sábado, 9 de julho de 2016

BOA NOITE!

Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, foi um cantor, compositor, poeta e violonista brasileiro. Tem como maiores sucessos, as músicas As Rosas não Falam e O Mundo É um Moinho.

Cartola teve suas composições gravadas pelos maiores nomes da música brasileira como Francisco Alves, Mario Reis, Jamelão, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves, Bethânia, entre muitos outros.

Um de seus sambas, que não figura entre os mais conhecidos, Preciso me encontrar, foi gravado por Zeca  Pagodinho e Marisa Monte, mas sua interpretação valoriza muito sua música. Vamos ouvir.



NOTÍCIAS DO SÁBADO


Lewandowski é ironizado em restaurante de São Paulo
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, jantava num restaurante, em São Paulo, ao ser abordado por uma mulher. “Parabéns”, ela disse, apertando-lhe a mão. Esperou o ministro agradecer e continuou: “por ter aumentado seus próprios benefícios”.


FHC passa bem após implantar marca-passo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 85 anos, passou na manhã de hoje por uma cirurgia para implantar um marca-passo (aparelho utilizado para corrigir o ritmo do batimento cardíaco). A operação foi bem sucedida e ele passa bem, conforme informou sua assessoria de imprensa.


Britânicos descartam segundo referendo sobre permanência na EU
O governo britânico respondeu neste sábado, 9, a mais de quatro milhões de cidadãos que assinaram uma petição para solicitar um segundo referendo após a votação de 23 de junho que determinou a saída do país da União Europeia, com a indicação de que não ocorrerá um segundo plebiscito. Cada signatário da petição recebeu um e-mail do Foreign Office (ministério das Relações Exteriores), que afirma que "o governo responde à petição assinada". A petição solicitava "ao governo aplicar uma regra segundo a qual se a votação de permanência ou saída (da UE) for com base em menos de 60% dos eleitores, com um índice de participação inferior a 75%, então outro referendo deve ser convocado".

A munição de Benedito Junior da Odebrecht
Além de entregar Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, o ex-presidente da Odebrecht Benedito Junior tem munição para comprometer o ex-governador do Rio Anthony Garotinho. Os dois eram tão afinados que Garotinho, ao divulgar as célebres fotos da “gangue do guardanapo” de Cabral, omitiu a presença do executivo em Paris.


Escassez de recursos reduz número de pesquisas eleitorais
O antes pujante mercado de pesquisas eleitorais sofre com a escassez de recursos para campanhas este ano. Até a semana passada, apenas 713 sondagens de opinião sobre as disputas para prefeito em todo o Brasil foram registradas no Tribunal Superior Eleitoral — uma queda de 24% na comparação com o mesmo período de 2012, quando também houve eleições municipais. Minas Gerais é o estado onde os institutos tiveram maior perda. De janeiro a junho deste ano foram registradas 37 pesquisas. Há quatro anos, o número era de 137.

Ex-tesoureiro do PT preso na Lava Jato usou R$ 33 mil em passagens aéreas da Câmara
Paulo Ferreira, o ex-tesoureiro do PT preso na Lava Jato e suspeito de cobrar propina no esquema da Petrobras, não se fez de rogado, quando foi servidor da liderança do PT na Câmara, no uso de passagens aéreas pagas pela Casa. Do início de 2015 até janeiro deste ano, foram mais de R$ 33.400 em passagens aéreas ressarcidas pelo Legislativo. O destino preferido de Ferreira foi Porto Alegre, seu reduto eleitoral. A liderança do PT afirmou que a emissão das passagens foi autorizada pelo então líder do partido na Câmara, Sibá Machado. A liderança justificou ainda que viagens de servidores podem ser custeadas pela Câmara, de acordo com ato da Mesa.

BOM DIA


Uma reportagem da Revista VEJA, que circula neste final de semana, mostra o quanto o país empobreceu nos últimos anos. De uma ilusão criada em 2010, chegamos ao realismo de uma miséria que se aprofunda em 2016. Acho que  devemos ler e refletir.

A piora na vida dos mais pobres


VEJA revisitou brasileiros cuja realidade havia melhorado em 2010 e constatou na vida real o que as estatísticas registram no papel: a fome voltou a rondar as mesas, e os sonhos, como o de fazer faculdade, deram lugar ao medo do desemprego. Foto: Antonio Milena/VEJA

A previsão constava de um estudo do Ipea feito em 2010: em 2016, dizia, a miséria daria traço no Brasil - a pobreza extrema estaria "praticamente superada" e se transformaria em uma insignificância estatística. Havia razão para tanto otimismo. Naquele ano, o último do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o crescimento do PIB havia fechado em 7,5%, o maior desde 1986. Mais de 13 milhões de brasileiros já tinham desembarcado da extrema pobreza, e o poder de compra do salário mínimo havia aumentado quase 10% ao ano, no período compreendido entre 1995 e 2008. Passados seis anos, no entanto, o Brasil anda de marcha a ré. Novos estudos, estes coordenados por Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam que os miseráveis - aqueles que não deveriam mais existir em 2016 - estão, na verdade, prestes a aumentar.

Um dos dados que mostram a iminência desse fenômeno é a queda inédita e simultânea de dois índices importantes no último trimestre de 2015: o da renda da população e o da "taxa de equidade", que mede quanto o país está mais igual - e, portanto, menos desigual. Ambos compõem o índice de bem-estar social da FGV. As duas quedas, da renda e da equidade, decorrem dos mesmos fatores, afirma Neri: "A inflação leva dois terços da culpa e a falta de emprego, incluindo o informal, é responsável pelo outro terço".

Foto: Reprodução
Até o fim de 2016, a renda per capita dos brasileiros deve recuar quase 10% em relação a 2014, aponta outro estudo da FGV. Será a segunda maior queda em 116 anos. Pior que esse tombo, apenas o do triênio 1981-1983, também marcado por uma crise econômica grave. Segundo um estudo da consultoria Tendências, a derrocada vai levar 7,8 milhões de brasileiros de volta à pobreza e seu entorno. Se o país não voltar a crescer até 2018, haverá mais pessoas nessa situação do que em 2005, ainda nos primeiros anos do governo Lula, prevê a consultoria.

No mês passado, VEJA percorreu cidades do Ceará, Bahia e Minas Gerais para revisitar brasileiros que em 2010 falaram à revista sobre seus planos e esperanças. O título da reportagem era "A vida melhorou". Nesta apuração, no entanto, o que se viu foi a confirmação, na vida real, daquilo que registram os indicadores econômicos. Para todos os entrevistados, a vida piorou.