terça-feira, 26 de abril de 2016

Boa Noite!


Julio José Iglesias Puga de la Cueva – Julio Iglesias -  é cantor, compositor, empresário e ex-jogador de futebol do Real Madrid, da Espanha,  onde atuou como goleiro. Mas um acidente automobilístico separou Iglesias dos campos e o levou para a música onde se tornou um dos maiores nomes no cenário internacional.

Quem aprendeu a apreciar a boa música, vai gostar de ouvir Júlio Iglesias cantando Me olvidé de vivir.





Atenção cervejeiros!

Histórias que muitos consideram verdadeiras



Você já ouviu falar em cerveja com gás hélio, que deixa a voz das pessoas engraçadas após beber? E que os alemães inventaram a bebida? Pois é, acontece que nenhuma dessas histórias é verdadeira. Há diversos mitos e causos contados por cervejeiros como verdades absolutas, mas que no fundo podem não ser tão reais assim. Confira 10 dessas incríveis histórias fictícias da cerveja.

Cerveja com gás hélio

Volta e meia alguém ressuscita o vídeo sobre a cerveja com gás hélio, que seria um lançamento da cervejaria norte-americana Samuel Adams. No vídeo, dois homens fazem uma degustação da bebida e ficam com as vozes fininhas, como quem ingere o gás. Acontece que tudo isso não passou de uma piada de 1º de abril, na qual muita gente ainda cai. Na verdade, não é possível fazer bebidas com hélio, que não se mistura com outros elementos.

Os alemães criaram a cerveja

A cerveja alemã é reconhecida por seu alto padrão de qualidade e o povo do país é lembrado como grandes consumidores da bebida. Talvez por isso muita gente ache que ela veio de lá. Mas, na verdade, ela surgiu há cerca de 6 mil anos e bem longe. Os primeiros registros de cerveja são da região da Suméria, hoje território do Iraque e Kuwait. 

Belgas se recusam a servir em copos diferentes

Na Bélgica a cerveja é uma coisa tão séria que praticamente todos os rótulos têm seu copo específico. E há uma lenda de que se você chegar num bar do país e o recipiente da marca que você pediu não estiver disponível o garçom pode recusar-se a servi-la. Não é bem assim. Realmente, os estabelecimentos belgas possuem uma variedade enorme de copos e taças para cervejas. E provavelmente lhe servirão no correto. Mas se ele não estiver disponível, não se preocupe, eles dão um jeito de você degustar a bebida, mesmo no copo errado.

Ingleses tomam cerveja quente

Você pode até chegar à Inglaterra, comprar uma garrafa em um mercado, abri-la e beber direto como estava na prateleira. Mas só por vontade sua, pois não é isso que acontece no país. Os pints servidos nos pubs ingleses saem das torneiras, em geral, com temperaturas ideais para o consumo, ou até mais gelados.

Água de rios e fontes puras é melhor para a cerveja

Isso já foi uma grande verdade. A qualidade da água é muito importante na fabricação da cerveja, já que ela é mais de 90% da bebida. Por isso, antigamente quando o tratamento era precário, as cervejarias se instalavam próximas a rios e aquíferos mais limpos. Hoje não há mais essa necessidade, já que os tratamentos modernos são capazes de deixar quase qualquer água com a qualidade necessária.

Cerveja mais barata que água

Há uma lenda de que a cerveja em alguns países como é mais barata que a água mineral. Mas não é bem assim. Há alguns anos o consumo da bebida na Alemanha teve uma queda drástica e isso derrubou alguns preços, o que a fez ter valores menores do que a água. No entanto, isso não é regra e, apesar da cerveja ser bastante acessível, em geral não é mais barata do que água.

Reinheitsgebot foi a primeira lei sobre cerveja

Muita gente enche a boca para falar que a famosa Lei de Pureza da Cerveja Alemã, de 1516, foi a primeira regulamentação da bebida. Não é verdade. Na Babilônia, por volta de 1772 a.C. foi compilado o Código de Hamurabi que, entre outras centenas de leis, ditava sobre itens como a quantidade de cerveja que poderia ser consumida por dia, além de instituir um controle de qualidade bastante rígido. Basicamente, ele dizia que quem servisse cerveja ruim seria afogado no líquido.

Na Irlanda tomam cerveja verde no St. Patrick's Day

Está aí um engano comum. É verdade que aqui no Brasil o dia de São Patrício costuma ser comemorado com cerveja verde, mas isso veio, na verdade, dos Estados Unidos. Foi lá que começaram a usar corantes para esverdear a bebida no dia do santo. Na Irlanda, o St. Patrick's Day é comemorado com pints de Dry Stout.

