domingo, 18 de setembro de 2016

Cúpula de não-alinhados

Lula apoia “companheiro Maduro”


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,denunciado esta semana pela operação Lava Jato, mandou seu apoio ao novo presidente do Movimento dos Países Não-Alinhados, o venezuelano Nicolás Maduro. O Brasil é membro observador do bloco, mas o governo de Michel Temer não mandou representante de alto escalão à cúpula neste fim de semana, na Ilha Margarita, na Venezuela.

Ressaltando a importância do grupo, Lula insistiu na importância do bloco dizendo que "continua sendo necessária a defesa de algumas necessidade básicas dos não-alinhados". "Embora tenhamos conseguido reduzir o índices de miséria, a verdade é que não vencemos a pobreza", disse. "Confio no companheiro Maduro para coordenar e fazer avançar a agenda dos Não-Alinhados, pela ampliação do Conselho de Segurança da ONU, para efetivar as decisões da OMC, reformar e democratizar o sistema financeiro internacional e para continuar combatendo a pobreza no mundo", disse Lula em uma mensagem enviada em um vídeo e difundido na noite de sábado, 17.

O ex-presidente petista também prometeu continuar sua luta política. "Estaremos juntos em todas as frentes para construir em conjunto um mundo melhor e mais justo. Só assim seremos mais fortes", afirmou. "Receba o meu mais caloroso abraço e boa sorte, companheiro Maduro." Maduro retribuiu a mensagem, qualificando Lula como "líder da América Latina e do mundo". A cúpula contou com delegados de mais de cem países, entre eles os presidentes de Irã, Zimbábue, Cuba, Equador, Bolívia e da Autoridade Palestina.

Agência Estado

BOA NOITE!


Zezé Di Camargo & Luciano ( Mirosmar José de Camargo e Welson David de Camargo), é considerada uma das maiores duplas sertanejas do Brasil

Formada em 1990, só alcançou o sucesso em 1991 quando que Zezé Di Camargo e Luciano lançaram seu 1º álbum de carreira. Em dois meses "É o Amor" levou seus intérpretes ao primeiro lugar no hit parade. Em seis meses o CD de estréia dos cantores ganhou disco de platina duplo por 750 mil cópias. Em pouco mais de um ano atingiu a casa de 1 milhão de cópias. Este LP marcou época por seu repertório impregnado de boleros e baladas românticas.

Mesmo desconsiderado pelos chamados “intelectuais da musica” o sertanejo traz muito do gosto popular em suas letras. Assim é com a música É o amor, primeiro grande sucesso de Zezé Di Camargo e Luciano.



Operação Lava jato

Receita vai cobrar R$ 10 bi por sonegação


A Receita Federal vai cobrar mais de R$ 10 bilhões dos investigados na Operação Lava Jato – força-tarefa do Ministério Público Federal, Polícia Federal e da própria Receita que apura esquema de cartel e corrupção na Petrobrás. A investida dos agentes federais de Curitiba levou o órgão do Ministério da Fazenda a estimar o montante sonegado em tributos da União e fraudes fiscais.

A maior parte desse valor refere-se a impostos não recolhidos, entre 2010 e 2014, por 28 empreiteiras acusadas de corrupção, acrescidos de juros e multas.
“Tínhamos a previsão de que os lançamentos tributários atingiriam R$ 1 bilhão, mas, em apenas um ano de apuração, esse valor já foi superado. Possivelmente superaremos um crédito tributário (impostos, juros e multas) total constituído de mais de R$ 10 bilhões”, afirmou ao Estado o coordenador-geral do Setor de Investigação da Receita, Gerson D’Agord Schaan.

O foco são os tributos sonegados em movimentações de propinas, lançadas oficialmente como despesas de assessorias ou consultorias – muitas delas empresas de fachada, como as do doleiro Alberto Youssef (MO Consultoria, GFD Investimentos e Rigidez Empreiteira).

Desde que foi deflagrada, em março de 2014, a Lava Jato relacionou pelo menos 34 empresas suspeitas de serem de fachada ou “noteiras” – criadas somente para emitir notas – que movimentaram, no mínimo, R$ 2,5 bilhões, em sua maioria provenientes de empreiteiras com contratos com a Petrobrás.
Executivos, políticos, agentes públicos e operadores financeiros são alvo dessas ações fiscais da Receita desde 2015.

