sexta-feira, 24 de junho de 2016

BOA NOITE!

Morris Albert, nome artístico de Maurício Alberto Kaisermann, é um cantor e compositor brasileiro, que vendeu discos em mais de 50 países, totalizando 160 milhões de cópias.

Morris Albert surgiu para o sucesso em 1975 quando gravou Feelings, música que teve dezenas de gravações no mundo inteiro.

Para quem gosta de uma boa música romântica, recomendo abrir um bom vinho e curtir Feelings, com Morris Albert. 




Rapidinhas


Petistas se queixam de giro de Dilma pelo país
Dirigentes do PT não escondem a irritação com o conteúdo da fala de Dilma Rousseff nas viagens que tem feito pelo país para denunciar o “golpe” de que seria vítima. O maior motivo de inconformismo por parte dos aliados é com o fato de a presidente afastada não acenar com nenhuma mudança de atitude ou medida concreta caso, por milagre, consiga reassumir a presidência. “Ela só fala que foi vítima e dá a impressão de que quer voltar só para convocar nova eleição. Assim fica difícil virar algum voto ou angariar simpatia”, diz um integrante da executiva nacional do PT. (Radar/Veja)

Justiça bloqueia R$ 1,3 bi de 46 investigados por desvios da Petros e do Postalis
A Justiça Federal no Rio decretou o bloqueio de R$ 1,35 bilhão de 46 investigados – pessoas físicas e jurídicas – por suposto desvio de recursos dos fundos de pensão Petros, da Petrobrás, e Postalis, dos Correios, na compra de debêntures do Grupo Galileo. A informação sobre o congelamento de ativos foi divulgada no site da Procuradoria da República no Rio que deflagrou em conjunto com a Polícia Federal a Operação Recomeço. Acolhendo pedido dos procuradores, a 5.ª Vara Federal Criminal do Rio ordenou a prisão de sete alvos – o ex-diretor financeiro do Postalis Adilson Florêncio da Costa, dos sócios do Grupo Galileu à epóca dos fatos Márcio André Mendes Costa e Ricardo Andrade Magro, os então representantes legais da Universidade Gama Filho Paulo César Prado Ferreira da Gama e Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz, o ex-diretor do Grupo Galileo Carlos Alberto Peregrino da Silva e o advogado Roberto Roland Rodrigues da Silva Júnior.

Ex-tesoureiro do PT se apresenta à Justiça de São Paulo, diz procurador
O procurador da República Rodrigo de Grandis disse nesta sexta-feira (24) que o ex-tesoureiro do PT Paulo Adalberto Alves Ferreira apresentou-se no início da tarde na Justiça Federal. Ele deve permanecer preso. "Paulo Ferreira já se apresentou e sairá preso daqui", afirmou. De acordo com o procurador, cinco detidos na operação Custo Brasil foram ouvidos pela Justiça Federal. O ex-ministro Paulo Bernardo deverá ser ouvido no final da tarde. Ferreira é marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo e próximo ao ex-ministro José Dirceu, já condenado na Operação Lava Jato. É suspeito de ter iniciado as tratativas com a Consist e recebido valores ilícitos oriundos da empresa.

Área política do governo não acredita em votação de reforma da Previdência neste ano
 O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pode afirmar e reafirmar que a reforma da Previdência é fundamental, mas a área política do governo não vê nenhuma disposição do Congresso para debater o tema neste ano. O motivo? Em ano eleitoral, os parlamentares não vão querer enfrentar um tema que deve envolver o endurecimento de benefícios. Segundo um dos principais articuladores do presidente interino, Michel Temer, no Legislativo, Meirelles vai ter de esperar.(Expresso/Época)

Ministra Cármen Lúcia afirma que corrupção é 'ato de indignidade'
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia disse nesta sexta-feira que a corrupção é um ato de indignidade e que acredita que a população não aceita mais a postura ilícita de alguns políticos. A ministra, que assumirá a presidência do STF em setembro, afirmou que o Judiciário deve garantir que os processos que estão em andamento cheguem ao fim, atestando todos os direitos, e que os culpados sejam punidos. Em painel sobre a liberdade de imprensa durante que o 11º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, organizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo, a ministra criticou veladamente o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sem citar o nome do parlamentar, ela comentou o julgamento da denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

— O povo brasileiro é muito criativo, tem criatividade até para o mal. Se você ler o voto do ministro Teori (Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no Supremo), é uma coisa impressionante — disse Cármen Lúcia.

