sexta-feira, 5 de agosto de 2016

BOA NOITE!

Teixeirinha ou o "Rei do Disco" (pelos recordes de vendas), nome artístico de Vítor Mateus Teixeira, foi um cantor, compositor e ator gaúcho, reconhecido em todo o Brasil.

Teixeirinha e Mazzaropi foram os maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, seus filmes chegaram a superar 1,5 milhões de espectadores, obtidos apenas nos três estados do sul do país.

Teixeirinha teve um recorde de venda de discos sendo que até 1983, lançou 70 LPs, compôs por volta de 1 200 canções e vendeu mais de 80 milhões de cópias.

São muitas as músicas de Teixeirinha gravadas por diversos artistas, principalmente do Rio Grande do Sul, que acabaram fazendo sucesso no Brasil inteiro. Uma delas, que selecionei para esta sexta-feira, mostra a voz, a criatividade e seu talento: Tordilho Negro.



RAPIDINHAS



‘Paulo Bernardo estava no ápice da organização criminosa’, afirma juiz com base em denúncia da Procuradoria
Ao receber a denúncia criminal contra Paulo Bernardo, o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo destacou que a Procuradoria da República atribui ao ex-ministro do Planejamento (Governo Lula) o papel de ‘líder de organização criminosa’. Segundo a Operação Custo Brasil, missão integrada da Polícia Federal e da Procuradoria, Paulo Bernardo teria recebido R$ 7,1 milhões em propinas do esquema Consist, empresa de software contratada para administrar empréstimos consignados de milhões de servidores públicos, a partir de 2010.


Janot denuncia líder do PP na Câmara
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao STF o deputado Federal Eduardo da Fonte, líder do PP na Câmara, e o executivo da Petrobras Djalma Rodrigues de Souza pelo recebimento de propina para beneficiar a UTC Engenharia nas obras da Coquepar, que seria construída no Paraná para fazer o processamento de coque da Petrobras. Segundo o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, ainda que tenha havido o pagamento de R$ 300 mil, Eduardo da Fonte lhe aplicou um “passa-moleque”, porque as obras jamais se efetivaram. Na denúncia, Janot explica que Eduardo da Fonte foi apresentado a Ricardo Pessoa por Djalma Rodrigues de Souza como um deputado que poderia ajudar a UTC a ganhar contratos no âmbito da chamada Petrocoque, controlada pela Petrobras. Em colaboração premiada, o presidente da UTC contou que recebeu deles a proposta do pagamento de propina para que a construtora tivesse preferência nas obras da Coquepar.


Receita abre na segunda consultas ao 3º lote do Imposto de Renda 2016
A Receita Federal  informou que serão liberadas na próxima segunda-feira (8), a partir das 9h, as consultas ao terceiro lote de restituições do IR 2016  e a lotes residuais, de quem caiu na malha fina, de 2008 a 2015. Estão incluídos nesse terceiro lote de restituição do IR deste ano 1.904.205 contribuintes, totalizando R$ 2,52 bilhões em restituições. O pagamento será feito no dia 15 de agosto. Os valores serão corrigidos em 4,38%. Considerando também os lotes residuais (para quem havia caído na malha fina, mas regularizou a situação com o Fisco), o pagamento será feito para 1,95 milhão de pessoas neste mês, no valor de R$ 2,65 bilhões.


Negociações de Marcelo Odebrecht para delação premiada avançam
As negociações de Marcelo Odebrecht  para fechar uma delação premiada na Lava Jato avançam. Nesta quinta-feira (4), ele foi entrevistado em Curitiba por procuradores da República lotados no Paraná e alguns na Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Odebrecht tenta esmiuçar o que ele pode repassar de informações úteis à investigação. Fontes garantem que ele ainda não vai assinar a delação. A demora de Odebrecht propor uma colaboração é o fato que mais dificulta as negociações. Isso porque dezenas de pessoas delataram antes dele e repassaram muitas informações. Portanto, Odebrecht precisa contar novidades para que os investigadores fiquem propensos a aceitar a colaboração. Ele está preso desde junho do ano passado.

Ministro quer proposta de 'plano de saúde popular' pronta em até 60 dias
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, criou nesta sexta-feira (5) um grupo de trabalho para elaborar o projeto de um “plano de saúde popular”, proposta que vem gerando polêmica e tem sido alvo de críticas de movimentos em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde). A portaria que cria o grupo de trabalho foi publicada no "Diário Oficial" da União desta sexta. O projeto criará um novo modelo de planos de saúde  no país, deve ser finalizado em até 60 dias. Na prática, a proposta visa flexibilizar as atuais normas da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar, que regula o setor) para que haja oferta de planos de saúde com cobertura menor do que o definido na lista mínima obrigatória de serviços e procedimentos ofertados ao usuário.

