quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Apoiadores de Dilma

Mascarados depredam sede do PMDB


Um grupo de manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) invadiram e depredaram a sede do PMDB em Porto Alegre. A Polícia Militar interviu com bombas de gás. Não há informações de presos ou feridos.

O movimento contrário à saída da petista da Presidência se concentrou na Esquina Democrática, no Centro da cidade, e logo após saiu em caminhada em direção a Avenida João Pessoa, onde fica a sede do PMDB local.

Ao passar pelo edifício, um grupo de mascarados começou a chutar a porta de ferro e jogar objetos na entrada principal do partido. Assim que a estrutura foi rompida, os mascarados invadiram o edifício.

Um grupo mais exaltado pegou sacos de lixo que estavam em frente a sede, colocou dentro do prédio e ateou fogo. Logo em seguida, outros manifestantes jogaram um contêiner de obra que estava perto do local.

O ato a favor de Dilma, cujos manifestantes acabaram depredando a sede do PMDB,  foi organizado pela Frente de Luta contra o Golpe. 

Um segundo ato, contra a petista ocorreu simultaneamente no Parcão, no bairro Moinhos de Vento, na Zona Norte da cidade. Nesta manifestação, não há registros de incidentes.

BOA NOITE!

Na 5ª Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1975, a música Cordas de Espinho, com versos de Luiz Coronel e melodia de Marco Aurélio Vasconcellos, mostrou para o Brasil um intérprete diferenciado. A voz de Ivo Fraga tornou ainda mais bonita a canção premiada como a melhor da Linha Manifestação Riograndense.

Com ele, no palco, a genialidade de Plauto Cruz que, com seu mágico  toque de flauta, emoldurou a apresentação do Ivo.

Selecionei esta canção para homenagear Ivo Fraga, um dos grandes cantores do Rio Grande do Sul e duas personalidades da poesia e do nativismo gaúcho, Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcellos.



Michel Temer

“Golpista é quem derruba a Constituição”

Foto: AFP
Temer em sua primeira reunião ministerial
O presidente Michel Temer afirmou em seu primeiro discurso para ministros do governo nesta tarde que não está viajando para a China "a passeio" que a comitiva brasileira quer mostrar ao mundo que é um governo legítimo. "A partir de hoje divulguem que nós estamos viajando exata e precisamente para revelar aos olhos do mundo que temos estabilidade politica e segurança jurídica", disse, durante discurso em sua primeira reunião ministerial como efetivo. 

O presidente recém-efetivado no cargo dedicou grande parte de seu discurso para rebater as acusações de petistas e apoiadores de Dilma de que o processo de impeachment teria sido um golpe. Ele chegou a orientar seus ministros a responder as provocações, disse que com o processo de afastamento de Dilma concluído seu governo não vai "levar ofensa para casa". "Golpista é quem derruba a Constituição", disse.

O peemedebista afirmou ainda que o principal objetivo da viagem é atrair recursos para o Brasil. "Vamos fazer várias viagens ao exterior com esse objetivo", disse. Ele destacou as agendas bilaterais previstas e disse ainda que durante o encontro do G-20, fará quatro discursos, inclusive no almoço com os líderes.
Agência Estado 

Foto oficial de Dilma

Quadros são retirados do Planalto

Poucas horas depois de o plenário do Senado aprovar o impeachment de Dilma Rousseff, funcionários do Palácio do Planalto começaram a retirar os quadros com a foto oficial da petista dos gabinetes do prédio.

Nesta quarta-feira (31), os senadores aprovaram, por 61 votos favoráveis e 20 contrários, afastar definitivamente Dilma da Presidência.

Ela foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública.

Dilma foi notificada da decisão do Senado às 15h05, e poucos minutos depois, fez um pronunciamento no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, acompanhada de militantes, ex-ministros de seu governo e parlamentares contrários ao impeachment.

Temer, por sua vez, acompanhou a votação no Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente. Após a sessão, ele foi ao Palácio do Planalto, onde foi notificado da decisão às 15h30.

