sexta-feira, 9 de setembro de 2016

BOA NOITE!


Flashdance é um filme americano de 1983, do gênero romance musical, 
realizado por Adrian Lyne, que se tornou o terceiro mais assistido naquele ano e também um dos mais conhecidos da década de 1980.

Uma jovem de garra e talento, Alexandra (Jennifer Beals) não mede esforços para realizar o sonho de se tornar uma bailarina. Para isso, durante o dia, ela trabalha como operária e à noite trabalha como dançarina numa boate. No decorrer do filme, ela se envolve com seu chefe, Nick (Michael Nouri), e prepara-se para se candidatar a uma escola de dança de prestígio.

A trilha sonora é um dos pontos altos do filme: Flashdance...What A Feeling, com Irene Cara.



OPINIÃO

Tunga no bolso alheio*

 Eliane Cantanhêde


O Planalto torce, ou reza, para que a ministra Cármen Lúcia aproveite o seu discurso de posse na presidência do Supremo Tribunal Federal, segunda-feira, para dar alguma sinalização contrária ao aumento dos salários dela própria e de seus dez colegas na mais alta corte. Tida e havida como austera, poderia dizer, por exemplo, que não é hora de aumentar salários já altos, e pagos por toda a sociedade brasileira, enquanto 12 milhões de desempregados estão na rua da amargura.




E por que contar com Cármen Lúcia? Porque o Planalto acha que se esperar pelo atual presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, está perdido. Ou melhor, estamos perdidos todos os que sustentamos o setor público, porque o salário dos ministros da corte é o teto do funcionalismo e tem efeito cascata em todos os três poderes e em todos os Estados.

Aliás, outros aliados do Planalto na guerra contra essa nova farra salarial, além de Cármen Lúcia, são os governadores, que têm grande influência sobre suas bancadas e estão aflitos diante de uma pressão de mais R$ 4 milhões ao ano caso o aumento dos ministros do Supremo passe e arraste para cima os salários dos servidores estaduais.

Os Estados já estão na pindaíba, depois de anos de uma visão estatizante que inflou dramaticamente a folha de pagamentos. Hoje, Rio e Rio Grande do Sul, por exemplo, têm multidões de funcionários, mas não têm como pagá-los. E ainda convivem com categorias querendo mais. Lindo, não é? Alguns governadores lamentam: “Não governamos de fato, viramos gestores de folhas de pagamento”.

Bem, Cármen Lúcia e Renan se encontraram ontem, mas juram que ninguém falou e ninguém ouviu nada sobre salários. A ministra foi apenas convidar o senador para sua posse e acha que até lá, ou seja, nestes três dias, quem cuida disso é Lewandowski – que, dizem, anda doido para deixar esse presentão para todo o funcionalismo, à custa das contas públicas.

Quanto a Renan: ao reservar para o último ato do impeachment o fatiamento da Constituição para manter os direitos políticos de Dilma, ele mandou um recado para o PT e para o Planalto do correligionário Michel Temer: “Eu posso ser um aliado muito útil (como foi para o PT), ou posso fazer muito mal (como fez ao governo)”.

O novo “mal” que Renan poderia fazer, depois de viajar à China com Temer, seria permitir ou, pior, estimular o aumento do STF. E era exatamente o que ele parecia fazer ontem, dizendo que incluiria a urgência do projeto na pauta e, na sequência, poria em votação o próprio projeto. E ainda sugeria separar os subsídios dos ministros do STF das demais carreiras para diminuir o estrago. Só no fim do dia recuou e retirou o texto. Estaria ele se divertindo com coisa séria? A dívida da União é de R$ 4,3 trilhões, com desembolso de R$ 500 bilhões neste ano. É preciso cortar, não aumentar gastos.

“Fora Temer” 1. O Planalto comemorou a reunião de três horas entre cinco ministros e representantes do MST, na segunda-feira, e decidiu: o “Fora Temer” e o enfrentamento político ficam por conta dos partidos; o governo se concentra na pauta, quando pauta houver. 

