segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eleitores do Nordeste

PT perde quase metade da influência


O PT perdeu significativamente sua influência na eleição deste ano no Nordeste, principal reduto petista no País desde a chegada do partido ao governo federal, em 2002. No domingo, 2, a legenda elegeu 114 prefeitos na região, 37,7% a menos do que os 183 de 2012. Isso representa uma perda de quase metade dos eleitores governados pela sigla na região.

O PT diminuiu o número de prefeituras em seis dos nove Estados do Nordeste. As maiores perdas foram justamente naqueles que são governados por petistas. Na Bahia, administrada por Rui Costa, o PT elegeu 39 prefeitos neste ano, 53 a menos do que conseguiu eleger em 2012. No Ceará, governado por Camilo Santana, a legenda elegeu 15 prefeitos, quase metade dos 26 eleitos no último pleito.

Wellington Dias (PT)
O partido também elegeu menos prefeitos neste ano em Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão. O único Estado em que a sigla aumentou o número de prefeitos foi o Piauí, governado pelo petista Wellington Dias. No Estado, o partido elegeu 38 prefeitos, 17 a mais do que os 21 petistas que venceram a disputa em 2012. Em Alagoas, o PT elegeu este ano dois prefeitos, mesmo número da última eleição.

Das nove capitais do Nordeste, o PT teve candidatura própria em cinco, mas não conseguiu eleger nenhum prefeito no primeiro turno. Só disputará o segundo turno no Recife, com João Paulo. Em todas as outras (Fortaleza, Natal, João Pessoa e Maceió) foi derrotado. Nas outras quatro capitais, a sigla apoiou aliados. Em Aracaju e São Luís, esses aliados disputarão segundo turno. Em Salvador e Teresina, perderam no primeiro turno.

Eleitorado. Com a diminuição do número de prefeituras, o PT também viu o eleitorado sob sua influência diminuir no Nordeste. Em 2012, as 183 cidades da região em que elegeu prefeito somavam 2,569 milhões de eleitores. Neste ano, os 113 municípios com prefeitos eleitos pela sigla no Nordeste possuem 1,403 milhão de eleitores. Uma redução, portanto, de quase metade (-45,3%) de sua influência sob o eleitorado da região.

O número de eleitores "comandados" por petistas caiu em seis dos nove Estados do Nordeste. A maior diminuição ocorreu também na Bahia, seguido por Ceará, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em outros três Estados, o eleitorado sob comando de prefeitos petistas aumentou. O maior crescimento foi no Piauí, único que aumentou o número de prefeitos petistas, seguido por Maranhão e Alagoas.

Afonso Florence (PT)
Governismo. Para o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), o resultado é consequência de "muitas variáveis". Uma delas, diz, é o fato de o partido ser oposição no plano federal - em 2012, a sigla era da base aliada do governo Dilma Rousseff. "Muitos munícipes votam pretendendo eleger governos que levam recursos do governo federal para lá. Na Bahia, por exemplo, PMDB e PSDB usaram o governismo a seu favor", diz.

Outro motivo, acrescenta Florence, foi a migração para outros partidos de prefeitos que se elegeram pelo PT em 2012, após o desgaste nacional da legenda. "Muitos que entraram no partido no auge saíram na hora do tranco", afirma o líder. Na eleição deste ano, a sigla lançou 989 candidatos a prefeitos, quase 44% a menos do que os 1.759 que concorreram quatro anos atrás.
O líder petista reconhece ainda que o desgaste nacional do PT com a Operação Lava Jato também atingiu os candidatos no Nordeste. "Aquela operação contra o Palocci anunciada pelo ministro durante um comício foi demais", diz, lembrando que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, antecipou um dia antes, durante comício em Ribeirão Preto (SP), a operação que prendeu o ex-ministro petista Antonio Palocci.

Outras regiões. Apesar de significativa, a diminuição de prefeitos do PT no Nordeste foi a menor, em termos porcentuais, entre as demais regiões. A maior perda entre as eleições de 2012 e 2016 foi no Centro-Oeste (-85,4%), seguido por Sudeste (-74,8%), Norte (-69,7%) e Sul (-56,6%). No País, a perda total foi de 59,5% (de 630 para 256 prefeitos). Esse cenário deve permanecer após o segundo turno, pois a sigla só disputa em sete cidades.

