir
Dilma, o da presidente honesta que não sabia de nada do sambalelê da corrupção
que grassava em seu governo.
Afinal, foi ela quem trocou José Sérgio Gabrielli pela
amiga Graça Foster e ordenou o desmonte do condomínio PT-PMDB-PP que parasitava
a companhia. Depois, foi ela quem sucumbiu às pressões e trocou a amiga pelo
agora preso Bendine, vendido como alguém que iria recolocar a empresa nos
trilhos.
Não foi por falta de aviso prévio. A gestão de “Dida” no
Banco do Brasil já havia sido coroada de episódios capazes de inabilitá-lo para
essa missão em qualquer governo minimamente sério.
Ele comprou um apartamento por R$ 150 mil em dinheiro
vivo, usou as linhas de financiamento do BB para dar mimos à amiga Val
Marchiori e se meteu numa guerra de gangues com o então presidente da Previ,
Ricardo Flores, em que as armas eram dossiês, ameaças e o uso do fundo e das
diretorias do banco como instrumentos para derrubar os inimigos.
O esquema do PMDB na Caixa, com Geddel Vieira Lima,
Eduardo Cunha e Fábio Cleto à frente, nada mais é que a fatia dos aliados dada
pelo PT na cleptocracia lulo-dilmista. O mesmo vigorou na Transpetro, dada como
capitania ao outro PMDB, o do Senado, e em todos os demais espaços
públicos.
*Publicado no Portal Estadão em 30/07/2017
➤Venezuela
Constituinte em meio a protestos e mortes
Presidente
Nicolás Maduro foi o 1º a votar em eleição convocada
por ele; oposição não
reconhece pleito e lidera protestos.
As urnas para eleger 545
membros da Assembléia Constituinte convocada pelo presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, foram abertas neste domingo (30). O presidente foi o
primeiro a votar em um centro eleitoral da zona oeste de Caracas.
"Eu fui o primeiro eleitor do país. Peço a Deus
todas as suas bênçãos para que as pessoas possam exercer livremente o seu
direito democrático ao voto", disse Maduro, vestindo uma camisa vermelha.
A chegada do presidente ao centro de votação foi
transmitida ao vivo pela emissora estatal VTV, com o slogan "primeiro voto
pela paz". Maduro votou pouco depois das 6h locais (7h em Brasília),
quando estava prevista a abertura das urnas em toda a Venezuela.
O segundo voto foi dado pela primeira-dama, Cilia Flores,
também candidata à Assembleia Constituinte. No perfil de Nicolás Maduro no
Twitter, foi registrado o momento em que ele e Cilia votaram.
O dia de votação é marcado por um ambiente de tensão,
depois que a oposição, que não apresentou candidatos para a eleição, anunciou
protestos em todo país contra a iniciativa.
A oposição convocou seus simpatizantes a bloquear as ruas
de cidades dos 23 estados da Venezuela. A maior concentração vai ocorrer na
estrada Francisco Fajardo, principal via de Caracas.
As manifestações acontecem no contexto de uma mobilização
iniciada no dia 1 de abril para exigir a saída de Maduro do poder. Até o
momento, mais de 100 pessoas morreram e milhares ficaram feridas ou foram
detidas.
Os 545 membros para a Assembleia Constituinte tomarão
posse em 2 de agosto e terão um prazo indeterminado para redigir a nova
Constituição do país.
sábado, 29 de julho de 2017
➤TRISTE!
Foto: Achuti/Reprodução |
Plauto Cruz
As noites, por mais que o choro seja livre, como ele
gostava de dizer, jamais terão o encanto musical sem a flauta inconfundível de
um dos maiores músicos do RS e que partiu ontem, aos 87 anos, deixando o vazio
que sentiremos quando formos escutar um grupo de chorões e entendermos que Plauto
Cruz não está mais entre eles.
Figura permanente nas noites de quem curtia a boemia e
vibrava com o som mágico de sua flauta, Plauto marcou pela simplicidade, pela
cumplicidade com o bom gosto musical e pela humildade que faz maiores os que se
destacam.