Esquema criminoso na Petrobras

MPF: “Lula participou ativamente”

Em manifestação de 70 páginas, o Ministério Público Federal defende a competência do juiz federal Sérgio Moro para julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirma que o petista ‘participou ativamente do esquema criminoso’ na Petrobrás. O documento, de 3 de agosto, é subscrito por quatro procuradores da República que compõem a força-tarefa da Operação Lava Jato.

É o mais contundente parecer já elaborado pelo Ministério Público Federal contra Lula.
“Considerando os dados colhidos no âmbito da Operação Lava Jato, há elementos de prova de que Lula participou ativamente do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobrás, e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa”, acusam os procuradores.

A manifestação é uma resposta à ofensiva da defesa de Lula que, em exceção de incompetência, alega parcialidade do juiz Moro para conduzir as investigações contra o ex-presidente. A Lava Jato suspeita que Lula é o verdadeiro proprietário do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), e do tríplex 164-A no Guarujá – os advogados de Lula negam taxativamente que ele possua tais propriedades. A investigação também mira a LILS, empresa de palestras do ex-presidente.

A defesa de Lula alega que inexistem motivos para que Moro ‘seja competente para processar e julgar os feitos que o envolvem, em razão de os fatos supostamente delituosos – aquisição e reforma de imóveis nos municípios de Atibaia e Guarujá e realização de palestras contratadas – consumaram-se no Estado de São Paulo, não apresentando conexão com os fatos investigados no âmbito da Operação Lava Jato’.

Os procuradores Julio Carlos Motta Noronha, Roberson Henrique Pozzobon, Jerusa Burmann Viecili e Athayde Ribeiro Costa afirmam que há ‘fortes indícios’ de envolvimento de Lula no esquema Petrobrás.

 “Considerando que uma das formas de repasse de propina dentro do arranjo montado no seio da Petrobrás era a realização de doações eleitorais, impende destacar que, ainda em 2005, Lula admitiu ter conhecimento sobre a prática de “caixa dois” no financiamento de campanhas políticas”, destacam.

Os procuradores observam que Lula, em recente depoimento à Polícia Federal, ‘reconheceu que, quanto à indicação de Diretores para a Petrobrás “recebia os nomes dos diretores a partir de acordos políticos firmados”’.

“Ou seja, Lula sabia que empresas realizavam doações eleitorais “por fora” e que havia um ávido loteamento de cargos públicos. Não é crível, assim, que Lula desconhecesse a motivação dos pagamentos de “caixa 2” nas campanhas eleitorais, o porquê da voracidade em assumir elevados postos na Administração Pública federal, e a existência de vinculação entre um fato e outro”, acusam.

Segundo os procuradores, ‘a estrutura criminosa perdurou por, pelo menos, uma década’. A Lava Jato investiga o esquema de corrupção, cartel e propinas instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014.

A peça lista quadros importantes do PT, antigos aliados de Lula, muitos deles acabaram na prisão da Lava Jato.

“Nesse arranjo, os partidos e as pessoas que estavam no Governo Federal, dentre elas Lula, ocuparam posição central em relação a entidades e indivíduos que diretamente se beneficiaram do esquema: José Dirceu, primeiro ministro da Casa Civil do Governo de Lula, pessoa de sua confiança, foi um dos beneficiados com o esquema; André Vargas, líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados durante o mandato de Lula, foi um dos beneficiados com o esquema; João Vaccari, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, legenda pela qual Lula se elegeu, foi um dos beneficiados com o esquema; José de Filippi Júnior, tesoureiro de campanha presidencial de Lula em 2006, recebeu dinheiro oriundo do esquema; João Santana, publicitário responsável pela campanha presidencial de Lula em 2006, recebeu dinheiro oriundo do esquema.”

Os procuradores se reportam também a inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal e relatam que ‘partidos políticos da base aliada do Governo Federal de Lula e seus filiados receberam recursos oriundos do esquema’.

“Executivos das maiores empreiteiras do País, que se reuniam e viajavam com Lula, participaram do esquema criminoso, fraudando as licitações da Petrobrás, e pagando propina. Considerando que todas essas figuras, diretamente envolvidas no estratagema criminoso, orbitavam em volta de Lula e do Partido dos Trabalhadores, não é crível que ele desconhecesse a existência dos ilícitos”, destaca o documento.

A Procuradoria afirma que ‘mesmo após o término de seu mandato presidencial, Lula foi beneficiado direta e indiretamente por repasses financeiros de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato’.