Agência Estado

BOA NOITE!


Andréa Bocelli e Jennifer Lopez
Pensei que havia descoberto, por acaso, gravações em espanhol de Andréa Bocelli, tanto que postei um vídeo de Besame  Mucho, sensacional.

Para minha surpresa, várias pessoas me ligaram e escreveram dizendo que já conheciam e que sabiam de várias músicas gravadas pelo Bocelli em espanhol.

Um dos que escreveram foi meu amigo Sérgio Seppi, que recomendou e pediu que eu reproduzisse aqui a gravação de Andréa Bocelli em dueto com Jennifer Lopez, do bolero Quizas, quizas, quizas. Escutem,  pois é muito lindo!



ELEIÇÕES – 4

 
Resultado de alguns municípios do Rio Grande do Sul, por ordem alfabética. Eleição para prefeito. 
Em destaque, os que terão segundo turno.

ALEGRETE – Cleni Paz – PP – 22.073 – 52,30%
ALVORADA – Appolo – PMDB – 31.414 – 38,94%
ANTONIO PRADO – Juarez Santinon – PMDB – 4.624 – 49,08%
ARROIODO MEIO – Klaus Schnack – PMDB – 7.247 – 53,20%
ARROIO DOS RATOS – Prof. Luciano Rocha – PSB – 3.591 – 43,57%
ARVOREZINHA – Luizinho - PSDB- 3.641 – 100%
BAGÉ – Divaldo Lara – PTB – 45.948 – 75,04%
BARRA DO QUARAI – Iad Choli – PSB – 1.319 – 56,75%
BARRA DO RIBEIRO – Jair Mirim – PMDB – 3752 – 49,06%
BENTO GONÇALVES – Guilherme Pasin – PP – 44.129 – 65,62%
BOM JESUS – Lico – PP – 3.959 – 55,36%
BUTIÁ – FERNANDO LOPES – PP – 4.068 – 52,53%
CAÇAPAVA DO SUL – Giovani Amestoy – PDT – 7.793 – 39,25%
CACEQUI – Franco Fonseca – PTB – 4.556 – 60,03%
CACHEIRA DO SUL – Sérgio Ghignatti – PDT – 17.728 – 37,95%
CACHOEIRINHA – Miki Breier – PSB – 34.369 – 57,77%
CAMAQUÃ – Ivo Ferreira – PSDB – 13.274 – 34,46%
CAMPO BOM – Luciano Orsi – PDT – 15.793 – 40,92%
CANDELÁRIA – Pauo Butze – PSB – 10.806 – 55,25%
CANELA – Constantino Orsolini – PMDB – 10.912 – 45,23%
CANGUÇU – Vinicius Pegoraro – PMDB – 14.977 – 41,77%
CANOAS – Beth Colombo – PRB – 71.952 – 45,79%
                 Busatto – PTB – 58.616 – 37,30%
CAPÃO DA CANOA – Amauri – PTB – 12.999 – 49,23%
CARAZINHO – Milton Schimitz – PMDB – 25.157 – 70,12%
CARLOS BARBOSA – Zibetti – PMDB – 9.528 – 53,62%
CAXIAS DO SUL – Edson Nespolo – PDT – 102.044 – 43,54%
                             Daniel Guerra – PRB – 68.214 – 29,11%
CHARQUEADAS – Simon – PDT – 8.494 – 43,51%
CRUZ ALTA – Wilson Roberto – PT – 15.502 – 44,33%
DOIS IRMÃOS – Tânia – PMDB – 10.682 – 56,33%
DOM PEDRITO – Mário Augusto – PP – 16.768 – 75,48%
ELDORADO DO SUL – Ernani – PDT – 9.074 – 48,0s%
ENCANTADO – Conzatti – PSDB – 7.296 – 52,57%
ERECHIM – Schmidit – PSDB – 23.829 – 39,83%
ESPUMOSO – Fontana – PDT – 4.534 – 42,28%
ESTÂNCIA VELHA – Ivete Grade – PMDB – 7.607 – 33,12%
ESTEIO – Leonardo Pascoal – PP – 21.612 – 46,78%
ESTRÊLA – Rafael Mallmann – PMDB – 13.506 – 68,70%
FARROUPILHA – Claiton – PDT – 23.940 – 100%
FLORES DA CUNHA – Lídio- PMDB – 13.916 – 69,77%
