domingo, 3 de julho de 2016

BOA NOITE!


Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, foi um cantor e compositor brasileiro que fez sucesso a partir do começo dos anos 70 e teve suas músicas gravadas pelos maiores nomes da música brasileira.

Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins (Lelete) e a filha deles, a caçula Mariana.

Gonzaguinha morreu aos 45 anos, em 29 de abril de 1991, ao regressar de uma apresentação no Paraná, vítima de acidente automobilístico em uma rodovia no sudoeste daquele Estado.

Da trilha sonora da novela Selva de Pedra, em 1986, vamos ouvir Gonzaguinha cantando Mamão com Mel



Fraude na Lei Rouanet

Danem-se as criancinhas

Quadrilha que fraudava a Lei Rouanet pagou o casamento de um membro com dinheiro destinado a apresentar “a magia do teatro” a crianças carentes. 
O noivo (no centro) foi preso na semana passada(Divulgação/VEJA)
O argumento da "democratização do acesso à cultura" sempre foi um abre-te, sésamo para produtoras abocanharem verbas da Lei Rouanet. Mas a Logística Planejamento Cultural foi além. A justificativa que apresentou ao Ministério da Cultura para pedir a aprovação do projeto que levaria 11 000 estudantes de escolas públicas ao teatro é quase um poema: "A arte atravessa. Ela tem o poder de atravessar. Atravessar universos, histórias, limites, personagens, sentimentos, pessoas. Esse projeto quer mostrar a potência do teatro como elemento de propagação de cultura, despertando a percepção de crianças sobre esse elemento artístico. Queremos que elas atravessem todas as barreiras e entrem no mundo mágico do teatro". Pois o dinheiro captado para apresentar "o mundo mágico do teatro" a crianças carentes acabou usado para pagar despesas de uma festa de casamento para 120 pessoas em Jurerê Internacional, a praia mais badalada de Florianópolis, conhecida como "a Ibiza brasileira". Se algo atravessou limites nesse caso, foi o cinismo.

A Lei Rouanet, criada em 1991, autoriza grupos ou artistas que tenham projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura a captar dinheiro com empresas, que, em troca, ganham o direito de deduzir do imposto de renda parte do valor do patrocínio. Segundo a Polícia Federal, a Logística era uma das onze empresas usadas pelo Grupo Bellini Cultural para desviar dinheiro destinado ao fomento da cultura para o bolso dos seus sócios, entre eles Felipe Vaz Amorim, o noivo de Jurerê, seu irmão, Bruno Vaz Amorim, e seu pai, Antonio Carlos Bellini Amorim, todos presos na semana passada. No casamento de Felipe, o cachê de 13  216 reais pago ao cantor sertanejo Leo Rodriguez, por exemplo, saiu do dinheiro captado pela Logística. Como confirma Lincoln Porto, advogado da empresa que assessora o cantor: "Eles pediram que constasse no corpo da nota fiscal que a despesa se referia ao projeto tal". O projeto "tal" era o das criancinhas carentes que precisavam conhecer a magia do teatro e chamava-se Minha Cidade. Junto com ele, a Logística apresentou um segundo projeto ao MinC, batizado de Caminhos Sinfônicos (objetivo: organizar apresentações gratuitas de música clássica para mostrar que o gênero "não é um privilégio da elite"). Com a aprovação dos dois projetos, a Logística foi autorizada a captar 1,8 milhão de reais no mercado. A PF não sabe se esse valor foi integralmente usado para bancar as despesas do casamento.

Segundo os investigadores, em vinte anos a Bellini Cultural recebeu autorização para captar 180 milhões de reais por meio de justificativas fajutas encaminhadas ao Ministério da Cultura. A polícia já sabe que boa parte do dinheiro foi usada para contratar artistas conhecidos que se apresentavam a seletos grupos ou em festas de empresas. Por intermédio da Bellini, e cortesia da Lei Rouanet, um grupo atacadista de alimentos, por exemplo, bancou a apresentação da banda Jota Quest a 4 000 convidados, e um dos escritórios de advocacia mais renomados de São Paulo contou com show do comediante Fábio Porchat em sua festa de aniversário. Segundo o Ministério Público, há cinco anos o MinC foi informado das fraudes cometidas pela Bellini. Mesmo assim, seguiu aprovando os projetos do grupo. Quem fez vista grossa à farra e por que motivo são as perguntas a que o MP e a polícia pretendem responder em breve.

