sábado, 20 de agosto de 2016

FUTEBOL

21ª RODADA

Sexta - 19/08
21:30
América MG 1 X 2 Chapecoense - Independência

Sábado - 20/08
21:00
Botafogo 3 X 0 Sport - Juiz de Fora

Domingo -21/08
11:00 
Flamengo 2 X 1 Grêmio - Mané Garrincha
Atlético MG 1 X 0 Atlético PR - Independência

16:00
Internacional 1 X 1 São Paulo - Beira Rio
Palmeiras 2 X 2 Ponte Preta - Arena Palmeiras
Santa Cruz 0 X 1 Fluminense - Arruda

18:00
Coritiba 2 X 1 Santos - Couto Pereira

18:30
Figueirense 1 X 2 Cruzeiro - Orlando Scarpelli

Segunda - 22/08
20:00
Corinthians _ X _ Vitória - Arena Corinthians

RAPIDINHAS


Duque retoma negociação de delação com a Lava Jato: um risco para Lula, Dilma e o PT
O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato de Souza Duque, condenado na Operação Lava Jato há mais de 50 anos de prisão como braço do PT no esquema de propinas na Petrobrás, retomou as negociações para um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Detido há um ano e cinco meses, em Curitiba (PR), o conteúdo de suas revelações envolve o partido, a presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sistemática de cartel e corrupção na estatal – com rombo reconhecido até aqui de R$ 6,2 milhões. Lula é um dos pontos centrais das negociações com a força-tarefa da Lava Jato. Além de confirmar que o ex-presidente sabia do esquema, o ex-diretor da estatal teria provas documentais para apresentar. As tratativas são feitas com membros da Procuradoria Geral da República (PGR), por citar políticos com foro privilegiado, e da Procuradoria, em Curitiba.

STF recebe queixa de estupro contra Feliciano e envia a Janot
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Brasília a queixa sobre estupro apresentada contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). O caso foi enviado ao Supremo nesta quinta-feira, 18, porque Feliciano tem foro privilegiado. O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, encaminhou o material ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Caberá a ele decidir se pede ou não abertura de inquérito contra o deputado. Também na quinta, a Polícia Civil de São Paulo indiciou a jornalista Patrícia Lelis, de 22 anos, por tentativa de extorsão e falsa comunicação.

Renan diz a aliados que deve votar pelo impeachment
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confidenciou a interlocutores que pretende votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no julgamento final, previsto para ocorrer no dia 30. Renan se reuniu nesta sexta-feira, 19, com Dilma, no Palácio da Alvorada, mas saiu do encontro sem dar pistas sobre a conversa, alegando apenas que o diálogo foi “institucional”. Nas duas etapas anteriores da tramitação do processo no Senado, Renan não votou. Questionado por jornalistas se desta vez iria se posicionar, ele não disse nem sim nem não. “Eu tenho conduzido o processo com isenção, responsabilidade e equilíbrio e isso me impede de declarar o que vou fazer”, afirmou.

Com Erlon, Isaquias leva prata e se torna o maior brasileiro em uma Olimpíada
Isaquias Queiroz chegou na Olimpíada do Rio falando que queria conquistar três medalhas, não importava a cor. E neste sábado ele cumpriu a promessa ao garantir o segundo lugar ao lado de Erlon de Souza, no C2 1.000 metros da canoagem velocidade. Antes, havia obtido a prata no C1 1000m e o bronze no C1 200m. Apenas a dupla Sebastian Brendel e Jan Vandrey, da Alemanha, chegou à frente deles na Lagoa Rodrigo de Freitas. O feito do rapaz de Ubaitaba, na Bahia, é histórico. Pela primeira vez um atleta do País conquistou três pódios numa mesma edição de Olimpíada. Antes dele, quatro atletas já tinham chegado à marca de duas medalhas em uma única edição: Guilherme Paraense e Afrânio da Costa, no tiro esportivo, nos Jogos de 1920, e os nadadores Gustavo Borges, em 1996, e Cesar Cielo, em 2008. Com o feito, Isaquias leva o recorde nacional para um novo patamar.