“Rememore-se que, no âmbito desta operação, diversos agentes públicos foram denunciados por receber vantagem indevida mesmo após saírem de seus cargos. Além disso, é inegável a influência política que Lula continuou a exercer no Governo Federal, mesmo após o término de seu mandato (encontrando-se até hoje, mais de cinco anos após o fim do seu mandato com a atual Presidente da República). E, por fim, não se esqueça que diversos funcionários públicos diretamente vinculados ao esquema criminoso, como os Diretores da Petrobrás Paulo Roberto Costa e Renato Duque, foram indicados por Lula e permaneceram nos cargos mesmo após a saída deste da Presidência da República.”
Agência Estado

05/08/2016



Estadão - Boxeador é preso por assediar duas camareiras
Crime aconteceu na Vila Olímpica; marroquino Hassan Saada pode ficar fora das competições no Rio

O Globo - União quer agilizar pente-fino em benefícios do INSS
Governo fará mutirões para checar aposentadorias por invalidez e auxílio-doença

Folha de São Paulo - Polícia mira grupo sem-teto em operação contra o tráfico na cracolândia
Segundo investigação, o MSTS coordena a venda de crack e maconha no centro; 
19 mandados de prisão são cumpridos

Correio Braziliense - Processo de impeachment de Dilma Rousseff tem só mais duas votações
Com a aprovação do relatório na comissão especial do impeachment, senadores vão decidir agora se a presidente afastada, Dilma Rousseff, será julgada de forma definitiva pelo plenário no fim do mês

Estado de Minas - Comitê dos Jogos Olímpicos do Rio faz mistério, mas Pelé é o favorito a acender a pira olímpica
Conflito de patrocinadores pode inviabilizar participação do 'Rei' na cerimônia

Gazeta do Povo - Preço do feijão sobe 39% em julho e tem a maior alta do ano em Curitiba
Produtos da cesta básica tiveram aumento de 0,9% em julho na capital paranaense, com leite e arroz completando o “pódio” dos produtos que mais subiram

Tribuna da Bahia - Esquerda do PT teme 'ruptura' interna
A Mensagem, segunda maior força do PT, fala em risco de "ruptura da unidade" partidária

Diário de Pernambuco - Empresas de fachada receberam R$ 83,5 milhões das empreiteiras OAS
Firmas acusadas pelo MPF de operar recursos destinados a propinas de empreiteiras a políticos apresentavam o mesmo endereço, e uma delas não tinha atividade

Revista EXAME - Governo age para elaborar projeto de plano de saúde popular
A criação de uma espécie de plano de saúde mais popular, com custos menores, é defendida pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, em uma tentativa de aliviar os gastos do governo com o financiamento do Sistema Único de Saúde

Revista ÉPOCA - Após disputa na base, deputado do PMDB deve ser vice de ACM Neto em Salvador
Bruno Reis, aliado de ministro Geddel Vieira Lima, foi indicado para o posto que também era disputado pelo PRB

Revista VEJA - INSS define regras para rever benefícios; economia vai a R$ 7 bi
Revisão deve alcançar 840 mil auxílios-doença e 3 milhões de aposentadorias por invalidez, segundo levantamento prévio do governo

Agência Brasil - Banco Central diz que recessão econômica está mais moderada
Para o BC, a moderação é resultado de melhora da confiança de empresários e consumidores, favorecida pelos efeitos positivos dos ajustes na economia feitos pelo governo
Portal G1 - Brasil só deve recuperar estoque de empregos perdidos a partir de 2021
Desde o início de 2015, país perdeu mais de 2 milhões de vagas formais. Recuperação deve começar em 2017, mas será lenta, segundo projeções

Portal IG - Ao minar plebiscito, PT sela divórcio com Dilma
Rui Falcão bombardeia consulta popular para antecipar eleição de 2018

ELEIÇÕES 2016


NO PDT SAI ZACHER E ENTRA JULIANA

Culminando com uma sucessão de problemas que passaram pela votação do impeachment da presidente Dilma, a saída em hora errada de Vieira da Cunha da secretaria estadual de Educação, bem no meio de uma greve de professores, com escolas invadidas e o rompimento de um acordo, embora verbal, mas de amplo conhecimento público, entre o PDT de José Fortunati e o PMDB de seu vice, Sebastião Melo, o partido de Leonel Brizola chegou ao máximo no dia de ontem quando, depois de ter consagrado o nome do vereador Mauro Zacher, em convenção, para ser o vice na chapa de Melo, mudou tudo e indicou, por determinação da cúpula nacional, a deputada estadual Juliana Brizola para concorrer ao lado do peemedebista.