Lava Jato

Tribunal rejeita recurso de Lula

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou nesta quarta-feira, 31, por unanimidade, recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa do petista havia impetrado agravo regimental contra decisão que não conheceu pedido de esclarecimento acerca de eventual relacionamento pessoal entre o juiz federal Sérgio Moro e o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no tribunal. Segundo o Tribunal, o agravo regimental não é o recurso correto para este tipo de questionamento, mas sim a exceção de suspeição criminal.

No início de julho, o advogado de Lula anexou petição na qual pedia informações acerca de uma possível relação pessoal próxima entre os julgadores de primeiro e segundo graus. Gebran não conheceu o pedido, entendendo que o meio processual usado não era o adequado. A defesa ingressou com agravo regimental requerendo a reconsideração da decisão.

Segundo a turma, a arguição da suspeição ou do impedimento do julgador deve ser feita pela via da exceção, ou seja, pelo recurso que leva o nome de Exceção de Suspeição Criminal, meio não utilizado pela defesa.

“Havendo qualquer dúvida quanto à parcialidade do relator, deve a parte interessada externá-la pelo meio apropriado, juntando elementos que sustentem a sua alegação, sob pena de se tratarem de vazias alegações”, escreveu Gebran em seu voto.
Agência Estado



‘Nós voltaremos’

Dilma declara guerra do PT a Temer

Dilma Rousseff falou pela primeira vez nesta quarta-feira agora como ex-presidente da República. De vermelho e cercada por integrantes de sua tropa de choque no Senado – Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) -, a petista fez um discurso beligerante. Classificou o governo do presidente Michel Temer como “um bando de corruptos”, indicou que seguirá lutando na Justiça contra o impeachment e afirmou: “Nós voltaremos”.

 “Com a aprovação do meu afastamento definitivo, políticos que buscam desesperadamente escapar do braço da Justiça tomarão o poder unidos aos derrotados nas últimas quatro eleições. Não ascendem ao governo pelo voto direto, como eu e Lula fizemos em 2002, 2006, 2010 e 2014. Apropriam-se do poder por meio de um golpe de Estado”, afirmou. “O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”.

Além de culpar os inimigos de sempre, Dilma retomou o discurso do medo: “O golpe é contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a uma aposentadoria justa; direito à moradia e à terra; direito à educação, à saúde e à cultura; direito aos jovens de protagonizarem sua história; direitos dos negros, dos indígenas, da população LGBT, das mulheres; direito de se manifestar sem ser reprimido.”

Presidência da República

Michel Temer é empossado

Foto: AFP
Três horas após o Senado afastar definitivamente Dilma Rousseff do comando do Palácio do Planalto, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu posse na tarde desta quarta-feira (31) a Michel Temer no cargo de novo presidente da República.

A concorrida cerimônia, realizada no plenário do Senado, contou com a presença de deputados, senadores, ministros, militares e magistrados. Entre os convidados de honra, estavam os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Lewandowski foi o responsável pela condução do julgamento do processo de impeachment de Dilma. Inclusive, coube a ele decretar o resultado das votações que determinaram o afastamento de Dilma da Presidência, mas mantiveram a elegibilidade da petista a funções públicas.

Renan declarou a sessão conjunta da Câmara e do Senado aberta às 16h41. Na sequência, Temer e os deputados, senadores e convidados cantaram o Hino Nacional no plenário.

Às 16h49, Temer foi empossado e prestou o juramento no qual prometeu cumprir a Constituição.

"Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil", declarou o peemedebista no plenário do Senado com a mão sobre a carta constitucional.

Mesmo com o curto intervalo entre a sessão que destituiu Dilma do poder e a a posse do novo presidente, o plenário do Senado foi decorado com flores para a solenidade. Além disso, o cerimonial do Senado projetou uma imagem comemorativa no painel eletrônico do plenário.

