sábado, 13 de agosto de 2016

BOA NOITE!

Fabio Júnior é um ator, cantor e compositor que se destacou, inicialmente como cantor jovem no Grupo Arco Íris. Mais tarde, assumiu a carreira de ator participando de varias novelas.

Em 1978 em um dos episódios da série Ciranda Cirandinha, cantou sua canção “Pai” que foi trilha, mais tarde, da novela Pai Herói.

Neste final de semana em que comemoramos o Dia dos Pais, selecionei a música de Fábio Júnior para homenagear esta pessoa tão importante em nossas vidas.



Jogo de cena no impeachment

PT tenta criar sua própria versão

Pouco antes da meia-noite da terça-feira 9, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo subiu à tribuna do plenário do Senado. Como das vezes anteriores, defendeu a volta da presidente afastada Dilma Rous­seff ao Palácio do Planalto. Falando num tom acima do habitual, rebateu as acusações contra a sua cliente e criticou a celeridade do processo de impeachment, classificado como um “golpe” contra a democracia. A tese foi repetida por senadores da tropa de choque do PT, um após o outro, ao longo das quase dezessete horas da sessão que transformou a presidente em ré por 59 votos contra 21, num resultado previsível. A veemência dos discursos, além de defender o mandato de Dilma, atendia a outro propósito: a construção de uma narrativa.

Se nada mudar até o próximo dia 25, data marcada para o início do julgamento, a cassação de Dilma deve ser confirmada por ampla maioria dos senadores. O PT reconhece que não há muito que fazer. A presidente afastada, que aguarda o desfecho do processo praticamente reclusa no Palácio da Alvorada, também tem clareza de que seu destino está traçado. Até o ex-presi­dente Lula, mentor, criador e oficialmente o maior defensor de Dilma, já jogou a toalha faz tempo.

Mas a história, do ponto de vista do PT, não deve terminar com um tom melancólico e derrotista. Como ocorre desde a votação do impeachment na Câmara, na sessão da semana passada os passos de cada petista no Congresso foram acompanhados de perto por uma equipe de filmagem que se dedica a produzir um documentário sobre os bastidores do processo. Cientes de que eram os personagens principais do dia, os parlamentares contrários à cassação se esmeraram nos microfones e nas performances. Eles estavam sob as lentes de um projeto intitulado “Impeachment”, conduzido pela cineasta Petra Costa, da produtora Busca Vida Filmes e diretora do premiado documentário Elena, em que retrata a morte precoce de sua irmã.

Desde 13 de março, quando ocorreu a maior manifestação política da história do Brasil, Petra contabiliza cerca de 500 horas de gravação com mais de cinquenta parlamentares, de diferentes partidos, além de manifestantes e líderes de movimentos contra e a favor do impeachment. “A ideia é que o filme mostre as diversas etapas dessa crise, seus aspectos shakespearianos, maquiavélicos e épicos”, diz a cineasta. Entre os principais entrevistados está a presidente afastada, que relata, em sua perspectiva, o drama de quem foi apeado do poder. “Gostaríamos também de filmar Temer. Já entramos em contato com a assessoria algumas vezes, mas não obtivemos resposta”, afirma Petra, que ganhou apoio financeiro do Festival de Veneza.

Os petistas vislumbraram na produção a oportunidade de registrar para a posteridade o resultado de uma conspiração, de um golpe. Nesse contexto, Lula emerge como um dos principais personagens da história, que deverá ser exibida no Brasil e no exterior em 2017. Nos últimos meses, o ex-presi­dente tem montado uma agenda pensada com o objetivo de produzir imagens que se encaixam no enredo. VEJA acompanhou os bastidores das gravações realizadas em julho no Recife e no interior de Pernambuco. Ali, tudo parecia uma encenação. Enquanto criticava o presidente interino Michel Temer e o juiz Sergio Moro, Lula olhava para as câmeras, gesticulava, abraçava crianças, acariciava trabalhadores. Durante uma visita a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), um drone filmava o ex-presidente caminhando no meio de uma plantação. Num dado momento em que o aparelho se aproxima, ele ergue para o céu um punhado de mandiocas que haviam sido colhidas e faz uma breve saudação, sorrindo para a câmera.