Operação Lava Jato

Moro recebe processos contra Lula


O juiz federal Sergio Moro confirmou nesta sexta-feira o recebimento dos processos contra o ex-presidente Lula relacionados à Operação Lava Jato. Por decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada, voltaram às mãos de Moro os inquéritos que investigam se pertencem a Lula um apartamento tríplex no Guarujá (SP) e o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), e as razões pelas quais as empreiteiras Odebrecht e OAS executaram obras milionárias nas propriedades. Também são investigadas as palestras do ex-presidente, contratadas a peso de ouro por empreiteiras envolvidas no petrolão por meio da LILS Palestras.

Cumprindo decisão liminar de Zavascki, Moro observou que devem ser juntados aos autos dos processos os grampos telefônicos sobre Lula, exceto o diálogo gravado entre o ex-presidente e a presidente da República afastada, Dilma Rousseff, anulado pelo ministro do STF. "Ressalve-se, por óbvio, o diálogo datado de 16/03/2016, entre o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Exma. Presidente da República Dilma Rousseff, atualmente afastada, já que invalidado", escreveu Moro nesta sexta-feira .

A conversa entre Lula e Dilma é um dos mais claros exemplos, na avaliação do Ministério Público Federal, de que a nomeação do petista como ministro da Casa Civil do governo tinha o propósito claro de blindá-lo das investigações da Lava Jato, transferindo seu caso para o STF, tribunal que o petista chamou nos grampos de "acovardado".

Ao analisar um pedido da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff sobre a legitimidade dos grampos, na semana passada, Teori Zavascki criticou enfaticamente a decisão de Sergio Moro. Para o ministro, o juiz federal usurpou a competência do STF ao dar publicidade às conversas telefônicas envolvendo Dilma Rousseff.

Segundo Teori, não caberia a Moro valorar a utilidade ou não da conversa entre Lula e Dilma sobre a nomeação do ex-presidente para a Casa Civil. "A violação da competência do Supremo Tribunal se deu no mesmo momento em que o juízo reclamado [Sergio Moro], ao se deparar com possível envolvimento de autoridade detentora de foro na prática de crime, deixou de encaminhar a este Supremo Tribunal Federal o procedimento investigatório para análise do conteúdo interceptado. E, o que é ainda mais grave, procedeu a juízo de valor sobre referências e condutas de ocupantes de cargos [com foro privilegiado]. Mais ainda: determinou, incontinenti, o levantamento do sigilo das conversas interceptadas, sem adotar as cautelas previstas no ordenamento normativo de regência, assumindo, com isso, o risco de comprometer seriamente o resultado válido da investigação", atacou Teori.

Fonte: Revista Veja

Alimentos Integrais

ANVISA vai regular rótulos

Foto: veja.com/Reprodução
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai passar a regular o mercado de produtos integrais. Embora recomendados por médicos e nutricionistas, os alimentos vendidos no Brasil com essa classificação muitas vezes são integrais apenas no nome. A proposta da agência é trazer critérios mínimos para que produtos possam se declarar como integrais. A expectativa é de que o texto proposto traga também regras específicas para as embalagens.

Uma pesquisa feita neste ano pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) com 14 biscoitos vendidos no Brasil como integrais demonstrou que apenas três continham farinha de trigo ou cereal integral como principal ingrediente. O levantamento, feito com base na análise das tabelas nutricionais estampadas nas embalagens dos alimentos, mostrou que outros seis produtos apresentavam farinha integral, mas em uma quantidade menor do que outros ingredientes. A análise mostrou ainda que cinco das marcas de biscoitos não apresentavam nenhum cereal integral na formulação, embora fossem vendidas como tal. Em vez disso, traziam farelo ou fibra de cereal – uma tática que não garante as mesmas qualidades que as proporções originais.