Chope é diferente de cerveja

Não. Na verdade, o líquido é o mesmo. A cerveja engarrafada, no entanto, passa pelo processo de pasteurização, ao contrário do chope em barril. Essa técnica ajuda a bebida das garrafas e latas a terem um prazo de validade mais longo.

O colarinho “rouba” espaço no copo

Muita gente pede a bebida sem espuma quando senta em um bar por achar que ela não tem função e rouba o líquido. Não é verdade. O colarinho é muito importante na cerveja, pois ajuda a manter os aromas, reduz a oxidação e conserva a temperatura.


Publicado no Portal G1

Opinião

Os Repugnantes*

Eliane Cantanhêde

Em discurso para líderes partidários de vários continentes, ontem, Lula comparou a votação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara a “um pelotão de fuzilamento composto pelo que há de mais repugnante na política”. 

Só esqueceu de um detalhe: esse mesmo pelotão integrou o seu governo, e o da própria Dilma, durante longos 13 anos. Eram o que há de melhor e viraram o que há de mais repugnante. Mágica!

Por falar nisso, Michel Temer, o “traidor” e “conspirador” escolhido por Lula e Dilma para a Vice-Presidência do primeiro e do segundo mandato dela, está, respaldado pela Constituição e atento ao processo de impeachment no Senado, afunilando a escolha do ministro da Fazenda em dois nomes: Henrique Meirelles e, como Plano B, Murilo Portugal.

Será que Lula vai ter coragem de dizer que Meirelles, presidente do Banco Central e homem forte da economia nos oito anos do seu mandato, também está entre o que há de “mais repugnante” na política e na vida nacional? Lula tem se mostrado capaz de tudo, mas iria tão longe?

Meireles não é santo e também é polêmico, mas, além de ter prestígio interno e internacional, tem outra imensa vantagem: atinge o coração do discurso lulista e governista de que há um “golpe” e tudo desandou por culpa da oposição. Maestro da política econômica na época da euforia com Lula, ele é um contraponto desconfortável para a era Dilma, que levou o País à beira do precipício, com as contas públicas em frangalhos, risco de três inéditos anos de recessão, quebradeira, desemprego e mau humor.

Em 11/5/2014, bem no meio da campanha eleitoral, quando foi rejeitado por Dilma e era cortejado como vice na chapa do tucano Aécio Neves, Meirelles publicou um artigo, sob o título Pecados Nada Originais, com críticas claras, assumidas e ácidas à “nova matriz econômica” que, inventada no governo Dilma, deu no que deu. Está ali, em Dilma e no fim dos anos Lula, a origem da crise, não na oposição.

Durante a maior parte dos cinco anos de Dilma, já com as coisas indo ladeira abaixo, Lula advertiu que as extravagâncias da pupila não dariam certo e fez de tudo para derrubar José Eduardo Cardozo, Joaquim Levy e, depois, Nelson Barbosa. Sua intenção era impor Nelson Jobim na Justiça e Meirelles na Fazenda. Dilma, teimosa como uma porta, nunca aceitou.

Resultado: agora, com a casa arrombada, ela assiste ao longe, impotente, passando vergonha, as negociações de Temer com os dois “notáveis” que Lula defendeu e ela sempre recusou. Jobim seria um grande nome no governo pós-impeachment, não fosse ele advogado de empreiteiras da Lava Jato. E Meirelles só não irá para a Fazenda se não quiser. Neste caso, abrindo a porta para Murilo Portugal. Aceitando o cargo, Meirelles seria um troféu e tanto na dissidência maciça que atropela Dilma e que, repugnante ou não, foi disputada a tapas por Lula, no seu quarto de hotel, e pela própria Dilma, ainda em palácio.

O ex-BC foi só mais um entre os mais de dez ministros lulistas que não votaram em Dilma na reeleição de 2014, quando ela ganhou com um discurso falacioso que enganou milhões de pessoas, mas não quem conhece a história de dentro. Hoje, porém, ele seria mais do que isso. Seria “o” ministro do governo Temer, para corrigir tantos e tão variados erros que sua inimiga cometeu e que estão lhe custando o mandato.

Agora é esperar para ver como Lula se comportará diante de um Meirelles “lulista”, “financista”, “anti-Dilma” e obrigado a fazer um ajuste fiscal que o ex-presidente sabe que é fundamental. Será que, se Meirelles virar o nome forte de Temer na economia, Lula terá que ficar de boca calada pela primeira vez na vida? Ou será que ele vai descascar em cima de Meirelles, enquanto os petistas, como sempre, fingem que não sabem quem é e juram que não têm nada a ver com esse “repugnante” Henrique Meirelles?

