sexta-feira, 18 de novembro de 2016

BOA NOITE!


Latin Grammy Awards (também chamado de Grammy Latino) é uma premiação de música latina, criada em 2000 pela Academia Latina de Artes e Ciências Discográficas (ALACD) dos Estados Unidos para as melhores produções da indústria fonográfica latino-americana de determinado ano. Trata-se de uma versão latino-americana dos prêmios Grammy. 

A maioria dos prêmios são dirigidos aos artistas de língua espanhola e apenas uma pequena parte aos artistas nacionais. Antes de 2000, os artistas brasileiros eram premiados no Grammy, nas categorias Melhor Álbum de Música Mundo Clássica e Melhor Álbum de Música Mundo Contemporânea. Já os demais artistas latinos eram premiados com Melhor Álbum Latino.

A academia organizadora do Grammy Latino, National Academy of Recording Arts and Sciences, também é a academia organizadora dos prêmios Grammy, nos Estados Unidos, e Juno no Canadá.

Uma das músicas premiadas com o Grammy Latino este ano foi Me faltas, gravada por Andrea Bocelli.


SERGIO CABRAL EM BANGU

Saiba como será a rotina do ex-governador
Sérgio Cabral no complexo Penitenciário de Bangu - Foto: VEJA/Reprodução
Todos os dias, pontualmente às 8 horas da manhã, um agente penitenciário abre o portão principal de acesso às galerias. A tranca bate forte e o som ecoa pela cadeia. O preso mais antigo dentro do sistema se levanta e dá um grito: ‘Confere!’. Nesse momento, todos os detentos são obrigados a levantar da cama, vestir uma camisa, baixar a cabeça e colocar as mãos para trás. Com uma prancheta nas mãos, o ‘guarda’ vai conferindo um a um, cela por cela. Desde a manhã desta sexta-feira, essa é a nova rotina do ex-governador Sérgio Cabral Filho em sua nova casa, no Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, uma das unidades prisionais do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.

Com duas prisões preventivas decretadas pelas justiças do Rio de Janeiro e do Paraná, o homem mais poderoso do Rio de Janeiro nos últimos dez anos terá de se habituar a uma nova rotina, bem longe da vida nababesca que levava entre o Leblon, sua mansão em Mangaratiba e restaurantes e hotéis de luxo pelo mundo afora. Uma rotina que, normalmente, deveria colocá-lo no convívio com outros detentos da galeria D, reservada aos presos com diploma universitário, chamados ‘especiais’. Cabral, Hudson Braga, seu ex-secretário de Obras e outros quatro integrantes da quadrilha foram para a galeria C6, virada para a horta e uma região onde há mais sombras, ou seja, faz menos calor, numa região normalmente escaldante.

Há uma academia à disposição e banho de sol em determinados períodos – que são divididos com internos de outras alas. A unidade comporta entre 140 e 150 presos e, atualmente, há vagas. A quadra de futebol é sempre bastante disputada. Lá dentro Cabral vai conviver com assassinos, milicianos e presos por não pagamento de pensão alimentícia.

À exceção de comida crua, familiares podem levar as iguarias que o ex-governador desejar. Os detentos têm a opção de comprar na cantina da unidade também. A mulher, Adriana Ancelmo, terá direito a uma visita antes de sua carteirinha ficar pronta, já que o marido está com a prisão preventiva decretada. Depois dessa primeira visita, só com a carteirinha de visitante devidamente cadastrada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o que, no caso de presos comuns, leva até dois meses para ficar pronta.

Às 18 horas, o grito de ‘Confere!’ ecoa novamente nas cadeias. É hora de voltar para a cela. Pensar na vida. E esperar a Justiça.
Fonte: Portal VEJA

ABUSO DE AUTORIDADE

Lula quer prisão de Sergio Moro


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressou com uma queixa-crime subsidiária na Procuradoria-Geral da República para que o juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, seja condenado pela prática de abuso de autoridade. Entre as punições previstas para esse tipo de delito, estão a detenção de dez dias a seis meses, a suspensão do cargo e a demissão, conforme elencado pela nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira. 