O rombo foi rastreado pela Receita em investigação conjunta com policiais federais e procuradores por meio da identificação de serviços fictícios, uso de notas frias, contas secretas no exterior e bens em nome de terceiros ou empresas offshores. O trabalho é resultado das descobertas de fraudes financeiras na Petrobrás – um prejuízo para a estatal estimado, entre 2004 e 2014, em R$ 42 bilhões, de acordo com a PF.

“O tipo mais recorrente que gerou os maiores valores de autuação até aqui foi o pagamento de contratos de serviços fictícios, despesa indedutível e pagamento sem causa”, afirmou o chefe do Escritório de Investigação da Receita, em Curitiba, Roberto Leonel de Oliveira Lima.

“As empresas contabilizavam pagamentos por serviços jamais executados, sob diversas denominações, como assessoria, consultoria, engenharia, para dissimular efetivos pagamentos de vantagens indevidas ou propinas”, disse Lima. Nesses casos, as empreiteiras são cobradas em 35% do Imposto de Renda retido na fonte sobre o valor pago sem causa e mais 150% de multa por fraude e juros.

Os auditores trabalham atualmente em 480 ações fiscais. Foram eles que identificaram, por exemplo, pagamentos milionários de empreiteiras à JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. De acordo com os investigadores da Lava Jato, os negócios ocultaram repasses de propinas. Dirceu teria recebido parte da cota do PT no esquema, comandado também por PMDB e PP.

Até o início deste ano, cerca de R$ 1,5 bilhão em créditos tributários, referentes apenas a 2010, já haviam sido lançados pela Receita. Desse montante, 90% são cobrados de empreiteiras como Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht. “Temos pela frente, praticamente, mais quatro anos de grande trabalho”, afirmou Schaan, enquanto a força-tarefa caminha para a conclusão das ações na esfera criminal.
Agência Estado

OPINIÃO

Dez anos depois...*

Eliane Cantanhêde

Lula foi um mito dentro e fora do Brasil, mas isso 
começou a ruir quando o discurso ético dele e do seu PT 
foi confrontado com o mensalão, em 2006

O cerco se fechou sobre Dilma Rousseff, depois sobre Eduardo Cunha e agora se fecha sobre Luiz Inácio Lula da Silva, num redemoinho que traga o PT e deixa o tabuleiro político de 2018 boiando. As peças estão soltas, ao sabor das ondas, da Lava Jato e do pavor do que ainda pode vir por aí.

Lula foi um mito dentro e fora do Brasil, mas isso começou a ruir quando o discurso ético dele e do seu PT foi confrontado com o mensalão, em 2006: Compra de votos? O PT não é diferente? Naquele momento, era quase uma heresia admitir o que hoje parece óbvio: seria muito difícil tudo aquilo ser arquitetado e operacionalizado dentro do Planalto sem que o presidente mandasse ou, no mínimo, soubesse. Até porque os grandes beneficiários do mensalão eram o governo e o próprio Lula, apesar de ele jurar que não viu, não ouviu, não sabia...

Dez anos depois de um aparelhamento desenfreado do Estado e de várias prisões, o MP mostra por palavras, gestos e organogramas que José Dirceu saiu do governo, mas o mensalão ficou e evoluiu para o petrolão, maior esquema de corrupção da história brasileira, capaz de jogar no chão a Petrobrás. Logo, concluíram, Dirceu não era o “chefe da quadrilha”, como disseram na época o procurador-geral da República e ministros do Supremo. Era só o “braço-direito” do “comandante máximo” da corrupção: Lula.

Independente da desolação do “nós”, da comemoração do “eles” e das críticas ao tom e à forma dos procuradores, essa história vai avançar pelo caminho jurídico, causando sérias consequências políticas. Lula, seus processos, sua eventual candidatura em 2018 e o destino do PT estão nas mãos do juiz Sérgio Moro, que pode ou não acatar a denúncia do MP, enquanto o PT continua sendo chacoalhado por más notícias.

