sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Tá na hora de dormir!



"Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer."

Santo Agostinho



Rapidinhas


Cunha diz ter provas contrárias às acusações que lhe são feitas pelo MP
Em entrevista concedida ao programa "Discussão Nacional" da TV Assembleia de São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, voltou a bater no Ministério Público Federal, criticando o vazamento de informações contra ele. Cunha se classificou como um “alvo” dos procuradores e afirmou ter provas contrárias às “acusações absurdas” que lhe são feitas. No entanto, não detalhou quais seriam essas provas.

TCU pode inabilitar ministro do Planejamento
O governo tem um temor adicional no julgamento do TCU sobre as pedaladas fiscais –além da determinação de quitar no ato a dívida com os bancos públicos. É grande o risco de o tribunal condenar à inabilitação para exercer qualquer função pública uma série de autoridades e ex-autoridades do governo Dilma Rousseff. O maior medo é que a lista inclua o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda entre 2011 e 2013. Entre os ministros é dado como certo que o relator do processo, José Múcio, adotará essa pena por oito anos para o ex-ministro Guido Mantega e para o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin, a quem é atribuída a responsabilidade pelo uso indiscriminado das “pedaladas” em 2014.

Romeu Tuma Júnior deve seguir para o PTB
O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Junior deverá se filiar em breve ao PTB. Ele foi convidado pela presidente nacional do PTB, a deputada Cristiane Brasil (RJ), e pelo secretário-geral do partido, Campos Machado. Tuma Junior tem dúvidas sobre o que fazer quando chegar à legenda: partir para uma candidatura no próximo ano à prefeitura de São Paulo ou esperar até 2018 para tentar concorrer ao governo do Distrito Federal, onde viveu por 12 anos. Tuma Junior acha que a política local de Brasília está tão desgastada que um forasteiro como ele tem chances de vencer. Antes de seguir para o PTB, Tuma Junior tem de se desligar do PTC.

Arrecadação cai pelo sexto mês e tem pior setembro desde 2010
Com a crise afetando a atividade econômica e o pagamento de impostos, a arrecadação de tributos pela Receita Federal registrou queda pelo sexto mês consecutivo na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Dados divulgados pelo órgão mostram que o recolhimento de impostos e contribuições federais somou 95,23 bilhões de reais em setembro, uma queda real (descontada a inflação) de 4,12% na comparação com o mesmo mês de 2014. Em relação a agosto, houve um aumento de 1,06% na arrecadação. Foi o pior desempenho para meses de setembro desde 2010, quando as receitas somaram 90,49 bilhões de reais. A arrecadação veio dentro do intervalo das estimativas coletadas pela Agência Estado, de 88,90 bilhões a 97,60 bilhões de reais, mas abaixo da mediana de 93,85 bilhões de reais.

Senado discute suspeita de manipulação no câmbio
O Banco Central, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a AEB, que reúne os exportadores, estarão juntos na mesma mesa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, na próxima terça-feira. Na pauta, um assunto explosivo que vem sendo investigado pelo órgão antitruste desde julho de forma sigilosa: a investigação de cartel que envolve 15 bancos estrangeiros e 30 pessoas por suspeita de manipulação da taxa de câmbio. Nos Estados Unidos, a mesma fraude foi feita com o dólar, e culminou com um acordo no qual os bancos envolvidos pagaram US$ 5,6 bilhões, o equivalente a quase R$ 24 bilhões. Não se tem ainda um número do tamanho da fraude, mas o Cade está convencido de que  a manipulação, ocorrida entre 2007 e 2013, é da casa de bilhões de reais. Os maiores perdedores foram os exportadores, pois a manobra teria mantido o real valorizado artificialmente abaixo de R$ 2 por um longo período. As grandes empresas do comércio exterior estudam entrar com uma ação contra os bancos tão logo saia uma decisão do Cade.

José Carlos Bumlai:

"Repasse de lobista, foi empréstimo"


O pecuarista José Carlos Bumlai, acusado pelo delator Fernando Soares, o Baiano, de receber propina para mediar negócios no setor de petróleo e repassá-los a uma nora do ex-presidente Lula, afirma que os recursos que recebeu do lobista serviram, na verdade, para pagar empregados de suas fazendas.