Não se pode esquecer, antes de desistir da pré-candidatura, Vieira da Cunha acreditava nas informações do presidente estadual do PDT, deputado Pompeo de Matos, que se absteve de votar no impeachment de Dilma,  que vários partidos apoiariam a caminhada do candidato pedetista rumo ao Paço Municipal. Pompeo apostava que Mauricio Dziedricki (PTB), Onyx Lorenzoni (DEM) e inclusive Nelson Marchezan Jr (PSDB), abririam mão de suas candidaturas e apoiariam Vieira da Cunha. Sem o apoio de nenhum deles, ou de qualquer outro partido, Vieira acabou desistindo e trocou a candidatura à prefeito pelo apoio a Sebastião Melo e a indicação do vice na chapa. Estava começando mais um capítulo da desastrada caminhada pedetista.
Depois de indicar, por maioria de votos na convenção, o vereador Mauro Zacher para ser o vice de Melo, o partido atendeu ao que determinou seu presidente nacional, Carlos Lupi e trocou de candidato. Como Lupi queria desde o começo, a indicada foi a deputada estadual Juliana Brizola.

Fortunati, que além de prefeito, é o nome de maior destaque no PDT, foi o portador da notícia. Chamou Zacher e informou que ele não seria mais o vice. O poder de Carlos Lupi tinha sido maior.


MELO CONFIRMADO NA CONVENÇÃO, MAS O VICE É OUTRO
A festa que confirmou a candidatura de Sebastião Melo, aconteceu na noite de ontem na Casa do Gaúcho, no Parque Harmonia. Lideranças do PMDB e dos demais partidos (14) que apoiam Melo, estiveram presentes.

Melo chegou acompanhado do prefeito José Fortunati (PDT) para receber o abraço de José Fogaça, ex-prefeito de Porto Alegre e do ex-senador e ex-governador Pedro Simon.
Simpatizantes ocuparam o espaço destinado aos coligados PMDB, PDT, PSB, Rede, PPS, DEM, PSD, PSDC, PTN, PEN, PRDB, PHS, PROS e PRB, e vibraram com o discurso de Sebastião Melo que, em meio a festa, foi obrigado a anunciar que seu vice, a partir de ontem, era outro. Foi o momento do PDT anunciar que Juliana Brizola passava a ocupar o lugar que seria de Mauro Zacher.

Outra questão que não foi muito bem digerida pelos peemedebistas, foi a cedência de espaço para nomes do PDT que concorrerão a vereador. Os partidos coligaram, também, na nominata para a Câmara.


COM AOPIO DA REDE, BUSATO FICA MAIS TRANQUILO
Depois de ver o PP sair da aliança de apoio a sua candidatura, Luiz Carlos Busato (PTB) transformou o problema em solução ao conseguir fechar uma aliança com a Rede de Marina Silva.  Assim, Airton Souza (PP) que seria o candidato a vice, cede lugar a Gisele Uequed (Rede).

Mesmo que seu partido, o PP, seja apoiador oficial da candidata Beth Colombo (PRB), Airton Souza seguirá ao lado de Busato e será coordenador-geral da campanha do petebista.
Vale lembrar que, em 2012, Gisele foi candidata a prefeita de Canoas e ficou em segundo lugar.


PARA PONT, PORTO ALEGRE “É UM MERCADO PERSA”
Ao criticar o que chamou de loteamento de secretarias municipais, o candidato do PT, Raul Pont, disse que o grande número de partidos que se estabeleceu na prefeitura, deixaram Porto Alegre “sem poder regulador e virada num inferno”. Para ele, não se trata de não fazer coligações, mas de não permitir “que cada partido, com ideologias diferentes, toque a administração”.


DZIEDRICK FOI MAIS SUAVE NAS CRÍTICAS
Assim como Pont, o candidato do PTB, Maurício Dziedricki, também participou do Café da Manhã da Associação Comercial. A diferença é que Dziedricki representa um partido que participa da administração municipal e foi obrigado a salientar que representa a nova geração petebista. “Somos a nova geração do PTB e vamos construir mudanças a partir de três pontos: segurança, colaboração e modernização”. Questionado sobre se sua candidatura seria linha auxiliar para a eleição de Sebastião Melo, Maurício Dziedricki disse que “consolidando nossa candidatura atavés da discussão de uma política de Estado, somos diferentes de outras coligações que tiveram um aporte estrutural do qual não dispomos”.


PROBLEMAS PARA O PP EM PELOTAS
Aliados da candidatura de Paula Mascarenhas (PSDB) em Pelotas, que representam 12 partidos, assinaram um documento no qual rejeitam a entrada do PP na aliança.