FREDERICO WESTPHALEN – Panosso – PMDB – 11.568 – 57,09%
GARIBALDI – Cettolin – PMDB – 12.083 – 56,21%
GAURAMA – Leandro – PDT – 2.538 – 55,42%
GRAMADO – Fedoca – PDT – 12.244 – 50,13%
GRAVATAI – Marco Alba – PMDB – 33.420 – 39,35%
GUAIBA – Sperotto – PTB – 28.434 – 55,69%
GUAPORÉ – Valdir Fabris – PDT – 8.470 – 54,26%
IGREJINHA – Joel Wilhelm – PP – 16.207 – 74,09%
IJUI – Valdir Heck – PDT – 28.502 – 64,77%
IMBÉ – Pierre – PT – 9.072 – 67,53%
ITAQUI – Jarbas Martini – PP – 11.873 – 56,75%
IVOTI – Maria de Lurdes Bauermann – PP – 8.714 – 66,54%
JAGUARÃO – Dr. Flávio  Telis – PMDB – 7.668 – 47,25%
JÚLIO DE CASTILHOS – João Vestena – PSB – 6.822 – 52,44%
LAGOA VERMELHA – Gustavo Bonotto – PP – 10.972 – 64,18%
LAJEADO – Marcelo Caumo – PP – 19.969 – 43,60%
MACHADINHO – Hamilton - PDT – 2.197 – 52,55%
MINAS DO LEÃO – Miguel – PP – 3.717 – 71,56%
MONTENEGRO – Aldana ‘Paraguaio’ – PSB – 10.479 – 39,75%
NONOAI – Edilson – PP – 3.823 – 50,14%
NOVA PETRÓPOLIS – Lelo Hahn – PP – 6.828 – 48,71%
NOVA PRATA – Volnei Minozzo – PSB – 9.914 – 62,73%
NOVO HAMBURGO – Fátima Daudt – PSDB – 36.435 – 33,9%
OSÓRIO – Eduardo Abrahão – PDT – 15.230 – 55,58%
PALMEIRA DAS MISSÕES – Dudu Freire – 13.638 – 67,98%
PASSO FUNDO – Luciano Azevedo – PSB – 85.505 – 76,22%
PELOTAS – Paula – PSDB – 112.358 – 59,86%
QUARAI – Ricardo Gadret – SD – 8.733 – 63,25%
RIO GRANDE – Alexandre Lindenmeyer – PT – 58.114 – 52,19%
RIO PARDO – Rafael Barros – PTB – 12.947 – 53,22%
SANTA CRUZ DO SUL – Telmo Kirst – PP – 42.158 – 52,25%
SANTA MARIA – Valdeci Oliveira – PT – 43.746 – 29,68%
                           Pozzobon – PSDB – 43.037 – 29,20%
SANTA ROSA – Alcidis Vicini – 18.715 – 41,14%
SANTANA DO LIVRAMENTO – Ico – PDT – 19.057 – 37,91%
SANTO ÂNGELO – Jacques Barbosa – PDT – 20.189 – 44,35%
SÃO BORJA – Bonotto – PP – 22.957 – 62,61%
SÃO GABRIEL – Rossano Gonçalves – PDT – 18.343 – 50,82%
SÃO LEOPOLDO – Ary Vanazzi – PT – 33.850 – 30,26%
SÃO LUIZ GONZAGA – Sidnei Brondani – PP – 7.678 – 39,28%
SÃO SEPÉ – Leo – PP – 7.863 – 53,17%
SAPIRANGA – Corinha Molling – PP – 20.502 – 41,30%
SAPUCAIA DO SUL – Dr. Linck – PT – 29.296 – 39,47%
SOLEDADE – Paulo Cattaneo – PMDB – 9.979 – 53,62%
TAQUARA – Titinho – PTB – 19.958 – 64,09%
TENENTE PORTELA – Carboni – PDT – 4.308 – 50,46%
TRAMANDAI – Major Gauto – PP – 13.882 – 57,08%
TRÊS COROAS – Orlando Teixeira – PSD – 6.523 – 43,81%
TRIUNFO – Belô – PSB – 6.701 – 37,29%
TUCUNDUVA – Marcelo Borin – 1.708 – 41,21%
URUGUAIANA – Ronnie Mello – PP – 28.305 – 63,02%
VACARIA – Amadeu Boeira – PSDB – 10.023 -28,77%
VENÂNCIO AIRES – Giovane Wickert – PSB – 18.042 – 41,37%
VERANÓPOLIS – Waldemar De Carli – PMDB – 8.182 – 55,73%
VIAMÃO – André Pacheco – PSDB – 56.739 -57,80%
XANGRI-LÁ – Cilon – PDT – 3.131 – 37,92%