➤FUTEBOL
Campeonato Brasileiro – 17ª Rodada
SÉRIE A
Sábado – 29/07
16:00
Botafogo 3 X 4 São Paulo – Engenhão
19:00
Palmeiras 2 X 0 Avaí – Arena Palmeiras
Domingo – 30/07
11:00
Chapecoense 1 X 2 Atlético GO – Arena Conda
16:00
Corinthians 1 X 1 Flamengo – Arena Corinthians
Coritiba 0 X 2 Atlético MG – Couto Pereira
Bahia 1 X 3 Sport – Fonte Nova
Ponte Preta _ X _ Fluminense – Moisés Lucarelli
19:00
Grêmio 1 X 1 Santos – Arena Grêmio
Cruzeiro 0 X 0 Vitória – Mineirão
Segunda – 31/07
20:00
SÉRIE B
Terça – 25/07
19:15
ABC 1 X 0 Brasil – Frasqueirão
21:30
Internacional 2 X 0 Oeste – Beira Rio
Sexta – 28/07
19:15
Juventude 0 X 1 América MG – Alfredo Jaconi
21:30
Paysandú 1 X 2 Ceará – Mangueirão
Sábado – 29/07
16:30
Figueirense 0 X 1 Vila Nova – Orlando Scarpelli
Goiás 3 X 0 CRB – Serra Dourada
Guarani 2 X 3 Londrina – Brinco de Ouro
Paraná 4 X 0 Santa Cruz – Durival de Brito
19:00
Náutico 1 X 2 Criciúma – Arena Pernambuco
Boa Esporte 1 X 0 Luverdense - VarginhaCLASSIFICAÇÃO
➤Tempo bom
Um sábado ensolarado
Foto:Reprodução |
Mesmo que o amanhecer tenham sido de névoa em boa parte
do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre a manhã de sábado anuncia que teremos um
dia de temperaturas agradáveis, com muito sol.
Mas se aqui o dia já começou com temperaturas em
elevação, o mesmo não se pode dizer dos Campos de Cima da Serra, com cidades em
que os termômetros chegaram a quase 0ºC na madruga.
Aproveite para curtir a vida!
➤OPINIÃO
Quem teme a reforma da Previdência?
É preciso corrigir as distorções e garantir que ela
exista e pague os benefícios amanhã
*Paulo Tafner e Carolina Botelho
Reformas são respostas a desafios a serem superados. É o
confronto entre uma nova e uma velha ordem e por isso elas enfrentam
resistências. Reformas da Previdência enfrentam muito mais resistência. É o que
a literatura chama de “política inviável”, em que os ganhos são difusos e pouco
evidentes e as perdas, concentradas. Não apenas aqui, mas em qualquer lugar do
mundo em que haja uma proposta de mudança no sistema previdenciário a reação
aparece de forma violenta. Tudo gira em torno da seguinte questão: quem está
disposto a perder hoje em troca de um ganho coletivo futuro? No Brasil, dada a
degradação fiscal a que chegamos, o futuro é amanhã de manhã.
O problema no Brasil atual se torna mais complexo por
duas razões: a pressão do calendário eleitoral e o fato de que quem lidera a
iniciativa da reforma é um presidente que assumiu o cargo em momento de grave
turbulência política e hoje sofre elevada rejeição popular, a despeito de
sólido apoio parlamentar. A um ano das eleições, que político ou partido está
disposto a enfrentar os eleitores apoiando uma reforma? Isso revela, ainda que
de forma singela, quão complexo é esse debate e como os interesses privados se
misturam com questões públicas.
A necessidade de reforma não é novidade e consolida um
longo processo reformador. Duas reformas constitucionais da Previdência já
foram feitas no País: em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso, e em 2003,
no governo Lula da Silva. Além delas, diversas mudanças infraconstitucionais
foram realizadas. As últimas, como um tiro que saiu pela culatra, no governo
Dilma Rousseff. Nesse ponto, portanto, independentemente da coloração
partidária de quem foi alçado à Presidência da República, todos têm algo em
comum: concordam com a necessidade da reforma da Previdência. Mesmo que em seus
discursos atuais neguem, sabemos que basta consultar jornais da época para a
dúvida se dissipar. No início do ano passado, Dilma e seus ministros da Casa
Civil e da Fazenda prometiam uma reforma semelhante à de hoje.
Os dados da pesquisa Pulso Brasil – pesquisa mensal da
Ipsos Public Affairs – realizada em abril, em todo o território nacional,
reflete essa confusão de ideias e traz resultados interessantes. Vamos a eles.
Segundo essa pesquisa, 62% dos entrevistados acreditam
não haver déficit na Previdência. Trata-se de completa desinformação. Oito em
cada dez entrevistados são contra a reforma da Previdência e essa rejeição é
ainda maior nas classes A e B. Perfeita combinação de desconhecimento com
manutenção de privilégios.
Outro fato interessante diz respeito à idade mínima.
