domingo, 28 de agosto de 2016

OPINIÃO

Os imorais*

O julgamento da presidente Dilma Rousseff já não tem a menor importância, em si, para os petistas que a defendem no Senado. Por se tratar de um processo essencialmente político, as favas já estão para lá de contadas. Portanto, os senadores do PT estão ali com o único objetivo de encenar a “paixão de Dilma”: diante das câmeras de documentaristas simpáticos à causa lulopetista, encarregados de registrar os estertores de Dilma na Presidência, esses histriões querem converter o julgamento em um dramalhão épico, numa tentativa de ditar a história deste triste período.

Pode-se imaginar que o roteiro cinematográfico do “martírio” de Dilma preveja como clímax a presença da presidente no Senado para se defender, amanhã. Consta que a petista trará uma comitiva de três dezenas de pessoas, entre as quais vários correligionários que foram seus ministros, que certamente se comportarão, diante das câmeras, como devotados apóstolos. E há ainda uma chance de ver Lula da Silva, a prima-dona da companhia, que planeja aparecer no Senado para testemunhar o calvário de sua criatura. Como Lula jamais será coadjuvante, em especial quando contracena com a inexpressiva Dilma, pode-se deduzir que sua intenção seja roubar a cena – é ele, afinal, quem julga ter um legado e uma história a defender, ao passo que Dilma, todos sabem, é apenas um pedaço de sua costela.

Todos esses atores, portanto, estão a desempenhar o papel que não lhes cabe: o de vítimas. Como Lula e grande elenco jamais admitiram responsabilidade pelos grosseiros erros dos governos petistas, muito menos pela corrupção sistêmica que carcomeu o Congresso e a administração pública nos últimos dez anos, qualquer acusação de roubalheira ou de irresponsabilidade só pode ser interpretada como campanha anti-PT.

Se o documentário sobre o impeachment de Dilma fizer uso da técnica do flashback, poderá lembrar que, quando estourou o escândalo do mensalão, Lula tratou de negar tudo. Confrontado com evidências acachapantes do esquema de corrupção, Lula chegou a pedir desculpas ao País – para salvar a pele, como sempre, o chefão petista não titubeou em jogar vários de seus homens ao mar. Mais tarde, porém, diante do crescente desgaste de seu partido, Lula tratou de mudar o discurso mais uma vez, dizendo que o PT não era mais corrupto do que os outros partidos e que seus principais dirigentes estavam sendo alvo de processos graças a uma perseguição deliberada contra os petistas em geral. Tudo isso para salvar a pele dos corruptos de outros partidos e aniquilar o “governo popular” do PT.

É com esse script, reescrito para as circunstâncias, mas muito bem ensaiado, que os senadores petistas pretendem constranger o Congresso perante as câmeras. “Qual é a moral deste Senado para julgar a presidenta da República?”, perguntou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), conspurcando a Casa para a qual ela mesma foi eleita. O evidente desrespeito à democracia não passou despercebido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que, na condição de presidente da sessão, admoestou a senadora quando ela insistiu, numa segunda ocasião, em colocar todos os senadores no mesmo saco da imoralidade petista. “Não vou admitir esse tipo de frase num julgamento como esse. Não volte a mencionar essa expressão”, disse Lewandowski. Mas Gleisi, que afinal não estava preocupada com nenhum julgamento, e sim com a construção da “narrativa” para a história, disse que “esta Casa conspirou contra a presidenta Dilma”.

Eis então que representantes do partido que protagonizou o mensalão e o petrolão, que tem três tesoureiros enrolados na Justiça, que teve vários de seus principais dirigentes processados e presos e cujo grande líder, Lula, acaba de ser indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica julgam-se à vontade para questionar a moral dos demais parlamentares.

Tudo tem um propósito claro: se todos são imorais, então ninguém é – e se apenas os petistas são condenados, então isso só pode ser “golpe”. É muito bom que tudo isso esteja sendo registrado em filme – que servirá como precioso documento da incansável vocação dos petistas para fraudar a realidade.

*Publicado no portal estadão.com em 28/08/2016

BOA NOITE!

Julio Iglesias, cujo nome completo é Julio José Iglesias Puga de la Cueva, é um cantor espanhol, ex-jogador de futebol, compositor e empresário.

Marcado pela voz e seu detalhismo nas canções, além de grande carisma, se tornou o mais bem sucedido artista latino em todos os tempos, com números impressionantes: 300 milhões de cópias vendidas, 2600 discos de ouro e de platina, quatro mil espetáculos em mais de quinhentas cidades do mundo e uma canção tocada a cada trinta segundos.

Mesmo completando 73 anos no mês que vem, Julio Iglesias ainda provoca suspiros apaixonados em suas apresentações, principalmente quando canta sucessos como Hey



Segurança pública

Força Nacional chega a Porto Alegre

Foto: RBSTV
Os 120 servidores da Força Nacional de Segurança convocados para auxiliar no policiamento de Porto Alegre chegaram à capital na tarde deste domingo (28). O grupo deixou o Rio de Janeiro na sexta-feira (26) e chegou em Porto Alegre por volta das 16h30. Os servidores foram levados às sedes do 1º e do 9º Batalhão da Brigada Militar, onde ficarão hospedados.

Uma viatura do Batalhão de Operações Especiais (BOE) fez a escolta da tropa do pedágio de Gravataí, na Região Metropolitana, até os prédios dos batalhões. No percurso, motoristas e passageiros de veículos que passavam pelos carros da Força Nacional na BR-290 saudaram os servidores com buzinaços e aplausos.

Segundo o subcomandante da Brigada Militar, coronel Andreis Silvio Dal'Lago, os servidores vão se juntar aos policiais militares que atuam na Operação Avante, que vem sendo realizada de forma permanente pela BM desde o início do ano para combater o crime na Região Metropolitana.

Eles devem começar a atuar no policiamento no fim da tarde de segunda-feira (29) ou, no máximo, na manhã de terça-feira (30). Ainda de acordo com Dal'Lago, os servidores vão trabalhar de oito a nove horas por dia, do início da manhã até o final da tarde, em abordagens policiais em barreiras, no eixo onde há fluxo de veículos, inclusive roubados, próximos a escolas e comércios.

O reforço da segurança no estado com a Força Nacional foi acertado na manhã da última sexta-feira (26), após uma reunião entre o governador José Ivo Sartori e o presidente em exercício, Michel Temer, em Brasília. Em outras ocasiões, o governo federal havia oferecido o apoio e o prefeito José Fortunati chegou a se manifestar a favor da medida, então descartada pelo Piratini.
Fonte: Portal G1

Dilma e Collor

Petista recebeu senador para conversa

Às vésperas do julgamento que pode torná-la a segunda presidente a sofrer impeachment, Dilma Rousseff recebeu o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), que foi afastado do cargo em 1992. A conversa, na sexta-feira, foi reservada e, segundo pessoas próximas a petista, foi solicitada pelo senador. A abertura de Dilma a parlamentares faz parte de sua estratégia para tentar conquistar votos a seu favor.

Collor, que já votou contra a petista em fases anteriores do processo, não anunciou claramente como se posicionará no julgamento final. Ele, no entanto, já comparou o processo de Dilma com o seu e defendeu que a chefe do executivo deve responder por crime de responsabilidade.

A conversa com Collor ocorreu no mesmo momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava com o senador Edison Lobão (PMDB-MA), também para tentar conquistar seu voto.

Fonte: veja.com