IMPEACHMENT

DILMA ROUSSEFF É CASSADA

31/08/2016



Estadão - Placar indica cassação de Dilma
Após assédio de aliados da petista, Temer garante o apoio dos três senadores do Maranhão; apuração do 'Estado' contabiliza votos favoráveis de 55 parlamentares

Folha de São Paulo - Votação do impeachment começa às 11h; Senado já tem maioria para cassar Dilma
Em enquete feita pela Folha, 54 dos 81 senadores declararam que vão votar a favor da condenação da petista

O Globo - Votos pelo impeachment de Dilma devem superar o necessário
Tendência é que maioria dos 7 senadores que não revelaram posição vote pelo impedimento 

Estado de Minas - Palácio do Planalto se prepara para receber novo presidente
Enquanto aguarda o provável impeachment de Dilma, Temer ensaia discurso de posse e mudança de endereço

Correio Braziliense - Bancada do PT no Senado busca modo de preservar direitos políticos de Dilma
Uma possibilidade que se cogita é desvincular a perda do cargo da suspensão dos direitos políticos, fazendo-se duas votações durante a sessão final

Diário Catarinense - Senado retoma a sessão às 11h para votação definitiva do impeachment
Sessão foi suspensa na madrugada após mais de 12 horas de discursos. Entre 63 senadores que falaram, 42 já adiantaram votos contra Dilma

Tribuna da Bahia - Placar indica cassação de Dilma
Dos 63 senadores que discursaram, 44 falaram a favor do impeachment, 18 contra e um não declarou abertamente sua intenção de voto

Revista Exame - Receita notifica Instituto Lula sobre desvio de finalidade
A Receita Federal notificou o Instituto Lula para apresentar esclarecimentos no âmbito de uma ação de fiscalização por suposto "desvio de finalidade". A Receita suspendeu a isenção tributária do Instituto de 2011

Revista VEJA - Dilma prepara discurso pós-impeachment
O tom do pronunciamento será emocional e tem a intenção de protestar contra a ‘ruptura institucional’, assim como fez na segunda-feira no Senado
Revista ÉPOCA - Senador denuncia ameaças de integrantes de movimentos anti-Dilma
Otto Alencar (PSD-BA) teve seu número de celular divulgado nas redes sociais do movimento Vem pra Rua depois de anunciar voto contra o impeachment

Portal G1 - Dilma acompanhará votação final ao lado de Lula, Falcão e ex-ministros
Senado decide nesta quarta se afasta petista definitivamente da Presidência.
Presidente afastada avalia fazer pronunciamento após julgamento final

Portal IG - Sorteio da Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 5,1 milhões nesta quarta-feira
Apostas nas casas lotéricas e pela internet se encerram às 19h em todo o País

Impeachment

Senado decide hoje destino de Dilma

Foto: Agência Senado
Na fase de debates, que durou quase dezessete horas, 48 senadores
se manifestaram a favor do impeachment, e 18 foram contrários

Encerrada a fase de debates, que durou quase dezessete horas, o Senado chega na manhã desta quarta-feira ao sétimo — e último dia — do julgamento que selará o destino da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, marcou o início da sessão de votação final para as 11 horas e a expectativa é que ela seja concluída até o início da tarde. Já se passaram mais de nove meses desde que o processo de impeachment foi instaurado no Congresso Nacional, em dezembro de 2015.

Segundo placar elaborado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 55 senadores já se declararam favoráveis à condenação de Dilma, quórum suficiente para afastá-la definitivamente do cargo e torná-la inelegível por oito anos. Senadores do PT já anunciaram que, após a votação, irão recorrer ao STF para anular o processo. Durante a fase de debates, 48 senadores se manifestaram favoráveis ao impeachment, 18 contrários e 3 não declararam.
Ricardo Lewandowski, que comanda os trabalhos no Senado, deve começar a sessão de hoje, lendo um resumo sobre os argumentos apresentados pela acusação e defesa, e das provas levantadas ao longo do processo. Depois, quatro senadores (dois anti e dois pró-impeachment) farão explanações na tribuna por até cinco minutos cada. Eles estão impedidos de orientar votos.

Em seguida, para encaminhar a votação, Lewandowski fará a seguinte pergunta aos parlamentares: “Cometeu a presidente Dilma Rousseff os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?” Os senadores deverão responder “sim” ou “não” em votação aberta, nominal e via painel eletrônico.