*Publicado no Estadão.com em 26/04/2016

Rapidinhas


Supremo nega liberdade a Marcelo Odebrecht
Por 3 votos a 2, o STF decidiu nesta terça-feira manter a prisão preventiva do executivo da maior empreiteira do país, Marcelo Bahia Odebrecht, preso desde junho do ano passado por ordem do juiz federal Sérgio Moro e já condenado em primeira instância na Operação Lava Jato. A decisão foi da segunda turma do Supremo. Na mesma sessão de julgamento, os ministros do Supremo determinaram a soltura dos ex-executivos do grupo Odebrecht Rogério Santos de Araújo e Márcio Faria da Silva. Eles vão usar tornozeleira eletrônica e terão de ficar afastados das empresas, permanecer em recolhimento domiciliar, comparecer quinzenalmente em juízo e aos atos do processo, entregar os passaportes e não poderão deixar o país, nem manter contatos com os demais investigados.

Anastasia é eleito relator da comissão do impeachment no Senado
Com cinco votos contrários, a comissão especial do impeachment no Senado confirmou nesta terça-feira o nome do tucano Antonio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele será responsável por elaborar um parecer sobre a admissibilidade do pedido que pode levar a petista a deixar precocemente o Palácio do Planalto. A expectativa é que o texto seja apreciado até o dia 6 de maio para que o Plenário da Casa vote na sequência a admissibilidade e o possível afastamento da petista por até 180 dias. A escolha de Anastasia foi alvo de protestos do PT e do PCdoB, que alegam que o tucano não poderia relatar o pedido de impeachment na comissão especial porque o advogado do PSDB Flávio Pereira seria subescritor da ação de impedimento da presidente. O PSDB contestou a versão apresentada pelos governistas e afirmou que Pereira figura apenas como advogado dos três autores do pedido - Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo.

Renan tem encontros com Lula, Dilma e Temer
 O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu na tarde desta terça-feira, 26, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por pouco mais de uma hora em sua residência oficial. Ainda nesta terça, Renan estará com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Na quarta-feira, será a vez de o senador se encontrar com o vice-presidente Michel Temer. Os encontros ocorrem próximo à votação pelo plenário do Senado que, em maio, decidirá se afasta Dilma e abre o processo de impeachment contra a petista. Caso seja aberto, Temer assumirá interinamente o comando do País. 

Líderes de movimentos contra impeachment pedem ministérios e verbas para programas sociais
A presidente Dilma Rousseff recebeu representantes de movimentos sociais que lideram a manifestação contra o impeachment e ouviu pedidos para que aproveitasse os últimos dias antes da votação do processo no Senado para fazer acenos em direção à base que a reelegeu. Um dos pedidos é a nomeação de integrantes dos movimentos para preencher vagas deixadas por partidos que abandonaram o governo para apoiar o impeachment e entregaram seus cargos no governo. Participaram da reunião com Dilma João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST), Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Gim Argello quer fazer delação premiada
O ex-senador Gim Argello (PTB/DF) decidiu tentar um acordo de delação premiada com o Ministério Púbico Federal para tentar reduzir ou até se livrar de uma pena numa eventual condenação pelos crimes pelos quais é acusado na força tarefa da Lava Jato. Desde a sua prisão, ocorrida em 12 de abril, na 28º fase da Lava Jato, ele avaliava a possibilidade de fazer um acordo com o Ministério Público Federal. Chegou a sondar escritórios de advocacia do Paraná, mas optou por fechar acordo sob orientação do advogado Marcelo Bessa, do Distrito Federal. Oficialmente, o escritório do criminalista nega a informação. “Não existe nada de negociação”, afirmou Bessa. Os depoimentos aos delegados e aos procuradores da Lava Jato devem ocorrer nos próximos dias.

26/04/2016


Estadão - Temer afirma que fará auditoria nas contas de bancos públicos
Caixa, Banco do Brasil e outras instituições passarão por pente-fino, diz nova 'Coluna do Estadão'

Folha de São Paulo - Tucano Anastasia deve ser relator da ação contra Dilma no Senado
Comissão especial será instalada nesta terça

O Globo - Temer admite Meirelles na Fazenda e sugere ministério com Serra, Padilha e Geddel
Homem de confiança do vice, advogado Mariz de Oliveira pode assumir a pasta da Justiça 

Correio Braziliense - Senado comunica Planalto sobre impeachment e convida Dilma a se defender
A notificação põe fim à questão de que a presidente poderia não ter direito a se defender do processo nesta primeira fase

Estado de Minas - Dilma já admite defender convocação de novas eleições
A presidente Dilma Rousseff admite, nos bastidores, a possibilidade de defender a proposta que prevê a convocação de eleições presidenciais para encurtar em dois anos o seu mandato

Bahia Notícias - Nesta terça, cinco estados americanos realizam primárias presidenciais
Esta será a penúltima grande votação da corrida eleitoral.