“Fora Temer” 2. Na versão palaciana, os protestos contra o presidente numa arquibancada do 7 de Setembro em Brasília partiram de 120 convidados da USP. O convite à universidade é tradicional, mas o governo mudou, esqueceu de atualizar a lista de convites e instalou o inimigo ao lado da tribuna de honra – onde estavam Temer e Marcela.

“Fora Cunha”. De um expoente governista, sobre as chances de Eduardo Cunha na segunda-feira: “Se tiver quórum, ninguém sai vivo daquele plenário”. Adeus, querido!

*Publicado no Portal estadão.com em 09/09/2016

09/09/2016



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BOM DIA!

Falar de vereador é fácil!

Antes de mais nada quero deixar bem, claro que não estou defendendo nem justificando os gastos exagerados dos vereadores com o pagamento de diárias. Muito pelo contrário, acho que tudo deve ser feito dentro de medidas certas e justas. Afinal, quem acaba pagando a conta das despesas dos senhores edis, é a população, ou seja, nós todos.

O que me preocupa é que, invariavelmente, de tempos em tempos, especialmente a Zero Hora, faz matéria sobre os gastos dos vereadores, a maioria do interior do Estado, com diárias de viagens. E dedica páginas e mais páginas para mostrar que vereadores gastam muito em viagens, muitas vezes, conforme o jornal, desnecessárias.

Diz a matéria publicada hoje (9), que entre 2013 e 2016, três anos, 10 vereadores de Gravataí e Alvorada gastaram, juntos, R$ 483 mil em diárias. Isto significa que os 10 gastaram R$ 161 mil por ano, ou seja, R$ 13 mil por mês. Como o ano tem 12 meses, cada um dos 10 vereadores gastou, em média, R$ 1.301 por mês. Se contabilizarmos  todo o ano de 2013,2014, 2015 e nove meses de 2016, o valor será ainda menor.

Mas não são os valores o que realmente importa. O que preocupa é a sistemática preocupação com os gastos das casas legislativas. Há sempre alguma coisa querendo mostrar que vereadores e deputados gastam muito, tem muitos assessores, viajam sem necessidade e não sei mais o que. Se a preocupação é com o dinheiro público, não entendo o motivo, ou os motivos, que levam as editorias do jornal a esquecerem completamente, por exemplo, as despesas do judiciário. Jamais se lê alguma matéria sobre o quanto ganham os juízes, desembargadores, os magistrados enfim, nem quanto gastam em diárias.

Se alguém for fazer uma análise séria e descomprometida, descobrirá que um juiz em começo de carreira ganha, no mínimo, o dobro do que ganha um vereador da Capital, o que significa dizer que suas diárias devem valer, proporcionalmente, o dobrou ou mais de uma diária de um vereador.

Ressalte-se que o dinheiro para pagamento das folhas do judiciário tem a mesma origem, isto é, os cofres públicos.

Mas é muito mais fácil criticar o poder legislativo, principalmente de cidades menores, do que o poder judiciário. Aí, meus amigos, como se diz lá em São Gabriel, o buraco é mais embaixo.
Assim como fazem levantamentos permanentes de despesas de vereadores, devem fazer, com a mesma intensidade, cálculo do que gastam os magistrados e, certamente, verificarão que a despesa mensal de R$ 1.301 que cada um dos 10 vereadores de Gravataí e Alvorada teve com o pagamento de diárias, não chega nem perto do que cada juiz recebe todos os meses de auxílio moradia, por exemplo.
Antes que alguém se sinta tentado a alguma injustiça, esclareço que não sou vereador, não tenho parente vereador nem trabalho em Câmara de Vereadores. Assim, como não tenho nada contra o que ganham e gastam os membros do judiciário. Simplesmente, gostaria de ver a imprensa dar tratamento igual aos dois lados. Simples assim!


Tenham todos um Bom Dia!