segunda-feira, 20 de junho de 2016

BOA NOITE!

Elba Ramalho, cantora e atriz brasileira, vencedora de um prêmio, ainda enquanto atriz, por sua interpretação de "O meu amor" com Marieta Severo em 2009 Recebeu da Associação de Críticos de Arte de São Paulo prêmio de "Melhor Show do Ano", em duas ocasiões: em 1989 pelo show Popular Brasileira e em 1996 pelo show Leão do Norte.

É bicampeã do Grammy Latino, pelos álbuns: Qual o Assunto Que Mais Lhe Interessa?, lançado em 2008 e Balaio de Amor, 2009, na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras: Regional e Tropical. Em mais de 35 anos de carreira, Elba Ramalho vendeu mais de 10 milhões de discos.

Elba gravou sucessos como Bate coração, Xote das meninas, De volta pro aconchego e a adaptação que Alceu Valença fez para Ciranda da Rosa Vermelha, que vamos recordar.


Dívida dos estados

Governo muda proposta de renegociação


Ministério da Fazenda reformulou a proposta de desconto das parcelas da dívida dos estados até 2018. Agora, as parcelas terão desconto de 100% a partir de julho e o abatimento cairá gradualmente a cada bimestre até que o desconto baixe para 40% em julho do ano que vem.

No segundo semestre de 2017, o valor das prestações ficaria estável, mas voltaria a subir em janeiro do ano seguinte, até o desconto ser zerado e os estados voltarem a pagar o valor integral das parcelas em meados de 2018.

Segundo o governador de Goiás, Marconi Perillo, os estados vão continuar buscando os 100% de desconto por 24 meses. “Esperamos sair hoje daqui com esse assunto resolvido.”

Pelo menos 17 governadores e quatro vice-governadores estão reunidos com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no começo desta tarde. Ainda hoje (20), os gestores estaduais se encontrarão com o presidente interino, Michel Temer, no Palácio do Planalto.

Pela manhã, o grupo de governadores e vice-governadores se reuniu com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, para discutir a alteração das regras do Simples Nacional e a retomada das operações de crédito.
Participaram do encontro os governadores do Tocantins, Espírito Santo, Amazonas, de Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Alagoas, do Rio Grande do Sul, de Pernambuco, São Paulo, Goiás, do Rio Grande do Norte e Amapá.

O Piauí, Acre, Pará e a Bahia foram representados pelos vice-governadores. Dornelles não participou da primeira reunião e veio direto para o Ministério da Fazenda.

A Secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, participou das duas reuniões com governadores desta segunda-feira.

Rapidinhas


Tesouro faz nova proposta de desconto escalonado para dívida dos Estados
O Tesouro Nacional apresentou nesta segunda-feira aos secretários estaduais de Fazenda uma nova proposta de desconto no pagamento das parcelas mensais das dívidas dos Estados com a União. Agora, o governo federal propõe que os valores tenham uma recomposição diluída por um prazo maior, voltando ao montante original apenas em julho de 2018. A medida teria impacto, portanto, nos orçamentos dos próximos dois anos. De acordo com uma fonte que está presente à reunião, o Tesouro voltou a oferecer um desconto de 100% da parcela da dívida dos Estados em julho deste ano. Mas, ao invés desse desconto diminuir 5 pontos porcentuais a cada mês até chegar a zero em 18 meses, como estava na última proposta do Ministério da Fazenda, a sinalização agora é por um período mais longo de transição até que os Estados voltem a pagar a parcela integral. Os governadores vão "bater o pé" no pedido de carência de 24 meses. Isso significaria manter o desconto em 100% até a metade de 2018.