Moro condenou José Carlos Bumlai, amigo de Lula, a 9 anos e dez meses de prisão, e a Polícia Federal indiciou o governador Fernando Pimentel, de Minas, que é o único troféu petista no “Triângulo das Bermudas” da política, já que o partido não tem São Paulo nem Rio. E, aliás, corre o risco de perder a capital de São Paulo, onde Fernando Haddad patina no quarto lugar, e é traço no Rio (com Jandira Feghali, do PC do B) e em Belo Horizonte, com candidato próprio. Lula afunda, o PT afunda.

Os seguidores de Lula repetem o que ele disse chorando: ele não é ladrão, não tem ambição, não é dono de triplex nem de sítio e está sendo vítima da direita enfurecida. O “golpe”, dizem, começou com o impeachment de Dilma para acabar com a prisão de Lula. Mas, longe dos microfones, há quem acrescente: o erro de Lula foi nunca ter comprado nada no nome dele e ter se acostumado a viver de favores de amigos, correligionários e, enfim, de empreiteiros que saqueavam a Petrobrás. Como se fosse um vício inocente: viver à custa dos outros. “Lula é assim”, perdoam.

Do outro lado, há entre os inimigos de Lula os que bradam pela eliminação do ex-presidente e do PT da face da terra, como se não tivessem direito a defesa nem tivessem dado importante contribuição, em diferentes momentos da história, para a construção de um país melhor. As redes sociais estão contaminadas pela irracionalidade, pela deturpação dos fatos e por linchamentos nada democráticos. Mas querer que Lula seja julgado e pague, se tiver culpa no cartório, não é uma questão de ódio, é de justiça.

A bem da verdade. Lula disse corretamente que em 2002 Fernando Henrique preferia sua vitória à do amigo tucano José Serra, mas concluiu maliciosamente: “A tese dele (FH) era que o operário (Lula) vai ganhar, vai ser um fracasso absoluto e vão gritar: ‘volta, volta’”. Foi uma injustiça e uma inverdade histórica. O presidente sociólogo apenas concluiu que havia chegado a hora da esquerda e do grande líder de massas - como milhões de pessoas que não eram e nunca seriam do PT.

*Publicado no Portal do Jornal Estado de São Paulo em 18/09/2016

BOM DIA!

Boleros são eternos

Alguns até podem pensar que acordei romântico, mas muitos não sabem que sou um romântico incorrigível. Acho que é um sentimento despertado na juventude, nas poesias que o Dilamar escrevia, nas inesquecíveis reuniões dançantes e bailinhos onde agente esperava os boleros para dançar de rosto colado. Se fosse com a guria que a gente sonhava, nem é bom falar.

Quando li a postagem do Léo Iolovitch -  Quem não gosta de bolero? – senti a alma dançando nas pequenas salas da Travessa Luiz Rosseti, da Rua 20 de Setembro, nos salões do Teresópolis Tênis Clube e tantos outros locais onde, todas as semanas, a gente esperava a chegada das gurias, que muitas vezes nem sabiam que eram nossas namoradas, e dos boleros que vinham das eletrolas Hi Fi para encher o local de casais apaixonados.

Li quase todos os comentários postados sobre o texto do Leo, cada um me envolvendo mais no romantismo que o bolero representou na vida de quem tem o mesmo, ou quase o mesmo tempo de vida que eu. Os mais novos, que sabem o que é bom, também se manifestaram, o que prova que o romantismo é quase que uma instituição.

Neste começo de manhã de domingo, quero lembrar e homenagear aos que comentaram no Facebook, pedindo desculpas aos que não forem mencionados, mas que não deixam de fazer parte desta lista de pessoas de sensibilidade diferenciada.

Minha homenagem é com o grupo Los Três Caballeros, cujo LP tinha presença garantida em todas as reuniões dançantes da minha juventude na Azenha, com uma bolero eterno: La Barca.

Abraço grande, Leo Iolovitch, Vanderley Nunes, Flor Édison, Sandra Nunes, Kleber Lied, Fernando Pamplona, Ariete Melo, Eloi Celente, Helio Gama, Sergio Bottencourt e a todos os que relembraram e comentaram, certamente com saudade, o texto do Leo. Afinal, quem não gosta de bolero?

Tenham todos um Bom Dia!