segunda-feira, 18 de abril de 2016

Boa Noite!


Publicitário, poeta, violonista, compositor e cantor brasileiro, Hermes Aquino  despontou para o sucesso em 1976 quando sua canção Nuvem Passageira, foi tema da novela Casarão, da Rede Globo.

Fiquem com o gaúcho Hermes Aquino cantando Desencontro de Primavera, música gravada em 1977.




Rapidinhas


Anatel proíbe operadoras de reduzir internet fixa após fim da franquia
Uma decisão cautelar da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu as operadoras de internet fixa de reduzir a velocidade ou suspender a prestação do serviço de banda larga após o término da franquia até que essas empresas forneçam aos clientes ferramentas que permitam, por exemplo, acompanhar o uso de dados de seus pacotes. O despacho da agência com a cautelar foi publicado na edição desta segunda-feira (18) do Diário Oficial da União. O descumprimento pode gerar multa de R$ 150 mil por dia, até o limite de R$ 10 milhões às operadoras. Nas últimas semanas, tem gerado polêmica a informação de que as operadoras querem oferecer planos de internet fixa, usada nas residências e empresas, com limite de download, em que o serviço pode ser suspenso quando o usuário atinge uma determinada quantidade de arquivos e dados baixados. Atualmente, esse serviço é cobrado de acordo com a velocidade de navegação contratada, sem teto de uso da internet. Já o sistema que limita a quantidade de dados baixados, ou seja, que fixa uma franquia, já funciona na internet móvel, dos celulares.

PDT vai expulsar quem votou pelo impeachment
O PDT iniciou hoje o processo de expulsão dos seis deputados que contrariaram a orientação do partido e votaram pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi tomada em reunião da comissão permanente da sigla, na manhã desta segunda-feira em Brasília. Da bancada de 19 deputados, Mario Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Giovanni Cherini (RS), Flávia Morais (GO), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão optaram pelo "sim" à admissibilidade do processo contra a petista, que foi aprovado ontem na Câmara e agora segue ao Senado. A comissão de ética do partido encaminhará os processos de expulsão "garantindo a todos o amplo direito de defesa" e produzirá um parecer a ser submetido ao Diretório Nacional da legenda no Rio de Janeiro, no dia 30 de maio, quando as expulsões podem ser consumadas. Nos dias que antecederam a votação na Câmara, o líder do PDT na Câmara, Weverton Rocha (MA), admitia apenas as defecções de Giovanni Cherini e Flávia Morais.

Líder do governo diz que luta para barrar impeachment está apenas começando
Após reunião com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse hoje (18) que a luta para barrar o impeachment no Senado está “apenas começando”. Ontem (17), a Câmara aprovou, por 367 votos a favor, 137 contra e sete abstenções, a admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma. “O objetivo da reunião foi mostrar para a presidenta nossa disposição de continuarmos unidos na luta contra o impeachment. A luta está apenas começando. Tem um longo período de disputa política. A presidenta está muito otimista. É impressionante como o astral da presidenta está bom, está animada. Ela agradeceu muito a nossa honradez”, disse Guimarães. Além de Guimarães, outros 22 parlamentares estiveram no Planalto para prestar apoio a Dilma, entre eles os peemedebistas Marcelo Castro e Celso Pansera, que foram exonerados dos cargos de ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação para votar contra o impeachment.

STF mantém julgamento sobre a posse de Lula na quarta-feira
Mesmo após a Câmara aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter na pauta do plenário da próxima quarta-feira (20/4), o julgamento sobre a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Segundo uma fonte do Tribunal, como a presidente Dilma continua à frente da Presidência até o processo ser votado no Senado, não haveria por que adiar a discussão sobre Lula no ministério. O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin, tem uma audiência nesta segunda-feira (18/4), com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para conversar sobre  assunto.

Escolha de relatora no Senado abre batalha entre PT e nova oposição
A bancada do PT no Senado reagiu nesta segunda-feira (18) a um acordo traçado entre a oposição e setores do PMDB para indicar a senadora Ana Amélia (PP-RS) como relatora do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa. Para os petistas, a senadora não tem isenção para conduzir o caso porque o PP fechou questão em favor da saída da presidente, inclusive com a ameaça de expulsão dos parlamentares que votarem contra a deposição. “Nesse caso aqui somos juízes. Precisa ser alguém que tenha imparcialidade. E Ana Amélia não pode ser porque não tem imparcialidade. Ela já indicou o voto há muito tempo”, disse Lindbergh Farias (RJ) ao fim da reunião. Segundo o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE), o PT pode até não indicar um correligionário para o posto mas vai fazer questão de participar do processo de escolha.