Tarifas dos Correios serão reajustadas em 10,6%
O Ministério da Fazenda autorizou reajuste das tarifas dos serviços postais e telegráficos, nacionais e internacionais, prestados exclusivamente pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e determinou que o Ministério das Comunicações aplique um aumento linear de até 10,641% sobre todo o rol de tarifas e preços públicos cobrados pela empresa nos serviços postais de monopólio. Sem dinheiro em caixa até para pagar salários de empregados, os Correios esperavam esse aumento nas tarifas desde abril. O represamento do preço das tarifas de serviços pelo governo para evitar impactos na inflação seria um dos principais fatores do prejuízo da estatal. Mesmo com o reajuste de 8,89% dado pelo governo em dezembro de 2015 às tarifas de entrega de cartas e telegramas, a defasagem retirou cerca de R$ 350 milhões dos Correios no ano passado. Também apesar do reajuste de 2015, os cálculos são de que as tarifas ainda continuavam defasadas em torno de 8%.

Maranhão retira manobra que poderia reverter cassação de Cunha
O presidente interino na Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), voltou a recuar de suas próprias decisões: nesta segunda-feira, retirou uma consulta que ele mesmo apresentou e que teria como pano de fundo ajudar o seu antecessor, o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a escapar da cassação. A consulta foi encaminhada por Maranhão à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no final de maio. O documento trazia uma série de questionamentos sobre qual deveria ser o rito durante a votação de um processo de perda do mandato em plenário e já preparava uma manobra para livrar Cunha. O objetivo era impedir que fossem apresentadas emendas prejudiciais a Cunha, enquanto o conselho trabalharia para aplicar uma pena mais branda do que a cassação. A estratégia era aprovar, por exemplo, apenas a suspensão do mandato, medida que não poderia ser endurecida durante a votação final.

Arrependido, agora Renato Duque quer falar
Depois de fracassar na tentativa de fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal por só querer apontar “os pecados” dos outros, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque está disposto a se declarar “pecador”. O problema é que o MPF, agora, resiste a aceitar. Por isso, os advogados de Duque vão tentar convencer o juiz Sergio Moro de que ele tem informações relevantes a passar.

Governo faz varredura na área social para evitar fraudes
Com uma conta de 550 bilhões de reais por ano para pagar em benefícios sociais, o governo fará uma varredura completa para encontrar pessoas que acumulam benefícios ou que não deveriam ser contempladas pelas regras dos programas. O super cruzamento de dados foi determinação do Ministério do Planejamento, disse o ministro interino da Pasta, Dyogo Oliveira. Todos os ministérios responsáveis por cada uma das ações terão que abrir suas bases de dados para os demais órgãos, excetuando informações protegidas por sigilo fiscal. A medida vai possibilitar, por exemplo, descobrir quem recebe Bolsa Família e também embolsa o abono salarial ou um benefício do seguro-defeso (benefício pago a pescadores artesanais no período da piracema) que também é um microempreendedor individual. "Se economizarmos 1%, já é muito. Com 5,5 bilhões de reais, já conseguimos pagar quase um programa inteiro.Com certeza, teremos impacto já este ano, mas é difícil estimar o tamanho das fraudes em cada um dos programas", afirmou Dyogo.

OPINIÃO

A utilidade da comissão do impeachment*

A Comissão Especial do Senado encarregada de discutir e dar parecer sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff tem propiciado aos brasileiros, quase que diariamente, por meio da transmissão pela TV, a oportunidade de entender melhor o assunto em discussão, mas também de conhecer o modo como funciona a cabeça de alguns parlamentares. Acima de tudo, o trabalho da Comissão Especial tem servido para desmontar o argumento dos petistas e seus aliados de que o atual processo de impeachment é um “golpe”. O processo obedece rigorosamente aos dispositivos constitucionais que regulam a matéria e a um rito estabelecido pela Suprema Corte, que tem garantido o uso e abuso do direito de defesa.

A Comissão Especial é composta por 21 membros, dos quais apenas 5 (3 do PT, 1 do PDT e 1 do PCdoB) votam fechado contra o impeachment. Reduzida mas aguerrida, a tropa de choque dilmista não dispensa nenhum recurso para tentar procrastinar a todo custo o andamento dos trabalhos para esgotar o prazo de 180 dias após o qual, se não houver uma decisão final do Senado, Dilma reassumirá automaticamente a Presidência da República.

