domingo, 13 de março de 2016

Dia 13 de março - 9


Na Avenida Paulista, a Polícia Militar foi obrigada a impedir o acesso de pessoas devido ao número imenso de manifestantes. A foto dá uma dimensão do número de pessoas que foram protestar contra o governo na principal avenida de São Paulo. Segundo a PM paulista, 1,4 milhão de pessoas estiveram na Paulista. O número total de manifestantes em São Paulo foi de 1,8 milhão

Dia 13 de março – 8

Protestos em Porto Alegre
Foto: RBS
No Parcão, manifestantes contra o ex-presidente Lula e pelo impeachment da presidente Dilma, chegaram a 100 mil pessoas, conforme a Brigada Militar. 


Foto: Correio do Povo
Na Redenção, militantes do PT, servidos de muitas coxinhas de galinha, reuniram cerca de duas mil pessoas que manifestaram seu apoio a Lula e Dilma, conforme a BM.

Dia 13 de março – 7


Lula sai à rua e é ovacionado por militantes

Cerca de 400 pessoas fazem ato em favor do ex-presidente, em São Bernardo


No Rio de Janeiro, a Polícia Militar e os organizadores calculam entre 700 mil e um milhão de pessoas participando dos protestos

Dia 13 de março – 6




Conforme a Polícia Militar, 100 mil manifestantes, integrantes de movimentos pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff ocuparam na manhã deste domingo (13) a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para uma marcha entre o Museu da República e o Congresso Nacional. Antes do início da caminhada, os manifestantes rezaram em frente à Catedral de Brasília. Seis carros de som acompanharam a marcha.

Dia 13 de março –5



Em Belo Horizonte, os participantes do ato ainda enaltecem a Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e a Polícia Federal. Segundo a Polícia Militar, por volta das 10h30, cerca de 16 mil pessoas estavam concentradas na praça. Neste horário, não havia uma estimativa de pessoas divulgada pelos grupos que organizam o ato na capital mineira

Dia 13 de março – 4


Às 11h20, uma hora e 20 minutos após o horário marcado para o início do ato, os manifestantes ocupavam cerca de 8 quarteirões da Praia de Copacabana e as duas pistas da Avenida  Atlântica

Dia 13 de março - 3




Manifestantes iniciam concentração na Praia de Copacabana


Ato reúne mais de 4 mil pessoas em São Luís, diz PM

Protesto é pacífico e foi convocado no por quatro movimentos sociais.


Em Salvador, mais de mil pessoas aguardam início das manifestações junto ao Farol da Barra

Dia 13 de março – 2

Começaram as manifestações 
em todo o Brasil

RIO DE JANEIRO: o ato no Rio contra o governo Dilma e a corrupção começou por volta das 9h em Copacabana, quando os primeiros manifestantes começaram a chegar. A concentração é na altura do Posto 5 da praia e os manifestantes vão em direção ao Leme. Um trecho de cerca de 2 quilômetros. Muitos vestem roupas verde e amarelas e ambulantes vendem bonecos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma.


 

Em Belém do Pará,manifestantes ocupam as ruas do centro da Capital



Em Campo Mourão, no Paraná, manifestantes pediram "Sérgio Moro, rogai por nós"

Dia 13 de março

Domingo de protestos


Manchetes de jornais, portais de noticias e revistas sobre o movimento de pessoas nas ruas do Brasil para protestar contra o governo

Tribuna da Bahia - 100 cidades preparam protestos contra o governo de Dilma Rousseff
A expectativa é que os encontros deste domingo superem os registrados em 15 de março do ano passado

Diário de PernambucoAvenida Boa Viagem será palco de manifestações
Atos  contra a presidente Dilma vão ocorrer em todo o país. No Recife será em Boa Viagem

Estadão - Manifestações testam peso das ruas na pressão pela saída de Dilma
Atos previstos para este domingo em todo o Brasil deverão ser determinantes para a era petista no governo federal

Folha de São Paulo - Tamanho dos protestos vai definir apoio ao governo, avaliam aliados
Para o Planalto, volta dos movimentos de rua reforçará processo de impeachment

Portal G1 – Belém e São Luiz iniciam protestos contra Dilma
Protesto começou, por volta das 9h, na Escadinha da Estação das Docas, em Belém. Os manifestantes vão circular pelas ruas da capital paraense em protesto contra o governo Dilma

O Globo - Atos contra Dilma estão previstos em 400 cidades
Desta vez, políticos de oposição participam da organização; presidente pede paz e que protestos sejam respeitados 

Portal IG - Sob temor de conflitos, grupos anti-PT tentam hoje fazer maior ato da história
Convocados para ao menos 415 cidades brasileiras, protestos ocorrem em meio à intensificação de ameaças de violência entre movimentos defensores e contrários ao impeachment