Revista Época - Senadores do PT querem encontro com Lula para afinar discurso sobre impeachment
Petistas da comissão especial que discute o afastamento devem insistir na tese de que deposição seria 'golpe'

Revista IstoÉ - Renan nega pedido de suspensão de julgamento de Dilma no Senado
Questão de ordem pretendia que processo de impeachment contra a presidente e contra Temer fossem apreciados conjuntamente

Revista Veja - Falar que impeachment é golpe só funciona para eleitores petistas, diz senador
Raimundo Lira (PMDB-PB) preside a comissão que se reúne a partir de hoje para definir o futuro do governo Dilma

Portal IG - Temer adia divulgação de projeto social do PMDB e se reúne com sindicalistas
Apresentação de propostas visa combater a acusação de petistas de que vice pretende acabar com programas sociais

Agência Brasil - Senadores do PMDB estarão livres para votar no impeachment, diz líder
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que o partido não vai fechar questão a respeito da votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Portal G1 - Teori autoriza abertura de mais duas investigações sobre Eduardo Cunha
Presidente da Câmara já é réu na Lava Jato e tem pedido de afastamento.
Defesa do deputado nega recebimento de vantagens indevidas.

Bom Dia!

Recurso de Desesperados*

Diante das evidentes indicações de que, também no Senado, a maioria quer o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o governo já tomou a decisão de questionar na Justiça o processo de impeachment como último recurso para impedir a cassação do mandato da chefe do Executivo. Ao que tudo indica, aguarda apenas que os senadores se manifestem sobre a admissibilidade do processo já aprovada pela Câmara dos Deputados. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, não deixou dúvidas quanto à disposição do governo. “Sim, há várias questões (no processo) que podem ser judicializadas, a começar pela própria existência, a nosso ver, da justa causa para o impeachment. Vamos avaliar e no momento oportuno entraremos com as ações”, disse ele ao jornal Valor.

Ao se valer de um desesperado recurso à Justiça, o governo, sem o admitir, reconhece sua derrota no plano político. Provavelmente os senadores aceitarão por maioria simples (41 votos) o prosseguimento do processo de impeachment. Então Dilma será afastada do cargo por até 180 dias, enquanto os senadores debatem o mérito do pedido de impeachment. Ela parece acreditar que poderá se livrar dessa ameaça pedindo a anulação de todo o processo por meio de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A tese monocórdica da defesa da presidente é que a tentativa de impeachment é um “golpe” por não ter fundamento constitucional. Os crimes de responsabilidade de que ela é acusada “não existem” – mentira insistentemente repetida pelos petistas na esperança de torná-la verdade – tanto no que se refere às “pedaladas” fiscais quanto à emissão de decretos para liberar recursos sem autorização prévia do Legislativo.

Em relação às “pedaladas”, o argumento do advogado-geral da União é que, ao tentar resolver um problema de caixa retendo deliberadamente os repasses às instituições financeiras oficiais de recursos destinados ao pagamento de programas sociais, obrigando-as a utilizar seus próprios recursos, o governo não tomou um empréstimo – o que a lei proíbe –, mas apenas “retardou”, às vezes por mais de um ano, o pagamento por prestação de serviços. Cardozo pode dar à operação o nome que melhor lhe aprouver, mas ela continuará sendo uma transação considerada ilegal pela legislação. É uma ilegalidade que justifica, sim, o processo de impeachment.

A configuração do crime de responsabilidade está demonstrada na denúncia dos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal e justificou, na Câmara, a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente e seu encaminhamento para o Senado. Antes de ser votado pelos deputados, o pedido de impeachment teve o apoio do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. E vários ministros do STF reconheceram que, previsto na Constituição, o processo de impeachment segue, até o momento, o rito definido pela própria Suprema Corte.

Para José Eduardo Cardozo, no entanto, esses ministros manifestam uma “opinião pessoal”. Quando houver uma ação em curso, eles terão que se haver com os argumentos da defesa que considera “irrebatíveis”. Ele entende que a Câmara dos Deputados fez “um julgamento eminentemente político” do pedido de impeachment, o que constitui “um desrespeito à Constituição”. Para evitar que o mesmo “desrespeito” se repita Senado, Cardozo pretende expor seus argumentos diretamente a cada um dos 81 senadores e insistir no mantra: “Não existe crime de responsabilidade”. Decerto terá muito trabalho.

Outro defensor de Dilma, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), anuncia que o PT pretende reunir “8 mil estudiosos do Direito” de todo o mundo numa espécie de “tribunal internacional paralelo” destinado a “acompanhar o processo” com o objetivo de “desmascarar a fraude e o golpe no País”.

Para tentar escapar da derrota que se desenha inevitável – e que, insista-se, deverá ocorrer com pleno respeito à Constituição –, o governo Dilma e os petistas não se acanham em macular a imagem do País.
*Publicado no Estadão.com em 26/04/2016