“Como não há uma regulação específica, o fabricante dá o nome para o produto que quiser. Eles não cometem nenhum tipo de infração”, afirmou a pesquisadora do instituto, a nutricionista Ana Paula Bortoletto.

A decisão de regular o tema foi aprovada na última reunião da diretoria da agência. “O consumidor tem de ter o máximo de informação para poder diferenciar alimentos e não ser enganado. Produtos integrais geralmente são mais caros. Não podemos permitir que o consumidor seja induzido ao erro, gaste mais para comprar um alimento com qualidade nutricional diferente do que ele imaginava”, afirmou o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.
Fonte: veja.com

24/06/2016


Estadão - Reino Unido decide abandonar União Europeia e David Cameron renuncia
Britânicos rejeitam permanência no bloco; mercados caem

O Globo - PT tem três ex-tesoureiros alvos de operação da Lava-Jato
Paulo Ferreira teria tentado atrapalhar investigações, segundo MPF

Folha de São Paulo - Fundo de pensão da Petrobras registra rombo de R$ 22,6 bilhões
A companhia e os aposentados terão que pagar contribuição adicional para cobrir o rombo

Correio Braziliense - Senado pede ao Supremo que anule buscas em apartamento de Gleisi
Os mandados visavam o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, marido da parlamentar petista

Tribuna da Bahia - Milhares de servidores bancaram propinas, diz Receita
Milhares de servidores públicos que usaram o crédito consignado, entre 2010 e 2015, em contratos ligados ao Ministério do Planejamento, bancaram propina ao grupo do ex-ministro Paulo Bernardo

Estado de Minas - Bolsonaro agora diz que virou réu no STF porque adversários têm medo dele em 2018
Inicialmente, o deputado pediu "humildemente" ao Supremo que não o condene. Em novo vídeo, insinuou que será julgado por ser pré-candidato a presidente

Revista EXAME - UE tenta evitar reação em cadeia após Brexit
A União Europeia (UE) defendeu nesta sexta-feira a união, após a decisão dos britânicos de sair do bloco, em meio a temores de uma reação em cadeia de outros países membros

Revista ISTOÉ - Consumidores esperam inflação de 10,5% em 12 meses a partir de junho, aponta FGV
A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 10,5% em junho, ante 10,3% em maio, informou na manhã desta sexta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV)

Revista VEJA - Janot pede arquivamento de inquérito que envolve Serra, Kassab e Marta
Os três ex-prefeitos de São Paulo são investigados por atos de improbidade administrativa

Portal G1 - Após delação, Nestor Cerveró deixa a prisão para cumprir pena em casa
Ex-diretor da Petrobras estava detido no Paraná desde janeiro de 2015.  Ele foi condenado a 27 anos de prisão e é réu em 2 ações da Lava Jato

Agência Brasil - Presos na Operação Custo Brasil prestam depoimento à Justiça em São Paulo
Eles deixaram a sede da Superintendência da PF na Lapa, às 8h30, em três viaturas da polícia

Portal IG - Possível substituto de Cameron, ex-prefeito de Londres comemora saída da UE
Boris Johnson elogiou premiê britânico e demonstrou alívio em relação à decisão do plebiscito: "Agora poderemos aprovar nossas leis e de acordo com as necessidades do Reino Unido"

OPINIÃO

Custo Brasil*

Eliane Cantanhêde

Ministério Público Federal e Polícia Federal acreditam que o roubo no Ministério do Planejamento na gestão Paulo Bernardo (PT), durante o governo Lula, chegou a R$ 100 milhões, desviados de contratos com a empresa Consist, responsável pelo sistema de crédito consignado dos servidores federais.

Em delação premiada, Sérgio Machado (PMDB) disse que, nos seus cerca de dez anos na presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, repassou mais de R$ 100 milhões para integrantes da cúpula do seu partido: José Sarney, Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá...

Um único gerente da Petrobrás, que nem diretor era, se comprometeu na delação premiada a devolver aos cofres públicos a bagatela de US$ 100 milhões: Pedro Barusco, ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da maior, mais simbólica e mais querida companhia brasileira.

Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobrás, disse em depoimento que transferiu uns US$ 100 milhões de propina ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com a venda da empresa petrolífera Pérez Companc.