“Após expor todos os fatos que configuram abuso de autoridade, a petição pede que o agente público Sergio Fernando Moro seja condenado nas penas previstas no artigo 6º. da Lei 4.898/65, que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão”, diz o texto.
Fonte: Revista VEJA

Complexo de Bangu

Cabral tem cabeça raspada após chegar ao presídio


O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso nesta quinta-feira (17) pela Polícia Federal, teve a cabeça raspada após chegar ao complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Ele chegou ao local com uma camisa social azul clara, mas teve que trocar a roupa por uma calça jeans e camiseta branca, igual a de outros presos da unidade.

O ex-governador passou a noite em uma cela de nove metros quadrados no complexo e aceitou o café da manhã da unidade, composto por um pão na manteiga e café com leite, mesmo cardápio dos outros detentos.

No almoço e no jantar, o cardápio é composto por: arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. Já o lanche é um guaraná e pão com manteiga ou bolo.

Cabral foi preso por suspeita de desvios em obras do governo estadual feitas com recursos federais. De acordo com a denúncia, ele recebia "mesadas" entre R$ 200 mil e R$ 500 mil de empreiteiras, segundo procuradores das forças-tarefa da Lava Jato do Rio e no Paraná.

Fonte: Portal G1

18/11/2016


Estadão - Delator agora diz que doação à chapa de Dilma e Temer foi legal
Em depoimento ao TSE, ex-presidente da Andrade Gutierrez muda versão e diz que repasse a campanha de Dilma e Temer não foi propina

Folha de São Paulo - Governo acena com R$ 4 bilhões para socorrer Estados no fim do ano
A ideia é usar para isso os recursos arrecadados na primeira fase do programa de repatriação, encerrada em outubro

O Globo - Aos berros, Anthony Garotinho é levado para Bangu
Ex-governador tentou impedir que o pusessem na ambulância. Sérgio Cabral já está em uma unidade do mesmo complexo

Correio Braziliense - PF prende o doleiro Fayed Traboulsi e o ex-policial civil Marcelo Toledo
Segundo o MPF, responsável pela Operação Miquéias, Fayed fazia parte de um grupo que simulava consultoria financeira a prefeitos e outros agentes públicos e usava empresas fantasmas para lavar o dinheiro desviado

Estado de Minas - Três caciques do Rio estão atrás das grades
Ex-governador Sérgio Cabral é preso pela PF no dia seguinte à detenção de Garotinho. Em outubro, ex-deputado Eduardo Cunha, que tem base no estado, também foi detido por corrupção

Tribuna da Bahia - Corrupção envolvendo governo José Mujica e OAS é investigada no Uruguai
A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou a criação de uma comissão de inquérito sobre um suposto caso de corrupção durante o mandato de José Mujica (2010-2015) envolvendo a empreiteira brasileira OAS

Diário do Nordeste - Prisão de Cabral abala o Planalto por mirar no PMDB
Receio é de que a Lava-Jato agora mira no PMDB e pode chegar muito perto de auxiliares do presidente Michel Temer

Diário Catarinense - Sífilis em gestantes cresce quase 60% em um ano em Santa Catarina
Entre 2014 e 2015, estatística pulou de 781 para 1.235 casos a cada mil bebês nascidos vivos. Estado teve o terceiro maior aumento na taxa

Revista VEJA - Ator José de Abreu vai ter que devolver 300 mil captados na lei Rouanet
Abreu terá de devolver 300 000 reais captados para a turnê do espetáculo Fala, Zé pelo Sudeste

Revista EXAME - Conselho da Petrobras aprova venda da Liquigás para Ultragaz
A aprovação da venda da Liquigás integra o programa de desinvestimentos da Petrobras, que prevê arrecadar 15,1 bilhões de dólares em 2015 e 2016

Revista ÉPOCA - Operador de Cabral fazia até o Imposto de Renda da família do ex-governador
O fato reforçou o elo de Carlos Miranda com o peemedebista

Agência BRASIL - Papa diz que críticas de cardeais não tiram seu sono
Segundo o líder católico, os ataques à "Amoris laetitia" nascem de um certo legalismo que pode ser ideológico

Portal G1 - Quatro em cada 10 pacientes com câncer no país ficam sem radioterapia
Rede pública precisaria dobrar a quantidade de aparelhos de radioterapia. Quem tem oportunidade em outro local até muda de cidade para se cuidar

Portal IG - Lula é intimado a comparecer à Justiça Federal do Paraná na semana que vem
Ex-presidente deverá acompanhar as audiências da ação penal em que é réu na Operação Lava Jato

OPINIÃO

Pobre Rio, pobre Brasil*

Eliane Cantanhêde

O Rio de Janeiro continua lindo, como na música de Gilberto Gil, mas as prisões dos ex-governadores Anthony Garotinho, num dia, e Sérgio Cabral, menos de 24 horas depois, escancaram um cenário horrendo em que se misturam corrupção, populismo, empreguismo, gastança e irresponsabilidade. Sem contar aquele terceiro personagem que nasceu no Rio e virou tudo o que virou no Estado: Eduardo Cunha.