Renan Calheiros

PGR pede urgência em decisão sobre denúncia


Há três anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa se o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) deve sentar no banco dos réus. Alvo de uma denúncia apresentada em 2013 pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o parlamentar é acusado de ter praticado os crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A investigação foi instaurada em 2007 após VEJA revelar que o senador utilizava um lobista de uma empreiteira para bancar despesas pessoais da jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. Até agora, porém, as acusações feitas pela PGR ainda não foram analisadas pelo STF. Diante da letargia do caso, em meados de junho, o procurador-geral da República Rodrigo Janot requisitou “urgente inclusão do feito na pauta de julgamentos do Plenário do Supremo Tribunal Federal para deliberação acerca do juízo de admissibilidade da acusação”, segundo documento obtido por VEJA.

A manifestação enviada ao ministro Luiz Edson Fachin, relator do caso no STF, evidencia que Janot tem pressa. Afinal, o tempo é o grande aliado de Renan nesse inquérito. Ao longo do período da investigação, uma parte da documentação privada utilizada para comprovar a acusação da prática de falsidade ideológica prescreveu. No material constam, por exemplo, notas fiscais de vendas de gados emitidas por empresas inativas para justificar o patrimônio do presidente do Senado. Além disso, o parlamentar pode se safar também da acusação de prática de peculato, o crime mais grave que consta da denúncia apresentada contra o peemedebista. A pena por essa infração varia de dois a 12 anos. Em via de regra, o judiciário tem aplicado punições mais próximas da condenação mínima, ainda mais quando se trata de réu primário. No caso de Renan, o suposto desvio de dinheiro público ocorreu em julho de 2005, conforme sustenta a PGR. Se o peemedebista for condenado pela pena mínima por essa irregularidade, a prescrição, na verdade, já ocorreu — em 2009.

“A conclusão lógica, portanto, é de que a presente causa está pronta para deliberação, pelo Pleno dessa Corte, acerca da admissibilidade da acusação formulada pelo Ministério Público. Por tais razões, vale destacar que não é necessária a reabertura de novo prazo para defesa se manifestar, uma vez que esta já teve oportunidade de apresentar todos os seus argumentos de que dispunha”, escreveu Janot em sua manifestação, que foi acolhida pelo ministro Edson Fachin como aditamento da denúncia apresentada contra o presidente do Senado. O inquérito tem 45 volumes e soma quase 9 000 folhas de documentos, petições e despachos empilhados desde agosto de 2007.

No dia 2 de agosto, o ministro Edson Fachin decidiu conceder mais prazo para a defesa de Renan Calheiros se manifestar sobre a denúncia apresentada pela PGR, porque tem dúvidas sobre quem é o atual advogado do senador. Ao longo do inquérito, o parlamentar já teve 17 representantes legais. Em fevereiro deste ano, o caso quase teve um desfecho. Quando o ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, sinalizou que poderia colocar em votação uma denúncia contra o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feita pela PGR no fim do ano passado, Fachin resolveu liberar o processo envolvendo o presidente do Senado para a análise do plenário da corte. O ministro relator assumiu o caso no ano passado, quando foi empossado no STF. Antes dele, o procedimento estava sob a responsabilidade do ministro Ricardo Lewandowski, atual presidente da corte, que o manteve em seu gabinete até ser substituído por Fachin. Alguns dias depois de decidir colocar o caso de Renan em pauta, Fachin voltou atrás e o retirou.