Quase a metade dos entrevistados pretende se aposentar com pelo menos 60 anos
de idade, 28% esperam se aposentar entre 60 e 64 anos e 16%, entre 65 e 69
anos. Apesar de pretenderem se aposentar com pelo menos 60 anos – e muitos
deles com mais de 65 anos –, são contra a reforma, que estabelece basicamente a
mesma idade para aposentadoria (65 e 62 anos, para homens e mulheres,
respectivamente). E isso apenas daqui a 20 anos!
O mesmo se verifica quanto à questão da igualdade na
idade mínima entre homens e mulheres. A despeito da reação de parte da
“sociedade civil organizada”, 61% dos entrevistados acreditam que a idade de aposentadoria
deveria ser igual para mulheres e homens. E esse mesmo porcentual é encontrado
quando se consideram apenas as mulheres entrevistadas.
Outro ponto a ser destacado se refere à aceitação popular
de privilégios. Reflete uma sociedade em transe. Uma sociedade que clama por
redução das desigualdades, mas acredita que a forma de fazê-lo é pela extensão
de privilégios, e não pela eliminação deles. Por exemplo, 77% dos entrevistados
acreditam que professores dos ensinos fundamental e médio devem ter aposentadorias
especiais, 74% defendem aposentadoria especial para trabalhadores rurais e 57%,
para policiais. E apenas 32% acreditam que as regras para os servidores
públicos devam mudar. Estes últimos resultados chamam a atenção porque essas
são categorias de trabalhadores que têm regras de aposentadorias diferentes e
muito mais benevolentes do que a grande maioria da força de trabalho formal
brasileira. Parece que esses grupos de interesse têm sido eficientes em
influenciar a opinião pública.
É o caso de perguntar: por que a sociedade, que clama por
menos desigualdade, entende que funcionários públicos e professores do ensino
fundamental e médio devem ter aposentadorias especiais, ante inúmeras outras
categorias profissionais muito mais expostas a riscos do mercado de trabalho,
como empregadas domésticas, metalúrgicos, enfermeiros, bancários e garis, por
exemplo?
Outro resultado interessante diz respeito à noção de
altruísmo do brasileiro quando o assunto é Previdência. Perguntados se
aceitariam alguma perda nas regras da Previdência para melhorar a sociedade,
apenas 36% dos entrevistados se mostraram dispostos a isso. E se essa mudança
fosse para melhorar a situação de sua família, questionou-se? Aí 53% se
mostraram dispostos a aceitar algum sacrifício. Ora, se a maioria está disposta
a aceitar algum sacrifício em nome de seus filhos e netos, então temos
esperança e, por consequência, uma perspectiva de melhora do bem-estar social.
Nossos filhos e netos são, em síntese, a sociedade de amanhã.
Reformar a Previdência é corrigir essas distorções e
garantir que ela exista e pague os benefícios amanhã, dando sustentabilidade ao
sistema e evitando que o déficit consuma recursos importantes que deveriam ser
destinados a áreas como educação, saúde, saneamento e programas focalizados de
renda, como o Bolsa Família, que, afinal, beneficiam os mais pobres.
Temos de escolher que tipo de sociedade queremos: a que
mantém privilégios para alguns ou a que combate o privilégio e amplia as
perspectivas de todos, sobretudo as dos que mais precisam.
sexta-feira, 28 de julho de 2017
➤Nicolasito
O extravagante filho de Maduro
Economista, "soldado de Chávez" e filho do presidente venezuelano, "Nicolasito" Maduro era conhecido, até então, por suas extravagâncias, como tomar um "banho de dólares". Agora, resolveu entrar na arena política como candidato à Constituinte de seu pai.
Nos comícios, o único filho do presidente faz uso da palavra ao lado de pesos pesados do chavismo, e seu discurso segue a escola do falecido Hugo Chávez, carregado de ditados "criollos" e de analogias de beisebol, que também herdou do pai.
"Está de ressaca? Tome uma sopinha e saia para votar", afirmou Nicolás Ernesto Maduro Guerra, 27 anos, alto e corpulento como seu pai.
Sua apresentação no Twitter diz que é formado em Economia, flautista do aclamado sistema de orquestras juvenis, "soldado de Chávez além da vida" e, agora, candidato à Constituinte para representar o setor dos trabalhadores.
"Nicolasito" é fruto do primeiro casamento do presidente, que, em julho de 2013, depois de assumir a presidência, casou-se em segundas núpcias com Cilia Flores. A "primeira-combatente", como Maduro a chama, também disputa uma vaga na assembleia que mudará a Constituição.