A manobra de obstrução parlamentar é legítima e praticada por oposicionistas em todas as casas legislativas do mundo. Mas a extensão e as variações táticas dessa estratégia na Comissão Especial têm revelado o caráter não apenas das propostas políticas em confronto, mas também de quem as defende. Sob esse aspecto, salta aos olhos, desde logo, a postura sempre impositiva da tropa de choque dilmista, espelho do caráter autoritário do esquerdismo arcaico de PT, PCdoB, PDT e legendas nanicas que povoam o quadro partidário.

Existe uma enorme diferença, no debate político, entre uma atitude que, independente de convicções ideológicas, revela maturidade e manifesta firmeza de posições e a tentativa estabanada de impor, quase sempre aos berros, argumentos que têm mais a ver com certos ímpetos juvenis de autoafirmação do que com a racionalidade exigida pelo contraditório democrático. De fato, o comportamento da bancada dilmista na Comissão Especial por vezes pode ser comparado ao de um bando de crianças mimadas que, à primeira contrariedade, se atiram ao chão berrando e esperneando.

Mas não é só essa faceta que caracteriza a atuação daquele grupo de senadores. Menos divertidas são as longas perorações em torno de lugares-comuns da esquerda dinossáurica, nas quais “eles” são os malvados que se reúnem todos os dias para conspirar contra os mais legítimos interesses populares e “nós” somos os guardiões da soberania popular.

No momento, a Comissão Especial se dedica a ouvir o testemunho de especialistas a respeito dos dois assuntos objeto do processo de impeachment: as pedaladas fiscais e os decretos que liberaram recursos sem autorização do Congresso. Os dilmistas não perderam a oportunidade de prorrogar, literalmente à exaustão, essa fase de oitivas: convocaram nada menos do que 40 testemunhas. Quase todas elas com passagem por cargos técnicos de confiança no Ministério petista, todas ávidas por convalidar os argumentos pró-Dilma contidos nas perguntas dos defensores dela. Um recurso certamente legítimo, mas que peca pelo exagero: a certa altura, as perguntas e as respostas se tornam repetitivas e fica claro que servem apenas para ganhar tempo e propiciar aos petistas e aliados a oportunidade de fugir do tema específico do processo e fazer um discurso contra o “golpe”.

Mas uma coisa pelo menos os depoimentos das testemunhas de defesa, aplaudidos e reiterados pela tropa dilmista, conseguiram demonstrar: Dilma não pode ser acusada de responsabilidade pelos decretos porque ela “apenas os assinou”, mas foram sempre elaborados por grandes e infalíveis especialistas.

Quer dizer: ela não governava, apenas cumpria o que os competentes técnicos do governo determinavam. Como se vê, ela não aprendeu nada com o famoso parecer “falho e incompleto” que Nestor Cerveró lhe apresentou sobre a compra da Refinaria de Pasadena.

*Publicado no Estadão.com em 20/06/2016

Impeachment de Rodrigo Janot

Tentativa isola Renan Calheiros


Colocado em discussão pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o possível avanço do processo de impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não tem apoio dos principais líderes da base do governo interino e da oposição na Casa. O tema também tem sido acompanhado a distância pela cúpula do Palácio do Planalto, que vê a medida como uma iniciativa unilateral de Renan.

Atualmente, há cinco petições com pedido de afastamento de Janot no Senado, responsável por avaliar esse tipo de processo. Outros cinco já foram arquivados. Para ser colocado em discussão, Renan precisa aceitar formalmente um dos pedidos e, a partir daí, é instalada uma comissão especial na Casa para tratar do tema.

Senador Aloysio Nunes
"Não acho que ajuda a pacificar o ambiente. Quanto menos marola, melhor. É um momento que estamos precisando aprovar leis importantes, acho que isso não ajuda", afirmou o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Um dos principais aliados de Renan, o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), vê a iniciativa como precipitada. "Acho que não é um momento bom para se fazer qualquer tipo de embate. Está tudo muito tumultuado. Acho que a nossa preocupação no momento é fazer com que o Brasil possa retornar ao eixo. Essa questão de impeachment tem que ser avaliada com muita cautela", defendeu o peemedebista.