Todas essas mazelas não são exclusividade do Rio, mas se somam aos erros da era Lula e ao desastre dos anos Dilma Rousseff e explicam cristalinamente o resultado das eleições municipais. Com o PMDB ladeira abaixo e o PSDB e o PT praticamente fora de combate no Estado, só podia dar no que deu: uma forte rejeição aos partidos “tradicionais”, com uma disputa entre o PRB de Marcelo Crivella e o PSOL de Marcelo Freixo.

As prisões ocorrem justamente quando o governador Luiz Fernando Pezão volta de longa licença para tratar do câncer e brinda a população com um pacote de maldades contra a crise. Como Pezão é do mesmo PMDB e foi vice-governador de Cabral, significa que eles abriram o buraco e agora Pezão convoca trabalhadores, funcionários, aposentados, pensionistas e empresas para tapá-lo. Soa assim: “Nós criamos a dívida e nadamos em dinheiro. E você paga a conta”. Daí porque o Estado está em chamas, mas as pessoas estouravam espumantes ontem, quando Cabral saiu do Leblon para Bangu sem guardanapo na cabeça.

Faça-se justiça, porém. Enquanto Cunha abastecia “trustes” e o armário da mulher com desvios da Petrobrás e Cabral recebia mesadas de R$ 500 mil, desfrutava de lancha de R$ 5 milhões e ornava o dedo da mulher com um anel de R$ 800 mil do empreiteiro Fernando Cavendish, Pezão não é – até o momento – acusado de corrupção. Aliás, ele tem foro privilegiado e o que há contra ele, se houver, corre em segredo de justiça.

Também são bem diferentes os casos de Cabral, acusado de comandar um esquema de R$ 224 milhões, e de Garotinho, enrolado por ter usado um programa social da prefeitura de Campos para comprar votos. Ambos estão devidamente presos e acusados, mas há uma questão de escala entre um e outro.

Em comum, os dois foram muito importantes no Rio e chegaram a alçar voo nacional. Garotinho saiu do Palácio Laranjeiras para uma campanha à Presidência da República em que perdeu para Lula, mas chegou em honroso terceiro lugar e elegeu a mulher, Rosinha, para o governo do Estado e agora a filha, Clarissa, para a Câmara dos Deputados.

Cabral, típico menino do Rio, filho de respeitado jornalista, biógrafo de Pixinguinha, foi um excelente produto eleitoral, lembrado até para a Presidência da República. Ele e o prefeito Eduardo Paes tiveram destaque no PSDB, passaram para o PMDB, aproximaram-se alegremente de Lula e apoiaram firmemente Dilma. O voo de Cabral foi alto. O tombo foi mortal.

Isso não passa em branco pela política, onde o PMDB abriu uma cunha na disputa feroz entre PSDB e PT e subiu a rampa do Planalto com Michel Temer. Com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgando a chapa Dilma-Temer, com a delação da Odebrecht pairando sobre tudo e todos (até mesmo o PMDB, a base aliada e o governo), a prisão de Cabral pode ser tudo, menos algo positivo para Temer. No mínimo, é mais um foco de tensão – ou de suspeição. 

E há uma irradiação da crise do Rio sobre os demais Estados, sobretudo porque a crise econômica não perdoa ninguém e porque os estádios da Copa entram no foco. O Rio, além de lindo, é também a vanguarda do Brasil. Desta vez, pode estar sendo um outro tipo de vanguarda, com a prisão não apenas de um, mas de dois governadores de uma vez só, neutralizando a tese de perseguição ao PT. Tem muita gente de barbas de molho de Norte a Sul. Quais serão os próximos Estados? E os próximos presos?

Publicado no Portal Estadão em 18/11/2016