STF nega pedido de defesa de Dilma
Responsável por conduzir o processo de impeachment, o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou nesta
terça-feira, 23, pedido da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff para
anular o processo.
A defesa de Dilma queria anular a decisão de pronúncia,
sob a alegação de que o procedimento de votação na sessão do plenário do Senado
de 10 de agosto ocorreu com "violação ao devido processo legal" e ao
direito de defesa da petista.
O argumento jurídico é que as questões preliminares
apresentadas pela defesa deveriam ter sido apreciadas separadamente, conforme
as regras do Código de Processo Penal, e não globalmente, como permite o
Regimento do Senado.
"Não vislumbro nenhuma nulidade na decisão de
pronúncia proferida pelo Senado Federal. É que o fato de as (questões)
prejudiciais e as preliminares terem sido votadas em bloco não trouxe qualquer
prejuízo à acusada", argumentou Lewandowski em sua decisão. O presidente do STF destacou que os senadores, por votação
majoritária, decidiram não só "rejeitar todas as (questões) prejudiciais e
preliminares, das quais tinham plena ciência, como também acolher - para os
fins de pronúncia - as duas imputações assacadas contra a acusada".
Agência Estado