A ideia de discutir o impeachment do procurador-geral foi apresentada por Renan na reunião de líderes realizada na terça-feira passada. Na véspera, as advogadas Beatriz Sordi e Claudia Castro haviam protocolado o mais recente pedido de afastamento de Janot. O documento, considerado "fraco" por assessores da Casa, acusa Janot de agir de forma negligente e proceder de forma incompatível com o decoro do cargo. A petição tem como base decisão do procurador-geral da República de pedir ao Supremo Tribunal Federal a prisão de Renan, do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) por suposta interferência na Operação Lava Jato. Os pedidos foram negados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte.

Fonte: Portal IG

Renegociação das dívidas

Temer se reúne com governadores em Brasília

Governador Sartori com Temer - Foto: Reprodução
O presidente em exercício, Michel Temer, se reúne nesta segunda-feira à tarde com governadores, em Brasília, para tratar da renegociação da dívida dos Estados e do decreto de calamidade pública anunciado pelo governo do Rio de Janeiro. Segundo interlocutores, Temer tenta evitar que outros Estados sigam o mesmo caminho do Rio, pressionando o Planalto por mais recursos.

Na última sexta-feira, em uma ação combinada com o Planalto, o governador interino do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP), anunciou o decreto de calamidade alegando uma grave crise financeira. A medida, que é adotada geralmente em casos de desastres naturais, prevê a agilização de transferências da União. Na ocasião, o presidente não quis comentar o assunto e disse que o tema seria tratado na reunião de hoje.

Os governos federal e estadual estudam desde a semana passada uma saída legal para que a União preste socorro financeiro emergencial ao Rio de Janeiro, a fim de garantir recursos ainda pendentes para a Olimpíada, além do dinheiro para pagar salários atrasados de servidores. Depois do aceno do socorro de 3 bilhões de reais para o Rio de Janeiro, a ala política do governo defende um alívio maior que o oferecido pelo Ministério da Fazenda aos Estados: uma moratória de dez meses. Um prazo maior para a carência deve servir como uma espécie de armistício na disputa que está sendo travada há meses em torno da questão dos débitos. A Fazenda ofereceu apenas um mês de suspensão de 100% dos débitos e uma queda gradual da carência de 5% a cada mês.

Antes do encontro com Temer, os governadores vão se reunir na residência oficial do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. A maioria dos governadores defende o alongamento do pagamento da dívida com a União por 20 anos.
Fonte: VEJA.com

20/06/2016


Estadão - Odebrecht comprou banco para pagar propina, diz delator
Vinícius Borin, apontado como operador de offshores da empreiteira, relata a compra, em 2010, de instituição financeira em paraíso fiscal para transações ‘suspeitas’

O Globo - Analistas preveem inflação maior em 2016 e recuo menor no PIB
Previsão de inflação piorou pela quinta vez seguida, segundo boletim do BC, mesmo período em que desempenho da economia recua

Folha de São Paulo - Dizendo-se abandonado pelo PT, Vaccari manda recados de que delação é possível, dizem aliados
Ex-tesoureiro, João Vaccari está mesmo disposto a entregar o que sabe sobre o PT e seus dirigentes. Nos últimos dias, elevou o nível de reclamação contra generais de seu partido. Queixa-se de abandono profundo

Tribuna da Bahia - "Chinês da 25 de março" entregava dinheiro em espécie da Odebrecht, diz delator
As expressões operação dragão e operação kibe,  são algumas das encontradas nas planilhas apreendidas pela Polícia Federal

Estado de Minas - Lâmpadas incandescentes se despedem do mercado em 30 de junho
Acaba este mês o prazo para retirada do mercado das lâmpadas incandescentes, que reinaram por mais de 100 anos. Saem de cena com a fama de gastarem muita energia e de serem prejudiciais ao meio ambiente

Correio Braziliense - Governadores cobram hoje renegociação da dívida de estados com a União
Temer se reúne hoje à tarde com os chefes dos executivos estaduais para discutir a falta de dinheiro no caixa. Depois de o Rio decretar estado de calamidade, Planalto teme que liberação emergencial de recursos provoque um efeito cascata pelo país