O presidente do Senado Renan Calheiros está entre os políticos recordistas de inquéritos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A lista de investigações envolvendo o parlamentar está acima da média: até o momento, há ao menos oito procedimentos em curso, que apuram de corrupção à lavagem de dinheiro. Em junho, a PGR pediu a prisão de Renan e outros integrantes da alta cúpula do PMDB por tramarem contra a Lava-Jato, baseada em gravações feitas por Sérgio Machado, apaniguado do parlamentar alagoano na presidência da estatal Transpetro. Em sua última edição, VEJA revelou que o empresário e advogado cearense, Felipe Rocha Parente, apontado por Machado como a pessoa responsável por entregar dinheiro vivo a integrantes do PMDB, fechou um acordo de delação premiada. Em sua colaboração, o “homem da mala” confirmou que distribuía propinas destinadas ao presidente do Congresso Renan Calheiros e ao senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Os dois parlamentares negam as acusações.
Fonte: Revista VEJA

ELEIÇÕES - 3


Revista VEJA - PT é o principal derrotado do primeiro turno
Os resultados preliminares divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já indicam a tendência de vencedores e perdedores nesta eleição municipal de 2016. Entre os partidos brasileiros, o PSDB e PRB tiveram até agora crescimento significativo. Os tucanos já conquistaram 782 municípios, crescimento de 13% em relação a 2012. Entre os partidos médios, o PRB, ligado à Igreja Universal, foi outro a ter um crescimento significativo, de 32%. Em 2012, elegeu 76 e agora assumirá pelo menos cem prefeituras a partir de 2017.  
O PMDB, partido conhecido por sua capilaridade municipal, voltou a ser o partido com maior número de prefeitos eleitos no país. Foram pelo menos 1006 prefeitos eleitos pelo país.
A principal derrota, como esperado desde o início da eleição, foi o PT que elegeu até agora apenas 38% do total da eleição passada.  Em 2012, o partido foi o terceiro com o maior número de prefeitos eleitos. Neste ano, caiu para a décima colocação no ranking.  Parte dos votos da esquerda podem ter imigrado para o PCdoB, partido que obteve um crescimento de 45% em relação a 2012.

Salvador: reeleição credencia ACM Neto como líder nacional do DEM
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), reelegeu-se com folga neste domingo para mais quatro anos de governo na capital baiana. Mais do que revelar um reconhecimento da gestão do democrata, a vitória no primeiro turno aponta caminhos sobre o futuro da política baiana.
ACM Neto recebeu 73,99% dos votos válidos. Alice Portugal (PCdoB) ficou com 14,55%. Pastor Sargento Isidório (PDT), com 8,61%. Claudio Silva (PP), com 1,46%; Fábio Nogueira (PSOL), com 1,04%; Célia Sacramento (PPL), com 0,23%; e Rogério da Luz (PRTB), com 0,13%.
As pesquisas de opinião sempre mostraram a aprovação da gestão de ACM Neto, cujo símbolo maior foi o resgate de cartões postais de Salvador, com obras para recuperação da orla. Os adversários o acusaram de fazer poucos investimentos em áreas pobres e de preterir o combate à desigualdade social na capital baiana em prol de intervenções cosméticas. Não colou. Desde janeiro, Neto era apontado como prefeito mais bem avaliado entre treze capitais brasileiras pelo Instituto Paraná Pesquisas. E os adversários nunca ameaçaram sua liderança ao longo da campanha eleitoral.

MBL elege um prefeito e sete vereadores, mas não emplaca 82%
Uma das organizações que liderou os protestos pró-impeachment e contra a corrupção, o Movimento Brasil Livre (MBL) fracassou em 82% das tentativas de eleger representantes em sua primeira participação nas eleições. Foram oito candidatos eleitos e 36 não eleitos em todo o país. Em compensação, conseguiu um prefeito e sete vereadores, sendo dois deles em capitais.
O MBL não é um partido, mas indicou como seus representantes 44 candidatos – um deles a prefeito, e os demais a vereador. O levantamento considera apenas a lista divulgada oficialmente no site do MBL, apesar de integrantes do movimento terem entrado na campanha de outros candidatos, como o prefeito eleito de São Paulo João Doria (PSDB) – o tucano não foi indicado como integrante do grupo.
Para tentar se aproveitar da popularidade do grupo, alguns candidatos usaram como “sobrenome” eleitoral nas urnas a sigla MBL ou Brasil Livre. Mas não conseguiram sucesso.
Os maiores feitos foram a conquista da prefeitura de Monte Sião (MG) por José Pocai Junior, do PPS, com 43,28% dos votos válidos e as vagas no parlamento de Fernando Holiday (DEM), com 48.055 votos na Câmara Municipal de São Paulo (SP), e de Ramiro Rosário (PSDB), com 4.676 votos na Câmara Municipal de Porto Alegre (RS). Em Maringá (PR), Homero Marchese (PV) foi o vereador mais votado.

