sexta-feira, 22 de julho de 2016

BOA NOITE!

Jim Diamond nasceu em Glasgow, na Escócia e trabalhou como artista por 46 anos, tendo liderado várias bandas e em carreira solo.

Fez sucesso com músicas como I Won't Let You Down, Remember I Love You e I Should Have Known Better. Esta última canção, uma balada editada em 1984 obteve um enorme sucesso, não só no Reino Unido (onde foi nº1) como em toda a Europa e no resto do mundo.

Em 1985 a música que vamos escutar, I Should Have Known Better, com Jim Diamond, fez parte da trilha sonora da novela A Gata Comeu.




Blog do Camarotti

Com depoimento de Santana, Dilma
muda tom sobre verbas de campanha

O grupo mais próximo da presidente Dilma Rousseff já não esconde a preocupação com os efeitos dos depoimentos do marqueteiro João Santana e sua mulher Mônica Moura ao juiz Sérgio Moro. Santana e a mulher reconheceram que receberam recursos do petrolão via caixa 2 na eleição de 2010.

Diante da contundência do depoimento, o primeiro efeito colateral já aconteceu nesta sexta-feira (22). Dilma foi obrigada a mudar sua versão sobre pagamentos de suas campanhas. Até então, ela negava enfaticamente recursos de caixa 2 em campanha. Mas, pela primeira vez, em entrevista à rádio Jornal do Commércio, do Recife, Dilma mudou o discurso. Disse que não autorizou pagamento de caixa 2 para ninguém. "Se houve pagamento, não foi com meu consentimento", afirmou Dilma, com uma nova argumentação para os recursos de sua campanha.

O grande temor entre petistas é que os depoimentos desta quinta-feira de Santana e Mônica Moura já sinalizam para uma tentativa de acordo de delação premiada que tem potencial explosivo.

Isso porque o marqueteiro e sua mulher só admitiram ilegalidades naquilo que já tinha sido comprovado pela Operação Lava Jato. Petistas mais realistas avaliam que Santana, na delação, pode fazer um estrago envolvendo não só as campanhas de Dlma em 2010 e 2014, revelando novos fatos, mas também na campanha de Lula à reeleição em 2006.

Segundo interlocutores de Dilma, a situação hoje estaria pior caso o deputado afastado Eduardo Cunha tivesse admitido o pedido original para o impedimento de Dilma, que incluía não só as pedaladas de 2014, mas também fatos relacioandos ao escândalo de corrupção originado pela Lava Jato. 

"Independente de isso não ser o foco do processo de impeachment, é lógico que traz consequências políticas na análise do caso pelo Senado", admitiu ao Blog esse interlocutor de Dilma.

Seja qual for o resultado da votação no Senado, a avaliação de aliados é que a Lava Jato entrou na órbita de Dilma Rousseff de forma definitiva. 

*Publicado no Blog do jornalista Gerson Camarotti, Portal G1, em 22/07/2016

DESTAQUES DA TARDE


Estadão - Pagador de marqueteiros revela a Moro ‘conta corrente’ da propina do PT
Zwi Skornicki, que fez delação premiada, confirmou ter pago US$ 4,5 milhões a João Santana e a Mônica Moura, em 10 parcelas, a mando de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido

O Globo - Rússia apela ao COI para que atletas limpos possam participar da Rio-2016
Entidade deve se posicionar até o início da próxima semana sobre participação russa nos Jogos

Folha de São Paulo – Venezuelanos inundam cidade em Roraima para comprar comida
Pacaraima, na divisa de Roraima com a Venezuela, é definida por moradores como 
"uma pequena 25 de Março", em alusão à ruafamosa pelo comércio popular em São Paulo

Correio Braziliense - Câmara autoriza que Cunha, mesmo afastado, ocupe apartamento funcional
O parlamentar não quis receber auxílio moradia para se hospedar em hotel e vai ocupar um dos apartamentos que a Casa oferece aos parlamentares em Brasília

Tribuna da Bahia - Polícia Federal prende empresário e desvenda fraudes em licitações
Uma organização criminosa envolvida em desvio de verbas públicas destinadas à saúde foi desarticulada nesta sexta