Revista ISTOÉ - Conta de João Santana teria recebido US$ 16,6 milhões da Odebrecht
O executivo Vinícius Veiga Borin relata, em delação, que a offshore Shellbill Finance, do marqueteiro das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006), teria recebido US$ 16,6 milhões de três offshores usadas pelo “departamento de propinas” da Odebrecht

Revista VEJA - CCJ deve votar fim do foro privilegiado
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, Osmar Serraglio, pautou para esta segunda-feira a votação da proposta de emenda constitucional que visa acabar com o foro privilegiado de deputados e senadores

Revista EXAME - Fazenda autoriza reajuste de 10,6% em tarifas dos Correios
Sem dinheiro em caixa até para pagar salários de empregados, os Correios esperavam esse aumento nas tarifas desde abril

Portal G1 - Confronto entre polícia e professores termina com mortos no México
Grupos não identificados fizeram disparos durante protesto de professores. Seis pessoas morreram e 108 ficaram feridas

Portal IG - Semana decisiva para Cunha tem CCJ e sessão no Supremo
Depois da aprovação do relatório que pede a sua cassação, parlamentar enfrenta outros desafios

Agência Brasil - Coreia do Norte ameaça atacar base norte-americana com armas nucleares
As recentes ameaças da Coreia do Norte de efetuar ataques nucleares contra bases militares dos Estados Unidos no território da Coreia do Sul representam chantagem, informou hoje (20) o porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, Jeong Joon-Hee

BOM DIA!

Imaginem se já fosse inverno!

Hoje, quando levantei, a temperatura andava na marca dos 6 graus. Em alguns lugares de Porto Alegre os termômetros marcavam 8 graus, mas a sensação térmica, em todos os pontos, era bem mais baixa. No rádio, fiquei sabendo que fez seis graus negativos em Vacaria e menos 5 em São José dos Ausentes. Também ouvi que o sol não deverá aquecer muito, já que nuvens baixas permanecerão sobre várias regiões do Estado.

O domingo, acho que todos concordam, foi de muito frio, assim como sábado. O ar condicionado, a roupa de lã e as cobertas pesadas, ajudaram a amenizar a sensação térmica, sempre muito baixa.

Tudo seria até normal se não estivéssemos em pleno outono, pelo menos até hoje às 19 horas. Está certo que o outono gaúcho, principalmente quando se aproxima do fim, nos traz temperaturas mais baixas, mas nada comparável ao frio que estamos aguentando faz muitos dias. E as previsões são de que teremos um dos invernos mais rigorosos dos últimos tempos.

Fico pensando naquelas pessoas que convivem com o frio intenso que está fazendo, morando em barracos sem as mínimas condições de aquecimento, que usam roupas que nem sempre protegem e cobertas que não esquentam nada.

Já nem falo nos moradores de rua, expostos ao sereno e, muitas vezes, com um papelão servindo de colchão colocado sobre as calçadas geladas. São eles, os moradores de rua que, não suportando as temperaturas baixíssimas das madrugadas, acabam morrendo de frio, engrossando a lista trágica dos que não resistem ao rigoroso inverno a que estamos submetidos, mesmo que ainda estejamos no outono.

Mas o mais lamentável é que, além da carência de abrigos públicos e condições para atender a tanta gente que dorme ao relento, muitos fogem da ronda feita pelas autoridades e, na grande maioria, não aceitam dormir num abrigo. Preferem a calçada, a proteção das marquises, as cobertas miseráveis, normalmente insuficientes para aquecer um pouco que seja, aos que dormem nas ruas.

Quando passo, cedo da manhã, no carro aquecido pelo ar condicionado e vejo pessoas enroladas em cobertores rasgados, enroscados sobre colchões velhos ou pedaços de papelão, fico imaginando o quanto sou feliz em poder desfrutar e proporcionar aos que vivem sob meus cuidados, um mínimo de conforto que torna o inverno, que ainda nem chegou, suportável.

O outono está terminado com um frio que fazia muito tempo a gente não sentia. Agora, imaginem se já fosse inverno!

Tenham todos um Bom Dia!