terça-feira, 19 de abril de 2016

Lava Jato

STF homologa delação que cita plano   
de Dilma e Lula para melar operação

Foto: Reprodução
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavasckhomologou na quinta-feira, 14, a colaboração do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, Diogo Ferreira. Segundo a decisão do ministro, Ferreira confirmou que foi informado sobre o teor da conversa entre a presidente Dilma e Delcídio, em que a petista revelou ao senador a intenção de indicar o advogado Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo seria atrapalhar a Lava Jato e proteger os executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, conforme revelou Delcídio em sua delação, homologada em março. A participação do atual ministro da Advocacia-Geral da União, à época ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também é citada no documento.

Na delação, Ferreira também complicou ainda mais a situação do ex-presidente Lula e do filho do pecuarista José Carlos Bumlai, Maurício Bumlai, trazendo ambos para o centro das tentativas de impedir a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Ele relata ter participado de encontros com Maurício, de quem recebeu dinheiro para ser entregue à família de Cerveró. Foram três entregas de R$ 50 mil feitas por meio do advogado de Cerveró, Edson Ribeiro -- todas em São Paulo. Ferreira apresentou como provas algumas trocas de mensagem de áudio e WhatsApp, combinando o local das entregas. Segundo a delação de Delcídio, Lula seria principal articulador da estratégia de "comprar o silêncio" de Cerveró.

(Com Época.com/ conteúdo)

19/04/2016


Estadão - Vice planeja superministérios da economia, infraestrutura e social
Temer avalia que precisa dar uma resposta efetiva de que está comprometido com a recuperação política e econômica

Folha de São Paulo - Temer reúne equipe para combater discurso de 'vitimização' de Dilma
Ex-porta-voz de petista participou de reunião para ajudar a calibrar ofensiva do vice

O Globo – Governo avalia ser inevitável que senadores aceitem impeachment
Caso a comissão do Senado aceite a ação, Dilma será afastada imediatamente do Planalto por até 180 dias; foco é no julgamento final 

Gazeta do Povo - Temer desenha governo com ministério enxuto, ‘notáveis’ e base sólida no Congresso
Vice-presidente articula um possível governo no caso de confirmação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado

Correio Braziliense - Presidente do Senado, Renan descarta acelerar tramitação do impeachment
Pedido de afastamento de Dilma chega ao Senado e será lido hoje em plenário

Estado de Minas - Renan pegou propina de US$ 6 mi, afirma Nestor Cerveró à Justiça Federal
Segundo o ex-diretor da Petrobras, o presidente do Senado recebeu repasse referente a contrato de navio-sonda

Revista Veja - Senado e STF vão definir juntos roteiro do impeachment
Decisão sobre a análise do processo contra Dilma Rousseff foi comunicada após encontro entre Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski nesta segunda-feira

Revista Carta Capital - Polarização política em uma sociedade murada
Divisão entre manifestantes pró e contra o impeachment é o ápice e também a origem da polarização atual, que não acaba com a eventual queda de Dilma

Revista Época - STF homologa delação que cita plano de Dilma e Lula para melar a Lava Jato
O ministro Teori Zavascki homologou a colaboração de Diogo Ferreira, chefe de gabinete de Delcídio do Amaral

Portal Correio do Povo - Renan estuda instalar comissão especial na próxima semana
Presidente do Senado vai se reunir com os líderes partidários nesta terça-feira

Portal G1 - Senado vai ler votação do processo de impeachment de Dilma nesta terça
Mesa diretora irá determinar a criação de uma comissão especial na Casa. Presidente do Senado vai se reunir com líderes partidários e definir prazos

Agência Brasil - Equador recebe ajuda internacional; número de mortos em terremoto chega a 413
As equipes de resgate no Equador continuam hoje (19) a revirar os escombros em busca de sobreviventes, dois dias após o violento tremor de 7,8 graus na escala Richter que abalou o país, deixando, até agora, 413 mortos e 2.068 feridos

Portal IG - Teori manda Justiça investigar assessor de Collor por compra de votos
Decisão atende a pedido de Rodrigo Janot, após Procuradoria-Geral da República encontrar com Cleverton um caderno "com anotações possivelmente referentes a compra de votos"

Bom Dia!

Espelho, espelho meu!

No primeiro dia depois que os deputados aprovaram, por maioria esmagadora, a autorização para o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), li, ouvi e assisti aos mais variados comentários sobre o assunto. Como se dizia antigamente, tem para todos os gostos!

Não gostaria de entrar no mérito da decisão dos deputados. Tenho manifestado, aqui, minha opinião sobre o momento que estamos vivendo no Brasil, onde não existe governo, onde a corrupção tomou conta de todos os setores, onde há uma inversão total de valores e principalmente onde cada um se julga no direito de ofender adversários sem olhar para traz ou, em muitos casos, sem se olhar no espelho.

Afirmam os governistas, que foi aplicado um golpe contra a presidente que obteve 54 milhões de votos e que se trata de uma pessoa honrada, honesta e coisa e tal. Esquecem, no entanto, que os 54 milhões de votos, também foram dados ao vice-presidente Michel Temer. Ele fazia parte da chapa da presidente Dilma, como na eleição anterior. Quem não quisesse o Temer de vice, que não votasse na Dilma, ou que reclamasse antes. Alguém lembra de ter ouvido qualquer petista reclamando da presença de Temer na chapa? Alguém se colocou contra os votos que Dilma receberia do PMDB? Eu não lembro, mas posso estar enganado.

Antes Temer e os votos do PMDB serviam, agora ele é traidor, conspirador, golpista e não tem voto. Isso, pelo menos para mim, é incoerência das maiores. Ou auto defesa, sei lá. Eu posso garantir que estou tranquilo, jamais votei em Temer.

O deputado Henrique Fontana, que foi um vereador medíocre em Porto Alegre, afirmou em artigo publicado na imprensa, que a institucionalização da corrupção no Brasil, a quebra da Petrobras e a notória incompetência do governo, são fatos secundários. A culpa, como sempre, é de governos passados. Para Fontana, Eduardo Cunha é um corrupto que não poderia ter comandado a sessão da Câmara na votação do impeachment. Mas Fontana não falou, por esquecimento ou interesse, em José Dirceu, Vacari Neto e outros companheiros seus que estão presos e condenados em Curitiba. Eduardo Cunha é, sim, um corrupto, mas nada diferente dos petistas presos por roubo.

Agora o processo está no Senado, e a pergunta que faço, é a seguinte: depois que ofenderam, gritaram esbravejaram contra Eduardo Cunha, chamado de corrupto, ladrão e réu da Lava Jato, farão o mesmo em relação a Renan Calheiros, tão envolvido em corrupção quanto Cunha, ou silenciarão por se tratar de um corrupto aliado da presidente e do governo?

Para encerrar, reproduzo o comentário de um leitor publicado na ZH de hoje sobre a coluna de Luiz Fernando Veríssimo publicada ontem (18). Diz o leitor: “A votação no Congresso garante que eu  e outros brasileiros preferimos ver no espelho, ao nosso lado, Eduardo Cunha, ao invés de José Dirceu, Lula, Dilma e Veríssimo”.

Como diria um amigo meu, UMA OPINIÃO!

Tenham todos um Bom Dia!