Blog do Camarotti

PT admite culpa de Dilma na derrota*

Gerson Camarotti


De forma reservada, o grupo mais próximo da presidente Dilma Rousseff já admite que ela foi a principal culpada pela expressiva derrota na noite deste domingo na abertura do processo de impeachment.

Esse sentimento também é compartilhado pelo grupo mais próximo do ex-presidente Lula. Há o reconhecimento de que o descaso com a articulação política por parte da própria Dilma nos últimos cinco anos teria sido a causa de muitos votos favoráveis ao impedimento da presidente.
 
"Foi um erro ter deixado a política em segundo plano durante tanto tempo", disse um auxiliar próximo de Dilma. "Quando a gente acordou para resolver a falta de interlocução com a política, já era tarde demais", concluiu.

A crítica é ainda mais dura por parte dos lulistas, que atribuem a Dilma boa parte da erosão da herança política deixada pelo ex-presidente.

A avaliação é que muitos aliados deram o troco pelo tratamento recebido do Palácio do Planalto até recentemente. 

Internamente, o governo já admitia que o cenário já estava tão deteriorado do ponto de vista político que não havia mais governabilidade junto ao Congresso Nacional, tamanha a fragilidade política de Dilma.
*Publicado no Portal G1 em 18/04/2016

Opinião – 2

O tchau Dilma e as abstenções

A frase dita por Lula ao final da conversa telefônica grampeada pela Polícia Federal foi estandarte para milhares de cartazes espalhados pelo plenário da Câmara durante a votação do processo de impeachment da presidente.

Provavelmente Lula jamais tenha imaginado que sua despedida na conversa em que Dilma comunicava que enviaria o documento de posse na Casa Civil, “para ser usado em caso de necessidade”, acabasse se transformando quase que num slogan da oposição durante a votação.

Mas tudo o que está ruim pode piorar. E parece que é assim em relação ao processo de impeachment de Dilma. A partir de agora, as coisas devem ficar muito mais difíceis para a presidente com a análise no Senado.

Por maioria simples, ou seja, 41 votos, os senadores poderão autorizar o processo, abrir a Comissão Especial, colocando Dilma por 180 dias na geladeira, permitindo que Temer assuma a presidência. E as pesquisas em relação ao voto dos senadores, mostra que 45 votarão pela condenação de Dilma que, até agora, tem apenas 21 votos favoráveis.

Mesmo na votação final, quando são necessários dois terços dos 81 senadores ou seja, 54 votos, é praticamente impossível que Dilma reverta a situação. Ela perdeu, nos últimos dias, apoios importantes de grandes partidos que deixaram a base aliada e foram para o lado de Temer.

Parece que o grito de “não vai ter golpe” ou a insistência em chamar a grande mídia de “imprensa golpista”, não colou, a não ser entre os que defendem o governo. Ao mesmo tempo, todo o brilho de Lula, sempre tão forte e senhor de si, parece definitivamente ofuscado. Ele não conseguiu melhorar nada a situação de sua criatura, muito pelo contrário, parece que ajudou a piorar.

Se duvidarem, será visto na saída do hotel, ou do Palácio do Planalto, carregando um cartaz de Tchau Querida!

Foram sete deputados que se abstiveram de votar na tarde de ontem. Entre eles, lamentavelmente, um gaúcho, o deputado Pompeo de Matos (PDT). Aliás, dos três deputados gaúchos do PDT, um votou contra (Afonso Mota), um a favor (Geovani Cherini) e outro (Pompeo de Matos) se absteve.

Sempre tive uma posição sobre quem vota ‘abstenção’ quando precisa se posicionar diante de um problema polêmico, ainda mais como no caso de ontem quando todos os eleitores esperavam por um posicionamento de seu candidato.

O deputado tinha que ser claro, honesto e objetivo, votando sim ou não, jamais frustrando a expectativa de quem confiou seu voto a ele esperando uma posição a favor ou contra o impeachment. Pompeo preferiu ficar sobre o muro.

Tenho uma convicção formada sobre o voto de abstenção. Para mim, num caso como o de ontem, quem se abstém de votar, pratica um ato menor, jogando seu voto no lixo. Quer ficar bem com os dois lados, mas não consegue enganar a nenhum.