Bumlai repetiu a versão a mais de uma pessoa. Segundo a Folha apurou, ele diz que contratou Baiano para ajudá-lo a vender uma termelétrica. Pela corretagem, lhe pagaria uma comissão milionária.
Como estava precisando de recursos com urgência, já que seus negócios no setor agropecuário passam por dificuldades, Bumlai pediu a Baiano, na ocasião em que o contratou, um empréstimo para quitar dívidas com trabalhadores de suas terras.

O lobista aceitou, segundo a versão do pecuarista. Como tinha recursos para receber de uma empresa ligada à OSX, de Eike Batista, para quem prestava serviços, Baiano pediu que a companhia repassasse o crédito a Bumlai.

O dinheiro teria sido então depositado na conta de uma empresa da família do fazendeiro. Ou seja, o que Baiano diz ser propina não passaria de um empréstimo a Bumlai, sem contrato assinado e jamais saldado.

O fazendeiro diz a interlocutores que, ao contrário do que sugere o delator, os recursos depositados na tal empresa não foram repassados a uma nora do ex-presidente Lula, mas sim a ele próprio, por meio de um contrato de mútuo. Ele teria usado o dinheiro para então pagar seus empregados.

O fazendeiro rebate ainda os valores revelados por Baiano nos depoimentos que deu às autoridades em acordo de delação premiada. Ele diz que não recebeu R$ 2 milhões do delator, e sim R$ 1,5 milhão.

Baiano afirmou em seus depoimentos que o ex-presidente Lula participou de reuniões com Bumlai, de quem é amigo, e o presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, sobre contratos da Petrobras.

A reunião com Lula foi marcada durante as tratativas de Baiano, que atuava em nome da OSX, de Eike, e Bumlai para conseguirem um contrato de construção de navios-sonda com a Sete Brasil.

Segundo a versão do delator, Lula teria prometido "ajudar a dar mais velocidade", mas os negócios supostamente intermediados por Bumlai não prosperaram.

Mesmo assim, meses após a reunião, que teria ocorrido em 2011, Baiano diz ter repassado R$ 2 milhões em propina a Bumlai, que teria solicitado para uma nora de Lula.

Lula disse que nunca autorizou o amigo a pedir dinheiro em nome dele e negou que alguma nora tenha recebido favor de Baiano. Nesta quinta (22), o ministro do STF Teori Zavascki negou um pedido de Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, para ter acesso à delação de Baiano (Mônica Bergamo, Folha de S.Paulo, 23/10/15)

Pizzolato chega ao Brasil

Vai cumprir pena na Papuda

Pizzolato é escoltado por agentes da PF no aeroporto de Brasília (Foto: FolhaPress)

Pouco mais de dois anos depois de fugir do Brasil para escapar da prisão, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato chegou por volta das 8h50 desta sexta-feira a Brasília - e finalmente começará a cumprir a pena de 12 anos e 7 meses a que foi condenado no julgamento do mensalão. Ele deixou a Itália na noite de quinta-feira em um voo comercial e desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, pouco depois das 6 horas. Na sequência, realizou os procedimentos de registro de entrada no país e seguiu para a capital federal a bordo de um jatinho da Polícia Federal. Agora, cumprirá na Penitenciária da Papuda a pena pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

O comboio que acompanha Pizzolato em Brasília é composto por três viaturas descaracterizadas. Pelo menos doze agentes da PF, incluindo um médico e um delegado, acompanham o condenado. Na mesma penitenciária onde ficará Pizzolato foram encarcerados outros condenados do mensalão, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado federal pelo PT José Genoíno.(Com Veja.com)

Bom Dia!

Como muitos, acho que a maioria, dos meus amigos e leitores comungam dos mesmos pensamentos que tenho sobre a situação política no Brasil, sobre o governo do PT e, principalmente, sobre a figura de Luiz Inácio, estou substituindo meu comentário de todas as manhãs por um dos editoriais do jornal O Estado de São Paulo de hoje (23). 

Ontem publiquei um pequeno comentário no Facebook sobre as mentiras que o líder máximo do petismo costuma aplicar, especialmente quando fala para plateias compostas apenas por companheiros. Ele adora aplausos. Juntei uma foto dele, ao lado do mensaleiro preso por corrupção, José Dirceu, pedindo o impeachment de FHC em 1999, e lembrei de suas declarações de que sempre respeitou o resultado das urnas e, após cada derrota, foi para casa ‘lamber as feridas’. Mentiroso, como sempre.