De grão em grão, a galinha enche o papo. Pois, de 100 milhões em 100 milhões (de reais ou de dólares), o País vai empobrecendo em saúde, educação, habitação, costumes, ética e o que, talvez, seja o mais assustador: em política.

O PT passou 20 anos na oposição, vendendo-se como puro contra todos os demais, os impuros, até assumir o poder e não apenas se embolar e se confundir com os impuros, como chegar a ponto de disputar com eles em diferentes modalidades: “Quem dá mais?”; “É dando que se recebe”; “Toma lá, dá cá”.

Depois de 20 anos de uma disputa sangrenta, PT e PSDB, os dois partidos mais respeitados do País, se veem não diante, mas dentro de um cenário de terra arrasada. Se houvesse eleição antecipada, como alguns insistem em defender, quem seria candidato do PT? Lula, atingido em cheio pelos filhos, pelo partido, por sítios e tríplex? E quem seria o do PSDB? Aécio Neves, arroz de festa em delações sobre Furnas?

Nessa situação um tanto desesperadora, o mundo se divide em dois: a sociedade vibra com gravações, delações e prisões, mas o universo político começa assumir movimentos de autoproteção.

Quando o ex-tucano e ex-petista Delcídio Amaral viveu o ineditismo de um senador preso no exercício do mandato, o plenário do Senado aprovou e votou a favor da sua prisão. Quando o ex-tucano e peemedebista Machado entregou 20 políticos e fez um strike no PMDB de Michel Temer, o PT foi contido e discreto.
Agora, quando o MP e a PF fazem busca e apreensão no apartamento funcional da senadora petista Gleisi Hoffmann, enquanto prendiam Paulo Bernardo, seu marido, o PSDB não ficou apenas contido e discreto, mas partiu para vibrante defesa.

Segundo o líder tucano, Cássio Cunha Lima, foi “um absurdo” um juiz de primeira instância mirar no apartamento funcional de uma senadora, pois só o Supremo Tribunal Federal poderia fazê-lo. “Apesar de políticos, somos gente (sic). É preciso ter um mínimo de compreensão com a dor alheia. O silêncio dos senadores é um silêncio respeitoso”, disse ele.

Trata-se do velho espírito de corpo, quando a Lava Jato escancara tudo, expõe todos e cada um. Aparentemente, nenhum partido sobrevive e todos os políticos caem na mesma vala comum, na percepção cruel e destruidora de que “todos são iguais”. O problema é que isso tudo dispara o espírito de corpo dos políticos, mas o brasileiro está cada dia mais espírito de porco – no bom sentido.

Ausência. O líder natural na América do Sul é o Brasil, que tem o maior território, a maior economia, a maior planta industrial, a maior população. Mas, apesar disso, o Brasil ficou totalmente fora do acordo histórico entre Farc e governo na Colômbia. Por quê? Por ideologia. Preferiu se agarrar à Venezuela, que é de “esquerda”.

*Publicado no Estadão.com em 24/06/2016

Operação Custo Brasil

Como o esquema abastecia o Caixa 2 do PT


O esquema de corrupção montado no Ministério do Planejamento durante a gestão de Paulo Bernardo foi usado para abastecer o caixa do Partido dos Trabalhadores, segundo os autos do inquérito da Operação Custo Brasil deflagrada nesta quinta-feira. Entre os destinatários da propina, aparecem os nomes dos ex-tesoureiros do PT Paulo Ferreira e João Vaccari Neto (um sucedeu ao outro no cargo) e do ex-vereador petista Alexandre Romano, o Chambinho, que fechou acordo de delação premiada com a Lava Jato e cujos depoimentos fundamentam a operação de hoje. De acordo com as apurações, os três eram responsáveis por arrecadar dinheiro em nome do partido. Os tesoureiros tiveram a prisão preventiva decretada, junto com a do ex-ministro, pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

Carlos Gabas
O objeto principal da operação é um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Consist e o Ministério do Planejamento, em 2010. A empresa em questão prestaria assessoria na gestão de empréstimos consignados concedidos a servidores da pasta. Como taxa de administração, os funcionários pagavam à Consist 1 real em cada parcela mensal, enquanto o custo real seria de 30 centavos, conforme os investigadores. Esse sobre preço, que teria alcançado a cifra de 100 milhões de reais entre 2010 e 2015, era repassado para o bolso de políticos, como os ex-ministros Paulo Bernardo e Carlos Gabas, operadores do esquema e, principalmente, para o PT, por meio de dezenas de empresas-fantasmas.