Na tentativa de criarem sua versão da história, naturalmente suavizando os próprios pecados, deputados do partido também recorreram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), contra o processo de impeachment de Dilma. Antes disso, o próprio Lula havia protocolado uma representação na Organização das Nações Unidas (ONU) contra o juiz Sergio Moro, apresentando-se como vítima de perseguição da Justiça. As chances de que tais iniciativas tenham sucesso jurídico são praticamente nulas, mas o movimento saiu nos jornais e sites de mais de oitenta países, o que ajuda na construção da narrativa petista.

Longe das câmeras, o ex-presidente se reuniu em Brasília com líderes do partido horas depois da votação no Senado. No encontro, Lula disse que o “impeachment é jogo jogado” — ou seja, será aprovado com folga. Ele cobrou dos oito senadores e 36 deputados presentes maior engajamento nas lutas que serão travadas a partir de agora, quando o PT voltará a ser oposição, e destacou que só isso garantirá uma volta por cima em 2018. O ex-presidente tem dito que será candidato na próxima corrida presidencial. O tablado eleitoral há tempos deixou de ser a prioridade de Lula, acossado pela Operação Lava-Jato e pelo risco de ser preso por corrupção. O resto, na verdade, está mais para jogo de cena — literalmente.
Fonte: veja.com

Futebol


20ª RODADA

SÁBADO - 13/08
16:00
Sport 1 X 0 Flamengo - Arena Pernambuco

18:30
Ponte Preta 2 X 0 Figueirense - Moises Lucarelli

DOMINGO - 14/08
11:00
Grêmio 3 X 0 Corinthians - Arena Grêmio
Fluminense 1 X 0 América MG - Kleber Andrade

16:00
Vitória _ X _ Santa Cruz - Barradão
Santos _ X _ Atlético MG - Vila Belmiro
Cruzeiro _ X _ Coritiba - Independência

16:15
São Paulo _ X _ Botafogo - Morumbi

18:30
Atlético PR _ X _ Palmeiras - Arena baixada

SEGUNDA - 15/08
20:00
Chapecoense _ X _ Internacional - Arena Condá

TCU está procurando

A faixa presidencial sumiu!


Se o impeachment de Dilma Rousseff for confirmado no fim de agosto, Michel Temer será empossado como o 37º presidente do Brasil e colocará no peito a… cadê a faixa presidencial? A mais bizarra auditoria de que se tem notícia está sendo realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU): encontrar o misterioso lugar em que está a faixa presidencial do Brasil. O TCU descobriu que 4 500 itens do patrimônio da Presidência da República estão sumidos. Ninguém sabe se foram surrupiados ou simplesmente extraviados. Entre os objetos estão obras de arte, utensílios domésticos, peças de decoração, material de escritório, computadores e, sim, a faixa presidencial. Que fim ela levou?

A novidade apareceu durante uma auditoria do TCU que tinha outra finalidade. Em março passado, a Operação Lava-Jato localizou um cofre numa agência bancária em São Paulo no qual o ex-presidente Lula guardava presentes recebidos durante os oito anos de Presidência. A lei determina que os presentes trocados entre chefes de Estado sejam incorporados ao patrimônio da União. Lula e Dilma, segundo os técnicos, desrespeitaram a regra. Entre 2003 e 2010, Lula recebeu 568 presentes. Pelos registros, deixou no Planalto só nove deles. Já Dilma recebeu 163 presentes. Apenas seis foram incorporados ao patrimônio público. O TCU sugeriu ampliar o sistema de fiscalização para impedir que futuros presidentes levem bens que deveriam ser públicos.

Entre os objetos extraviados, há computadores, equipamentos de segurança, peças da coleção de prataria palaciana, tapetes persas, porcelana chinesa, pinturas de artistas brasileiros. Apenas no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, foi constatado o sumiço de 391 objetos. Já na Granja do Torto, uma espécie de casa de campo que fica à disposição dos presidentes, foram mais 114 bens. O prejuízo estimado chega a 5,8 milhões de reais: “Há clara negligência da Secretaria de Administração da Presidência da República na guarda dos bens patrimoniais”, diz o relatório elaborado pelo TCU.