Para Dilma ser cassada, o relatório pela condenação precisa receber 54 votos favoráveis entre os 81 senadores. Se não atingir esse número, ela reassume o a Presidência da República e o processo é arquivado. Se for condenada, fica proibida de disputar cargos públicos por oito anos a partir do fim de 2018, quando terminaria o seu mandato. Finalizada a votação, Lewandowski lerá a sentença, que será publicada na forma de resolução e comunicada para as partes envolvidas. Se for confirmado o impeachment, o presidente interino Michel Temer tomará posse do cargo em solenidade no Congresso Nacional ainda nesta quarta-feira.
Fonte: veja.com

BOM DIA!

O fim da agonia!

Mesmo contrariando a opinião de alguns, até de certos amigos meus, sou obrigado a concordar com os que afirmam que a soberba, o sentimento de poder imbatível, de donos da verdade, acabaram levando Dilma Rousseff, Lula e o PT para o fundo do poço.

A partir das 11 horas desta manhã, quando o Congresso estiver reunido para votar o impeachment da presidente afastada, um sonho acalentado por muitos brasileiros, chegará ao fim. E que não se culpe aos brasileiros que acreditaram nas promessas, na utopia, nos delírios petistas durante mais de 30 anos.

Surgido e cantado como o partido da diferença, da honestidade, da transparência, do sonho dos mais pobres, dos trabalhadores, o PT acabou se transformando não em partido igual aos outros, mas pior. A arrogância de Lula, de seus companheiros sindicalistas, o despreparo para gerir a complicada máquina pública, acabaram colocando a todos no mesmo barco que passou a navegar impulsionado pelos ventos da corrupção, do dinheiro fácil e, pensavam eles, da impunidade.

Tanto que Lula, soberano absoluto, dono do partido, dono da verdade e intransigente em argumentos pessoais, criou a figura de Dilma Rousseff que chegou ao Planalto nos braços da popularidade de Luiz Inácio. Era o começo do fim.

A partir do momento em que elegeu Dilma, Lula se assumiu arauto de tudo, dono da ilusão e senhor da razão. A partir dali, para ele, estavam abertos, asfaltados e livres os caminhos para fazer o que bem entendesse. Ninguém teria coragem ou legitimidade para estancar a caminhada de quem passou para o mundo a imagem de governante popular, sério, defensor dos pobres que se comparava, talvez ainda se compare,  a Getúlio Vargas, Mandela e outros.

Mas o tempo, como se sabe, é senhor da razão e acaba sempre mostrando a verdadeira face de quem, por mais disfarçada que esteja, ilude, mente, trapaceia e joga o jogo sujo de quem se aproveita do dom de iludir. E o tempo do fim da era das mentiras acabou chegando.

Quem é sério, quem tem responsabilidade e honestidade, não trapaceia, não esconde, não mente, não ilude. E tudo isso foi o que Lula mais fez, e tenta continuar fazendo. Tanto que basta olhar para o sindicalista pobre, que não tinha nem casa para morar antes de ser presidente, e o Lula milionário e, pensando bem, um sortudo. Ninguém ganha um sítio em Atibaia, totalmente reformado por empreiteiras que serviam ao governo, para passar os finais de semana com a família. Quem tem um tríplex no Guarujá, igualmente reformado por empreiteiras e pode garantir que não é seu? Lula, além de esperto é um sortudo, não necessariamente nesta ordem.

Depois de participar da cena patética e ridícula de acompanhar, ao lado do também patético e ridículo Chico Buarque, a defesa de Dilma no Senado, Lula certamente estará na frente do Palácio da Alvorada para, ao lados dos “cumpanhero”, acompanhar sua criatura até o avião que a trará de volta a Porto Alegre.
Dali, certamente tomará um rumo que nem sei se ele sabe qual é. Mas não duvido que discurse, esbravejante como sempre, gritando aos integrantes do MST, da CUT, MTST e alguns outros iludidos, que “a luta continua”. E o pior é que muitos seguirão acreditando nele.

A partir das 11 horas da manhã, quando Ricardo Lewandowski, presidente do STF que legitimou o processo do impeachment, abrir a sessão de votação final, começa o fim da agonia, não só de Dilma, mas principalmente de Lula e seus asseclas. A estrela vermelha, como se tem visto nas campanhas de petistas por todo o Brasil, já sumiu e ele provavelmente tenha o mesmo destino. Se bem que a Lava Jato pode mudar tudo.

Tenham todos um Bom Dia!