"Nicolasito" viralizou nas redes sociais em março de 2014 depois de ser visto em um vídeo, dançando sob "uma chuva de dólares", em um casamento realizado em um luxuoso hotel de Caracas.O fato ocorreu quando a crise econômica, a inflação alta e a escassez de alimentos e de remédios já afetavam a população.
Ele foi também um dos primeiros a reagir ao vídeo, no qual o filho do Defensor do Povo, Tarek William Saab, pediu a seu pai que rompesse com o governo pela repressão aos protestos opositores. Em quatro meses, mais de 100 pessoas morreram em atos relacionados às manifestações contra o governo.
"Pai, neste momento, você tem o poder de acabar com a injustiça que afundou o país. Peço - como filho e em nome da Venezuela, país ao qual você serve -, que reflita e faça o que tem de fazer", afirmou Yibram Saab, ao ler uma carta no vídeo, muito criticado por "Nicolasito".
A política nunca foi desconhecida para "Nicolasito", que tinha oito anos quando Chávez chegou ao poder, tendo Maduro como um de seus mais próximos colaboradores. Com a morte de "El Comandante" e com o pai lançado à presidência em 2013, multiplicou suas aparições públicas. Em muitas fotos, posa com sua flauta.
Depois de vencer as eleições, o governo criou três cargos de alto escalão para ele.
O primeiro foi de chefe de um corpo anticorrupção da presidência. Em 21 de junho de 2014, dia de seu aniversário, ganhou de presente o cargo de diretor de uma escola de cinema. E, por fim, diretor-geral das delegações presidenciais na vice-presidência.
France Press
Candidato à eleição que vai formar uma Assembleia Constituinte,
Nicolás Ernesto Maduro Guerra ficou conhecido após vídeo mostrá-lo
tomando 'banho de dólares'
Economista, "soldado de Chávez" e filho do presidente venezuelano, "Nicolasito" Maduro era conhecido, até então, por suas extravagâncias, como tomar um "banho de dólares". Agora, resolveu entrar na arena política como candidato à Constituinte de seu pai.
Nos comícios, o único filho do presidente faz uso da palavra ao lado de pesos pesados do chavismo, e seu discurso segue a escola do falecido Hugo Chávez, carregado de ditados "criollos" e de analogias de beisebol, que também herdou do pai.
"Está de ressaca? Tome uma sopinha e saia para votar", afirmou Nicolás Ernesto Maduro Guerra, 27 anos, alto e corpulento como seu pai.
Sua apresentação no Twitter diz que é formado em Economia, flautista do aclamado sistema de orquestras juvenis, "soldado de Chávez além da vida" e, agora, candidato à Constituinte para representar o setor dos trabalhadores.
"Nicolasito" é fruto do primeiro casamento do presidente, que, em julho de 2013, depois de assumir a presidência, casou-se em segundas núpcias com Cilia Flores. A "primeira-combatente", como Maduro a chama, também disputa uma vaga na assembleia que mudará a Constituição.
"Nicolasito" viralizou nas redes sociais em março de 2014 depois de ser visto em um vídeo, dançando sob "uma chuva de dólares", em um casamento realizado em um luxuoso hotel de Caracas.O fato ocorreu quando a crise econômica, a inflação alta e a escassez de alimentos e de remédios já afetavam a população.
Ele foi também um dos primeiros a reagir ao vídeo, no qual o filho do Defensor do Povo, Tarek William Saab, pediu a seu pai que rompesse com o governo pela repressão aos protestos opositores. Em quatro meses, mais de 100 pessoas morreram em atos relacionados às manifestações contra o governo.
"Pai, neste momento, você tem o poder de acabar com a injustiça que afundou o país. Peço - como filho e em nome da Venezuela, país ao qual você serve -, que reflita e faça o que tem de fazer", afirmou Yibram Saab, ao ler uma carta no vídeo, muito criticado por "Nicolasito".
A política nunca foi desconhecida para "Nicolasito", que tinha oito anos quando Chávez chegou ao poder, tendo Maduro como um de seus mais próximos colaboradores. Com a morte de "El Comandante" e com o pai lançado à presidência em 2013, multiplicou suas aparições públicas. Em muitas fotos, posa com sua flauta.
Depois de vencer as eleições, o governo criou três cargos de alto escalão para ele.
O primeiro foi de chefe de um corpo anticorrupção da presidência. Em 21 de junho de 2014, dia de seu aniversário, ganhou de presente o cargo de diretor de uma escola de cinema. E, por fim, diretor-geral das delegações presidenciais na vice-presidência.
France Press
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