Candidata que errou o próprio número na campanha trocou 78 por 15
A candidata a vereadora Edilamar Quintão Pimentel (PTN-RO) foi a postulante que descobriu apenas no momento do voto que seu número estava errado. A candidatura de Edilamar foi registrada no 1º Cartório Eleitoral de Guajará-Mirim com o número 19 789.  Entretanto, os santinhos de Edilamar foram impressos por engano com o número 19 159, que, quando digitado na urna eletrônica, acusava candidatura inexistente.
Segundo o 1º Cartório Eleitoral, uma audiência pública foi realizada logo após o deferimento das candidaturas de Guajará-Mirim para resolver possíveis erros e alterações, mas a candidata não compareceu para verificar seu número. Edilamar, que fez toda a sua campanha com um número errado, não conseguirá receber nem o próprio voto.


OPINIÃO

Tristeza do PT, alegria do PSDB*

Eliane Cantanhêde

Com o PT despencando e o PSDB tendo uma vitória inédita em São Paulo e aumentando seu número de prefeituras no País, a eleição municipal traz um dado político importante para 2018: os tucanos são os maiores beneficiários da desgraça petista. Desde 1992, nenhum candidato venceu na capital paulista sem passar pelo segundo turno, como João Doria agora. Foi uma derrota do PT e uma super vitória do governador Geraldo Alckmin.

Depois de tudo o que aconteceu no País, é incrível como a polarização PSDB-PT resiste, firme e forte, não apenas na capital, mas no Estado de São Paulo. Na reta final, o eleitorado se concentrou nesses dois polos e, no confronto direto, o antipetismo foi mais forte que a ojeriza aos tucanos.

Empurrar o prefeito Fernando Haddad ao menos ao segundo turno era quase uma questão de vida e morte para o PT, que foi o grande derrotado no País e no interior paulista. No ABC, sai PT, entra PSDB. Um arraso. Com Haddad vivo na disputa, os petistas teriam ânimo e discurso para enfrentar a realidade adversa e os dedos em riste. Com Haddad fora, nem isso sobrou.

De outro lado, Alckmin deu uma volta por cima espetacular, depois de duas derrotas quando ele próprio disputou a prefeitura da capital, em 2000 e 2008. Logo, os votos de ontem não foram só em Doria e Alckmin, mas também contra o PT e num candidato que se apresenta como “não-político”. Aliás, essa é uma dica para os candidatos em 2018.

Além de Alckmin, Aécio Neves também recupera o fôlego em Minas: depois de perder em casa para Dilma Rousseff e entregar o governo do Estado para o PT em 2014, Aécio leva o tucano João Leite ao segundo turno em Belo Horizonte, onde o PT comeu poeira.

Já o Rio é, sempre, um caso à parte. PT e PSDB não tiveram condições nem quadros para competir com alguma chance e o segundo turno é entre dois extremos: Marcelo Crivela, do PRB e da Igreja Universal, e Marcelo Freixo, do PSOL. A tendência clara: Crivela murcha, Freixo infla.

Em comum, São Paulo, Rio e Minas registraram uma abstenção altíssima, de mais de 20%, que se reproduziu em todas as regiões. PT e PSDB continuam digladiando entre si e há uma pulverização de partidos pelos municípios, mas uma coisa é certa: o eleitorado está cansado, desconfiado e desencantado. O PSDB sai bem, mas tem muito o que refletir.

*Publicado no Portal Estadão em 03/10/2016


ELEIÇÕES - 2


Estadão - PT encolhe, e PSDB é o que mais cresce em todo o Brasil
O PT foi o maior derrotado das eleições deste domingo. O partido, que desde sua criação sempre cresceu em número de eleitos a cada disputa municipal, teve um retrocesso significativo e terá em 2016 menos vitórias que em 2004.
Até as 21h30 de domingo, havia 204 petistas eleitos em um universo de 4.948 cidades com a apuração encerrada. Ainda havia 620 municípios com a contagem em andamento.
Com esse resultado parcial, o partido estava elegendo apenas 4% dos prefeitos do País. Nas eleições de 2012, a taxa foi quase o triplo disso: 11,5%.
Outra medida que dá uma ideia do tamanho do recuo petista é a queda do partido no ranking dos eleitos. Há quatro anos, o PT estava na terceira colocação, atrás apenas do PMDB e do PSDB. Neste ano, deve cair para o décimo lugar, atrás até do DEM, um dos partidos que mais encolheram nas últimas décadas.