Mega-Sena pode pagar R$ 38 milhões neste sábado

O sorteio do concurso 1.849 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 38 milhões para quem acertar as seis dezenas neste sábado (20). O sorteio ocorre às 20h (horário de Brasília) em Fortaleza (CE).De acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF), se um apostador levar o prêmio sozinho e aplicá-lo integralmente na poupança, receberá cerca de R$ 251 mil em rendimentos. Caso prefira, poderá adquirir 7 mansões à beira mar ou 11 iates com camarote, cozinha, banheiros, duchas, entre outros itens de luxo. As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

BOM DIA!

Ré e vítima*

João Domingos

Há um certo entusiasmo entre os mais afoitos defensores de Dilma Rousseff com a promessa de que ela irá à sessão do impeachment para fazer a própria defesa. Dizem até que a presidente afastada conseguirá reverter votos a seu favor caso, no teatro da política, consiga apresentar-se a todos os que acompanharão o julgamento pela TV não como ré do processo de impeachment, mas vítima de uma trama macabra.

O alvoroço é ilusório.
Presente ou não ao julgamento, faça feio ou bonito, a possibilidade de Dilma alcançar os 28 votos favoráveis à sua absolvição continua remota. Os petistas e a própria presidente afastada sabem disso.

A presença dela na sessão do julgamento tem outra motivação. Há tempos Dilma desistiu de lutar para preservar o mandato. Ela luta é para limpar a biografia. Por isso diz que não cometeu nenhum tipo de crime, nem de responsabilidade nem comum. Por isso diz não ter contas bancárias no exterior. Por isso insiste na tese de um golpe urdido pelo vice e pelo deputado afastado Eduardo Cunha, que Dilma tenta vender para as gerações futuras como o mais sinistro personagem surgido na política brasileira nos últimos tempos, esse sim, dono de contas no estrangeiro. 

Dilma não se importa nem mesmo com a possibilidade de perder os direitos políticos até 2026, caso sofra o impeachment. A política não faz parte da vida dela. Dilma caiu na política por um acaso, por um capricho do ex-presidente Lula. Poderia ter passado para a História como uma moça idealista que, como tantos outros brasileiros, pegou em armas para combater a ditadura, foi presa e torturada, sobreviveu e hoje é uma das heroínas da conquista da democracia. Mas caiu na lábia de Lula, aceitou ser candidata a presidente e agora está aí, expiando pecados que, acha ela, nem eram seus, mas do PT. 

Essa é a motivação de Dilma. Por isso mesmo ela decidiu ir ao Senado para ver de perto a sessão que vai julgá-la. Dilma encontrou uma maneira de deixar um marco para o futuro. Assim como um dia enfrentou a ditadura militar, o tribunal de exceção que a julgou e condenou, ela vai ao Senado fazer o registro final de sua passagem pela vida pública. Como vítima. De novo.

Assim como a política é feita de artimanhas quando nos bastidores, quando em público é feita de gestos, é alimentada por símbolos. 

Se quisesse lutar pelo mandato, Dilma não teria se recolhido ao Palácio da Alvorada, fazendo-se prisioneira de si mesma. Se quisesse lutar pelo mandato, Dilma poderia ter ido todos os dias ao Senado, sozinha ou acompanhada pela pequena multidão com a qual deixou o Palácio do Planalto no dia do afastamento. Dilma acreditou que era vítima e que não precisaria lutar.

Acreditou ter o apoio da população, mesmo com popularidade lá embaixo. 
Perguntei ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pelas massas que ocupariam as ruas para defender Dilma. Ele respondeu: “Não estamos mais conseguindo mobilizar ninguém”. Perguntei ao ex-ministro Miguel Rossetto, o mais próximo conselheiro de Dilma, por que o poder tinha sido tirado tão facilmente das mãos do PT, sem nenhuma resistência, sem nada. Ele disse: “Porque não temos 10% de apoio. Não temos as ruas. Porque os golpistas têm mais força do que nós”.
Dilma vai gerar fatos e imagens para os que forem estudar História do Brasil no futuro com a decisão de ir ao Senado fazer pessoalmente sua defesa.

Mas a decisão dela terá consequências para si mesma. A presença de Dilma diante de uma corte formada por 81 jurados (os senadores), presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, diante da qual ela poderá se defender do jeito que quiser, vai enfraquecer a tese do golpe. Ao se fazer presente à sessão, Dilma dirá que legitima seu julgamento.

*Publicado no estadão.com em 20/08/2016