Revista Veja - 13 de março: acompanhe as manifestações pelo país
Brasileiros voltam às ruas para protestar contra o governo e o PT. Manifestação terá impacto sobre tramitação do impeachment no Congresso

Gazeta do Povo - Acompanhe as manifestações deste domingo (13) pelo Brasil
Pelo menos 400 municípios brasileiros têm atos convocados pelo movimento Vem pra Rua. A intenção é protestar contra a corrupção e demonstrar apoio à Operação Lava Jato

Agência Brasil - Dilma pede paz e respeito às manifestações deste domingo
A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse hoje que as manifestações contra seu governo, marcadas para hoje (13) em várias cidades do país, devem ser tratadas “com todo respeito”

Estado de Minas – Manifestantes voltam às ruas pelo impeachment de Dilma
Atos acontecem hoje na Praça da Liberdade e na Praça da estação em BH

Correio Braziliense- Manifestantes vão às ruas e pedem saída de Dilma da Presidência
Protestos estão marcados para ocorrerem neste domingo (13/3)

Bom dia!

Fiapos de esperança*

Eliane Cantanhêde

Se causou espanto o pedido de prisão preventiva de Lula por três promotores de São Paulo, não é menos surpreendente o procurador Rodrigo Janot pedir a abertura do sétimo inquérito contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, justamente na sexta-feira à noite. Terá sido por acaso? Ou confirma o desespero de quem sabe que o governo não tem mais jeito?

Mesmo ministros do Supremo, tão escaldados, estranharam a oportunidade do pedido de Janot, horas antes da convenção em que o PMDB colocaria o pé fora do governo e dois dias depois do jantar em que pemedebistas e tucanos selaram um pacto de união para tocar o País após a queda de Dilma Rousseff – considerada favas contadas.

Dilma afundava na Câmara e contava com Renan no Senado, mas até essa boia furou, quando Renan concluiu que ela não tem condições de concluir o mandato. Daí a entrada em campo dos profissionais da política, no PMDB e no PSDB, para não deixar o País cair no vácuo. Pode até ser injusto, mas a leitura em Brasília é que Janot parece dar um aviso a Renan: se ele se “comportar bem”, a pressão continua só em cima de Eduardo Cunha, mas, se ele abandonar Dilma no oceano da ingovernabilidade, aí tem troco.

É mais um lance para confirmar a situação crítica de Dilma, que se agarra a boias furadas e a fiapos de esperança para tentar se segurar no mandato até 2018. Renan é a boia furada e o ex-presidente Lula é o fiapo de esperança, numa falsa escolha de Sofia. Se Dilma não nomear Lula para “primeiro-ministro”, seu governo acaba. Se nomear, acaba também.

Dilma, Lula e o PT, portanto, entram na fase do desespero, enquanto o País mantém a interrogação e o mundo político começa a preparar a resposta para essa interrogação. Todos os lados sabem que não dá mais para esperar, está se tornando uma questão de vida e morte – sobretudo para o País.
É por desespero que a presidente da República faz algo raiando ao patético: chama a imprensa para negar que vá renunciar! Quem não imaginava a possibilidade passou a considerá-la. Assim como atraíra antes para dentro do Planalto a palavra “impeachment”, Dilma agora carimba na sua testa o termo “renúncia”.

É uma forma elementar de autoenfraquecimento e com um detalhe que piora tudo: ares de soberba. “Testemunharam que não tenho cara de renúncia?”, disse aos jornalistas, de nariz em pé, ironizando a versão – dadas pelos seus próprios assessores, diga-se – de que esteja “resignada” com o triste fim da primeira mulher eleita presidente no Brasil. Um desastre.

Presidente de um país afundado em crises, à frente de um governo que não governa, rechaçada pelo PT, abandonada pelo PMDB e o PSB, rejeitada pela sociedade, em confronto aberto com o Congresso, amparada melancolicamente por Jaques Wagner e José Eduardo Cardozo – que não têm alternativa –, resta a Dilma agora jogar a toalha, resignada ou não, e ceder a cadeira e o comando para Lula.

Mas... se não se pode subestimar o carisma e a genialidade política de Lula, também não se deve superestimar um ex-presidente que sacoleja, desengonçado, dentro de um lava-jato: depoimento de horas à PF, condução coercitiva determinada pela Justiça, até um atrevido pedido de prisão preventiva feito por promotores estaduais.

Que Dilma está acabada, não há dúvida. Mas será que Lula tem condições de virar o jogo, recuperar o respeito do Congresso, a confiança do empresariado, a idolatria da maior parte da população e fazer o ajuste fiscal, salvar o governo, a própria pele e, enfim, o País?

Tem muita gente boa acreditando que sim, mas há controvérsias, porque a única coisa visível nesse movimento mirabolante é o desespero de quem não tem saída, o derradeiro esperneio antes da, digamos, “resignação”. É muita mágica para um mágico tão combalido. E com o povo na rua!

*Publicado no Portal do Estadão em 13/03/2016