O Partido Progressista, que já foi poderoso em Pelotas, foi rejeitado pela coligação pelas trapalhadas proporcionadas pelo ex-prefeito Fetter Jr. que, depois de exigir a vaga de vice na chapa de Paula Mascarenhas, ameaçou apoiar Anselmo Rodrigues (PDT). Fetter conseguiu, com suas desastrosas manobras, ser considerado o responsável pela divisão do PP em Pelotas.

Eu volto amanhã!

BOM DIA!

Os descaminhos de Dilma*

No exercício interino da Presidência e prestes a se tornar sucessor da presidente afastada – e a despeito das dificuldades decorrentes das circunstâncias excepcionais que o colocaram na função –, Michel Temer tem ensinado a Dilma Rousseff e ao PT uma lição elementar, que Lula não conseguiu transmitir a sua pupila. A de que governar um país, numa democracia, é um enorme desafio de natureza essencialmente política que não comporta soberba, autoritarismo, desapreço pelo contraditório. Egocêntrica, Dilma fez questão sempre de exibir seu poder, em vez de fazê-lo prevalecer pelo caminho democrático da adequação de meios a fins. Tentou levar a extremos o princípio inverso, autoritário, de que os fins justificam os meios. O resultado está aí.

É inacreditável a postura olímpica de Dilma Vana Rousseff, às vésperas de ter seu impeachment decretado, em relação à sua própria responsabilidade na grave crise da qual o País luta para se desvencilhar. Está prevista para o dia 10 a divulgação de uma Carta aos Brasileiros na qual ela exporá argumentos que julga capazes de atingir o principal objetivo da iniciativa: reverter a seu favor o julgamento final do impeachment previsto para se realizar no Senado no fim deste mês. A julgar pelo comportamento que Dilma tem adotado desde sempre, é fácil imaginar o teor da tal Carta: a proposta de soluções que ela própria não teve a capacidade de adotar enquanto governava e, principalmente, o indigitamento dos culpados pelos problemas do País – da direita inimiga do povo ao PT, passando pela “mídia monopolizada”. Um amplo elenco do qual ela nunca teve o menor escrúpulo de se excluir, embora tenha sido chefe do governo por mais de cinco anos.

É tão desmedida sua soberba que Dilma baniu a primeira pessoa de qualquer consideração negativa da gestão pública pela qual ela foi a responsável constitucional até semanas atrás. Ela jamais admitiu ter alguma culpa pelo descontrole das contas públicas, pela recessão da economia e, consequentemente, pelo brutal aumento do desemprego e pela diminuição dos recursos disponíveis para programas sociais que são considerados a maior realização dos 13 anos de lulopetismo. Tudo é culpa de terceiros. Quando não é da conjuntura internacional adversa, é da oposição desalmada que sabotou seu governo com pautas-bomba no Congresso ou da mídia a serviço das elites que não consegue enxergar os méritos de um “governo popular”.

Mas, se não consegue ser minimamente fiel à realidade – o que implica dizer que quem está errada é a maioria absoluta dos brasileiros que hoje a repudiam –, Dilma não consegue tampouco dedicar um mínimo de fidelidade ao partido político que a inventou e a carregou nas costas em duas eleições presidenciais. Na terça-feira passada, Dilma foi implacável com o PT: “Eu acredito que o PT tem de passar por uma grande transformação. Primeiro, uma grande transformação em que se reconheçam todos os erros que cometeu, do ponto de vista das práticas, da questão ética, da condução de todos os processos de uso de verbas públicas”.
Dilma aconselhou o partido a fazer aquilo a que ela própria se recusa: “A instituição, que é o PT, tem de ser preservada, tem de ser melhorada, tem de ser redemocratizada. (...) As pessoas é que têm de fazer as suas autocríticas”.

É fácil entender, diante disso, por que a direção do PT, embora ainda procure manter as aparências, está cada vez mais distante daquela a quem só aceitou como candidata à Presidência por imposição de seu então todo-poderoso chefão, Lula da Silva. E com a qual, ao longo de cinco anos de mandato presidencial, teve frequentes desencontros, como por ocasião da “faxina” ministerial que ela tentou promover logo no início do primeiro mandato ou quando, no início do segundo, o Ministério da Fazenda foi entregue ao “liberal” Joaquim Levy, que tentou em vão impor um mínimo daquilo que o populismo lulopetista jamais praticou: austeridade no trato dos recursos públicos. Bem a seu estilo, Dilma renega hoje o PT com o qual jamais se entendeu. Um enorme erro político pelo qual está pagando caro.
*Publicado no estadão.com em 04/08/2016