Eleito em 1º turno, Dória fortalece candidatura de Alckmin em 2018
A vitória inédita - pela primeira vez uma eleição na maior cidade do País foi decidida na primeira etapa - representa também um significativo triunfo do governador Geraldo Alckmin, que bancou a candidatura do empresário, neófito em uma disputa eleitoral, e enfrentou uma dissidência interna no PSDB paulista.
O resultado, em última análise, fortalece o projeto presidencial do governador tucano. Doria, que na campanha se apresentou como gestor, dispensando o rótulo de político, obteve pouco mais de 3 milhões de votos, alcançando a maior vantagem num primeiro turno sobre o 2º colocado, o prefeito Fernando Haddad (PT), desde 1992. O tucano superou também os candidatos Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL).

Haddad tem pior votação do PT em São Paulo
O prefeito Fernando Haddad obteve neste domingo, 2, a pior votação de um candidato do PT em São Paulo. Atribuída ao voto antipetista, a derrota agrava o racha interno no partido, que pode levar a nova debandada de seus quadros, e escancara uma crise sem precedentes na legenda.
Haddad chegou a dizer a amigos que, se perdesse a eleição, deixaria a vida pública e voltaria a ser professor universitário. A frase foi entendida como um recado de que o prefeito também pode sair do PT, partido com o qual teve ruidosos atritos ao longo de sua gestão. “Não tem nada disso”, afirmou ele. “Fico onde estou.”
A queda do PT da Prefeitura foi comparada pela cúpula da sigla a um desastre tão grande quanto o impeachment da presidente Dilma Rousseff, há pouco mais de um mês.

Doria promete revogar velocidade nas marginais na segunda semana de gestão
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que vai revogar a redução da velocidade nas marginais Tietê e do Pinheiros na segunda semana de gestão na capital paulista. Segundo ele, será necessário uma semana após assumir o cargo para modificar a sinalização das vias para apontar a mudança da velocidade máxima de 70km/h para 90km/h, nas pistas expressas, e 60km/h para 70km/h, nas centrais, e de 50km/h para 60km/h, nas pistas locais. Segundo ele, associar a redução de acidentes na capital com a mudança nas velocidades, realizada pela gestão Haddad em 2015, é uma "falácia". 
Em entrevista à Rádio Estadão, Doria também prometeu priorizar a saúde e zerar a fila vagas em creches na cidade em um ano, suas prioridades na gestão. No caso da educação infantil, a mudança será feita por meio de parcerias público-privadas, sem haver previsão para a construção de novos estabelecimentos.

Oito capitais, entre elas São Paulo, elegem seus prefeitos no primeiro turno
Pela primeira vez desde 1988 - quando foi instituído o segundo turno - , São Paulo, a maior capital do País, tem um prefeito eleito no primeiro turno. Com 53,28% dos votos válidos, João Doria (PSDB) venceu o atual prefeito Fernando Haddad (PT), que teve 16,7%. Assim como São Paulo, outras sete capitais tiveram prefeitos eleitos sem a necessidade de segundo turno: Salvador, Boa Vista, João Pessoa, Teresina, Natal, Palmas e Rio Branco. Dória foi o único que não concorria à reeleição.
A capital paraibana, João Pessoa, reelegeu Luciano Cartaxo (PSD), com 59,67% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Cida Ramos (PSB), com 33,54%. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, o pedetista Carlos Eduardo venceu com 63,42% dos votos válidos o segundo colocado, Kelps (SD), que obteve 13,37%. Em Palmas, Carlos Amastha (PSB) superou Raul Filho (PR), com 52,38% dos votos válidos ante 31,43% e foi reeleito na capital do Tocantins.

ACM Neto (DEM) foi reeleito com 74% dos votos em Salvador. Alice Portugal (PC do B) foi a segunda mais votada e obteve 14,54% dos votos válidos. Firmino Filho (PSDB) foi reeleito em Teresina com 51,14% dos votos. Dr. Pessoa (PSD) ficou com 39,77%. Com vitória mais expressiva, a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB) venceu Sandro Baré (PP), com 79,39% ante 9,42%. A capital acreana, Rio Branco, reelegeu Marcus Alexandre (PT), com 54,88%. Eliane Sinhasique (PMDB) ficou em segundo lugar, com 32%.