Opinião

A ameaça petista*

O Partido dos Trabalhadores (PT) nasceu no início dos anos 80 pretendendo ser o abrigo do pensamento dito progressista, o santuário da ética na política, o modelo de participação democrática de todos os setores da sociedade na política e na administração pública. Era essa a sua promessa, traduzida pela liderança carismática do ex-metalúrgico e líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Três décadas depois, o partido portador da grande nova revela por inteiro sua verdadeira natureza – autoritária e venal –, tornando-se um dos maiores obstáculos para o pleno funcionamento da democracia, justamente no momento em que as instituições nacionais passam por um grande teste de resistência em meio ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A ameaça petista de incendiar o País – e de transformar o Palácio da Alvorada em uma cidadela para defender Dilma de um “golpe”, que nada mais é do que a decisão soberana de um Congresso legitimamente eleito – é expressão clara do espírito golpista de seus líderes.

Nenhum observador mais atento da vida nacional pode se dizer surpreso. O PT sempre demonstrou muita dificuldade em aceitar as regras do jogo democrático quando esteve na oposição. Recusou-se a dialogar com todos os governos, sabotou todos os esforços para estabilizar a economia e dificultou ao máximo a aprovação das necessárias reformas constitucionais para modernizar o Estado, tudo com o objetivo de criar uma atmosfera de confronto – sob a qual, calculou, teria mais chances eleitorais. É na confusão moral que costuma vicejar o tipo de política praticado pelo PT.

Uma vez no governo, o partido da ética, herói da democracia, não se constrangeu em incentivar a promiscuidade e a corrupção para facilitar seu trabalho de controlar o Congresso. Afinal, o PT nunca demonstrou legítima disposição para dividir o poder e fazer concessões em relação a propostas de governo, algo que está na base de qualquer democracia saudável, pela simples razão de que jamais pretendeu fazer concessões. Certo de ser o portador da verdade histórica, que, por definição, inviabiliza qualquer negociação, o PT tratou a democracia como um obstáculo, a ser superado na base do simples toma lá dá cá, encabrestando as instituições. O partido de Lula, José Dirceu et caterva jamais teve aliados; sempre teve cúmplices.

Praticamente devolvido agora à condição de opositor, o PT demonstra mais uma vez que não aprendeu nada – ao contrário, trata de reafirmar de forma clara a sua natureza autoritária. Justamente no momento em que o País clama por serenidade, para que a transição que se completará nas próximas semanas se dê da maneira mais civilizada possível, eis que os petistas ameaçam o País com a violência que resume sua índole.

Infelizmente, podemos esperar muita intranquilidade nos próximos tempos, estimulada pela tigrada. Há ameaças de greves e manifestações diárias, cujo potencial disruptivo não é desprezível. Vários dos irresponsáveis chefes de grupelhos disfarçados de “movimentos sociais”, que ganharam poder sob o lulopetismo, já expressaram sua disposição de fazer “guerra” – essa é a palavra que usaram, e não se deve ter esperança de que se trate de mera força de expressão, pois essa turma já provou muitas vezes do que é capaz.

Além disso, a expectativa é de que haja muitos problemas no Congresso, que já conhece bem o modo petista de fazer oposição. Votações cruciais para arrancar o País da grave crise em que os desastrosos governos petistas o meteram deverão ser a oportunidade que o PT espera para tentar desforrar a derrota no impeachment. Para o lulopetismo, quanto pior, melhor.

Assim, ficará claro de uma vez por todas que o PT jamais quis ajudar a construir um país moderno, decente e forte. Sua única preocupação sempre foi a de polir a biografia de Lula, construindo para seu líder messiânico a imagem de inatacável protetor dos pobres e preparando o terreno para sua perpetuação no poder, à moda dos caudilhos que marcaram tristemente a história latino-americana.

Já virtualmente fora do poder e diante da perspectiva real de ver seu grande timoneiro atrás das grades, os petistas escolheram ser oposição destrutiva – o que só vai confirmar que o PT é e será o que sempre foi: um parasita incrustado no País para exaurir suas forças com práticas facinorosas.

*Publicado no portal Estadão.com em 18/04/2016

Impeachment

Os jornais, revistas e portais de notícias de hoje (18) falam quase que exclusivamente da votação de ontem (17) na Câmara Federal. Fiz uma seleção das principais manchetes e frases que encontrei nas minhas buscas por informações. Os comentários ficam por conta de vocês.