Revista VEJA - Trump propõe barrar imigração de países afetados por terrorismo
Trump voltou a atacar os imigrantes e reforçou a proposta de construir um muro de fronteira, em seu primeiro discurso oficial como candidato republicano

Revista ÉPOCA -  Presidente do TSE, Gilmar Mendes criticará, em palestra, excesso de partidos políticos
São 28 legendas cadastradas e 37 que aguardam registro

Revista ISTOÉ - Temer dá à oposição comando de projetos polêmicos ou vinculados a Dilma
A estratégia do governo é destinar postos-chave em comissões especiais a integrantes da oposição, ex-ministros ou parlamentares com bom trânsito no PT

Revista EXAME - Último fabricante de videocassetes anuncia fim da produção
A companhia justificou sua decisão pela forte queda das vendas  e deixará de fabricar no fim deste mês os videocassetes VHS em sua fábrica da China

Agência Brasil - "Estamos mais vigilantes", diz Erdogan sobre possibilidade de novo golpe
Segundo o presidente, futuros golpistas terão dificuldades em tentar atingir seus objetivos já que as autoridades turcas "estão mais vigilantes"

Portal G1 - Ministério da Saúde repõe 1,5 mil vagas do Mais Médicos até setembro
Do total, 1,2 mil vagas são para cubanos, que chegam ao país em agosto.
Ministério abriu também 502 vagas adicionais para médicos brasileiros

Portal IG - Aspirina líquida pode combater tumores cerebrais, diz estudo
Testes sugerem alta eficácia contra uma das formas mais agressivas de câncer

Caixa 2 na campanha

Dilma diz que não autorizou

A presidente afastada da República, Dilma Rousseff, afirmou em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, na manhã desta sexta-feira, 22, que não autorizou pagamento de caixa 2 a ninguém durante sua campanha. "Na minha campanha eu procurei sempre pagar valor que achava que devia. Se houve pagamento (de caixa 2), não foi com meu conhecimento", comentou.

O publicitário João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, alegaram nesta quinta, 21, que US$ 4,5 milhões recebidos em uma conta na Suíça tiveram como origem caixa 2 da campanha de Dilma em 2010. O casal foi interrogado em Curitiba pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.

Dilma afirmou ainda que continua lutando para retornar ao poder e ressaltou que o processo de impeachment só será finalizado com a votação no Senado, prevista para o fim de agosto. "Na abertura do processo, 22 senadores votaram contra o impeachment. Portanto, só faltam seis ou sete senadores para garantir que o impeachment não passa. E eu tenho conversado bastante com os senadores", comentou.
Agência Estado

Marqueteiro do PT

“Menti para não destruir a Presidência”

Dilma, João Santana e Lula – Foto: Reprodução
Em seu primeiro depoimento diante do juiz da Lava Jato, o marqueteiro que atuou nas campanhas eleitorais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) confessou que mentiu à Polícia Federal quando depôs aos investigadores em fevereiro deste ano, logo após ser preso pela Lava Jato, para ‘preservar’ a presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Na ocasião, o marqueteiro disse que recebeu valores em contas no exterior referentes a campanhas para as quais ele trabalhou em outros países e negou que o dinheiro tinha relação com campanhas no Brasil. João Santana e sua mulher e sócia Mônica Moura vinham atuando nos últimos anos em campanhas petistas, mas também em campanhas presidenciais em outros países, sobretudo na América Latina.

Nesta quinta-feira, 21, o casal negou sua própria versão inicial e admitiu ter recebido o caixa 2 de US$ 4,5 milhões para quitar uma dívida da campanha de Dilma de 2010. João Santana citou três fatores que, segundo ele, pesaram para que mentisse em seu primeiro depoimento à Polícia Federal: o psicológico (o ‘susto’ da prisão, e ele diz que não imaginava que seria preso), o “profissional” (queria manter o sigilo do contrato com o PT) e o “político”.

Em relação ao terceiro fator, Santana, que atuava como conselheiro de campanhas e estratégias eleitorais da petista, disse que não queria “destruir a presidência”, em um momento em que o impeachment da petista era discutido na Câmara.

“Eu raciocinava comigo, eu que ajudei de certa maneira a eleição dela não seria a pessoa que iria destruir a presidência, trazer um problema. Nessa época já iniciava o processo de impeachment, mas ainda não havia nada aberto, e sabia que isso poderia gerar um grave problema até para o próprio Brasil”, afirmou.

A assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff informou que não iria se posicionar sobre o caso neste momento.
Agência Estado

BOM DIA

A 'justiça' segundo o PT*

A título de demonstrar a injustiça de que a presidente afastada Dilma Rousseff se considera vítima com o processo de impeachment ora em curso, movimentos sociais petistas mobilizaram diversos intelectuais e profissionais do direito para promover um “tribunal internacional” e denunciar o que eles entendem como violação da Constituição e de diversos tratados.

Em seu formato, o tal “tribunal” emulou os famosos “julgamentos” realizados por intelectuais europeus de esquerda nos anos 60 e 70 para expor os crimes cometidos pelo imperialismo americano e seus subprodutos, como as ditaduras latino-americanas. Quer-se, com isso, equiparar o impeachment de Dilma, que ocorre no mais absoluto respeito às leis pactuadas pelo conjunto da sociedade brasileira, aos massacres e violações dos direitos humanos em larga escala perpetrados naqueles tempos sombrios. A confusão, é claro, nada tem de gratuita.
Do mesmo modo que aqueles “tribunais” raramente se debruçavam sobre os crimes cometidos pelos regimes comunistas, pois seu interesse não era fazer justiça, e sim propaganda antiamericana, o “tribunal” dos petistas não se prestou a esclarecer nada. Serviu apenas para confirmar que não há limites, inclusive para o ridículo, na luta da tigrada pelo poder.

Quando ajudou a criar o “tribunal” de intelectuais que “julgou” os crimes cometidos pelos Estados Unidos no Vietnã, em 1967, o filósofo britânico Bertrand Russell disse que a legitimidade das sentenças proferidas por aquela “corte” estava garantida não por um poder estatal, mas pela “autoridade moral” de seus integrantes. Desde então, vários “tribunais Russell”, como as iniciativas como aquela ficaram conhecidas, foram realizados para denunciar a opressão promovida por potências ocidentais, mas jamais os crimes cometidos por aqueles governos que se julgam líderes dos oprimidos.

Foi decerto inspirado por essa estranha “autoridade moral” que se realizou o tal “tribunal internacional” petista, nos dias 19 e 20 passados, num teatro do Rio de Janeiro. Nada ali, é claro, presumia qualquer forma de neutralidade: como um bom “tribunal” de sua espécie, a iniciativa petista se prestava somente a dar caráter de verdade absoluta, revestida de rabulice legalista, à conclusão segundo a qual Dilma Rousseff está sofrendo impeachment graças a um complô das elites do Brasil e do exterior, inconformadas com o suposto protagonismo das “classes trabalhadoras” com a ascensão do PT ao poder.

A encenação do “tribunal” contou com todos os elementos necessários a um julgamento tradicional: juiz, jurados, promotoria e até uma advogada de defesa – cuja tarefa foi dizer apenas que o processo de impeachment estava de acordo com a Constituição. Considerando-se que a “defensora”, a professora de direito Margarida Lacombe, é coautora de um livro chamado A Resistência ao Golpe de 2016 e já escreveu que “os oportunistas de plantão” querem “ocupar a Presidência da República sem o recurso do voto popular”, pode-se imaginar o esforço que ela fez para encarnar seu personagem naquele teatro.

Como todo “tribunal” do gênero, o petista já tinha elaborado sua sentença muito antes do início das sessões, que contou com a participação, entre os jurados, de convidados estrangeiros, como se isso conferisse legitimidade ainda maior àquela farsa. Por “unanimidade”, esses jurados concluíram que “o processo de impeachment da presidenta (sic) da República viola a Constituição brasileira, a Convenção Americana dos Direitos Humanos e o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e constitui verdadeiro golpe de Estado”. E isso tudo porque, segundo uma das juradas, a francesa Laurence Cohen, “a burguesia não suporta o programa em favor do povo da coalização de esquerda”.

A páginas tantas, no entanto, a sentença lamenta que o Poder Judiciário brasileiro tenha legitimado até aqui o processo de impeachment. Eis aí uma realidade que nenhuma patacoada pseudointelectual petista será capaz de mudar.
*Publicado no estadão.com em 22/07/2016