Fonte: Veja.com/Conteúdo

OPINIÃO

Vanguarda do atraso*

Eliane Cantanhêde

Rússia, Índia, África do Sul, Nigéria, México e mesmo a China, segunda maior economia do mundo, são países considerados emergentes e muito corruptos, como o Brasil. Mas com uma diferença: o Brasil é o único que está dando o exemplo, remexendo suas entranhas, expondo seus podres e discutindo ardentemente como construir um futuro mais decente. Onde mais se veem os maiores empreiteiros presos, os principais políticos denunciados, as instituições tão determinadas?

Com tanto dinheiro desviado dos cofres públicos, em tantas frentes e com tão variados personagens, é razoável dizer que o Brasil ganhou a medalha de ouro da corrupção antes mesmo da Olimpíada, como ironizou o jornal de mais prestígio no mundo, o The New York Times. Mas a avaliação ficaria mais correta e seria mais justa se também incluísse o Brasil como forte candidato a vencer a corrida contra a corrupção. O troféu é a Lava Jato.

Em contatos com embaixadas estrangeiras em Brasília, inclusive a dos Estados Unidos, a Transparência Internacional disse que o Brasil é um “case” a ser estudado, e nas duas pontas: como foi possível chegar a tal nível de corrupção? E como é o processo que permite descobrir tudo, expor ao público e começar a punir os culpados? A terceira ponta exige uma reflexão bem mais complexa: quais serão as consequências, o que vem em seguida?

Foi possível chegar a esse tsunami de corrupção porque a lei do país permite e às vezes até estimula, as regras de controle das estatais e das corporações são frouxas e a impunidade para ricos e poderosos impera. Quando roubar é fácil, muita gente passa a roubar. E, quando muita gente rouba, o céu é o limite. Daí porque, onde o Ministério Público, a Polícia Federal, a Receita Federal e a Justiça põem o dedo, acham um tumor milionário ou bilionário. Até no crédito consignado, até na Lei Rouanet.

O processo de identificar, comprovar, expor e punir está avançadíssimo. A Lava Jato passou a ser uma operação-mãe, que produz robustos filhotes, como Zelotes, Custo Brasil, Boca Livre, Turbulência e Saqueador. E o juiz Sérgio Moro não está mais sozinho. Em São Paulo, Brasília, Recife e no Rio desabrocham juízes, procuradores e promotores de uma geração que soma vontade com a capacidade.

Os políticos se sentiam a salvo quando o pau quebrava na cabeça dos “outros”, os empreiteiros, funcionários e operadores, mas o “timing” pode se virar contra eles, que entram na mira justamente quando a opinião pública, estarrecida com o tamanho dos desvios, quer sangue e pelotões de fuzilamento. A justiça chega aos políticos quando a paciência se esgotou e, com ela, o cuidado, a frieza e o bom senso. O risco, principalmente na mídia, é por todo mundo no mesmo paredão e atirar indistintamente.

A Odebrecht, por exemplo, doou para centenas de políticos, em dezenas de campanhas. Toda doação é propina? Todo político é ladrão? Se fosse assim, seria melhor fechar o Congresso, jogar fora a chave da democracia e instalar uma ditadura. Quando, aliás, não há “lava jatos”. Ninguém fica sabendo quem é corrupto, quanto rouba, de onde rouba. O sangue e os pelotões de fuzilamento são por razões muito diferentes do combate à corrupção.

Desde as históricas manifestações de junho de 2013, chegamos ao momento mais delicado desse fantástico processo que põe o Brasil na vanguarda dos países emergentes. Fuzilar todos é explodir tudo. Denunciar práticas e punir quem merece é implodir o que tem de ser implodido e construir pontes para o futuro. Nem toda doação de campanha é crime, nem todos são iguais.

Aliás... O MP reconheceu o erro e o STF retirou o ministro da Educação, Mendonça Filho, de um inquérito sobre propina. Mas ele já tinha sido manchete, já tinha sido colocado no paredão da opinião pública. Deve ou não ser fuzilado?

*Publicado no Estadão.com em 03/06/2016

Brasileirão 2016

13ª RODADA

SABADO – 02/06
16:00
Fluminense 0 X 0 Coritiba – Raulino de Oliveira
Atlético PR 1 X 0 – América MG – Arena Baixada

DOMINGO – 03/06
11:00
Internacional 0 X 1 Grêmio – Beira Rio
Cruzeiro 2 X 2 Vitória – Mineirão

16:00
Botafogo 2 X 1 Santa Cruz – Juiz de Fora
Corinthians 4 X 0 Flamengo – Arena Corinthians
Santos 3 X 0 Chapecoense – Vila Belmiro
Ponte Preta 1 X 0 São Paulo – Moises Lucarelli

19:00
Figueirense 1 X 1 Atlético MG – Orlando Scarpelli

SEGUNDA - 04/06
20:00
Sport _ X _ Palmeiras – Ilha do Retiro

CLASSIFICAÇÃO