Tenham todos um Bom Dia!

De novo a metamorfose ambulante

Enquanto pratica a arte de desdizer-se sempre que necessário para poder dizer o que acha que a plateia quer ouvir, Luiz Inácio Lula da Silva age com determinação nos bastidores para forçar a substituição de mais um ministro de quem não gosta: o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, que acusa de “não controlar” devidamente as ações da Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Lava Jato, agora perigosamente perto dele próprio e de sua família. O cheiro do perigo despertou a metamorfose ambulante.

Depois de passar semanas atacando o ajuste fiscal e a “política econômica” de Dilma e estimulando seu partido e as organizações filopetistas a exigir a demissão do ministro Joaquim Levy, Lula fez na quarta-feira, na Assembleia Legislativa do Piauí, onde foi homenageado, uma enfática defesa da austeridade fiscal: “Isso a gente faz na casa da gente. Gastou um pouco demais? Perdeu a conta? Tem que brecar. Ou a gente faz isso, ou quebra de vez”.

Já as investigações da Lava Jato em torno das relações de Lula e família com o pecuarista José Carlos Bumlai – aquele que tinha acesso livre ao Palácio do Planalto – mostram indícios de que o clã Lula da Silva foi beneficiado por esquemas mal explicados. De acordo com a delação premiada do lobista Fernando Baiano, os dois filhos de Lula, Fábio Luiz e Luiz Cláudio, ocupavam, até o início das operações da Lava Jato, salas anexas ao escritório que Bumlai mantinha em São Paulo. Além disso, de acordo com o mesmo delator, Bumlai teria usado recursos do propinoduto da Petrobrás para “dar uma ajuda” de R$ 2 milhões a “uma nora” do ex-presidente.

São informações como essas, classificadas pelos petistas como “vazamentos seletivos”, que provocam as queixas de Lula sobre a “falta de controle” do ministro da Justiça sobre a Polícia Federal. O que deixa claro que, para Lula e a tigrada do PT, o Ministério da Justiça tem obrigação de impedir que a Polícia Federal divulgue investigações que contrariem os interesses políticos dos donos do poder. Assustado com a possível revelação daquilo que não imaginava que pudesse vir a público, Lula quer valer-se do pretexto de José Eduardo Cardozo estar enfrentando problemas de saúde para ampliar o elenco de ministros de sua confiança nos postos-chave do governo.

De qualquer modo, no que diz respeito ao ex-presidente, o amplo e minucioso trabalho de investigação da Operação Lava Jato, realizado em conjunto pela PF e o Ministério Público Federal (MPF), sob a coordenação do juiz federal Sergio Moro, não tem feito mais do que acumular indícios daquilo que todo o Brasil sempre soube: Lula tem o rabo preso com malfeitos praticados durante seu governo, pois afronta o mais elementar bom senso imaginar que ele não tivesse nenhum conhecimento, por exemplo, sobre o amplo esquema do mensalão, que resultou na condenação de parte da cúpula do PT. Suas relações pessoais com grandes empresários, especialmente donos de empreiteiras, sugerem reflexões sobre a promiscuidade e seus efeitos sobre valores familiares e bancários.

Não é sem razão, portanto, que Lula tem dedicado o melhor de seus esforços à tentativa desesperada de livrar-se das encrencas à vista – o que é particularmente difícil por estar todo o projeto de poder do PT à beira do precipício. Um de seus discursos prediletos, que sempre manejou com grande competência, é o da vitimização de sua figura de defensor dos fracos e oprimidos, que por essa razão é objeto do “ódio das elites”, que “não se conformam” com as conquistas sociais que ele realizou “como nunca antes na história deste país”.

Na Assembleia Legislativa piauiense – enquanto manifestantes protestavam na porta exibindo réplicas do já famoso boneco Pixuleco –, Lula caprichava no papel de perseguido: “Este país está vivendo um momento inusitado. Um momento de ódio, onde (sic) as pessoas não precisam nem ser julgadas e as manchetes condenam antes das pessoas saberem se têm processos. Muita gente fica nervosa e irritada e temos que nos perguntar o que está acontecendo”. Como se ele não soubesse...