Para comprovar as irregularidades apontadas na auditoria, o TCU procurou nos órgãos de controle de patrimônio e nos arquivos do Ministério das Relações Exteriores os registros de viagens oficiais dos presidentes ao exterior e de visitas de líderes mundiais ao Brasil. Com base em fotos e relatórios diplomáticos constataram-­se várias ocasiões em que os presentes recebidos por Lula e Dilma foram incorporados aos seus bens pessoais.

Fonte: veja.com

BOM DIA!

A corrupção nos municípios*

Práticas irregulares na gestão do dinheiro público disseminaram-se pelo País, como mostra o fato de que houve alguma forma de corrupção em pelo menos 15,65% das ações de responsabilidade das prefeituras bancadas com recursos da União. A constatação foi feita por uma pesquisa baseada em auditorias realizadas pela antiga Controladoria-Geral da União (CGU), hoje Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. Dada a grande dificuldade na identificação e caracterização dos atos de corrupção, pois eles são praticados de maneira dissimulada e de modo a não deixar vestígios, não parece exagerado supor que deve ser ainda maior o índice de ilegalidades cometidas com o dinheiro que a União transfere para os municípios, por imposição legal ou por decisões político-administrativas.

A pesquisa teve como fonte as auditorias realizadas pela CGU entre 2006 e 2010 em 840 municípios. Não parece coincidência que os atos ilegais detectados tenham ocorrido no período que começa pouco depois de vir à tona o escândalo do mensalão e abrange aquele em que, como vem mostrando a Operação Lava Jato, o governo do PT coordenou um imenso esquema de assalto à Petrobrás. Os exemplos criminosos vinham de cima.

É imenso o custo social dessa prática, que se tornou endêmica no País, como mostra a pesquisa, cujas conclusões foram divulgadas pelo Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado. Os pesquisadores Olavo Venturim Caldas, da Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção da CGU; Cristiano Machado Costa, da Unisinos (RS); e Marcelo Sanches Pagliarussi, da Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto, responsáveis pela pesquisa, concluíram que a corrupção nos municípios se concentra nas áreas de saúde (houve irregularidades em 19% das ordens de serviços analisadas) e educação (17,5%). Ilegalidades foram identificadas também em 1,25% das ações da área de assistência social e em 6,56% das demais.

Entre os efeitos maléficos da corrupção para a economia nacional, os autores apontam a redução do crescimento, a diminuição dos investimentos públicos e, em consequência, a gradativa deterioração da infraestrutura. Para a população, a corrupção tem efeitos que, embora não tão notáveis, podem ser mais perniciosos e duradouros, como a perda da qualidade do ensino e dos serviços de saúde oferecidos à população.

Em balanço divulgado no início do ano, a CGU mostrou que, desde 2003, irregularidades constatadas em 199 dos 2,7 mil municípios fiscalizados resultaram no desvio de R$ 2 bilhões destinados à merenda e ao transporte escolar por meio de programas federais. Há relação estreita entre a má gestão pública e o desempenho dos estudantes. Nos municípios onde a corrupção é mais intensa o desempenho é pior.

A corrupção tem outro aspecto particularmente nocivo, pois ela prejudica mais os mais carentes. “Nos municípios com maior incidência de corrupção as escolas têm infraestrutura pior, os professores recebem menos treinamento e relatam maior preocupação com a falta de recursos”, diz o estudo.

“Infelizmente há um ciclo viciado que impede que o povo seja mais educado e tenha mais poder de fiscalizar”, observa Olavo Caldas, um dos autores do trabalho. No atual ambiente institucional, diz ele, as políticas sociais não alcançam plenamente seus objetivos, “pois o dinheiro para essas áreas é desviado”.

Além do controle falho, também normas legais favorecem o desvio dos recursos que as prefeituras destinam para a área social. Uma delas é a que obriga as prefeituras a aplicarem pelo menos 25% da receita na área de educação e 15% em saúde – ou seja, 40% da receita tem destino certo. “A obrigatoriedade de alcançar o mínimo exigido pela legislação frequentemente resulta em gastos não prioritários, gerando incentivos para que os agentes se engajem em atividades consideradas corrupção”, afirmam os autores do estudo. Em outras palavras, a vinculação das receitas, como é conhecida a obrigatoriedade de aplicação do dinheiro em determinados setores, alimenta a ineficiência e a corrupção.

*Publicado no estadão.com em 13/08/2016