(Continua)

BOM DIA!

Depois de u domingo em que vivemos o clima total das eleições em todo o Brasil, sobra o rescaldo sobre o que aconteceu no dia de ontem. Os resultados, as vitórias, as decepções fazem com que o noticiário de hoje seja todo voltado para o pleito.

Analisando os resultados em todo o Brasil, o que se pode concluir, de imediato, é que o PT foi o partido que mais encolheu e o PSDB o que mais cresceu.

Buscando informações em jornais, revistas e portais de notícias, faço um levantamento mais aprofundado, com informações de veículos de imprensa, mostrando o que ficou do que aconteceu nas eleições.


ZH – (clicRBS) - Nelson Marchezan e Sebastião Melo vão para o 2º turno em Porto Alegre
A disputa pela prefeitura de Porto Alegre será decidida em segundo turno entre os candidatos Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB). Com 100% das urnas apuradas neste domingo (2), o tucano registrou 29,84% dos votos válidos (sem considerar brancos e nulos), contra 25,93% do atual vice-prefeito.
Assim, os eleitores terão que voltar às urnas no dia 30 de outubro para decidir o candidato que comandará o Executivo municipal pelos próximos quatro anos. O reinício da propaganda eleitoral no rádio e na TV está marcado para a próxima terça-feira.
Raul Pont (PT) teve 16,37% dos votos, Maurício Dziedricki (PTB), 13,68%, e Luciana Genro (PSOL), 12,06%. Fábio Ostermann (PSL), Marcello Chiodo (PV), Julio Flores (PSTU) e João Carlos Rodrigues (PMN) não atingiram 1% dos votos cada um.

Luciana, do favoritismo à derrota em um mês
Nos últimos dias de campanha, entre selfies e abraços, Luciana Genro (PSOL) repetia com frequência que havia sido eleita deputada estadual, em 1994, com uma vantagem de apenas 99 votos, na primeira vez em que concorreu a um cargo público. Era uma tentativa de animar a militância e os eleitores e reverter a queda nas pesquisas de intenção de voto. Mas a estratégia não foi suficiente. Ela foi do favoritismo à derrota em pouco mais de um mês e terminou a disputa em quinto lugar, muito aquém do esperado.

Beth Colombo e Busato disputam segundo turno em Canoas
Em uma campanha marcada pela intensa troca de acusações, Beth Colombo (PRB) e Luiz Carlos Busato (PTB) disputarão o segundo turno da eleição à Prefeitura de Canoas. A candidata à sucessora do atual prefeito, Jairo Jorge (PT), somou 45,79% dos votos válidos, contra 37,3% do petebista. Mais de 13,3 mil votos separaram os postulantes ao comando do terceiro maior colégio eleitoral do Estado.

Paula Mascarenhas é a primeira mulher eleita prefeita de Pelotas
A candidata Paula Mascarenhas (PSDB) foi eleita em primeiro turno prefeita de Pelotas neste domingo (2). O resultado foi confirmado às 19h29, com 99,59% das urnas apuradas. Após mais de três horas de apuração, Paula teve 59,86% dos votos válidos e se torna a primeira mulher prefeita da cidade do sul do Estado. O candidato do PDT, Anselmo Rodrigues ficou na segunda colocação com 20,18% dos votos válidos.
Paula Mascarenhas tem 46 anos e é a atual vice-prefeita do município. Apontada como favorita ao cargo no Executivo, ela se filiou ao PSDB, partido do atual prefeito, Eduardo Leite - que abriu mão de concorrer à prefeitura pela segunda vez.

Valdeci Oliveira e Jorge Pozzobom disputarão o segundo turno em Santa Maria
Santa Maria terá um segundo turno entre Valdeci Oliveira (PT) e Jorge Pozzobom (PSDB). Os dois candidatos foram os mais votados na cidade na eleição municipal deste domingo. 
Com 100% dos votos apurados, Valdeci ficou com 43.746 votos (29,68%), e Jorge Pozzobom, com 43.037 (29,20%). Deputados estaduais, a dupla estreará o segundo turno em Santa Maria. 

(Continua)