O dinheiro endereçado ao partido foi intermediado inicialmente pela empresa de fachada CRLS Consultoria e Eventos, depois pela PolitecTecnologia da Informação, e, por fim, pela Jamp - as três teriam sido indicadas por Vaccari. Esta última é ligada ao lobista - e agora delator - Milton Pascowitch, que já disse à Lava Jato ter entregue dinheiro em espécie na sede do PT. Diretores da Consist relataram aos investigadores que "não houve qualquer prestação de serviço" correspondente aos pagamentos. O valor recebido por essas empresas foi de pouco mais de 10 milhões de reais em prol do PT.

Paulo Ferreira


Segundo os autos, após deixar o cargo de tesoureiro, Paulo Ferreira teria orientado Romano a "tratar do tema Consist" com Vaccari Neto, que havia assumido o seu lugar. Um dos argumentos que baseiam o pedido de prisão de Ferreira é que ele teria tentado "interferir" no depoimento de Pascowitch à força-tarefa da Lava Jato, "afinando [com ele] o discurso", o que caracteriza, portanto, tentativa de obstrução das investigações.

Denisson Portanova
Alexandre Romano, por sua vez, teria indicado para os repasses as empresas NSG TI Solution, SWR Informática, Instituto João Baptista Romano, Logix 8 Participações, Link Consultoria Empresarial, SX Comunicação e Portanova e Advogados Associados. Segundo o inquérito, parte do dinheiro era remetido a ele "por sua atuação como lobista junto ao Partido dos Trabalhadores". Em coletiva, o procurador da República Andrey Borges afirmou que 80% da propina destinada a Romano ficava com o PT. Não é possível precisar o valor total do esquema recebido pelo partido, pois o dinheiro passava pela conta de diversas empresas até chegar ao seu destino final.

Paulo Bernardo
Paulo Bernardo - Em relação aos pagamentos feitos ao ex-ministro Paulo Bernardo, as evidências colhidas pelos investigadores são mais claras. A PF identificou, por meio de cerca de 100 notas fiscais apreendidas, um repasse de 7.170.031,74 reais para o escritório do advogado Guilherme Gonçalves, que prestava assessoria jurídica às campanhas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-RR), mulher de Paulo Bernardo. Oitenta por cento desse valor seria destinado a pagar despesas do ex-ministro, como, por exemplo, a renumeração de um assessor, do motorista e do próprio advogado.

Segundo a procuradoria, o acerto inicial era de que Paulo Bernardo receberia 9,6% do total do faturamento da Consist. Quando ele deixou o Ministério do Planejamento, em 2011, para assumir o das Comunicações, a propina destinada a ele foi reduzida para 4,8%, e entre 2014 e 2015, diminuiu novamente para 2,9%. Quem teria assumido o seu posto como mantenedor do esquema foi o então secretário de Gestão do Planejamento, Valter Correia da Silva, também preso hoje, que no ano passado deixou o cargo para ser secretário de Gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). Nesta quinta, ele pediu exoneração para se defender no caso.

Senado pede ao STF anulação de 
busca em apartamento de Gleisi

O Senado Federal recorreu hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular os mandados de busca e apreensão cumpridos no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), durante Operação Custo Brasil, deflagrada na manhã desta quinta-feira em quatro estados e no Distrito Federal. Marido da petista, o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações dos governos Lula e Dilma Rousseff Paulo Bernardo foi preso pela manhã no apartamento em Brasília.

Na petição, a advocacia do Senado sustenta que o juízo da 6ª Vara Federal de São Paulo, responsável pela operação, não poderia ter determinado o cumprimento dos mandados porque a residência funcional da senadora é extensão das dependências do Senado. Por essa tese, apenas o Supremo poderia autorizar esse passo da operação.