 - Planalto recebeu resultado da Câmara com indignação e tristeza, diz Cardozo

- Jaques Wagner diz que confia no Senado para livrar Dilma

- Rui Falcão pede que defensores do governo permaneçam mobilizados

- Governo já prepara ofensiva jurídica

- Ministro da Justiça manda PF investigar compra de votos no impeachment

- Jean Wyllys admite que cuspiu ‘na cara’ de Bolsonaro

- 'Traição' e 'decepção' foram as palavras de ordem no Alvorada

- Senadores propõem eleições antecipadas

- Choro toma conta dos pró-Dilma

- Manifestantes vibram nas ruas

 - Cunha diz que enviará processo ao Senado hoje

- Temer deve falar só depois de decisão no Senado, dizem aliados

- Vice quer nomes de impacto na economia e na área social

- Chamado de 'gângster', Cunha sai mais forte para barrar sua cassação

- Aécio diz que Dilma 'está colhendo o que plantou'

- Rito no Senado deve ser definido nesta terça-feira

- Lula já articula resistência a Temer 


- ‘Vácuo administrativo’ se intensifica a partir desta segunda-feira

Bom Dia!

O começo do fim!

Não há como negar que as coisas ficaram definitivamente comprometidas para o lado do governo, especialmente para Lula e seu PT. Depois de muitos e muitos anos no poder, fora os que estiveram na oposição, azucrinando e tentando derrubar quem estava governando, começam a voltar para o lugar de  origem.

O prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), escancarou a fragilidade do apoio (?) político ao governo. Afinal, Dilma precisava de tão somente 172 votos para se garantir no Planalto. Faltaram 35. O governo chegou aos 137 votos, ou seja, apenas 137 deputados, dos 511 presentes,  estiveram ao lado da presidente, representando aqueles que desejam sua permanência na presidência.

Por outro lado, a tão glorificada influência de Lula na vida política brasileira, resultou em nada, ou quase nada. Depois de passar duas semanas hospedado num hotel de luxo em Brasília, recebendo políticos de toda a parte, oferecendo cargos e mais cargos, prometendo verbas milionárias em troca de apoio ou votos, Luiz Inácio viu seu castelo ruir fragorosamente. Ele, provavelmente, deve ter influenciado para que alguns deputados, mesmo da base de apoio governamental, trocassem de posição e votassem contra Dilma.

Nas ruas, o que se viu, foi um bando de sindicalistas e representantes de movimentos ditos sociais, como MST, MTST, CUT e outros, vestindo camisetas vermelhas e empunhando bandeiras de suas agremiações, tentando mostrar uma força que existe somente na memória de alguns.

No plenário, a cada voto do PT, do PCdoB, além de alguns poucos aliados, o que se ouvia eram berros contra Cunha e Temer e ameaças claras de luta nas ruas, numa tentativa infundada de divisão de classes. Para os que votaram em favor de Dilma, era uma disputa entre pobres e ricos, entre brancos e negros. Uma tristeza.

Enquanto a oposição se esforçava para homenagear parentes, antepassados, cidades e estados, em votos longos e repletos de clichês, alguns parlamentares se esforçavam para levantar cartazes e gritar palavras de ordem. Sem falar nos que, com preparo físico elogiável, passaram o tempo todo parados ao lado dos votantes, tipo papagaios de pirata, olhando sem disfarçar para as lentes que mostravam o orador. Uma vergonha.

No fim, a oposição contou 367 votos, 25 mais do que precisava (342), enquanto o governo somou 137, 35 menos dos necessários (172) para impedir o prosseguimento do processo de impeachment.

A pergunta que fica depois de não sei quantas horas de discursos e votação, é como um governo, caso o impeachment seja negado no Senado, vai se sustentar com uma base quase insignificante no Congresso? Os projetos de mudança, o pacto que o governo anunciou para depois da votação, dificilmente alcançariam os votos necessários para aprovação.

Para não me alongar, sou dos que creditam ao governo e especialmente ao ex-presidente Lula, toda a culpa pela derrota de ontem e pelo começo do fim de algo que pensaram que fosse eterno. Nada é eterno, principalmente quando alimentado por ódio, vingança e, principalmente, corrupção desenfreada.

Mais tarde vou escrever sobre as abstenções. Preciso dar um tempo ao estômago!

Tenham todos um Bom Dia!