"Demonstra-se que houve grave imprudência - senão dolo - na decisão impugnada, que, com plena ciência acerca das repercussões da busca e apreensão para pessoa sujeita ao foro por prerrogativa de função perante o Supremo Tribunal Federal, ainda assim determinou essa diligência - em imóvel dos próprios do Senado Federal, sujeito, portanto, à imunidade de sede constitucional -, em clara violação à regra de competência constitucional do STF", argumentou o advogado-geral do Senado, Alberto Caiscais.

Na decisão que permitiu a busca e apreensão de documentos no apartamento funcional, na casa do casal em Curitiba (PR), e a prisão de Paulo Bernardo, o juiz Paulo Bueno de Azevedo determinou aos agentes da Polícia Federal que, em função do foro privilegiado, eventuais provas encontradas contra a senadora fossem encaminhadas ao STF. No despacho, o magistrado também ressaltou que Gleisi não é investigada e, portanto, a busca no apartamento funcional não é óbice às investigações da primeira instância.

As suspeitas envolvendo "PB" surgiram na Operação Lava Jato e foram remetidas ao Supremo. Em setembro do ano passado, a Corte enviou a investigação para a Justiça de São Paulo, por entender que os fatos não fazem parte apuração da Lava Jato.

Fontes: VEJA/Agência Brasil

BOM DIA!

Só quem respeita, merece respeito!

Vou começar perguntando ao senhor que está lendo este meu comentário. Para a senhora que acordou cedo para fazer o café da manhã e preparar seus filhos para a escola. Vocês já fizeram alguma coisa para que entrassem na sua casa e, diante de seus filhos, fossem desrespeitados?

Sou daqueles que entendem que o respeito é devido, principalmente, a quem respeita. Alegar falta de respeito por alguém mandar prender uma pessoa de sua família, na sua casa, por ter roubado, é justo?

Tem o ladrão que rouba uma galinha e tem o ladrão que rouba milhões. São ladrões exatamente iguais, só que um é mais esperto que o outro, ou tem melhores oportunidades para roubar.

Bem, falei tudo isso para lamentar a atitude da senadora Gleisi Hoffmann, do PT, envolvida em denúncias que estão sendo investigadas pela Operação Lava Jato, ao usar as redes sociais para tentar jogar a opinião pública contra a PF, se fazendo de vítima e querendo transformar seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, que foi preso por ter recebido, no mínimo, R$ 7 milhões em propinas, naquilo que parece virou moda entre os petistas, ou seja, “um dos homens mais honestos do Brasil”.

Reproduzo o que a senadora petista publicou no Facebook:

“Hoje foi um dia muito triste na minha vida como mulher, como política e, sobretudo, como mãe. Conheço o pai dos meus filhos. Sei das suas qualidades e do que não faria, por isso sei da injustiça que sofreu nesta manhã. Mais de 10 pessoas estranhas entraram em minha casa com ordem de busca e apreensão. Trouxeram também uma ordem de prisão preventiva contra o Paulo”

E a representante do Partido dos Trabalhadores, ainda reclamou que os policiais não respeitaram seus filhos, que assistiram o pai ser preso acusado de roubo.

Será que a senadora pensou em quantos foram desrespeitados pelas ações de seu marido? Ele se locupletou com dinheiro desviado de empréstimos consignados, feitos por funcionários públicos, pessoas que trabalharam o mês inteiro por um salário muitas vezes miserável. Cada servidor pagava, sem perceber, R$ 1 real em cada prestação e os envolvidos, entre eles o ex-ministro,  dividiam os R$0,70.

Será que o ex-ministro petista pensou nos filhos quando recebeu o dinheiro sujo das propinas? Ou será que os R$ 7 milhões recebidos orgulham a família de Gleisi e Paulo?

Calma lá, senadora Gleisi Hoffmann! Para se exigir respeito, primeiro é preciso respeitar, coisa que a senhora não está muito acostumada a fazer nas sessões da Comissão de Impeachment. Muito menos seu marido quando esteve no governo e dividiu o dinheiro sugado de milhões de brasileiros. Ou os valores que foram repassados para sua campanha ao senado.

O certo mesmo, senadora Gleisi Hoffmann, é respeitar, para ser respeitado.

Tenham todos um Bom Dia!